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# Informática# Computação distribuída, paralela e em cluster# Arquitetura de Hardware

Acelerando a Simulação de Reservatório Usando GPUs

Usar GPUs pra acelerar simulações de reservatórios pode melhorar a eficiência e diminuir o tempo de cálculo.

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A simulação de reservatórios é um jeito de prever como fluidos como petróleo e gás se movem pelas formações rochosas debaixo da terra. Essas simulações podem ser complicadas e demoradas, especialmente quando se tenta torná-las precisas ou quando se trabalha com modelos grandes. Uma maneira de acelerar esses cálculos é usar hardware especial, como unidades de processamento gráfico (GPUs), que conseguem fazer várias contas ao mesmo tempo.

Neste artigo, vamos falar sobre o simulador OPM Flow, uma ferramenta usada para simulação de reservatórios, e como ele pode ser acelerado usando GPUs. Vamos comparar diferentes ferramentas de software de GPU (bibliotecas de solucionadores) que ajudam a resolver os problemas matemáticos que surgem durante a simulação. Nossa meta é mostrar como usar GPUs pode deixar essas simulações mais rápidas e eficientes.

Introdução à Simulação de Reservatórios

Quando se simula um reservatório, o primeiro passo é criar um modelo do reservatório, que inclui detalhes sobre sua estrutura e os fluidos dentro dele. Esse modelo pode ser construído usando dados de levantamentos geológicos, como estudos sísmicos e registros de poços. Depois que o modelo está pronto, o próximo passo é simular o fluxo de fluidos por ele, resolvendo um conjunto de equações que descrevem como os fluidos se comportam sob certas condições.

A complexidade dessas simulações aumenta com o tamanho do modelo e o nível de detalhe exigido. Como resultado, resolver as equações matemáticas pode levar um tempão, especialmente se muitas contas precisam ser feitas ao mesmo tempo. Para resolver esse problema, cientistas desenvolveram vários métodos para melhorar a velocidade dos cálculos, uma das quais é o uso da Computação Paralela.

Computação Paralela na Simulação de Reservatórios

Computação paralela é um jeito de dividir uma tarefa grande em partes menores que podem ser resolvidas ao mesmo tempo. Essa abordagem pode acelerar bastante os cálculos. Ela pode ser feita usando processadores multi-core (CPUs) ou através do uso de GPUs, que são especialmente projetadas para lidar com muitas contas simultaneamente.

As GPUs consistem em muitos núcleos pequenos que conseguem processar diferentes partes dos dados ao mesmo tempo. Essa arquitetura as torna super eficientes para tarefas que precisam lidar com grandes volumes de dados, como simulações de reservatórios. No entanto, nem todas as tarefas são adequadas para processamento em uma GPU. O lance é identificar partes da simulação que podem se beneficiar do processamento paralelo, o que muitas vezes é mais complicado com problemas matemáticos complexos.

O Simulador OPM Flow

O projeto OPM (Open Porous Media) é uma iniciativa de código aberto focada em desenvolver ferramentas para simular e modelar meios porosos, como reservatórios. O simulador OPM Flow modela especificamente o fluxo de fluidos em formações de rocha porosa, incluindo petróleo, água e gás. Ele permite que os usuários insiram diversos dados e suposições, tornando-o flexível para diferentes cenários de simulação.

O simulador OPM Flow usa um método chamado volume finito para resolver as equações que descrevem o movimento dos fluidos. Esse método divide o reservatório em seções menores ou células, onde as propriedades dos fluidos e rochas são definidas. O simulador então resolve as equações que regem o fluxo dos fluidos dentro desse modelo discretizado.

Desafios com Simulações Tradicionais

Embora o simulador OPM Flow ofereça recursos poderosos, simulações tradicionais usando CPUs podem ser lentas, especialmente para modelos grandes. A complexidade das equações envolvidas pode levar a tempos de cálculo longos, já que o solucionador deve iterar várias vezes para encontrar uma solução.

Um dos principais problemas é que os sistemas lineares gerados durante a simulação muitas vezes são esparsos e mal condicionados, o que significa que há muitos zeros nas equações, e algumas delas podem ser difíceis de resolver de forma eficiente. Além disso, à medida que o tamanho do modelo aumenta, o tempo de execução necessário para os cálculos também aumenta.

Benefícios de Usar GPUs

Usar GPUs para simulações de reservatórios pode reduzir significativamente os tempos de cálculo. Isso se deve principalmente à sua capacidade de realizar muitos cálculos simultaneamente. A arquitetura das GPUs permite que elas gerenciem conjuntos de dados grandes de forma mais eficiente do que CPUs tradicionais.

Na nossa pesquisa, avaliamos como o simulador OPM Flow se desempenha em GPUs em comparação com sua implementação tradicional em CPU. Focamos especificamente em um solucionador conhecido como BiCGStab, que é frequentemente usado para resolver sistemas lineares que surgem da simulação.

Hardware de GPU e Bibliotecas de Solucionadores

Para testar a eficácia do uso de GPUs, usamos várias bibliotecas de solucionadores de GPU. Essas bibliotecas fornecem funções pré-construídas para ajudar a resolver as equações matemáticas geradas pelo simulador. Algumas das bibliotecas que avaliamos incluem:

  1. cuSparse: Uma biblioteca desenvolvida pela NVIDIA para operações em matrizes esparsas.
  2. rocSparse: Uma biblioteca da AMD com funções semelhantes às do cuSparse.
  3. amgcl: Uma biblioteca em C++ que fornece vários pré-condicionadores e solucionadores iterativos.

