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# Biologia# Neurociência

Avaliação do Safinamida para o Tratamento do Parkinson

A pesquisa examina como o safinamide afeta a atividade da dopamina nos neurônios.

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O Papel do Safinamida naO Papel do Safinamida naPesquisa sobre Parkinsonna sinalização da dopamina.Estudo destaca os efeitos do safinamida
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A doença de Parkinson é uma condição que afeta o movimento por causa da falta de uma substância química chamada Dopamina no cérebro. A dopamina é produzida por certos Neurônios que vão perdendo a função com o tempo nessa doença. Um dos principais tratamentos para Parkinson é um remédio chamado L-DOPA, que o corpo converte em dopamina. Porém, com o passar do tempo, os pacientes podem passar por altos e baixos no controle motor, levando a problemas como movimentos excessivos ou dificuldade para se mover.

Pra ajudar com esses problemas, pesquisadores tentaram várias estratégias pra manter e melhorar os sinais da dopamina no cérebro. Uma abordagem envolve usar outros medicamentos que conseguem retardar a degradação da dopamina, fazendo com que ela funcione por mais tempo no corpo.

Inibidores da MAO

Um tipo de medicamento usado pra isso são os inibidores da monoamina oxidase (MAO). Dois inibidores da MAO comuns são a selegilina e a rasagilina, que geralmente são usados no tratamento do Parkinson e, em alguns casos, da doença de Alzheimer. Um inibidor da MAO mais novo, o safinamida, foi introduzido, que tem funções adicionais além de apenas bloquear a degradação da dopamina.

Os pesquisadores analisaram como esses inibidores da MAO funcionam em cortes de cérebro pra ver como eles afetam os neurônios que produzem dopamina. Eles focaram especificamente em como esses neurônios respondem à dopamina, estudando como os remédios podem fazer os neurônios continuarem respondendo mesmo depois que a estimulação inicial terminou.

Visão Geral do Experimento

Nos experimentos, os pesquisadores usaram camundongos machos que foram mantidos em um ambiente controlado. Eles prepararam cortes do cérebro pra estudar como diferentes remédios afetam os neurônios. Os cortes foram mantidos em uma solução especial e testados com vários eletrodos pra medir a atividade elétrica dos neurônios.

Métodos de Registro

Os pesquisadores usaram diferentes métodos pra registrar a atividade dos neurônios, incluindo matrizes multieletrodos e registros de unidade única. Esses métodos permitiram monitorar como os neurônios disparavam sinais sob diferentes condições e depois de aplicar os remédios em estudo.

Efeitos do Safinamida e Tranylcypromina

Os pesquisadores analisaram especificamente os efeitos do safinamida e de outro inibidor da MAO chamado tranylcypromina (TCP) na atividade da dopamina nos neurônios. Eles descobriram que enquanto o safinamida conseguia estender levemente os efeitos da dopamina, o TCP tinha um efeito muito mais forte e duradouro.

Quando os neurônios foram expostos à dopamina depois de receberem safinamida, eles mostraram uma taxa de disparo reduzida por um tempo, indicando que o safinamida ajudou o sinal de dopamina a durar mais. Porém, quando o TCP foi usado, os neurônios experimentaram uma inibição ainda maior e mais prolongada no disparo em resposta à dopamina.

Comparando os Dois Remédios

Depois dos experimentos com safinamida e TCP, os pesquisadores descobriram que, embora ambos os remédios influenciassem como os neurônios respondiam à dopamina, o TCP foi mais eficaz em melhorar o sinal de dopamina. Isso sugere que o safinamida talvez não funcione tão bem quanto se esperava no que diz respeito a aumentar a atividade da dopamina no cérebro.

Excitabilidade Neuronal

Os pesquisadores também analisaram como o safinamida afetou a excitabilidade geral dos neurônios de dopamina. Eles mediram como os neurônios reagiam à estimulação elétrica. Descobriram que o safinamida reduziu o número de sinais que os neurônios produziam durante a estimulação.

Essa redução na excitabilidade não foi por causa do aumento dos níveis de dopamina, já que testes anteriores mostraram que o receptor D2, que regula o disparo em resposta à dopamina, não impediu os efeitos do safinamida. Em vez disso, a redução parecia estar ligada a outras propriedades dos próprios neurônios.

Mecanismos Alternativos

Parece que o safinamida pode funcionar por diferentes caminhos em vez de focar apenas em prevenir a degradação da dopamina. Evidências sugerem que ele afeta como os neurônios respondem a outros tipos de sinais elétricos, o que pode ajudar a controlar a liberação de diferentes neurotransmissores no cérebro. Esse mecanismo potencial pode explicar alguns dos benefícios observados em pacientes que usam safinamida junto com L-DOPA.

Impacto em Pacientes com Parkinson

Em pacientes com Parkinson, tomar safinamida junto com L-DOPA pode aumentar o tempo em que seus sintomas são controláveis e diminuir as dificuldades de movimento. Esse tratamento combinado pode ajudar a ajustar os sinais químicos do cérebro, permitindo um melhor controle dos impactos da doença, especialmente quando os níveis de dopamina estão baixos.

Conclusão

No geral, embora o safinamida tenha mostrado alguns efeitos positivos na sinalização de dopamina e na excitabilidade neuronal, pode não ser suficiente por conta própria pra oferecer efeitos mais fortes que outros tratamentos, como o TCP, podem oferecer. Isso indica que a utilidade do safinamida pode depender mais de suas ações adicionais além de apenas bloquear a degradação da dopamina.

Estudos futuros e ensaios clínicos serão importantes pra entender como o safinamida e drogas semelhantes podem ser usados efetivamente em combinação com terapias tradicionais pra melhorar a qualidade de vida de quem tem doença de Parkinson. O objetivo continua sendo encontrar as melhores maneiras de gerenciar os sintomas e ajudar os pacientes a manterem uma melhor mobilidade e bem-estar.

Fonte original

Título: Functional efficacy of the MAO-B inhibitor safinamide in murine substantia nigra pars compacta dopaminergic neurons in vitro: a comparative study with tranylcypromine

Resumo: Safinamide (SAF) is currently used to treat Parkinsons disease (PD) symptoms based on its theoretical ability to potentiate the dopamine (DA) signal, blocking monoamine oxidase (MAO) B. The present work aims to highlight the functional relevance of SAF as an enhancer of the DA signal, by evaluating its ability to prolong recovery from DA-mediated firing inhibition of DAergic neurons of the substantia nigra pars compacta (SNpc), compared to another MAO antagonist, tranylcypromine (TCP). Using multielectrode array (MEA) and single electrode extracellular recordings of spontaneous spikes from presumed SNpc DAergic cells in vitro, we show that SAF (30 uM) mildly prolongs the DA-mediated firing inhibition, as opposed to the profound effect of TCP (10 uM). In patch-clamp recordings, we found that SAF (30 uM) significantly reduced the number of spikes evoked by depolarizing currents in SNpc DAergic neurons, in a sulpiride (1 uM) independent manner. According to our results, SAF marginally potentiates the DA signal in SNpc DAergic neurons, while exerting an inhibitory effect on the postsynaptic excitability acting on membrane conductances. Thus, we propose that the therapeutic effects of SAF in PD patients partially depends on MAO inhibition, while other MAO-independent sites of action could be more relevant.

Autores: Nicola B. Mercuri, B. Zarrilli, C. Giacomet, F. Cossa, M. Federici, N. Berretta

Última atualização: 2024-06-26 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.28.596142

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.28.596142.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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