Repensando Como a Gente Adapta Habilidades Motoras
Novas pesquisas desafiam a ideia de adicionar adaptação implícita e explícita.
― 6 min ler
Índice
Aprender novas habilidades envolve diferentes tipos de processos. Alguns desses processos acontecem sem a gente perceber (Implícitos), enquanto outros são conscientes e dá pra descrever em palavras (Explícitos). Ambos os tipos ajudam na Adaptação das nossas habilidades motoras, tipo quando a gente tenta pegar um alvo. Os pesquisadores costumam achar que esses processos se somam de um jeito simples. Mas a gente queria ver se essa ideia de somar processos implícitos e explícitos realmente faz sentido.
Tipos de Adaptação
Quando falamos de adaptação, nos referimos a dois tipos principais: explícita e implícita. A adaptação explícita envolve Estratégias que conseguimos descrever e controlar. Por exemplo, se alguém é ensinado a atingir um alvo de um jeito diferente e usa esse conselho, tá usando adaptação explícita. Por outro lado, a adaptação implícita é automática e acontece sem esforço consciente. Por exemplo, uma pessoa pode ajustar como reacha com o tempo devido à prática, mesmo que não esteja ciente disso.
A Suposição de Adicionalidade
Alguns pesquisadores acreditam que se conseguimos medir os dois tipos de adaptação, podemos somá-los pra ter uma medida total de quanto alguém se adaptou. Essa ideia é conhecida como a suposição de adição. Em termos simples, sugere que se alguém tem mais adaptação explícita, vai ter menos adaptação implícita pra manter o total constante.
Esse conceito pode ser visualizado. Imagine a adaptação total como uma torta, onde a adaptação explícita é uma fatia e a adaptação implícita é outra. O tamanho das fatias muda conforme um tipo de adaptação aumenta ou diminui, mas o tamanho total da torta permanece o mesmo.
Testando a Suposição de Adicionalidade
Pra ver se essa suposição de adição é válida, fizemos experimentos com diferentes grupos de pessoas. Pedimos pros participantes chegarem aos alvos enquanto medíamos quanto eles se adaptavam explicitamente e implicitamente. Tínhamos três grupos: um que recebeu instruções de mira, outro que foi avisado sobre as mudanças, e um grupo controle que não recebeu orientação específica.
Durante os experimentos, os participantes usaram uma caneta em um tablet pra alcançar alvos mostrados na tela. Às vezes, eles tinham que usar estratégias que aprenderam, enquanto outras vezes eram instruídos a não usar estratégias. Comparando as performances, tentamos estimar os níveis de adaptação explícita e implícita.
Configuração do Experimento
No experimento, cada participante fez várias tentativas de alcance sob diferentes condições. Durante o treinamento, eles tinham que fazer movimentos corretos com um cursor na tela. O cursor às vezes se movia de forma diferente do esperado, criando um desafio que exigia que eles ajustassem seus movimentos.
Em algumas tentativas, havia uma ajuda visual chamada flecha pra ajudar os participantes a mirarem, enquanto em outras, eles tinham que confiar no instinto sem ver o cursor. Medimos o desempenho através de dois tipos de tentativas: “incluir”, onde eles usaram suas estratégias, e “excluir”, onde disseram pra não usar estratégias.
Resultados e Descobertas
Quando analisamos os dados, procuramos relacionamentos entre a adaptação implícita e explícita. Queríamos ver se uma poderia prever a outra, como sugeria a suposição de adição. No entanto, nossos resultados mostraram que havia poucas evidências pra apoiar essa ideia. Em vez disso, os dados indicaram que as adaptações implícitas e explícitas não se alinhavam consistentemente da maneira que a suposição de adição previa.
Por exemplo, mesmo quando um grupo mostrou alta adaptação explícita, isso não significava que a adaptação implícita ia diminuir proporcionalmente. Os dados do experimento não apoiaram a relação linear simples que a suposição de adição implica.
