Avanços em Cristais Líquidos Iônicos
Os cristais líquidos iônicos oferecem novas perspectivas em armazenamento de energia e materiais avançados.
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Índice
- O Básico dos Cristais Líquidos Iônicos
- Desafios ao Usar CLIDs
- Usando Nanoporos para Melhorar o Alinhamento
- Investigando CLIDs em Nanoporos
- Diferentes Fases dos CLIDs
- O Papel da Hidrofílicidade e Hidrofobicidade
- Efeitos da Temperatura na Estrutura e Ordem
- O Impacto do Tamanho das Cadeias Laterais
- Nematização em Confinamento
- Aplicações dos CLIDs
- Resumo
- Fonte original
Cristais líquidos iônicos (CLIs) são materiais especiais que conseguem misturar propriedades de líquidos e sólidos. Eles são feitos de partículas grandes carregadas chamadas íons, que conseguem se organizar de formas únicas. Uma forma interessante desses materiais se chama cristais líquidos iônicos discóticos (CLIDs). Os CLIDs se auto-organizam em estruturas conhecidas como superdiscos, que são grupos desses íons empilhados juntos de uma maneira específica. Essa organização permite um fluxo eficiente de carga, tornando-os úteis para várias aplicações como baterias e sensores.
Mas trabalhar com os CLIDs tem seus desafios. Um dos principais problemas é que esses materiais frequentemente não se alinham bem numa escala maior, limitando sua utilidade em dispositivos. Uma possível solução para isso é confinar os CLIDs em espaços minúsculos chamados Nanoporos. Esses nanoporos ajudam a guiar a estrutura dos CLIDs e podem melhorar seu desempenho.
O Básico dos Cristais Líquidos Iônicos
Cristais líquidos iônicos são sais feitos de íons orgânicos que têm longas cadeias de carbono. Essas cadeias dão aos íons propriedades únicas que permitem formar estruturas ordenadas, parecidas com cristais líquidos. Os CLIDs, em particular, têm uma forma de disco e podem se empilhar em colunas. Esse empilhamento leva a uma ordem hexagonal, que é boa pra conduzir eletricidade e mover íons.
Os CLIDs podem ser classificados em dois tipos: cíclicos e acíclicos. As versões cíclicas têm uma estrutura de anel específica, enquanto as acíclicas não têm. A estrutura afeta como o material se comporta e como interage com o ambiente.
Desafios ao Usar CLIDs
Embora os CLIDs tenham um grande potencial, existem alguns desafios ao usá-los em maior escala. Um desafio significativo é conseguir um Alinhamento consistente desses materiais, especialmente quando tentam usá-los em dispositivos.
Métodos tradicionais de alinhar outros tipos de cristais líquidos, como aplicar um campo elétrico, não funcionam bem com os CLIDs devido à sua natureza iônica. Essa limitação faz com que os pesquisadores precisem buscar métodos alternativos para melhorar o alinhamento.
Usando Nanoporos para Melhorar o Alinhamento
Um método promissor para superar o problema do alinhamento é usar nanoporos. Esses são buracos minúsculos dentro de materiais sólidos, como óxido de alumínio anódico (AAO), que podem fornecer um espaço confinado para os CLIDs. Ao preencher esses nanoporos com CLIDs, os pesquisadores conseguem criar condições que promovem um alinhamento melhor.
Quando os CLIDs são colocados em nanoporos, eles conseguem se organizar com base em como interagem com as paredes dos poros. A superfície desses nanoporos pode ser tratada pra ser hidrofílica (que atrai água) ou hidrofóbica (que repele água), o que afeta como os CLIDs se organizam.
Investigando CLIDs em Nanoporos
Pra estudar como os CLIDs se comportam quando confinados em nanoporos, os pesquisadores usam várias técnicas. Um método comum é a medição de birrefringência óptica, que ajuda a determinar quão bem os CLIDs se alinham. Outro método é a espalhamento de raios X, que fornece informações sobre as estruturas internas dos CLIDs.
Ao examinar como os CLIDs mudam com a temperatura e o confinamento, os cientistas conseguem aprender mais sobre as diferentes fases que esses materiais podem passar. Por exemplo, quando a temperatura muda, o alinhamento e o comportamento dos CLIDs podem mudar de um estado para outro.
Diferentes Fases dos CLIDs
Os CLIDs podem existir em diferentes fases com base na temperatura. Por exemplo, eles podem ser isotrópicos (desordenados), líquido cristalinos (parcialmente ordenados) ou cristalinos (totalmente ordenados).
Quando confinados em nanoporos, o processo de passagem de uma fase para outra pode ser bem diferente do que acontece em materiais em grande escala. Essa singularidade surge das limitações físicas impostas pelas paredes dos nanoporos, afetando como os CLIDs se alinham e se comportam.
