Novo Sensor de Diamante Mede Campos Magnéticos Fracos
Um sensor sensível usa diamantes pra detectar campos magnéticos minúsculos, ajudando em estudos do cérebro.
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Índice
Pesquisadores desenvolveram um sensor super sensível que consegue medir campos magnéticos bem fraquinhos. Esse sensor usa um tipo especial de diamante que tem centros de vacância de nitrogênio (NV). Esses centros permitem que o sensor detecte pequenas mudanças nos campos magnéticos, o que pode ser importante pra estudar a atividade do cérebro e outros processos biológicos.
Como o Sensor Funciona
O sensor opera numa faixa de frequência de 5 a 100 Hz, onde consegue medir campos magnéticos tão baixos quanto uma fração de picotesla. Essa sensibilidade é conseguida por um método chamado ressonância magnética óptica detectada por onda contínua (CW-ODMR). Nesse processo, um campo de micro-ondas é usado pra ativar a ressonância magnética dos Centros NV, e depois o sinal resultante é medido através da luz que esses centros emitem.
O design do sensor permite que ele seja colocado bem perto do que tá sendo medido, melhorando sua capacidade de detectar campos magnéticos fracos. O sensor pode ficar a cerca de 1 mm do objeto, tornando-o adequado pra aplicações do dia a dia, inclusive pra estudar os sinais magnéticos do cérebro sem precisar de ambientes de blindagem complexos.
Importância de Medir Campos Biomagnéticos
Conseguir medir campos magnéticos produzidos por sistemas biológicos é fundamental pra várias aplicações. Um dos principais objetivos dessa pesquisa é melhorar a magnetoencefalografia (MEG), uma técnica usada pra observar a função cerebral. Os setups tradicionais de MEG precisam de ambientes de blindagem magnética, o que pode complicar as medições. O novo sensor foi feito pra funcionar bem em ambientes normais, facilitando os estudos do cérebro em situações cotidianas.
Além dos usos clínicos, essa tecnologia pode ter aplicações em monitoramento de saúde no dia a dia, interfaces cérebro-máquina, e pesquisa fundamental sobre como o cérebro funciona.
Construindo o Sensor
Pra criar o sensor, os pesquisadores usaram um método específico pra cultivar diamantes com muitos centros NV. Controlando as condições durante o crescimento, eles conseguiram aumentar a concentração de centros NV, o que, por sua vez, melhora a sensibilidade do sensor. A abordagem se baseia em ajustar fatores como temperatura e os materiais usados pra garantir o melhor desempenho.
Depois de criar o diamante, os pesquisadores produziram centros NV nele através de um processo que envolve irradiação por feixe de elétrons e tratamento térmico. Esses centros NV são cruciais pra capacidade do sensor de detectar campos magnéticos.
Configuração Experimental
O sensor foi projetado pra ser compacto e fácil de usar. Os componentes foram integrados em uma unidade pequena que pode se mover livremente, permitindo que os pesquisadores a posicionem o mais perto possível do objeto-alvo. Ele é feito pra operar em condições que permitem um resfriamento eficiente, garantindo que funcione bem por longos períodos.
A luz de um laser é usada pra excitar os centros NV, e a fluorescência emitida é coletada pra medir os campos magnéticos. Os pesquisadores implementaram uma técnica de detecção balanceada pra reduzir o ruído nas medições, o que melhorou ainda mais a sensibilidade do sensor.
Ajustando cuidadosamente as condições experimentais e otimizando a configuração, os pesquisadores conseguiram um nível de sensibilidade impressionante. Eles mostraram que o sensor consegue detectar intensidades de campo que estão muito abaixo do que as tecnologias tradicionais conseguem medir.
Redução de Ruído
Sensibilidade eUm dos avanços mais significativos desse sensor é sua capacidade de reduzir ruído, que geralmente atrapalha os sinais sendo medidos. Os pesquisadores descobriram que podiam minimizar o impacto do ruído ajustando a luz usada nos experimentos. Essa alteração resultou em um sinal mais claro dos centros NV e permitiu medições mais precisas.
