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Viés nos Guias de Como Fazer: Uma Análise

Examinando os preconceitos em guias de como fazer, dependendo do público.

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Guias de "como fazer" são ferramentas populares que ajudam as pessoas a alcançar tarefas ou objetivos específicos. Esses guias fornecem instruções passo a passo adaptadas para seus leitores. No entanto, se esses guias visam grupos específicos, eles podem, por vezes, conter preconceitos ou Estereótipos ocultos. Este artigo discute como os guias de uma plataforma específica diferem com base em seus Públicos e destaca problemas potenciais que surgem dessas diferenças.

A Importância do Público em Guias de Como Fazer

Na hora de criar Conteúdo instrucional, é essencial considerar o histórico e as necessidades do público. As pessoas têm experiências e conhecimentos diferentes, o que pode influenciar como elas se envolvem com o material. Reconhecer essas diferenças pode ajudar na criação de guias que sejam não apenas práticos, mas também justos e inclusivos.

Porém, direcionar grupos específicos também pode levar à perpetuação de estereótipos. Isso pode acontecer quando os guias refletem normas sociais que podem não se aplicar a todos os indivíduos dentro daquele grupo. Por exemplo, um artigo destinado a garotas pode enfatizar mais a aparência física do que um dirigido a garotos. É crucial examinar como esses guias são escritos e quais mensagens subjacentes eles transmitem.

O Caso do wikiHow

Uma das plataformas mais conhecidas para guias de "como fazer" é o wikiHow. Este site permite que os usuários contribuam e editem artigos de forma colaborativa. Ele inclui guias sobre uma ampla gama de tópicos, desde tarefas do dia a dia até interesses mais específicos. Como possui uma vasta coleção de artigos, analisar o conteúdo em busca de preconceitos e estereótipos oferece insights sobre como diferentes públicos são abordados.

O wikiHow apresenta artigos que são escritos especificamente para diferentes grupos, frequentemente identificados por indicadores nos títulos. Isso indica que os guias são adaptados para públicos como "Garotas," "Garotos," "Crianças," ou "Adolescentes." No entanto, essa abordagem direcionada levanta questões sobre Viés e representação, já que nem todos os grupos recebem a mesma atenção ou cuidado nos guias.

Preconceitos em Guias de Como Fazer

Pesquisas sobre o conteúdo do wikiHow revelam que alguns guias contêm preconceitos relacionados a gênero e idade. Por exemplo, artigos para garotas podem focar bastante em beleza e imagem corporal, enquanto os para garotos podem destacar aventura e atividade física. Esses padrões sugerem que os guias não são apenas manuais práticos, mas também podem perpetuar certos estereótipos.

Por exemplo, um guia intitulado "Aja Como uma Criança Novamente" para garotas pode enfatizar alimentação saudável e exercícios, mas apresentá-lo de forma menos relaxada e mais preocupada com a aparência do que um guia semelhante para garotos. Essa diferença pode influenciar como os leitores se percebem e seus papéis na sociedade.

Metodologia do Estudo

Para entender essas diferenças, foram realizados dois estudos de caso, juntamente com uma análise mais ampla do conteúdo. O primeiro estudo analisou guias com o mesmo título, mas com públicos-alvo diferentes. Os artigos foram comparados em termos de conteúdo e estilo linguístico. O segundo estudo focou em diferentes tipos de guias, observando como as instruções variavam com base no público.

A pesquisa também incluiu uma abordagem quantitativa que utilizou métodos computacionais para categorizar e analisar o texto. Isso permitiu um exame sistemático das características que distinguem os guias destinados a diferentes grupos.

Descobertas dos Estudos de Caso

Estudo de Caso 1: Mesmo Título, Público Diferente

No primeiro estudo de caso, foram analisados guias com títulos idênticos, mas adaptados para diferentes públicos. O objetivo era ver como eles diferiam em termos de conteúdo, extensão e estilo. Foi encontrado que os artigos variavam significativamente. Por exemplo, o guia para garotas pode fornecer uma gama mais ampla de tópicos, enquanto o para garotos poderia se concentrar mais em atividades específicas.

