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# Ciências da saúde# Epidemiologia

Impacto das Reinfeções por COVID-19 nos Resultados de Saúde

Estudo revela que os efeitos das reinfecções por COVID-19 estão mudando em relação à gravidade e riscos à saúde.

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Reinfecções por COVID-19:Reinfecções por COVID-19:Riscos e Resultadosriscos de saúde pós-2022.Reinfecções ligadas a mudanças nos
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A pandemia de COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, mudou ao longo do tempo. Conforme a situação evolui, as políticas de saúde pública também se ajustaram. Tem rolado papo sobre novas doses de reforço da vacina, investimentos em tratamentos para COVID-19 e como vai ser a grana para a telemedicina. No final de 2022, a maioria dos americanos teve pelo menos uma infecção por COVID-19, o que levanta questões sobre como essas infecções passadas influenciam a gravidade dos casos futuros.

Quando uma doença infecciosa passa de epidemia para endemia, geralmente significa que a gravidade da doença diminuiu. Isso normalmente acontece porque mais pessoas têm algum tipo de imunidade, que pode vir de infecções anteriores. Então, faz sentido pensar que ter tido COVID-19 antes pode ajudar a proteger contra doenças graves em infecções futuras. No entanto, alguns estudos sugerem que os anticorpos naturais de uma infecção anterior por COVID-19 podem não durar tanto quanto os de outros vírus.

Não tem muita pesquisa sobre como as infecções repetidas por COVID-19 impactam a gravidade da doença. Um motivo pra isso é a dificuldade em rastrear infecções repetidas. Desde o início da pandemia, novas variantes do vírus apareceram, vacinas foram lançadas e muita gente lidou com sintomas leves em casa, sem ir ao médico.

Na nossa análise, usamos um banco de dados enorme chamado National COVID Cohort Collaborative (N3C), que tem informações de muitos sistemas de saúde nos Estados Unidos. Esse banco inclui dados de milhões de casos de COVID-19, tornando-se um recurso valioso pra entender como infecções anteriores afetam os resultados de saúde. Nosso estudo focou em como infecções passadas impactam o risco de resultados graves de COVID-19.

Fonte de Dados

O dataset do N3C é a maior coleção de dados relacionados à COVID-19 nos EUA. Ele inclui informações de sistemas de saúde que vão até o início de 2018. Os dados são organizados e padronizados pra que os pesquisadores acessem online. Pra identificar casos de COVID-19, o N3C usou definições específicas que exigiam um teste positivo ou um diagnóstico relacionado à COVID-19.

Identificando o Grupo de Estudo

No nosso estudo, incluímos apenas indivíduos que tiveram pelo menos uma infecção documentada por COVID-19. Pra garantir que tivéssemos histórico médico suficiente pra analisar, buscamos pacientes que haviam consultado um prestador de saúde pelo menos uma vez no ano antes da sua primeira infecção por COVID-19. Também reconhecemos que a Vacinação tem um papel importante nos resultados da COVID-19. Por isso, focamos em sistemas de saúde que tinham dados de vacinação confiáveis.

Definimos uma Reinfecção como uma segunda infecção por COVID-19 ocorrendo pelo menos 60 dias após a primeira. Pra proteger a privacidade das pessoas, exigimos que houvesse pelo menos 20 reinfecções documentadas em um mês pra que fossem incluídas na análise.

Analisando os Riscos de Resultados Graves

Nosso primeiro objetivo foi avaliar os riscos de hospitalização e Morte entre indivíduos com infecções anteriores por COVID-19 em comparação com aqueles sem esse histórico. Analisamos isso de uma maneira específica, considerando diferentes períodos ao longo da pandemia. Em cada mês com reinfecções suficientes, examinamos as taxas de hospitalização e morte para indivíduos com e sem infecções anteriores por COVID-19.

Nossa análise usou uma abordagem em duas etapas. Na primeira etapa, identificamos a probabilidade de um indivíduo ter uma infecção anterior por COVID-19 usando diversos fatores como idade, gênero, raça, dados do sistema de saúde, número de vacinas e índice de massa corporal. Na segunda etapa, usamos esses dados pra explorar como infecções anteriores influenciaram os riscos de hospitalização e morte, levando em conta outros fatores que podem afetar a gravidade da doença.

Resultados de Doença Mais Grave

Nós também queríamos diferenciar entre os níveis de gravidade da doença. Pra essa análise, categorizamos a gravidade da COVID-19 em cinco níveis, que incluíam casos leves que não precisaram de hospitalização e casos graves que precisaram. Repetimos nossa análise, mas focamos em como a infecção anterior afetou esses níveis de gravidade.