Através de múltiplos testes, os pesquisadores confirmaram que o sensor podia detectar campos magnéticos de 8.5 pT com um tempo de medição de 1 segundo, e até detectar 0.3 pT em períodos mais longos. Esse nível de sensibilidade é crucial pra capturar mudanças sutis nos campos magnéticos que ocorrem durante a atividade do cérebro.
Aplicações Práticas
A capacidade de medir campos magnéticos fracos com precisão tem implicações amplas em várias áreas. Na saúde, o sensor poderia ser usado pra monitorar a atividade do cérebro em pacientes de forma mais prática e eficaz do que os métodos tradicionais. A possibilidade de fazer essas medições fora de ambientes especializados abre novas possibilidades pra pesquisa e monitoramento de pacientes.
Além disso, a sensibilidade melhorada do sensor pode facilitar estudos sobre interfaces cérebro-máquina. Essa tecnologia pode contribuir pra desenvolvimentos em neuroprótese, onde sinais do cérebro são usados pra controlar dispositivos, melhorando a qualidade de vida de pessoas com deficiências.
Direções Futuras
Conforme os pesquisadores continuam a aprimorar essa tecnologia, eles buscam aumentar ainda mais as capacidades do sensor. Os esforços vão se concentrar em aumentar a sensibilidade, que pode envolver o uso de diferentes tipos de diamantes ou modificar os setups experimentais.
Além disso, o potencial de usar essa tecnologia em várias áreas científicas é vasto. Além da neurociência, pode ter aplicações em ciência dos materiais e magnetometria, levando a descobertas em diferentes áreas de pesquisa.
A combinação de alta sensibilidade, design compacto e a capacidade de operar em ambientes padrão faz desse novo sensor um passo significativo à frente. Os pesquisadores acreditam que esse trabalho levará a avanços na compreensão das dinâmicas complexas do cérebro e de outros sistemas biológicos.
Conclusão
O desenvolvimento desse sensor quântico de diamante representa um avanço promissor no campo da magnetometria. Sua capacidade de medir campos magnéticos muito fracos abre novas possibilidades pra entender processos biológicos cruciais, especialmente no campo da pesquisa cerebral. A combinação de alta sensibilidade, design prático e compatibilidade com ambientes regulares aumenta seu potencial pra aplicações no mundo real.
Conforme os pesquisadores continuam a explorar as capacidades dessa tecnologia, é provável que ela influencie várias áreas, levando a ferramentas diagnósticas melhoradas, metodologias de pesquisa inovadoras e uma compreensão mais profunda dos processos da vida. Esse trabalho é um passo importante rumo a maneiras mais acessíveis e eficazes de estudar e interagir com o cérebro e outros sistemas biológicos em diversas condições.
Título: Diamond quantum magnetometer with dc sensitivity of < 10 pT Hz$^{-1/2}$ toward measurement of biomagnetic field
Resumo: We present a sensitive diamond quantum sensor with a magnetic field sensitivity of $9.4 \pm 0.1~\mathrm{pT/\sqrt{Hz}}$ in a near-dc frequency range of 5 to 100~Hz. This sensor is based on the continuous-wave optically detected magnetic resonance of an ensemble of nitrogen-vacancy centers along the [111] direction in a diamond (111) single crystal. The long $T_{2}^{\ast} \sim 2~\mathrm{\mu s}$ in our diamond and the reduced intensity noise in laser-induced fluorescence result in remarkable sensitivity among diamond quantum sensors. Based on an Allan deviation analysis, we demonstrate that a sub-picotesla field of 0.3~pT is detectable by interrogating the magnetic field for a few thousand seconds. The sensor head is compatible with various practical applications and allows a minimum measurement distance of about 1~mm from the sensing region. The proposed sensor facilitates the practical application of diamond quantum sensors.
Autores: N. Sekiguchi, M. Fushimi, A. Yoshimura, C. Shinei, M. Miyakawa, T. Taniguchi, T. Teraji, H. Abe, S. Onoda, T. Ohshima, M. Hatano, M. Sekino, T. Iwasaki
Última atualização: 2023-09-07 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2309.04093
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2309.04093
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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