Entendendo Infecções Periprotéticas Após Substituição do Quadril
Este estudo analisa tratamentos para infecções após cirurgias de substituição de quadril.
― 7 min ler
Índice
A artroplastia total do quadril, que é basicamente a cirurgia de troca de quadril, é um procedimento comum usado pra aliviar a dor e melhorar a função em quem tem problemas no quadril. Com o passar dos anos, o número dessas cirurgias só tem aumentado. Por exemplo, no Canadá, mais de 1,3 bilhão de dólares foi gasto em cirurgias de troca de quadril e joelho entre 2020 e 2021. E olhando pra frente, as projeções indicam que os custos vão disparar pra mais de 5,3 bilhões de dólares na Austrália até 2030. Isso tudo mostra como é importante entender mais sobre as cirurgias de troca de quadril.
Embora muitos pacientes tenham bons resultados, rola o risco de complicações, uma delas é a infecção de articulação periprotética (IAPP). Estudos mostram que as taxas de IAPP estão aumentando, o que faz com que mais pacientes precisem passar por cirurgias adicionais por causa das infecções. Esse aumento pode ser real, por fatores como pacientes mais velhos ou mais doentes, ou pode ser só uma aparente elevação por conta de melhores métodos de detecção e relato. As IAPPs podem ser bem sérias pros pacientes, causando estresse emocional, perda de função e, em alguns casos, até morte.
Aqui, a gente vai dar uma olhada em como as IAPPs são tratadas após uma troca de quadril. Vamos explicar os diferentes métodos de cirurgia de revisão e os desafios de lidar com esse tipo de infecção.
Tipos de Cirurgia de Revisão pra IAPP
Quando pacientes desenvolvem IAPPs após a troca de quadril, existem diferentes formas de tratar. As principais abordagens são:
Desbridamento, Antibióticos e Retenção do Implante (DAIR): Esse método é usado quando a infecção é detectada cedo e o tecido ao redor não foi muito danificado. A ideia é limpar a infecção mantendo a maior parte do implante original. Isso envolve substituir apenas algumas partes do implante em vez de trocar tudo.
Revisão em uma etapa: Nesse método, todos os componentes antigos são retirados e novos são colocados na mesma cirurgia. Essa abordagem é escolhida quando a infecção é controlável.
Revisão em duas etapas: Esse método envolve um processo em duas etapas. Primeiro, todos os componentes são removidos e um espaçador temporário é colocado. Depois de um longo tratamento com antibióticos, uma segunda cirurgia é realizada pra substituir o implante. Os espaçadores podem ser feitos de vários materiais, incluindo cimento com antibióticos, pra ajudar a combater a infecção.
Embora o método em duas etapas seja geralmente preferido pra infecções crônicas, alguns estudos sugerem que as revisões em uma etapa também podem trazer bons resultados. Um estudo descobriu que 70% dos procedimentos DAIR foram bem-sucedidos.
O Desafio de Diagnosticar e Tratar IAPP
Diagnosticar e tratar IAPPs envolve muitos fatores, tornando o processo bem complexo. Com o tempo, houve discussões entre especialistas pra aprimorar as diretrizes de manejo de IAPP. No entanto, não tá claro se essas novas diretrizes estão sendo amplamente aplicadas na prática médica do dia a dia.
Nosso objetivo é acompanhar as tendências de como as IAPPs são tratadas após as trocas de quadril. Vamos categorizar os tipos de cirurgias de revisão em DAIR, uma etapa e duas etapas. Além disso, a gente vai analisar o risco de precisar de uma segunda cirurgia depois de cada tipo de tratamento.
Design do Estudo e Coleta de Dados
Esse estudo vai usar dados da Dinamarca, onde a saúde é acessível pra todos os residentes sem custo. A maioria das cirurgias rola em hospitais públicos, embora as clínicas privadas estejam se tornando mais comuns.
A gente vai examinar dados de departamentos ortopédicos tanto públicos quanto privados de 1995 a 2022. Vamos acompanhar os pacientes desde o dia da primeira troca de quadril até eles morrerem ou fazerem a primeira cirurgia de revisão. Os pacientes vão ser seguidos por até 28 anos, garantindo uma visão completa das suas jornadas médicas.
Quem Está Incluído no Estudo?
Vamos incluir todos os pacientes adultos (18 anos ou mais) que fizeram uma THA primária durante o período do estudo. Cada paciente pode contribuir com dados por cada quadril que teve trocado. Vamos excluir aqueles que fizeram hemiartroplastia ou cirurgias simultâneas em ambos os quadris.
