Desafios da amamentação exclusiva para mães soropositivas
As barreiras dificultam a amamentação entre mães HIV-positivas na África Subsaariana.
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Índice
A Nutrição adequada para bebês é super importante, principalmente nos primeiros dois anos de vida. Esse período é chave para o crescimento e desenvolvimento, e pode afetar a saúde no futuro. As organizações de saúde recomendam amamentar exclusivamente nos primeiros seis meses, introduzir outros alimentos até os 12 meses e continuar amamentando por até dois anos. Infelizmente, na África Subsaariana, só cerca de 41% dos bebês são amamentados exclusivamente durante os seis meses recomendados.
Na Tanzânia, a taxa de Amamentação Exclusiva aumentou, mas ainda rolam desafios. Muitas mães enfrentam situações difíceis que dificultam seguir as recomendações de amamentação. Um grande problema é o HIV/AIDS, que complica as práticas de alimentacão. Mesmo com os muitos benefícios da amamentação, as mães ficam preocupadas em transmitir HIV para os filhos. Em 2017, muitas crianças foram infectadas com HIV durante a amamentação, mostrando os riscos envolvidos.
Alguns tratamentos médicos podem reduzir a chance de passar HIV para os bebês através da amamentação. No entanto, as mães geralmente têm dificuldade em manter o tratamento médico consistente enquanto amamentam. Em países mais ricos, as mães geralmente são aconselhadas a não amamentar após o parto se forem HIV positivas. Já as mães em países de baixa e média renda costumam ter opções limitadas, levando a taxas mais altas de doenças e mortes em crianças pequenas.
Barreiras para Amamentação Exclusiva
Apesar de saberem da importância da amamentação exclusiva, muitas mães enfrentam desafios que as impedem de seguir as recomendações. Vários fatores contribuem para esse problema, incluindo questões pessoais, domésticas e comunitárias.
Barreiras Individuais
Carga de Trabalho: Muitas mães acham difícil amamentar por conta das demandas do trabalho. Horas longas, como as de uma empregada que trabalha 12 horas, deixam pouco tempo para amamentar. Algumas mães ficam nervosas em deixar os bebês com outras pessoas para serem alimentados, com medo de que introduzam alternativas inseguras.
Mães Jovens: Mães adolescentes costumam ter dificuldade em seguir as recomendações de alimentação. Elas muitas vezes confiam mais nos conselhos de amigas do que em orientações médicas, levando a práticas de alimentação mista em vez de amamentação exclusiva.
Saúde Mental: A depressão pós-parto pode afetar bastante. Mães que se sentem sobrecarregadas e sem apoio tendem a negligenciar suas próprias necessidades e as de seus bebês. Essa negligência pode contribuir para uma baixa produção de leite e falta de interesse em amamentar.
Problemas de Saúde: Questões como infecções mamárias podem impedir que as mães amamentem. Elas podem ser aconselhadas a limitar a amamentação do seio afetado, complicando mais a situação.
Barreiras Domésticas
Insegurança Alimentar: Muitas mães não têm acesso a comida nutritiva o suficiente, o que afeta muito a capacidade de produzir leite. Refeições limitadas podem levar as mães a considerar alternativas para seus bebês, fazendo com que deixem de amamentar exclusivamente.
Influência Familiar: A decisão sobre a alimentação geralmente fica a cargo dos parceiros homens ou de membros da família. Algumas mães confiam em conselhos ultrapassados ou errados de familiares em vez de buscar orientação médica adequada.
Divulgação do HIV: Muitas mães não revelam seu estado de HIV para os parceiros ou familiares. Essa falta de divulgação pode levar a menos apoio em casa e contribuir para práticas ruins de amamentação exclusiva.
Barreiras Comunitárias
- Retenção em Programas de Apoio: Muitas mães desistem de programas que ajudam a cuidar da saúde e apoiar a amamentação após o parto. Essa desistência muitas vezes se dá pelo desejo de manter seu estado de HIV em segredo, o que dificulta receber apoio contínuo.
Descobertas e Recomendações
Esses fatores mostram que muitas barreiras impedem mães HIV positivas de praticar a amamentação exclusiva. Enfrentar esses desafios requer uma abordagem ampla que inclua apoio individual, educação domiciliar e envolvimento comunitário.
Apoio no Trabalho: Os empregadores devem oferecer instalações para amamentação e permitir horários flexíveis para novas mães. Proporcionar apoio no trabalho pode ajudar as mães a manterem a amamentação.
Educação para Mães Jovens: Campanhas de educação direcionadas devem focar em mães mais jovens para que entendam a importância da amamentação exclusiva e desafiem a pressão dos colegas.
Apoio à Saúde Mental: Oferecer recursos de saúde mental para novas mães pode ajudá-las a lidar com a depressão pós-parto e melhorar o cuidado com seus bebês.
Programas de Nutrição: Iniciativas comunitárias voltadas para melhorar o acesso à comida podem ajudar a garantir que as mães tenham a nutrição necessária para amamentar.
Envolvimento dos Membros da Família: Engajar parceiros homens e familiares em discussões sobre alimentação infantil pode ajudar a criar um ambiente de apoio para as mães.
Retenção em Programas de Saúde: Estratégias devem ser implementadas para manter as mães engajadas em serviços de saúde, garantindo que recebam o apoio necessário para praticar a amamentação exclusiva com sucesso.
Conclusão
Apoiar as mães, especialmente aquelas que são HIV positivas, é crucial para garantir que os bebês recebam a melhor nutrição através da amamentação exclusiva. Ao enfrentar as barreiras que dificultam a amamentação, as comunidades podem impactar positivamente tanto a saúde materna quanto a infantil.
Título: Infant and Young Child Feeding in the Context of HIV: An Exploration of Barriers in Exclusive Breastfeeding Practice in Dar es Salaam, Tanzania.
Resumo: BackgroundEnsuring optimal nutrition through early breastfeeding is vital for infant mental development and overall health. HIV infections complicate decisions regarding exclusive breastfeeding, jeopardizing effective infant and young child feeding, which affects nutrition and health outcomes. Recognizing the lack of evidence on barriers to infant feeding in the context of HIV in Tanzania, this study was conducted to explore individual, household, and community obstacles in the Ilala district, Dar es Salaam. MethodsThe study used a hospital-based qualitative approach, focusing on HIV-positive mothers with infants aged 3-6 months in Dar es Salaam city. This involved reviewing mothers files, conducting interviews with them, and interviewing Reproductive and Child Health clinics (RCH) and community healthcare providers. In total, 27 In-depth interviews were conducted until data saturation was reached, and thematic analysis was used to analyze collected data. FindingsThe study identified various barriers to exclusive breastfeeding, encompassing individual factors like work schedules, postpartum depression, and breast conditions. On the household level, barriers included limited access to resources, family influence, and HIV status disclosure reluctance due to stigma. In the community, low retention in the Prevention of Mother-to-Child Transmission (PMTCT) programs plays a pivotal role in hindering exclusive breastfeeding support for HIV-positive mothers. Conclusion and RecommendationsHIV-positive mothers face diverse barriers ranging from individual, household, and community-based barriers. Policies supporting breastfeeding, early detection of postnatal depression and breast problems, and peer support for young mothers are of paramount importance. Food insecurity and HIV stigma should be tackled through income-generating activities, family involvement in PMTCT programs, and awareness campaigns. Community-based counselors play a crucial role in supporting HIV-positive mothers in their exclusive breastfeeding journey to improve PMTCT care retention.
Autores: Goodluck Augustino, A. Anaeli, B. Sunguya
Última atualização: 2023-12-26 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.21.23300402
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.21.23300402.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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