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O Impacto da Malária na Nigéria: Enfrentando o Desafio

A Nigéria tá lutando contra altas taxas de malária com mosquiteiros e iniciativas de saúde pública.

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A malária é um problema de saúde sério em todo o mundo, causando milhões de casos e muitas mortes todo ano. Em 2021, foram cerca de 247 milhões de casos e em torno de 619 mil mortes por malária. A maioria desses casos está na África Subsaariana, onde países como a Nigéria são particularmente afetados. Crianças com menos de cinco anos representam uma grande parte das mortes por malária.

Malária na Nigéria

A Nigéria enfrenta a maior carga de malária do mundo, respondendo por quase 27% dos casos de malária registrados globalmente. Em 2021, a Nigéria reportou cerca de 68 milhões de casos e 194 mil mortes por causa da malária. Isso representa uma preocupação grave de saúde pública, com implicações econômicas significativas, já que o país perde cerca de 1,1 bilhão de dólares todo ano por causa dessa doença.

Esforços para Combater a Malária

Para lutar contra a malária, várias estratégias foram implementadas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma série de métodos voltados para prevenir a malária e reduzir seu impacto. Alguns desses métodos incluem:

  • Pulverização de inseticidas dentro das casas
  • Distribuição de redes tratadas com inseticidas (RTIs)
  • Fornecimento de medicamentos preventivos durante certas temporadas
  • Testes rápidos para malária
  • Uso de um tipo específico de medicamento chamado terapias combinadas baseadas em artemisinina

Recentemente, vacinas contra a malária também foram adicionadas a essas estratégias. Embora esses métodos sejam eficazes, eles podem ser caros para implementar. Entre essas estratégias, o uso de redes tratadas com inseticidas se mostrou o mais econômico, salvando mais da metade dos casos de malária e reduzindo as mortes infantis em cerca de 27%. Nos últimos vinte anos, as RTIs contribuíram significativamente para a redução dos casos de malária, especialmente de 2005 a 2015.

Importância das RTIs

Usar RTIs é uma parte chave do plano da OMS para reduzir a transmissão da malária, especialmente em áreas onde a malária é comum, como na África Subsaariana. Para proteger famílias em risco, houve um aumento notável na distribuição de RTIs, focando em Mulheres Grávidas e crianças com menos de cinco anos.

Em 2000, a Declaração de Abuja foi assinada por 44 países africanos, comprometendo-se a reduzir as mortes relacionadas à malária pela metade até 2010 e a proteger uma porcentagem significativa de mulheres grávidas e crianças pequenas com RTIs. Estudos mostram que quando mais de 70% das pessoas usam RTIs em uma comunidade, isso leva a uma redução nos casos de malária e nas mortes infantis.

O Plano Estratégico Nacional de Malária da Nigéria tem como objetivo melhorar o acesso e uso de métodos de prevenção da malária para 80% da população-alvo até 2025. Esse plano inclui metas para reduzir as mortes por malária, diminuir o número de parasitas da malária em crianças pequenas e aumentar a posse e o uso de RTIs.

Progresso na Nigéria

Nos últimos dez anos, a Nigéria fez progressos em aumentar o uso de RTIs entre crianças menores de cinco anos e mulheres grávidas. Várias estratégias foram empregadas, incluindo campanhas de distribuição em massa e programas comunitários, para aumentar o uso de RTIs. No entanto, ainda existem lacunas, com algumas famílias sem acesso a RTIs.

Fatores que influenciam o uso de RTIs incluem acesso à saúde, riqueza familiar, nível de educação e conscientização sobre a malária e as RTIs. Estudos recentes se concentraram em identificar fatores demográficos que influenciam o uso de RTIs entre crianças menores de cinco anos e mulheres grávidas na Nigéria.

Visão Geral do Estudo

Uma análise recente usou dados da Pesquisa de Indicadores de Malária da Nigéria realizada em 2021. Essa pesquisa coletou informações sobre a posse de RTIs nas casas e o número de crianças dormindo sob RTIs. Também coletou detalhes sobre o contexto econômico e social da família.

A pesquisa entrevistou 14.476 mulheres de 15 a 49 anos de 13.727 lares. A análise foi feita em duas partes: primeiro, examinando a posse de RTIs nas casas e, em segundo, avaliando o uso de RTIs entre crianças pequenas e mulheres grávidas.