Fontes de Dados
Os dados pra esse estudo vão vir do Registro Dinamarquês de Artroplastia do Quadril (DHR). Esse registro contém registros de todas as cirurgias de quadril na Dinamarca, garantindo dados abrangentes. Os cirurgiões precisam reportar suas cirurgias, levando a uma alta precisão nas informações coletadas. Além disso, os dados do DHR são verificados em um outro registro nacional, garantindo ainda mais confiabilidade.
Tipos de Dados que Vamos Analisar
Vamos rastrear o número total de pacientes que passaram por cirurgia de revisão, focando nas razões por trás dessas revisões. Nosso principal interesse vai ser o número anual de cirurgias de revisão relacionadas a IAPP, divididas nos três métodos cirúrgicos principais: DAIR, uma etapa e duas etapas.
A gente também vai classificar as cirurgias de revisão com base em quão rápido aconteceram após a cirurgia inicial:
- Dentro de 4 semanas
- Entre 4 e 12 semanas
- Mais de 12 semanas
Por fim, vamos avaliar o risco de precisar de uma segunda cirurgia após cada tipo de revisão.
Métodos de Análise
Pra gerenciar os dados de forma eficiente, vamos organizar os pacientes com base em qual cirurgia de quadril eles tiveram (direita ou esquerda). A análise vai ser feita usando o software estatístico R. O risco de precisar de uma segunda revisão vai ser avaliado usando um método estatístico detalhado, levando em conta idade e sexo.
A gente planeja apresentar nossas descobertas de forma clara. Isso vai incluir diagramas mostrando como os pacientes se moveram pelo estudo e gráficos ilustrando o risco de uma segunda revisão com base no tipo inicial de cirurgia.
Forças e Limitações do Estudo
Uma grande força desse estudo é que ele vai dar uma visão sobre vários métodos de tratamento das IAPPs, em vez de focar só em uma abordagem. Os dados cobrem um período longo, permitindo uma melhor compreensão das tendências.
O DHR tem altas taxas de completude de dados, o que aumenta a confiabilidade. No entanto, algumas clínicas privadas podem ter problemas com a precisão dos dados, o que pode afetar os resultados. Além disso, como as IAPPs são reportadas pelos cirurgiões e nem sempre verificadas por outros testes, pode haver casos em que as infecções são mal diagnosticadas.
Os resultados desse estudo devem ser vistos como descritivos. Como ele se baseia em dados observacionais da Dinamarca, as descobertas podem não se aplicar a outros países, especialmente aqueles com sistemas de saúde diferentes. No entanto, como temos critérios amplos pra incluir pacientes, nossas descobertas provavelmente vão refletir experiências similares em outras nações desenvolvidas.
Conclusão
A artroplastia total do quadril é um procedimento importante pra muita gente, mas vem com riscos como a infecção de articulação periprotética. Entender como gerenciar essas infecções é crucial pra melhorar os resultados e reduzir a necessidade de cirurgias adicionais. Esse estudo tem como objetivo esclarecer as práticas atuais em cirurgias de revisão pra IAPPs e avaliar a eficácia de diferentes abordagens de tratamento. Através de uma análise de dados aprofundada, esperamos contribuir com insights valiosos para a conversa em andamento sobre a cirurgia de troca de quadril e suas complicações.
Título: Trends in types of revision for prosthetic joint infection and risk of a second revision from 1995 to 2022: A descriptive cohort study from the Danish Hip Arthroplasty Registry.
Resumo: This protocol outlines a register-based cohort study utilizing Danish Hip Arthroplasty Register data from 1995 to 2022. Focusing on adult patients undergoing primary total hip arthroplasty (THA), the study categorizes revisions, particularly periprosthetic joint infections (PJI), into Debridement, antibiotics, and implant retention (DAIR), one-stage, and two-stage approaches. Annual revision numbers and the risk of a second revision after each primary type will be analyzed. The studys strengths lie in its comprehensive examination of various PJI revision methods and an extended recording period, leveraging the DHRs high completeness rates. While acknowledging potential uncertainties, the study offers valuable insights into THA revision trends, aiding in clinical practice optimization and improving patient outcomes. Study registrationPrivacy identifier p-2023-14990 Protocol uploaded to OSF: Not yet uploaded BudgetThe costs of the study are limited to the salary of the investigators, which is paid by the orthopedic department.
Autores: Daniel Duedal Lundsgaard, A. A. Abedi, S. Overgaard, J. H. Laigaard
Última atualização: 2024-01-04 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.04.24300764
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.04.24300764.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao medrxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.