Comparando essas bibliotecas, buscamos descobrir como elas se saíram em acelerar o simulador OPM Flow em diferentes hardwares de GPU.

Benchmarking do Simulador OPM Flow

Para avaliar o desempenho do simulador OPM Flow em GPUs, usamos três casos de referência diferentes. Esses benchmarks incluíram modelos de reservatórios pequenos, médios e grandes, com o menor tendo cerca de 50.000 células ativas e o maior tendo aproximadamente 1 milhão de células ativas.

Cada caso de benchmark nos permitiu medir quanto tempo levou para completar uma simulação usando diferentes hardwares de GPU e bibliotecas de solucionadores. Focamos em indicadores-chave de desempenho, como o tempo total de execução, o tempo gasto na resolução linear e o número total de iterações necessárias para chegar a uma solução.

Resultados do Benchmarking

Nossas descobertas mostraram que o simulador OPM Flow poderia alcançar acelerações substanciais em GPUs em comparação com cálculos em CPU. Por exemplo, descobrimos que um único processo MPI de dual-thread poderia ser acelerado em até 5,6 vezes quando executado em uma GPU. Isso significa que tarefas que normalmente levariam um tempão em uma CPU poderiam ser feitas muito mais rápido em uma GPU.

Para o modelo de reservatório de tamanho médio, o desempenho em uma GPU foi comparável ao de usar múltiplos processos MPI de dual-thread. Isso indica que usar GPUs não apenas acelera cálculos individuais, mas também pode simular modelos maiores de maneira mais eficiente.

Ao comparar diferentes bibliotecas de GPU, descobrimos que tanto as bibliotecas da AMD quanto da NVIDIA tiveram um desempenho semelhante. No entanto, percebemos diferenças no desempenho com base nas configurações específicas usadas.

Compreendendo os Gargalos Computacionais

Apesar das melhorias vistas com GPUs, também encontramos vários gargalos que afetaram o desempenho geral. Por exemplo, o tempo gasto transferindo dados entre a CPU e a GPU pode limitar os benefícios de aceleração. Em particular, os tempos de transferência de memória aumentaram com o tamanho do modelo, levando a retornos decrescentes.

Além disso, notamos que certas partes do solucionador linear, particularmente aquelas envolvidas no pré-condicionador ILU0, ainda eram relativamente lentas. Isso se deveu principalmente à natureza sequencial de certos cálculos, onde dependências de dados impediram a paralelização total.

Para resolver esses problemas, planejamos focar na otimização da transferência de memória e na codificação dos dados de uma forma que maximize o uso dos recursos disponíveis da GPU. Melhorando essas áreas, esperamos alcançar acelerações ainda maiores em simulações futuras.

Conclusão

A pesquisa realizada sobre o simulador OPM Flow mostra resultados promissores em relação ao uso de GPUs para acelerar os cálculos de simulação de reservatórios. Ao utilizar várias bibliotecas de solucionadores de GPU, demonstramos melhorias significativas de velocidade em relação às implementações tradicionais em CPU.

No entanto, desafios permanecem, especialmente em reduzir os tempos de transferência de memória e abordar gargalos computacionais em partes específicas do solucionador. Trabalhos futuros se concentrarão na otimização dessas áreas para aproveitar totalmente o potencial das GPUs em simulações de reservatórios.

Em resumo, as GPUs abriram novas oportunidades para melhorar a velocidade e eficiência das simulações de reservatórios, tornando possível lidar com modelos maiores e mais complexos de forma mais eficaz do que nunca. À medida que a tecnologia continua a avançar, o potencial para novas descobertas neste campo permanece vasto e empolgante.

Fonte original

Título: An Evaluation and Comparison of GPU Hardware and Solver Libraries for Accelerating the OPM Flow Reservoir Simulator

Resumo: Realistic reservoir simulation is known to be prohibitively expensive in terms of computation time when increasing the accuracy of the simulation or by enlarging the model grid size. One method to address this issue is to parallelize the computation by dividing the model in several partitions and using multiple CPUs to compute the result using techniques such as MPI and multi-threading. Alternatively, GPUs are also a good candidate to accelerate the computation due to their massively parallel architecture that allows many floating point operations per second to be performed. The numerical iterative solver takes thus the most computational time and is challenging to solve efficiently due to the dependencies that exist in the model between cells. In this work, we evaluate the OPM Flow simulator and compare several state-of-the-art GPU solver libraries as well as custom developed solutions for a BiCGStab solver using an ILU0 preconditioner and benchmark their performance against the default DUNE library implementation running on multiple CPU processors using MPI. The evaluated GPU software libraries include a manual linear solver in OpenCL and the integration of several third party sparse linear algebra libraries, such as cuSparse, rocSparse, and amgcl. To perform our bench-marking, we use small, medium, and large use cases, starting with the public test case NORNE that includes approximately 50k active cells and ending with a large model that includes approximately 1 million active cells. We find that a GPU can accelerate a single dual-threaded MPI process up to 5.6 times, and that it can compare with around 8 dual-threaded MPI processes.

Autores: Tong Dong Qiu, Andreas Thune, Markus Blatt, Alf Birger Rustad, Razvan Nane

Última atualização: 2023-09-20 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2309.11488

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2309.11488

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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