Implicações pra Entender o Aprendizado
Essas descobertas levantam questões sobre como entendemos o aprendizado e a adaptação. Se os processos implícitos e explícitos não se somam simplesmente, sugere que nossos métodos atuais pra medir esses processos podem precisar ser reavaliados. Por exemplo, se os pesquisadores costumam calcular a adaptação implícita subtraindo a explícita da adaptação total, talvez precisem repensar essa abordagem.
Essa falta de adição também poderia sugerir que as formas como nossos cérebros processam o aprendizado são mais complexas do que se pensava antes. Entender como esses diferentes processos funcionam juntos é crucial pra melhorar as técnicas de treinamento e reabilitação.
O Papel da Estratégia no Aprendizado
Durante os experimentos, notamos que os participantes frequentemente tinham níveis variados de controle sobre seus movimentos. Alguns estavam mais conscientes de suas estratégias, enquanto outros confiavam no instinto. Isso pode indicar que diferenças individuais desempenham um papel significativo em como as pessoas aprendem e adaptam seus movimentos.
Por exemplo, uma pessoa que tenta pensar ativamente em como está se movendo pode se adaptar de forma diferente de alguém que age mais por instinto. Essas diferenças individuais podem ter implicações para personalizar programas de treinamento, especialmente em ambientes de reabilitação.
Direções Futuras pra Pesquisa
Dada a complexidade do aprendizado motor e da adaptação, mais pesquisas são essenciais. Estudos futuros devem explorar diferentes formas de medir ambas as adaptações implícita e explícita. Usar medidas independentes em vez de depender de métodos subtrativos pode trazer resultados mais precisos.
Os pesquisadores também devem investigar os mecanismos neurais que sustentam esses processos de aprendizado. Entender como os processos implícitos e explícitos se combinam no cérebro pode fornecer insights sobre como melhorar estratégias de aprendizado em várias tarefas.
Além disso, examinar as influências do contexto, motivação e diferenças individuais pode aprimorar nossa compreensão da adaptação motora. Pesquisas futuras poderiam ajudar a esclarecer como esses fatores interagem pra moldar as experiências de aprendizado.
Conclusão
A relação entre adaptação implícita e explícita é mais sutil do que a suposição de adição sugere. Enquanto ambos os tipos de adaptação contribuem pro aprendizado, eles não se somam simplesmente. Essa compreensão tem implicações significativas sobre como estudamos o aprendizado motor e pode guiar os esforços de pesquisa futuros.
Ao focar em medidas independentes de adaptação e explorar os mecanismos neurais envolvidos, os pesquisadores podem obter uma visão mais profunda dos processos de aprendizado que moldam nosso comportamento. Isso, por sua vez, poderia levar a programas de treinamento e reabilitação mais eficazes que levem em conta as complexidades de como aprendemos e adaptamos nossos movimentos.
Título: Measures of Implicit and Explicit Adaptation Do Not Linearly Add
Resumo: Moving effectively is essential for any animal. Thus, many different kinds of brain processes likely contribute to learning and adapting movement. How these contributions are combined is unknown. Nevertheless, the field of motor adaptation has been working under the assumption that measures of explicit and implicit motor adaptation can simply be added in total adaptation. While this has been tested, we show that these tests were insufficient. We put this additivity assumption to the test in various ways, and find that measures of implicit and explicit adaptation are not additive. This means that future studies should measure both implicit and explicit adaptation directly. It also challenges us to disentangle how various motor adaptation processes do combine when producing movements, and may have implications for our understanding of other kinds of learning as well. (data and code: https://osf.io/dh86e)
Autores: Bernard Marius 't Hart, U. Taqvi, R. Q. Gastrock, J. E. Ruttle, S. Modchalingam, D. Y. P. Henriques
Última atualização: 2024-05-30 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2022.06.07.495044
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2022.06.07.495044.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao biorxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.