Novas Ideias sobre a Variabilidade e Controle do Movimento
A pesquisa destaca a importância do timing nos comandos musculares para melhorar os movimentos.
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Índice
Atletas e músicos impressionam a gente com suas habilidades rápidas e precisas. Temos algumas ideias sobre como o cérebro ajuda a acelerar os movimentos. Essas ideias incluem maneiras de o cérebro organizar as ações pra torná-las mais eficientes ou se preparar com antecedência para essas ações. No entanto, ainda não entendemos totalmente como a prática ajuda a reduzir as diferenças nos resultados dos movimentos. Pesquisadores apontaram que alguns fatores levam a essas diferenças, como o ruído nos sinais que nossos músculos usam e erros na estimativa do movimento.
Variabilidade no movimento?
O que causa aUm dos fatores que causa variabilidade no movimento é o ruído dependente do sinal (RDS), que é o ruído nos sinais musculares que aumenta com a força aplicada. Outro fator é o ruído sensorial durante a fase de planejamento, que pode ser o ruído espacial (RE). Isso acontece quando o cérebro erra ao avaliar a distância até um alvo. O ruído temporal (RT) também é um contribuinte, afetando o Tempo dos movimentos e causando flutuações que levam a diferenças em quanto tempo os movimentos levam.
Estudos recentes sugerem que essas fontes podem não explicar totalmente por que os movimentos variam. Por exemplo, o RDS geralmente é medido como cerca de 2% da força aplicada, enquanto simulações dizem que pelo menos 20% é necessário pra imitar variações humanas nos movimentos. Embora o RE contribua para a variabilidade, seu impacto costuma ser muito pequeno quando tanto a mão quanto o alvo estão visíveis. Da mesma forma, enquanto o RT afeta a variabilidade do movimento, parece ter um papel menor que o RDS em ações de alcançar simuladas. Assim, esses fatores não conseguem explicar totalmente diferenças significativas nos movimentos.
Uma nova perspectiva sobre a variabilidade do movimento
Proponho uma nova ideia, chamada teoria de volatilidade no tempo de comando (VTC), que sugere que flutuações no tempo dos comandos enviados a cada músculo desempenham um papel importante na variabilidade dos movimentos. Pra testar isso, realizamos três experimentos.
No primeiro experimento, participantes saudáveis fizeram movimentos discretos com os cotovelos. Comparamos a variabilidade observada da força que eles aplicaram com as previsões das teorias existentes e nossa teoria VTC. O segundo experimento estudou a variabilidade durante ações contínuas, como empurrar algo, pra ver se a teoria VTC também se aplicava. O terceiro experimento envolveu estimar a variabilidade do tempo desenhando círculos com ambas as mãos pra identificar as diferenças entre as mãos dominante e não-dominante.
Experimentos e descobertas
No primeiro experimento, os participantes estenderam os cotovelos em direção a um alvo, e medimos a força que eles aplicaram. Descobrimos que a variabilidade da força mostrava três picos, que não bateram com as previsões das teorias RDS e RE, mas se alinharam com as teorias RT e VTC. Pra distinguir entre RT e VTC, analisamos como o tempo da atividade muscular variou. A teoria VTC previa que esse tempo variaria independentemente para cada músculo, enquanto RT esperaria uma correlação. Nossos resultados corresponderam à teoria VTC, com baixa correlação na variabilidade do tempo entre os músculos.
No segundo experimento, os participantes usaram os braços esquerdo e direito pra empurrar uma alça de maneira rítmica. Descobrimos que a variabilidade no tempo dos músculos era diferente entre os braços dominante e não-dominante. O braço com menos variabilidade no tempo produziu movimentos mais consistentes. Isso sugeriu que o braço dominante tem um controle melhor porque seus músculos têm menos ruído temporal.
Em seguida, criamos um índice de variabilidade pra relacionar a variabilidade temporal dos músculos com a lateralidade. Ao fazer os participantes desenharem círculos usando um smartphone, descobrimos que a variabilidade no tempo dos braços esquerdo e direito estava realmente relacionada à lateralidade. A mão dominante mostrou menos variabilidade nos movimentos em comparação com a mão não-dominante.
O papel da volatilidade no tempo
Nossas descobertas apontam pra volatilidade no tempo dos músculos como um fator-chave na produção de movimentos consistentes. Parece que, quando os comandos musculares são enviados de forma mais precisa, os movimentos se tornam menos variáveis e mais precisos. Essa relação foi destacada em todos os experimentos, mostrando que reduzir a volatilidade no tempo melhora o desempenho.
Observamos que ambos os braços mostraram variabilidade durante as tarefas, mas o braço dominante se saiu melhor. O braço não-dominante apresentou mais variabilidade no tempo, resultando em movimentos menos precisos. Essa diferença na estabilidade do tempo sugere que quem pratica um movimento de forma consistente tende a ter um controle e coordenação melhores.
