Investigando Halos Escuros no Sol
Um estudo dos halos escuros revela suas propriedades únicas na atividade solar.
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Índice
- Observações dos Halos Escuros
- Objetivo do Estudo
- Metodologia
- Propriedades dos Halos Escuros
- Comparação com Buracos Coronais
- Análise dos Dados
- Descobertas sobre Medidas de Emissão
- Velocidades Não-Térmicas
- Análise do Campo Magnético
- Implicações para a Física Solar
- Direções Futuras de Pesquisa
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Regiões ativas no Sol são áreas onde os campos magnéticos são fortes e complexos, geralmente associadas a manchas solares e erupções solares. Ao redor dessas regiões ativas, às vezes aparecem áreas escuras que se destacam ao observar o Sol, especialmente em certos comprimentos de onda de luz. Essas áreas escuras são conhecidas como halos escuros e intrigam os cientistas há muitos anos.
Observações dos Halos Escuros
Halos escuros ao redor de regiões ativas foram observados por mais de um século. Inicialmente vistos em certas linhas cromosféricas, essas características estão ligadas ao comportamento dos campos magnéticos e do Plasma ao redor das regiões ativas. Hoje em dia, os pesquisadores também estão analisando como esses halos escuros aparecem em diferentes camadas da atmosfera solar, incluindo a região de transição e a baixa coroa.
Observações espectrais de instrumentos como o Observatório Dinâmico Solar permitiram que os cientistas vissem esses halos escuros em vários comprimentos de onda. Os halos escuros são comparados ao Sol tranquilo, que é o estado médio do Sol quando está calmo e não apresenta alta atividade. As observações revelam que essas regiões escuras exibem menor brilho em comparação com as áreas ao redor durante períodos de atividade solar.
Objetivo do Estudo
Esse estudo visa entender melhor as propriedades dos halos escuros analisando-os em diferentes camadas da atmosfera solar. Estudando uma região ativa específica, NOAA 12706, os pesquisadores esperam coletar dados que ajudem a diferenciar os halos escuros de outras características semelhantes, como Buracos Coronais.
Buracos coronais são áreas no Sol que aparecem mais escuras porque têm menos material solar. Embora tanto os halos escuros quanto os buracos coronais possam parecer semelhantes, eles diferem em brilho em vários comprimentos de onda, e identificar essas diferenças é crucial para entender melhor o comportamento solar.
Metodologia
Para analisar o halo escuro ao redor de NOAA 12706, foi usada uma combinação de diferentes observações, incluindo mosaicos de disco completo e imagens com filtros específicos. Essa abordagem permitiu que os pesquisadores capturassem dados em diferentes comprimentos de onda, possibilitando a observação dos halos escuros tanto na região de transição quanto na baixa coroa.
Essas observações incluíram o uso de instrumentos especializados que conseguem capturar imagens e espectros do Sol em vários comprimentos de onda de luz. O estudo se concentrou especificamente em coletar dados nas faixas ultravioleta e ultravioleta extrema, que são particularmente sensíveis às condições na atmosfera solar.
Propriedades dos Halos Escuros
Os pesquisadores descobriram que os halos escuros ao redor de regiões ativas como NOAA 12706 exibiam propriedades únicas. Por exemplo, a intensidade da luz emitida dessas áreas escuras era significativamente menor em comparação com o Sol tranquilo. Além disso, os halos escuros se mostraram mais amplos na baixa coroa do que na cromosfera, indicando sua influência em uma escala maior na dinâmica solar.
O estudo revelou que os halos escuros também estavam associados a características magnéticas distintas. Ao analisar os campos magnéticos nessas regiões escuras, os pesquisadores puderam ver como a estrutura e a força desses campos influenciaram as características observadas.
Comparação com Buracos Coronais
Halos escuros costumam ser confundidos com buracos coronais porque ambos aparecem mais escuros que o Sol tranquilo. No entanto, este estudo visou demonstrar que são estruturas diferentes. Enquanto buracos coronais tendem a ser escuros em vários comprimentos de onda, os halos escuros mostram brilho variado, particularmente no filtro de 171 A, onde os halos escuros são muito mais distintos do que em outros comprimentos de onda.
A pesquisa destacou as diferenças nas propriedades físicas dos halos escuros e dos buracos coronais. Medindo a emissão e as intensidades do Campo Magnético, os cientistas puderam definir melhor o que distingue essas duas características, oferecendo uma estrutura mais clara para futuras observações.
Análise dos Dados
Os pesquisadores analisaram as propriedades de emissão do halo escuro observando a intensidade média da luz emitida em várias linhas espectrais. Isso envolveu coletar dados de imagens solares mais amplas, que forneceram uma visão única de como os halos escuros se comportam em comparação com as regiões ativas ao redor e o Sol tranquilo.
Os pesquisadores processaram os dados para remover ruídos e melhorar a visibilidade dos halos escuros. Corrigindo as imagens para vários fatores, como a variação centro-a-limbo - onde o brilho muda dependendo do ângulo de observação - eles conseguiram se concentrar nas áreas mais escuras ao redor das regiões ativas de forma mais eficaz.
Descobertas sobre Medidas de Emissão
O estudo focou em medir as propriedades de emissão dos halos escuros. Diferentes regiões foram definidas para análise: essas incluíam os halos escuros, buracos coronais e áreas do Sol tranquilo. Ao comparar as medidas de emissão, os pesquisadores obtiveram uma compreensão mais clara do ambiente físico ao redor das regiões ativas.
As descobertas mostraram que tanto os halos escuros quanto os buracos coronais exibiam emissão reduzida em comparação com o Sol tranquilo. O estudo também destacou como os halos escuros mostraram características únicas em termos de temperatura e comportamento de emissão.