Além disso, o tamanho dos guias também era diferente. Artigos direcionados a garotas frequentemente continham menos palavras e eram menos detalhados do que os para garotos. Isso sugere um pequeno, mas notável viés em como o conteúdo é construído com base no público.

Estudo de Caso 2: Guias de Como Ser

O segundo estudo de caso focou em guias que instruem os leitores sobre como se tornar algo específico. Por exemplo, títulos que começam com "Como Ser" foram analisados para ver se continham padrões distintos com base no público. Diferenças foram notadas nos temas desses guias. Por exemplo, guias para garotas podem focar em ser "fofa" ou "popular", enquanto os para garotos enfatizavam ser "legal" ou "aventureiro".

Padrões Temáticos

Através da análise de vários guias, ficou claro que existem padrões distintos nos tópicos abordados para diferentes públicos. Os guias para garotas geralmente abordavam interações sociais e autoapresentação, enquanto os guias para garotos se inclinavam mais para atividades e habilidades. Essa diferenciação apoia a ideia de que guias de como fazer refletem as expectativas sociais para cada gênero.

Estudo de Generalização

Além dos estudos de caso, um estudo de generalização foi realizado para ver se as diferenças observadas em conteúdo e estilo poderiam ser capturadas em um conjunto de dados maior. Isso envolveu coletar uma grande variedade de guias de como fazer da plataforma e analisá-los computacionalmente em busca de padrões.

Usando características como conteúdo, estilo e extensão, foram criados modelos para classificar os guias com base em seu público-alvo. Os resultados mostraram que muitos guias poderiam de fato ser classificados pelo seu conteúdo e estilo, o que confirma descobertas anteriores sobre o direcionamento do público.

Implicações para Guias de Como Fazer

A existência de preconceitos em guias de como fazer tem implicações significativas. As diferenças em conteúdo e foco podem afetar a autoimagem dos leitores e a maneira como eles veem os papéis sociais. Portanto, é importante que os criadores de conteúdo estejam cientes desses preconceitos e busquem uma representação mais equitativa.

Se os guias continuarem a reforçar estereótipos, correm o risco não apenas de enganar seus públicos-alvo, mas também de limitar o potencial dos leitores para se envolverem com diversas ideias e atividades. Portanto, criar guias que sejam inclusivos e reflitam experiências diversas é essencial.

Direções Futuras

Seguindo em frente, seria útil investigar como esses preconceitos e estereótipos podem ser abordados na criação de conteúdo. Ao analisar qual conteúdo é eficaz para desmantelar estereótipos, podemos aprimorar os guias para que sejam mais inclusivos.

Além disso, expandir o estudo para incluir guias em outras línguas poderia oferecer uma perspectiva mais ampla sobre como esses problemas se manifestam em diferentes contextos culturais. Diferentes valores culturais podem levar a padrões diversos em guias de como fazer, o que poderia informar ainda mais os esforços para promover equidade no conteúdo.

Conclusão

No geral, a análise de guias de como fazer revela diferenças importantes em como vários públicos são abordados. Embora a intenção desses guias seja muitas vezes ajudar, a forma como são escritos pode carregar consequências não intencionais ao reforçar estereótipos e preconceitos. Ao reconhecer e abordar essas questões, podemos criar conteúdo instrucional mais inclusivo e equitativo que atenda efetivamente a todos os indivíduos.

Fonte original

Título: How-to Guides for Specific Audiences: A Corpus and Initial Findings

Resumo: Instructional texts for specific target groups should ideally take into account the prior knowledge and needs of the readers in order to guide them efficiently to their desired goals. However, targeting specific groups also carries the risk of reflecting disparate social norms and subtle stereotypes. In this paper, we investigate the extent to which how-to guides from one particular platform, wikiHow, differ in practice depending on the intended audience. We conduct two case studies in which we examine qualitative features of texts written for specific audiences. In a generalization study, we investigate which differences can also be systematically demonstrated using computational methods. The results of our studies show that guides from wikiHow, like other text genres, are subject to subtle biases. We aim to raise awareness of these inequalities as a first step to addressing them in future work.

Autores: Nicola Fanton, Agnieszka Falenska, Michael Roth

Última atualização: 2023-09-21 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2309.12117

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2309.12117

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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