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O Papel do Etanol na Saúde das Abelhas Mellíferas

Estudo revela os efeitos do etanol na sobrevivência e saúde das abelhas.

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Polinizadores insetos, como as abelhas, são peças-chave na natureza e na agricultura. Elas ajudam as plantas a crescer, movendo o pólen de uma flor pra outra. Esse processo é super importante pro ciclo de vida de várias plantas e pra produção de frutas e vegetais. Quando as polinizadoras coletam pólen, elas também juntam Néctar, que dá energia pra elas. Ter uma variedade de fontes de comida no ambiente é muito importante pro crescimento e sobrevivência delas.

Mas, enquanto as abelhas tão ocupadas polinizando, elas podem acabar em contato com substâncias prejudiciais. Por exemplo, inseticidas usados na agricultura podem ser mortais pras abelhas, afetando a saúde delas e a habilidade de encontrar comida. Por outro lado, alguns químicos naturais nas flores, tipo a cafeína, podem ajudar a proteger as abelhas de parasitas. As abelhas também conseguem escolher o que comer de acordo com o que precisam. Por exemplo, elas podem escolher certos tipos de néctar se estiverem doentes, mostrando que conseguem ajustar a dieta pra ter uma saúde melhor.

Abelhas Melíferas e Etanol

As abelhas melíferas, um tipo majoritário de polinizador inseto, podem comer etanol das fontes de comida delas. O néctar floral pode ter leveduras que criam etanol através da fermentação. Em algumas áreas tropicais, o néctar pode conter altos níveis de etanol, enquanto em regiões mais temperadas, concentrações mais baixas são mais comuns. O etanol é importante pras abelhas, pois elas usam pra produzir um feromônio que ajuda a regular a estrutura da comunidade delas.

Só as abelhas forrageiras, que saem pra procurar comida, conseguem quebrar o etanol. Curiosamente, mesmo que as abelhas geralmente não gostem do gosto do etanol na água, elas acabam consumindo quando misturado com açúcar. Elas tendem a preferir soluções com pequenas quantidades de etanol em vez de soluções puras de açúcar, indicando que o etanol é frequentemente parte da dieta delas e que elas estão adaptadas a consumir isso.

Efeitos Negativos do Etanol nas Abelhas Melíferas

Apesar dos potenciais benefícios, o consumo de etanol pode ter vários efeitos negativos nas abelhas melíferas. Pode atrapalhar a comunicação dentro da colmeia, aumentar o comportamento agressivo e prejudicar os movimentos e a capacidade de aprender novas coisas. A gravidade desses efeitos normalmente depende de quanto etanol elas consomem, com doses maiores causando mudanças mais significativas no comportamento.

A maioria dos estudos focou no impacto de altas concentrações de etanol, muitas vezes em exposições únicas, em vez de olhar de perto os efeitos de baixos níveis ao longo do tempo. Algumas pesquisas mostraram que as abelhas podem desenvolver uma espécie de tolerância ao etanol, significando que aquelas expostas regularmente podem não reagir tão fortemente quanto as que experimentam pela primeira vez. Porém, a exposição prolongada pode levar a sintomas de abstinência quando as abelhas não têm mais acesso ao etanol.

Visão Geral do Estudo

Esse estudo examina os efeitos tanto do consumo ocasional quanto constante de etanol em baixo nível sobre a sobrevivência e saúde das abelhas forrageiras. Os pesquisadores esperavam que não houvesse um grande aumento nas taxas de mortalidade entre as abelhas expostas ao etanol em comparação com aquelas que não consumiram. Eles também acreditavam que as abelhas frequentemente expostas ao etanol teriam níveis mais altos de álcool desidrogenase, uma enzima que quebra o etanol, do que aquelas com menos exposição ou nenhuma.

Pra conduzir o estudo, os pesquisadores criaram as abelhas melíferas em um ambiente controlado. Eles forneceram diferentes dietas pras abelhas durante 21 dias: um grupo recebeu água com açúcar normal, outro grupo teve água com açúcar misturada com etanol a cada três dias, e o último grupo recebeu água com açúcar com etanol o tempo todo. Eles monitoraram o número de abelhas em cada grupo e anotaram qualquer morte.

No dia final, eles pegaram algumas abelhas de cada grupo pra ver quanto da enzima álcool desidrogenase havia nos corpos delas. Isso foi feito homogeneizando os corpos das abelhas, analisando os níveis de enzima e comparando os resultados entre os diferentes grupos dietéticos.