Velocidades Não-Térmicas
Além de examinar a intensidade e as medidas de emissão, os pesquisadores estudaram as velocidades não-térmicas no plasma dentro dos halos escuros e outras regiões. Velocidades não-térmicas referem-se aos movimentos do plasma que excedem o que seria esperado apenas pelos efeitos térmicos. Analisando perfis de linhas espectrais, o estudo conseguiu medir essas velocidades em diferentes regiões.
Os resultados indicaram que as velocidades não-térmicas nos halos escuros eram semelhantes às medidas em buracos coronais e no Sol tranquilo, mas exibiam variações que apontavam para dinâmicas de plasma diferentes nessas estruturas.
Análise do Campo Magnético
O papel dos campos magnéticos na formação das características observadas dos halos escuros também foi um foco importante. Medindo as intensidades do campo magnético nas áreas de interesse, os pesquisadores puderam estabelecer como as dinâmicas magnéticas influenciaram o comportamento dos materiais solares nessas regiões.
As medidas médias de campo magnético assinado e não-assinado indicaram que o ambiente magnético ao redor dos halos escuros era diferente do dos buracos coronais. Essas medições sugeriam que os halos escuros poderiam manter um nível de complexidade em sua estrutura magnética que não é tão pronunciado em buracos coronais, que muitas vezes apresentam características mais simples e unipolares.
Implicações para a Física Solar
O estudo dos halos escuros fornece insights significativos sobre o comportamento das regiões ativas do Sol e seus ambientes ao redor. Entender essas estruturas é essencial para prever a atividade solar e seu potencial impacto no clima espacial. A pesquisa aprimora a compreensão de como os campos magnéticos solares interagem com os fluxos de plasma, o que pode ter implicações mais amplas para a física solar.
As diferenças identificadas entre halos escuros e buracos coronais podem fornecer informações críticas para distinguir entre várias características solares. Isso pode levar a modelos de previsão melhores para o comportamento solar, que são vitais para proteger os sistemas baseados no espaço e entender a influência do Sol na atmosfera da Terra.
Direções Futuras de Pesquisa
O conhecimento adquirido com este estudo destaca a necessidade de pesquisas contínuas sobre os halos escuros e suas propriedades. Investigações futuras podem incluir a análise de regiões ativas adicionais e o uso de instrumentos avançados para capturar observações mais detalhadas. Isso pode ajudar a esclarecer as ligações entre halos escuros, buracos coronais e fenômenos solares ativos.
Além disso, combinar dados de diferentes instrumentos e comprimentos de onda será essencial para construir uma compreensão abrangente dessas estruturas. Ao continuar a estudar as interações complexas na atmosfera solar, os cientistas podem trabalhar em direção a uma imagem mais completa da dinâmica solar.
Conclusão
Em conclusão, os halos escuros ao redor de regiões ativas apresentam uma área fascinante de estudo dentro da física solar. Essas estruturas, embora comumente observadas, ainda não são completamente compreendidas. Este trabalho começa a fornecer detalhes importantes sobre a natureza dos halos escuros, sua relação com as regiões ativas e suas diferenças em relação aos buracos coronais. Ao observar essas características únicas em diferentes camadas da atmosfera solar, os cientistas podem mapear a dinâmica de um dos ambientes mais complexos e vibrantes do nosso sistema solar.
À medida que a pesquisa continua, a compreensão dos halos escuros irá aprimorar a visão mais ampla da atividade solar e seu impacto no clima espacial, contribuindo, em última análise, para a segurança e funcionalidade da tecnologia influenciada pelas variações solares.
Título: Dark Halos around Solar Active Regions. I. Emission properties of the Dark Halo around NOAA 12706
Resumo: Dark areas around active regions (ARs) have been first observed in chromospheric lines more than a century ago and are now associated to the H{\alpha} fibril vortex around ARs. Nowadays, large areas surrounding ARs with reduced emission relative to the Quiet Sun (QS) are also observed in spectral lines emitted in the transition-region (TR) and low-corona. For example, they are clearly seen in the SDO/AIA 171 {\AA} images. We name these chromospheric and TR/coronal dark regions as Dark Halos (DHs). Coronal DHs are poorly studied and, because their origin is still unknown, to date it is not clear if they are related to the chromospheric fibrillar ones. Furthermore, they are often mistaken for Coronal Holes (CHs). Our goal is to characterize the emission properties of a DH by combining, for the first time, chromospheric, TR and coronal observations in order to provide observational constraints for future studies on the origin of DHs. This study also aims at investigating the different properties of DHs and CHs and at providing a quick-look recipe to distinguish between them. We study the DH around AR NOAA 12706 and the southern CH, that were on the disk on 2018 April 22, by analyzing IRIS full-disk mosaics, SDO/AIA filtergrams and SDO/HMI magnetograms. Fibrils are observed all around the AR core in the chromospheric Mg II h&k IRIS mosaics, most clearly in the h3 and k3 features. The TR emission in the DH is much lower compared to QS area, unlike in the CH. Moreover, the DH is much more extended in the low-corona than in the chromospheric Mg II h3 and k3 images. Finally, the intensities, emission measure, spectral profile, non-thermal velocity and average magnetic field strength measurements clearly show that DHs and CHs exhibit different characteristics and therefore should be considered as distinct types of structures on the Sun.
Autores: Serena Maria Lezzi, Vincenzo Andretta, Mariarita Murabito, Giulio Del Zanna
Última atualização: 2023-09-21 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2309.11956
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2309.11956
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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