Além de olhar pro grupo todo, examinamos como a infecção anterior impactou diferentes subgrupos demográficos, como idade, raça e gênero.

Mudanças ao Longo do Tempo

Ao longo da pandemia, notamos uma mudança significativa em como infecções anteriores afetaram o risco. No início, ter tido uma infecção anterior era principalmente protetor. No entanto, depois de março de 2022, surgiu uma tendência onde infecções anteriores estavam ligadas a um risco maior de resultados graves. Essa mudança está correlacionada com alterações nas taxas de vacinação da população, o surgimento de novas variantes e o aumento do intervalo entre as infecções iniciais e as subsequentes.

Resultados da Análise

Da nossa grande coorte de 7,4 milhões de infecções combinadas, filtramos pra pouco mais de 2 milhões de primeiras infecções e cerca de 147.000 segundas infecções para nossa análise final. A maioria dos indivíduos com reinfecções teve sintomas leves, e apenas uma pequena fração teve resultados graves, incluindo morte. Curiosamente, aqueles que tiveram uma infecção grave na primeira vez tinham um risco maior de morrer da segunda infecção em comparação com aqueles que tiveram infecções iniciais mais leves.

Nossa análise estatística mostrou resultados variados ao longo da pandemia. Antes de março de 2022, houve momentos em que ter uma infecção anterior parecia reduzir o risco de hospitalização e morte. No entanto, após essa data, a infecção anterior foi frequentemente associada a um maior risco desses resultados graves.

Conclusão e Implicações

Em conclusão, nossa análise dos registros de saúde mostrou que os efeitos da reinfecção são inconsistentes ao longo do tempo. Nas fases iniciais da pandemia, infecções anteriores geralmente ofereciam proteção ou tinham um efeito neutro. Porém, desde o início de 2022, a reinfecção tem sido vinculada a resultados mais graves, sugerindo que a imunidade natural adquirida através de uma infecção anterior não deve ser a única a ser considerada.

As estratégias de saúde pública devem continuar a enfatizar a vacinação e tratamentos eficazes pra combater a COVID-19. Entender a dinâmica da reinfecção é crucial pra informar futuras políticas e proteger a saúde pública.

Direções Futuras

À medida que mais dados se tornam disponíveis, a continuidade da análise de como infecções anteriores influenciam os resultados será necessária. Estudos futuros devem considerar os efeitos a longo prazo da imunidade natural e da vacinação, especialmente à medida que novas variantes do vírus emerjam. O monitoramento contínuo das taxas de hospitalização, morte e outros resultados de saúde fornecerá mais insights sobre as mudanças em andamento no cenário da pandemia.

Fonte original

Título: Influence of Prior SARS-CoV-2 Infection on COVID-19 Severity: Evidence from the National COVID Cohort Collaborative

Resumo: BackgroundA large share of SARS-CoV-2 infections now occur among previously infected individuals. In this study, we sought to determine whether prior infection modifies disease severity relative to no prior infection. MethodsWe used data from first and second COVID-19 episodes in the National COVID Cohort Collaborative, a nationwide collection of de-identified electronic health records. We used nested logistic regressions of monthly cohorts weighted on the inverse probability of prior infection to assess risk of hospitalization, death, and increased severity in the first versus second infection cohorts. ResultsWe included a total of 2,058,274 individuals in the analysis, 147,592 of whom had two recorded infections. The impact of prior infection differed meaningfully between months. Prior infection was largely protective prior to March 2022, with odds ratios (ORs) as low as 0.66 (95% confidence interval: 0.51 to 0.86) in November 2021 for hospitalization. and as low as 0.23 (0.06 to 0.86) in June 2021 for death. However, prior infection was associated with an increased risk of hospitalization and death, mostly after March 2022 when the ORs were as high as 1.87 (1.26 to 2.80) and 2.99 (1.65 to 5.41) in April 2022, respectively. The overall OR for more severe disease was 1.06 (1.03 to 1.10) among previously infected individuals. ConclusionIn the pandemics first two years, previously infected patients generally had less severe disease than people without prior infection. During the Omicron era, however, previously infected patients had the same or worse severity of disease as patients without prior infection.

Autores: Nathaniel Hendrix, H. Sidky, D. Sahner, N3C Consortium

Última atualização: 2024-01-26 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.03.23293612

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.03.23293612.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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