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Insights sobre o aquecimento da corona solar e a dinâmica do vento

Analisando como a transferência de energia molda o vento solar.

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Índice

O aquecimento da corona solar, a camada externa da atmosfera do Sol, resulta no Vento Solar, um fluxo de partículas carregadas que escapam do Sol. Entender como esse aquecimento acontece é crucial na ciência do espaço. Nesse estudo, focamos nas taxas de calor no vento solar lento e como a energia é transferida da superfície do Sol para sua atmosfera externa.

O Vento Solar e a Corona Solar

O vento solar pode ser visto como um fluxo contínuo de partículas vindas do Sol. A corona, com temperaturas chegando a milhões de graus, desempenha um papel fundamental nesse processo. Quando as partículas ganham energia suficiente, conseguem escapar da gravidade do Sol e viajar pelo espaço.

O vento solar lento é caracterizado por velocidades mais baixas em comparação com outros fluxos de vento solar. Ele se move a velocidades de cerca de 300 a 500 quilômetros por segundo. O processo de aquecimento afeta essas velocidades e ajuda a manter a corona em temperaturas tão altas.

Observações e Ferramentas Usadas

Para estudar as taxas de aquecimento coronal, foram usados instrumentos avançados a bordo de duas espaçonaves: Solar Orbiter e Parker Solar Probe. Esses instrumentos permitiram que os cientistas examinassem a mesma área na corona solar de diferentes perspectivas. Essa combinação de dados oferece uma nova visão de como o vento solar recebe sua energia.

Com o instrumento Metis da Solar Orbiter capturando imagens à distância e o Parker Solar Probe medindo o ambiente local, os pesquisadores puderam estudar a dinâmica de energia na corona solar de forma eficaz.

Perdas de Energia no Vento Solar

Embora o vento solar carregue uma quantidade significativa de energia, nem toda essa energia é perdida no espaço. A maior parte da perda de energia ocorre mais perto do Sol do que as alturas tipicamente estudadas. A energia dissipada contribui para aquecer o plasma (o estado gasoso da matéria que contém partículas carregadas) e garantir que o vento continue fluindo para fora.

Observa-se que as perdas de energia são pequenas em comparação com a energia total carregada pelo vento solar. Entender as partes que se dissipam é essencial para pintar um quadro completo da dinâmica do vento solar.

Mecanismos de Transferência de Energia

A principal questão em torno do aquecimento coronal é como a energia é movida da fotosfera (a superfície visível do Sol) para a corona. Vários mecanismos físicos estão acreditados como envolvidos nesse processo.

Um mecanismo chave é a dissipação não ressonante da turbulência de baixa frequência. Isso envolve as interações entre o campo magnético e as partículas em movimento na corona. Aceita-se que essas interações desempenham um papel crucial em aumentar a temperatura, permitindo que as partículas escapem da atração do Sol.

Para os fluxos mais lentos, a energia térmica contribui mais para a aceleração. No entanto, para fluxos mais rápidos, energia adicional é necessária para dar o impulso necessário na velocidade.

Desafios na Medição

Uma das principais dificuldades em estudar o aquecimento coronal é medir as taxas de transferência de energia e como elas mudam com a distância do Sol. Métodos tradicionais se basearam em suposições ou modelos numéricos que podem não fornecer dados observacionais diretos.

A falta de medições sobre campos magnéticos e os movimentos turbulentos do plasma dificultaram nossa compreensão. A maioria dos modelos assume certas funções de aquecimento que diminuem com a altura, o que pode não representar com precisão as condições reais.

Observações Remotas e Seu Impacto

Observações remotas ajudam a derivar parâmetros importantes necessários para modelar o vento solar. Os dados coordenados das duas espaçonaves permitem que os cientistas façam medições diretas e refinem os modelos existentes.

Durante um alinhamento específico das duas espaçonaves, os pesquisadores conseguiram estimar com sucesso a taxa de deposição de energia na corona solar sem se basear em suposições ou modelos. Esses estudos observacionais permitem uma compreensão mais fundamentada das taxas de aquecimento reais.

Modelos Empíricos

Resolvendo as equações básicas da teoria do vento solar, os cientistas podem derivar modelos que descrevem como o vento solar se comporta com base nos dados observados. Esses modelos empíricos ligam a velocidade, densidade e taxas de aquecimento diretamente às medições feitas pelas espaçonaves.

