Fibrilas Dinâmicas: Principais Características da Atmosfera Solar
Fibrilas dinâmicas conectam as camadas mais frias e mais quentes da atmosfera do Sol.
― 7 min ler
Índice
Fibrilas dinâmicas (FDs) são características distintas que aparecem na atmosfera do Sol, especialmente em Regiões Ativas. Elas surgem como estruturas escuras, finas e alongadas em comprimentos de onda específicos de luz. Observações feitas com instrumentos avançados a bordo do Solar Orbiter mostraram que essas fibrilas se estendem das camadas mais frias, conhecidas como Cromosfera, até as camadas mais quentes chamadas de corona. Apesar dos avanços significativos na observação dessas estruturas, ainda não se sabe se as FDs que vemos nas camadas mais frias são as mesmas que as detectadas em temperaturas mais altas.
Para conectar as observações das FDs nas camadas mais frias às regiões mais quentes, os cientistas usaram observações coordenadas de vários instrumentos. Eles analisaram dados do Atmospheric Imaging Assembly (AIA), do Interface Region Imaging Spectrograph (IRIS) e do Extreme Ultraviolet Imager (EUI). Comparando cuidadosamente as imagens e dados desses instrumentos, os pesquisadores tentaram descobrir exatamente como as FDs se comportam enquanto transitam da cromosfera mais fria para a corona mais quente.
As descobertas indicam uma conexão forte entre essas fibrilas em diferentes níveis de temperatura. Por exemplo, as FDs podem alcançar temperaturas próximas a 1,5 milhão de Kelvin, típicas da base coronal encontrada em regiões ativas. Curiosamente, ao acompanhar o brilho dessas estruturas ao longo do tempo, perceberam que, conforme as FDs sobem para a atmosfera, o plasma se acumula em suas pontas, resultando em aparências brilhantes em imagens tiradas em temperaturas mais altas. Esse processo ajuda a entender como as FDs afetam a atmosfera solar e sua estrutura térmica geral.
Fibrilas Dinâmicas: O Que São?
Fibrilas dinâmicas são comumente observadas em regiões do Sol onde há muita atividade magnética, conhecidas como regiões ativas. Elas são caracterizadas por suas formas longas e finas e aparência escura em imagens tiradas da atmosfera solar. Acredita-se que as FDs estejam relacionadas a estruturas menores chamadas Espículas, que também aparecem na atmosfera do Sol.
Essencialmente, as FDs atuam como jatos de material solar sendo expelidos para cima, impulsionados por várias forças e fenômenos que ocorrem no campo magnético do Sol. Reconhecer essas estruturas pode nos dar uma visão das dinâmicas da atividade solar.
Avanços Observacionais
Observações recentes mostraram sinais mais claros de FDs se formando na base da corona. Antes, tentativas de identificar essas estruturas em temperaturas coronais enfrentaram desafios. Os instrumentos utilizados não tinham a resolução necessária para identificar claramente as FDs. Agora, com novos dados de imagens de alta resolução a bordo do Solar Orbiter, os pesquisadores conseguem detectar essas características de forma mais confiável.
Através dessa imagem avançada, os cientistas identificaram pequenos pontos brilhantes que parecem oscilar ao longo do tempo, formando trajetórias parabólicas em diagramas de espaço e tempo. Notavelmente, esses pontos compartilham características com as FDs mais frias observadas nas camadas inferiores, indicando que podem ser as extensões mais quentes das mesmas estruturas.
Observações Avançadas
Para conduzir seus estudos, os cientistas se voltaram para observações coordenadas realizadas em uma data específica, onde coletaram dados de vários pontos de vista. O instrumento AIA capturou imagens em diferentes comprimentos de onda, permitindo que os pesquisadores vissem a mesma região do Sol através de vários filtros.
Combinando dados dos instrumentos EUI, AIA e IRIS, os pesquisadores buscaram construir uma imagem abrangente da evolução das FDs das partes mais frias da atmosfera solar até a corona muito mais quente. As observações foram feitas durante uma janela de observação específica, quando o Solar Orbiter estava posicionado para coletar dados ótimos.
Os resultados revelaram que as FDs, de fato, mostram variação significativa em brilho e aparência nas diferentes camadas da atmosfera solar. Ao observar essas variações, os cientistas puderam mapear como essas estruturas se formam, evoluem e, por fim, viajam para regiões mais quentes.
Acompanhando a Evolução das Fibrilas Dinâmicas
Para analisar o comportamento das FDs, os cientistas criaram mapas espaço-temporais mostrando os movimentos dessas características solares. Ao colocar fendas artificiais nos dados de observação, eles puderam acompanhar a evolução das FDs e sua intensidade ao longo do tempo.
Dessas observações, ficou evidente que as FDs exibem trajetórias parabólicas brilhantes, sugerindo uma natureza repetitiva em seu comportamento. Os pesquisadores identificaram várias categorias para as FDs observadas com base em sua visibilidade em diferentes canais de imagem.
Categorias de Fibrilas Dinâmicas
Categoria I: Essas FDs são visíveis apenas nas imagens de mais alta resolução. Elas normalmente aparecem mais escuras e mais condensadas do que outras características.
