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Novo Modelo Melhora a Compreensão da Distribuição de Espécies

Um novo modelo joga luz sobre os padrões de abundância de espécies em ecossistemas.

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A Distribuição da Abundância das Espécies (SAD) é um conceito de ecologia que mostra quantos indivíduos de diferentes espécies existem em uma comunidade. Ela revela um padrão onde algumas espécies são muito comuns, enquanto muitas outras são raras. Esse padrão, que geralmente aparece como uma curva oca, está presente em muitos tipos de ecossistemas, sejam florestas, oceanos ou habitats microbianos.

Esse padrão de curva oca sugere que existem regras ou princípios comuns que ajudam a moldar essas comunidades, independentemente do tamanho ou dos tipos de organismos envolvidos. A aparência do SAD é acreditada para refletir processos ecológicos importantes que acontecem quando as espécies se juntam para formar uma comunidade.

A Importância do SAD

Estudar o SAD é fundamental pra entender a biodiversidade. Os cientistas buscam modelos que descrevam essas distribuições em vários organismos vivos. Alguns modelos conhecidos incluem logseries, Lognormal e lei de potência. Cada um desses modelos tem diferentes maneiras de interpretar como as espécies estão distribuídas em um ambiente específico.

O modelo lognormal é frequentemente utilizado porque se encaixa bem em muitos estudos. No entanto, os pesquisadores descobriram que ele nem sempre dá uma visão completa, especialmente para comunidades microbianas (organismos vivos minúsculos). De fato, alguns estudos sugerem que diferentes tipos de organismos podem ter padrões de SAD diferentes. Isso levanta a questão se existem regras mais amplas na natureza que se aplicam a todos os seres vivos.

Testando o Modelo Powerbend

Pra responder a essa pergunta, os pesquisadores testaram se um novo modelo chamado powerbend poderia servir como um modelo unificador pra todos os tipos de organismos. Eles analisaram uma enorme quantidade de dados que incluíam animais, plantas e micróbios pra ver se esse modelo se mantinha verdadeiro em diferentes comunidades.

O modelo powerbend é baseado na ideia de que, enquanto a maioria das espécies segue uma certa forma de distribuição, há um limite superior de quantos indivíduos das espécies mais comuns podem existir. Essa característica do modelo powerbend o torna único e potencialmente mais preciso em comparação com outros modelos.

Os pesquisadores descobriram que o modelo powerbend era especialmente bom em explicar os padrões vistos em comunidades de animais e plantas. Quando o compararam com outros modelos, ele explicava uma porcentagem maior de variação nos dados de abundância de espécies.

Um Olhar Mais Próximo nos Micróbios

As comunidades microbianas apresentam um desafio diferente devido ao seu tamanho minúsculo e números altos. Pra estudar essas comunidades de forma eficaz, os pesquisadores costumam usar uma técnica chamada sequenciamento de 16S rRNA, que ajuda a identificar diferentes tipos de micróbios. Porém, contar as leituras desse sequenciamento nem sempre reflete a verdadeira quantidade de micróbios individuais.

Em estudos anteriores, o modelo lognormal parecia funcionar melhor para comunidades microbianas, mas frequentemente não levava em conta as complexidades do amostragem de micróbios. Quando os pesquisadores usaram diferentes métodos, incluindo o modelo powerbend com um erro de amostragem, descobriram que ele também se saiu muito bem em se encaixar nos dados microbianos. Na verdade, o modelo powerbend superou o modelo lognormal em um número significativo de casos.

Analisando Métricas Chave

Pra entender melhor como os modelos se encaixam nos dados observados, os pesquisadores analisaram métricas adicionais como Uniformidade (quão uniformemente os indivíduos estão distribuídos entre as espécies), dominância (quantos indivíduos pertencem às espécies mais comuns) e raridade (quantas espécies são raras). O modelo powerbend se destacou em capturar esses aspectos chave em comparação com outros modelos.

Embora o modelo lognormal possa se encaixar bem para a abundância total de espécies, ele muitas vezes tem dificuldades em representar com precisão a dominância ou raridade de espécies individuais. O modelo powerbend, por outro lado, conseguiu levar em conta essas métricas adicionais de forma eficaz.

O Impacto nas Estimativas de Biodiversidade

Muitos pesquisadores usam modelos de SAD pra estimar o número total de espécies em uma comunidade. Por exemplo, o modelo lognormal foi aplicado pra estimar o número total de espécies microbianas na Terra. No entanto, as descobertas de estudos recentes revelam que o modelo lognormal pode estar longe dos valores reais.

Quando os pesquisadores testaram estimativas usando o modelo powerbend para comunidades microbianas, descobriram que as previsões usando o modelo lognormal podiam estar ordens de magnitude erradas. Essa discrepância sugere que confiar apenas no modelo lognormal pode levar a erros significativos na estimativa da biodiversidade.

A Visão Geral

A descoberta de que o modelo powerbend pode unificar o SAD entre diferentes tipos de organismos apoia a ideia de que pode haver princípios ecológicos universais em ação na natureza. Embora o modelo não detalhe explicitamente os processos por trás da montagem de comunidades, ele oferece insights valiosos sobre os fatores que impulsionam os padrões ecológicos.

Por exemplo, entender como os recursos são limitados em um ambiente pode esclarecer como as espécies competem e interagem. O modelo powerbend sugere que tanto processos determinísticos (como competição por recursos) quanto processos estocásticos (eventos aleatórios) influenciam como as comunidades se formam.

Conclusões

O estudo da distribuição de abundância das espécies é crucial pra entender a biodiversidade. O modelo powerbend surgiu como uma ferramenta promissora pra explicar padrões encontrados em vários ecossistemas, incluindo plantas, animais e micróbios. Ao levar em conta com precisão a distribuição das espécies, esse modelo oferece uma imagem mais clara da dinâmica ecológica.

À medida que os cientistas continuam explorando e refinando os modelos de SAD, as percepções obtidas podem ajudar nos esforços de conservação e em prever como os ecossistemas respondem a mudanças. Reconhecer padrões comuns em organismos diversos pode, em última análise, levar a uma melhor compreensão da complexa teia da vida na Terra.

Fonte original

Título: A unifying model of species abundance distribution

Resumo: The species abundance distribution (SAD) is one of the most fundamental and best-studied macroecological patterns at the core of any biodiversity theory. Remarkably, almost every community investigated to date shows a hollow curve, indicative of the presence of many rare species and a few abundant species. While the precise nature of SAD is believed to reflect fundamental ecological processes underlying community assembly, ecologists have yet to identify a single model that comprehensively explains all SADs. Recent studies using large datasets suggested that logseries best describes animal and plant communities1,2 while lognormal is the best model for microbes3, thereby challenging the notion of a unifying SAD model across the tree of life. Using a large dataset of [~]30,000 globally distributed communities spanning animals, plants and microbes from diverse environments, here we show that powerbend distribution, predicted by a maximum information entropy-based theory of ecology, emerges as a unifying model that accurately captures SADs of all life forms, habitats and abundance scales, supporting the existence of universal ecological principles. Our findings reject the notion of pure neutrality and support the idea that community assembly is driven by both random fluctuations and deterministic mechanisms, such as interspecific trait variation and resource competition. We also show that the previously estimated one trillion microbial species existing on Earth might be orders of magnitude off.

Autores: Martin Wu, Y. Gao, A. Abdullah

Última atualização: 2024-06-17 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.14.599104

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.14.599104.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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