Os modelos preenchem lacunas onde os métodos tradicionais falharam e fornecem uma representação mais precisa dos processos de aquecimento em jogo na corona.

O Papel das Ondas Alfvén

Ondas Alfvén são um tipo de onda magnética observável na atmosfera solar. Elas carregam energia e podem ajudar no aquecimento da corona solar. Ao observar essas ondas e entender sua dinâmica, os pesquisadores podem até prever áreas onde o aquecimento pode ser mais eficaz.

A energia contida nessas ondas contribui para o aquecimento geral do plasma e, assim, desempenha um papel significativo na manutenção das altas temperaturas da corona.

Combinando Observações Remotas e Locais

A posição única das espaçonaves durante períodos específicos de observação permite uma análise detalhada dos processos corais. Em particular, a capacidade de medir tanto as condições locais quanto visualizar a corona de longe ajuda a fornecer insights abrangentes sobre como a energia é transportada e dissipadas.

Essa combinação de dados locais e remotos é essencial para refinar nossa compreensão do vento solar e seus processos de aquecimento.

Conclusão

O aquecimento da corona solar é um processo complexo que afeta significativamente o vento solar. Observações recentes usando espaçonaves avançadas forneceram insights críticos sobre como esse aquecimento ocorre.

Ao medir diretamente as taxas de transferência de energia e combinar dados de vários instrumentos, os pesquisadores estão ganhando uma compreensão mais clara do comportamento da corona solar. O trabalho enfatiza a importância dos dados observacionais para refinar modelos e entender a física fundamental por trás dos processos solares.

À medida que nossos instrumentos e métodos melhoram, também melhorará nosso conhecimento sobre o Sol e sua influência no sistema solar. Entender essas dinâmicas não é apenas uma questão de ciência; tem implicações para o clima espacial e seus possíveis impactos na Terra.

Fonte original

Título: Coronal Heating Rate in the Slow Solar Wind

Resumo: This Letter reports the first observational estimate of the heating rate in the slowly expanding solar corona. The analysis exploits the simultaneous remote and local observations of the same coronal plasma volume with the Solar Orbiter/Metis and the Parker Solar Probe instruments, respectively, and relies on the basic solar wind magnetohydrodynamic equations. As expected, energy losses are a minor fraction of the solar wind energy flux, since most of the energy dissipation that feeds the heating and acceleration of the coronal flow occurs much closer to the Sun than the heights probed in the present study, which range from 6.3 to 13.3 solar radii. The energy deposited to the supersonic wind is then used to explain the observed slight residual wind acceleration and to maintain the plasma in a non-adiabatic state. As derived in the Wentzel-Kramers-Brillouin limit, the present energy transfer rate estimates provide a lower limit, which can be very useful in refining the turbulence-based modeling of coronal heating and subsequent solar wind acceleration.

Autores: Daniele Telloni, Marco Romoli, Marco Velli, Gary P. Zank, Laxman Adhikari, Cooper Downs, Aleksandr Burtovoi, Roberto Susino, Daniele Spadaro, Lingling Zhao, Alessandro Liberatore, Chen Shi, Yara De Leo, Lucia Abbo, Federica Frassati, Giovanna Jerse, Federico Landini, Gianalfredo Nicolini, Maurizio Pancrazzi, Giuliana Russano, Clementina Sasso, Vincenzo Andretta, Vania Da Deppo, Silvano Fineschi, Catia Grimani, Petr Heinzel, John D. Moses, Giampiero Naletto, Marco Stangalini, Luca Teriaca, Michela Uslenghi, Arkadiusz Berlicki, Roberto Bruno, Gerardo Capobianco, Giuseppe E. Capuano, Chiara Casini, Marta Casti, Paolo Chioetto, Alain J. Corso, Raffaella D'Amicis, Michele Fabi, Fabio Frassetto, Marina Giarrusso, Silvio Giordano, Salvo L. Guglielmino, Enrico Magli, Giuseppe Massone, Mauro Messerotti, Giuseppe Nisticò, Maria G. Pelizzo, Fabio Reale, Paolo Romano, Udo Schühle, Sami K. Solanki, Thomas Straus, Rita Ventura, Cosimo A. Volpicelli, Luca Zangrilli, Gaetano Zimbardo, Paola Zuppella, Stuart D. Bale, Justin C. Kasper

Última atualização: 2023-06-19 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2306.10819

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2306.10819

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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