Descobertas sobre a Posse de RTIs

A análise revelou que 56% dos lares nigerianos tinham pelo menos uma RTI. Com a média de compartilhamento, isso sugere que cerca de 25% das casas tinham RTIs suficientes para cobrir todos os membros. Houve uma conexão clara entre a posse de RTIs e vários fatores: viver em áreas rurais, regiões específicas da Nigéria e riqueza familiar.

Famílias rurais e aquelas de certas regiões do norte apresentaram maior posse de RTIs, enquanto lares mais ricos tendiam a ter menos RTIs.

Uso de RTIs entre Crianças Menores de Cinco Anos

Apenas 41,4% das crianças menores de cinco anos dormiram sob uma RTI na noite anterior à pesquisa. Fatores como a idade da criança, local de residência, região e riqueza da família impactaram a probabilidade de usar uma RTI. Crianças mais novas tinham maior chance de dormir sob uma RTI. Crianças que viviam em áreas rurais e aquelas de certas regiões do norte tinham uma probabilidade maior de usar RTIs. Famílias com níveis de renda mais baixos eram mais propensas a fazer com que suas crianças pequenas dormissem sob RTIs em comparação com famílias mais ricas.

Uso de RTIs entre Mulheres Grávidas

Cerca da metade das mulheres grávidas entrevistadas usaram uma RTI. Assim como nas descobertas para crianças, vários fatores sociais e econômicos influenciaram o uso de RTIs. Mulheres grávidas de certas regiões do norte tinham mais chances de dormir sob uma RTI. Curiosamente, mulheres com níveis de educação mais altos eram menos propensas a usar RTIs, enquanto aquelas de grupos de menor riqueza tinham taxas de uso mais altas.

Tendências na Posse e Uso de RTIs

Na última década, a posse de RTIs nos lares da Nigéria aumentou de 8% em 2008 para 69% em 2015, mas caiu para 56% em 2021. Essa queda é parcialmente atribuída à pandemia de COVID-19, que afetou alguns ganhos anteriores. Comparativamente, outros países da África Subsaariana relataram taxas de posse de RTIs mais altas.

O aumento na posse de RTIs pode ser relacionado a estratégias eficazes de controle da malária, incluindo campanhas de distribuição em massa. A maioria das RTIs nos lares nigerianos foi obtida por meio dessas campanhas, com algumas adquiridas em mercados e visitas a serviços de saúde.

Disparidades Regionais

A análise destacou diferenças regionais notáveis na posse e uso de RTIs. Lares rurais apresentaram taxas de posse ligeiramente mais altas em comparação com os urbanos, enquanto a posse foi maior na região Norte-Oeste e menor no Sul-Leste. Além disso, lares com menor riqueza eram mais propensos a ter RTIs.

Abordando Lacunas no Uso de RTIs

As descobertas mostram que, embora a Nigéria tenha feito progressos em melhorar o uso de RTIs, lacunas significativas ainda existem, especialmente entre crianças menores de cinco anos e mulheres grávidas. O monitoramento contínuo e a adaptação das estratégias de intervenção contra a malária são necessários para abordar essas lacunas.

Conclusão

Embora a Nigéria tenha melhorado o uso de RTIs entre os grupos-alvo, alcançar a meta de cobertura universal continua sendo um desafio. Os esforços devem se concentrar em abordar disparidades regionais, melhorar o acesso à saúde, expandir programas de distribuição e fortalecer a educação relacionada à prevenção da malária. Essas medidas são essenciais para garantir um progresso consistente no combate à malária e na proteção das populações vulneráveis na Nigéria.

Fonte original

Título: Assessment of Socio-Demographic factors associated with the Utilization of Insecticide-Treated Nets (ITNs) Among Children Under-5 years old and Pregnant Women in Nigeria: A secondary analysis of NMIS data

Resumo: Malaria remains a persistent global health challenge, particularly in sub-Saharan Africa, with Nigeria shouldering a disproportionate burden. Despite extensive interventions, insecticide-treated nets (ITNs) have emerged as a cost-effective tool in the World Health Organizations malaria control strategy. Utilizing data from the 2021 Nigeria Malaria Indicator Survey, this study explores socio-demographic determinants influencing ITN utilization among specific cohorts--children under-5 years and pregnant women. Findings indicate that 56% of Nigerian households possessed at least one ITN, with significant utilization observed among rural households, households from the North West and North East geopolitical zones, and households in the second and lowest wealth quintiles (p

Autores: Emmanuel Babagbotemi Omole, O. S. Ndukwe

Última atualização: 2024-01-03 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.30.23299264

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.30.23299264.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

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