Impactos de condições neurológicas
Explorar como a volatilidade no tempo afeta o movimento também pode esclarecer certas condições neurológicas, como a doença de Huntington, a doença de Parkinson e desordens ligadas ao cerebelo. Essas condições costumam levar a problemas de movimento devido a um timing prejudicado. Hipotetizamos que um aumento na variabilidade do tempo poderia ligar essas condições a problemas de movimento semelhantes.
Pra investigar isso mais a fundo, simulamos movimentos de alcance em um modelo de computador. Aumentamos deliberadamente a variabilidade do tempo dentro do modelo pra ver como os movimentos mudavam. Os resultados mostraram que, à medida que a variabilidade do tempo aumentava, as trajetórias dos movimentos se tornavam menos diretas e mais erráticas, imitando os tipos de movimentos vistos em indivíduos com distúrbios neurológicos.
Analisando a coordenação do movimento
Com esses resultados, tivemos insights sobre como a volatilidade no tempo dos comandos poderia afetar a coordenação motora de uma forma mais ampla. A relação entre variabilidade no tempo e execução do movimento parece ter implicações que vão além do controle motor normal, potencialmente oferecendo explicações para sintomas motores observados em certas condições.
Esse entendimento nos aproxima de entender como o cérebro aprende a controlar os movimentos de forma eficiente e como atrasos no timing dos comandos podem levar a inconsistências na execução. Estamos apenas começando a descobrir as redes neurais envolvidas na formação desses comandos de tempo precisos, e isso pode abrir novos caminhos de pesquisa voltados para melhorar técnicas de reabilitação para pessoas com dificuldades de controle motor.
Implicações para o aprendizado de habilidades
No geral, nosso estudo indica que focar no tempo de ativação muscular pode ser crucial para o aprendizado de habilidades. Quando os indivíduos aprendem um movimento, se concentrar na precisão do tempo pode levar a uma redução na variabilidade do movimento sem sacrificar a velocidade. Isso é especialmente relevante pra atletas e músicos que dependem de movimentos rápidos e precisos.
Além disso, entender a base neural do timing dos comandos pode nos ajudar a decifrar os mecanismos subjacentes que permitem que um treinamento específico refine essas habilidades. À medida que continuamos explorando esses conceitos, podemos encontrar maneiras de aplicar esse conhecimento não apenas em esportes ou música, mas também em contextos terapêuticos pra melhorar a recuperação da função motora.
Conclusão
Resumindo, nossa pesquisa enfatiza a importância da volatilidade no tempo dos comandos musculares como um contribuinte significativo para a variabilidade do movimento. Com mais investigações, esperamos esclarecer como essas descobertas podem levar a melhores estratégias de treinamento, aprimoramento de desempenho e reabilitação, enriquecendo nossa compreensão geral do movimento humano. Ao conectar essas ideias com impactos neurológicos mais amplos, podemos abrir caminho para novos tratamentos e melhorar a qualidade de vida daqueles que lidam com transtornos de movimento.
Ao focar no papel do timing preciso no controle, podemos obter insights valiosos sobre como melhor apoiar o desenvolvimento de habilidades e enfrentar os desafios enfrentados por indivíduos com condições neurológicas. Com pesquisas em andamento nessa área, o caminho à frente promete muito para aprimorar nossa compreensão das habilidades de controle motor humano.
Título: Minimizing command timing volatility is a key factor in skilled actions
Resumo: Variability between movements prevents the best athletes from making a perfect shot every time. While fluctuations in the amplitude of neural sensory inputs and motor outputs are thought to be primarily responsible, they only account for a fraction of the observed variability. Here, we propose that a significant portion of the variability is due to imprecisely timed motor commands. This command timing volatility theory best explained the three peaks observed in the force variabilitys time-series in discrete reaching movements and during periodic force control. Furthermore, we show how the timing volatility in the non-dominant arms muscles is larger than in the dominant arm, then develop a variability index that estimates the arms timing volatility via its variability during circle tracing. The difference in the variability index between the left and right hands accurately predicts the Edinburgh Quotient, suggesting a relationship between handedness and the command timing volatility of the left- and right-hands. Lastly, we constructed a simulation of reaching movements made by an arm controlled by muscles whose command timing was made incrementally more volatile. As timing volatility increased, aiming became less precise and movements jerkier. Such impairments during reaching are reported in patients with different neuronal diseases that damage any brain regions critical to motor timing, suggesting that essential aspects of these symptoms may be caused by excessive timing volatility. Our theory provides a unifying computational perspective of movement variability in healthy and diseased individuals that is essential to understanding the control of movements.
Autores: Atsushi Takagi, S. Ito, H. Gomi
Última atualização: 2024-06-12 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.11.598574
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.11.598574.full.pdf
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