Resultados: Taxas de Sobrevivência

Durante o estudo, as taxas de sobrevivência entre o grupo controle, que recebeu apenas água com açúcar, caíram pra cerca de 79%. Os grupos que consumiram etanol, seja ocasionalmente ou constantemente, tiveram taxas de sobrevivência ainda mais baixas. Aqueles com exposição ocasional caíram pra cerca de 65%, enquanto os com exposição constante caíram pra cerca de 41%. Os pesquisadores descobriram que as diferenças nas taxas de sobrevivência se tornaram visíveis após cerca de 6 a 10 dias consumindo etanol.

Isso sugere que até mesmo baixos níveis de etanol podem ter efeitos significativos na sobrevivência das abelhas melíferas. Porém, é crucial colocar essas descobertas em contexto, já que a vida natural das abelhas forrageiras geralmente é de cerca de uma semana. Isso significa que outros fatores podem levar à morte delas antes que os impactos negativos do etanol se manifestem completamente.

Perspectivas sobre a Tolerância ao Etanol

Curiosamente, há uma sugestão de que as abelhas melíferas podem ter algum nível de resiliência aos efeitos tóxicos do etanol. Estudos anteriores mostraram que o etanol pode causar mudanças em certas proteínas no cérebro das abelhas e afetar os padrões de DNA delas, o que pode contribuir pra problemas de saúde a longo prazo. Porém, leva tempo pra esses efeitos se tornarem evidentes nas taxas de sobrevivência das abelhas.

As abelhas melíferas podem encontrar etanol ao forragear por comida. Além do néctar, outra fonte pode ser frutas maduras demais, que também podem conter etanol. Entender onde as abelhas melíferas se expõem ao etanol e com que frequência isso acontece é essencial, pois influencia a saúde e o comportamento delas.

Atividade de Álcool Desidrogenase

A pesquisa não encontrou diferenças nos níveis da enzima álcool desidrogenase entre os diferentes grupos de abelhas. Isso indica que a produção dessa enzima é consistente nas abelhas forrageiras, independentemente de consumirem ou não etanol. Estudos anteriores mostraram resultados semelhantes em outros insetos, sugerindo que a exposição repetida ao etanol não necessariamente leva a mudanças nos níveis de enzimas.

Existem diferentes tipos de álcool desidrogenase, e só um tipo foi medido nesse estudo. Pesquisas futuras podem querer investigar outros tipos dessa enzima pra ter uma compreensão mais abrangente de como as abelhas respondem ao etanol.

Conclusão e Direções Futuras

As descobertas desse estudo enfatizam a necessidade de mais pesquisas sobre os efeitos do etanol nas abelhas melíferas, especialmente em níveis que elas possam encontrar na natureza. O estudo abre um caminho pra que pesquisadores investiguem como vários insetos respondem ao etanol e outras substâncias semelhantes encontradas nas dietas deles.

Entender o papel do etanol na dieta das abelhas melíferas é crucial, não só pra saúde delas, mas também pra função delas no ecossistema. Dado que o etanol é apenas um dos muitos compostos com os quais as abelhas podem interagir, essa área de pesquisa promete ser importante pra preservar as populações de polinizadores e, por extensão, a saúde dos nossos sistemas agrícolas.

Fonte original

Título: Occasional and constant exposure to dietary ethanol shortens the lifespan of worker honey bees

Resumo: Honey bees (Apis mellifera) are one of the most crucial pollinators, providing vital ecosystem services. Their development and functioning depend on essential nutrients and substances found in the environment. While collecting nectar as a vital carbohydrate source, bees routinely encounter low doses of ethanol from yeast fermentation. Yet, the effects of repeated ethanol exposure on bees survival and physiology remain poorly understood. Here, we investigate the impacts of constant and occasional consumption of food spiked with 1% ethanol on honey bee mortality and alcohol dehydrogenase (ADH) activity. This ethanol concentration might be tentatively judged close to that in natural conditions. We conducted an experiment in which bees were exposed to three types of long-term diets: constant sugar solution (control group that simulated conditions of no access to ethanol), sugar solution spiked with ethanol every third day (that simulated occasional, infrequent exposure to ethanol) and daily ethanol consumption (simulating constant, routine exposure to ethanol). The results revealed that both constant and occasional ethanol consumption increased the mortality of bees, but only after several days. These mortality rates rose with the frequency of ethanol intake. The ADH activity remained similar in bees from all groups. Our findings indicate that exposure of bees to ethanol carries harmful effects that accumulate over time. Further research is needed to pinpoint the exact ethanol doses ingested with food and exposure frequency in bees in natural conditions.

Autores: Krzysztof Miler, M. Ostap-Chec, D. Bajorek, W. Antol, D. Stec

Última atualização: 2024-06-07 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.03.586924

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.03.586924.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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