Categoria II: Essas FDs são vistas tanto nas observações do AIA quanto do IRIS. Elas mostram níveis de brilho variados ao longo de seu comprimento.
Categoria III: Nesta categoria, as FDs mostram sinais claros em todos os canais observados, embora possam aparecer fracas em algumas imagens.
Categoria IV: Essas exceções não se encaixam nas categorias anteriores e podem ser identificadas por suas aparências únicas que desafiam padrões típicos.
Mudanças Temporais no Brilho
O brilho das FDs foi monitorado cuidadosamente ao longo do tempo. Os cientistas notaram que, conforme uma FD sobe, seu brilho diminui até alcançar uma altura máxima. Uma vez ultrapassado esse pico, o brilho geralmente recupera, sugerindo que materiais se acumulam nas pontas dessas estruturas, aumentando sua visibilidade nas observações das temperaturas mais altas.
O Mecanismo Por Trás das Fibrilas Dinâmicas
Como as FDs conseguem alcançar temperaturas tão altas? O entendimento atual gira em torno da hipótese de choque, semelhante ao que se acredita para as espículas. À medida que pressão e energia se acumulam na atmosfera inferior, elas geram ondas de choque para cima, empurrando material solar para maiores alturas.
Essas FDs em movimento para cima, que podem aparecer como pontos brilhantes em imagens tiradas em temperaturas mais altas, são essencialmente estruturas mais frias da cromosfera. Suas aparências brilhantes em imagens tiradas em temperaturas mais altas podem ser atribuídas ao acúmulo de material solar e à dinâmica de energia em ação.
Direções Futuras na Pesquisa
Apesar de os cientistas terem avançado bastante na identificação das FDs e na compreensão de seus comportamentos, ainda há muitas perguntas a serem respondidas. A complexidade das dinâmicas solares exige observações contínuas e análises detalhadas dos dados coletados para fazer afirmações mais confiantes sobre a natureza das FDs na atmosfera solar.
Observações futuras podem envolver instrumentos adicionais ou técnicas de imagem aprimoradas capazes de revelar ainda mais os mistérios das fibrilas dinâmicas. Também é essencial explorar sua relação com espículas e outras características solares para construir uma imagem abrangente da atividade solar.
Ao empilhar vários conjuntos de dados e analisá-los meticulosamente, os pesquisadores esperam desvendar os segredos que cercam o comportamento das FDs, sua relação com os campos magnéticos solares e seu papel nas dinâmicas gerais da atmosfera solar.
Conclusão
As fibrilas dinâmicas são cruciais para entender o comportamento da atmosfera solar, particularmente em regiões ativas. As observações revelaram sua conexão com temperaturas coronais mais altas e o impacto que têm nas dinâmicas solares. Através de estudos coordenados com múltiplos instrumentos, os cientistas começaram a montar uma imagem mais clara de como essas estruturas operam enquanto transitam pela atmosfera solar.
Embora progressos tenham sido feitos, a pesquisa em andamento continua a desvendar as complexidades desses fenômenos solares fascinantes. O objetivo final continua a ser compreender o significado total das fibrilas dinâmicas no contexto mais amplo da atividade solar e seus efeitos no clima espacial.
Título: Evolution of dynamic fibrils from the cooler chromosphere to the hotter corona
Resumo: Dynamic fibrils (DFs) are commonly observed chromospheric features in solar active regions. Recent observations from the Extreme Ultraviolet Imager (EUI) aboard the Solar Orbiter have revealed unambiguous signatures of DFs at the coronal base, in extreme ultraviolet (EUV) emission. However, it remains unclear if the DFs detected in the EUV are linked to their chromospheric counterparts. Simultaneous detection of DFs from chromospheric to coronal temperatures could provide important information on their thermal structuring and evolution through the solar atmosphere. In this paper, we address this question by using coordinated EUV observations from the Atmospheric Imaging Assembly (AIA), Interface Region Imaging Spectrograph (IRIS), and EUI to establish a one-to-one correspondence between chromospheric and transition region DFs (observed by IRIS) with their coronal counterparts (observed by EUI and AIA). Our analysis confirms a close correspondence between DFs observed at different atmospheric layers, and reveals that DFs can reach temperatures of about 1.5 million Kelvin, typical of the coronal base in active regions. Furthermore, intensity evolution of these DFs, as measured by tracking them over time, reveals a shock-driven scenario in which plasma piles up near the tips of these DFs and, subsequently, these tips appear as bright blobs in coronal images. These findings provide information on the thermal structuring of DFs and their evolution and impact through the solar atmosphere.
Autores: Sudip Mandal, Hardi Peter, Lakshmi Pradeep Chitta, Sami K. Solanki, Regina Aznar Cuadrado, Udo Schühle, Luca Teriaca, Juan Martínez Sykora, David Berghmans, Frédéric Auchère, Susanna Parenti, Andrei N. Zhukov, Éric Buchlin, Cis Verbeeck, Emil Kraaikamp, Luciano Rodriguez, David M. Long, Krzysztof Barczynski, Gabriel Pelouze, Philip J. Smith
Última atualização: 2023-09-10 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2309.05101
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2309.05101
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao arxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.