O Papel da Hidrofílicidade e Hidrofobicidade
A hidrofílicidade ou hidrofobicidade das paredes dos nanoporos desempenha um papel crucial em determinar como os CLIDs se alinham dentro dos poros. Por exemplo, quando os CLIDs são colocados em nanoporos hidrofílicos, eles tendem a se ancorar de uma maneira que alinha suas estruturas perpendicularmente às paredes dos poros. Em contraste, em nanoporos hidrofóbicos, o alinhamento tende a ser mais paralelo às paredes.
Essas diferentes condições de ancoragem levam a texturas e arranjos estruturais únicos dos CLIDs, impactando sua condutividade e desempenho.
Efeitos da Temperatura na Estrutura e Ordem
À medida que a temperatura muda, a estrutura e a ordem dos CLIDs também mudam. Por exemplo, esfriar os CLIDs pode levar a uma transição de um estado desordenado para um mais ordenado. Essas transições revelam informações importantes sobre como os CLIDs se comportam sob diferentes condições.
Em alguns casos, os pesquisadores observaram que a transição é contínua em vez de abrupta, o que significa que não há limites claros entre as diferentes fases. Esse comportamento é particularmente interessante porque sugere que o confinamento dentro de nanoporos pode induzir diferentes efeitos físicos.
O Impacto do Tamanho das Cadeias Laterais
O comprimento das cadeias laterais alquílicas nos CLIDs também afeta seu comportamento. Cadeias laterais mais curtas podem levar a um melhor alinhamento e uma estrutura mais ordenada, enquanto cadeias laterais mais longas podem introduzir mais flexibilidade e desordem.
Isso significa que o design molecular dos CLIDs pode ser cuidadosamente adaptado para alcançar propriedades desejadas, como melhor condutividade ou maior estabilidade.
Nematização em Confinamento
Nematização se refere ao processo de formar uma fase nemática (ou parcialmente ordenada) em cristais líquidos. No caso dos CLIDs confinados em nanoporos, os pesquisadores descobriram que as condições podem levar à formação de estruturas nemáticas em situações onde elas poderiam não estar presentes em grande escala.
Esse fenômeno torna os CLIDs particularmente interessantes para aplicações que exigem controle preciso sobre os arranjos moleculares, como em dispositivos eletrônicos e sensores.
Aplicações dos CLIDs
Dadas suas propriedades únicas, os CLIDs têm aplicações potenciais em várias áreas. Por exemplo, eles podem ser usados em sistemas de armazenamento de energia, como supercapacitores e baterias, devido à sua capacidade de conduzir íons de forma eficiente.
Além disso, suas propriedades distintas também podem ser utilizadas na fabricação de membranas para separar diferentes substâncias ou em dispositivos optoeletrônicos, que dependem de luz e eletricidade para funcionar adequadamente.
Resumo
Os CLIDs representam uma área fascinante de pesquisa com várias aplicações potenciais. Embora desafios permaneçam para alcançar um alinhamento uniforme, usar nanoporos apresenta uma via empolgante para superar esses obstáculos. Ao investigar ainda mais a relação entre a estrutura, propriedades e comportamento dos CLIDs em confinamento, os pesquisadores podem desenvolver novos materiais para tecnologias inovadoras em eletrônicos, armazenamento de energia e além.
Os esforços para explorar como diferentes estruturas químicas, tamanhos de poros e condições ambientais afetam os CLIDs continuarão a expandir nosso entendimento e abrir portas para aplicações inovadoras em ciência da matéria macia.
Título: How do ionic superdiscs self-assemble in nanopores?
Resumo: Discotic ionic liquid crystals (DILCs) consist of self-assembled superdiscs of cations and anions that spontaneously stack in linear columns with high one-dimensional ionic and electronic charge mobility, making them prominent model systems for functional soft matter. Unfortunately, a homogeneous alignment of DILCs on the macroscale is often not achievable, which significantly limits their applicability. Infiltration into nanoporous solid scaffolds can in principle overcome this drawback. However, due to the extreme experimental challenges to scrutinise liquid crystalline order in extreme spatial confinement, little is known about the structures of DILCs in nanopores. Here, we present temperature-dependent high-resolution optical birefringence measurement and 3D reciprocal space mapping based on synchrotron-based X-ray scattering to investigate the thermotropic phase behaviour of dopamine-based ionic liquid crystals confined in cylindrical channels of 180~nm diameter in macroscopic anodic aluminum oxide (AAO) membranes. As a function of the membranes' hydrophilicity and thus the molecular anchoring to the pore walls (edge-on or face-on) and the variation of the hydrophilic-hydrophobic balance between the aromatic cores and the alkyl side chain motifs of the superdiscs by tailored chemical synthesis, we find a particularly rich phase behaviour, which is not present in the bulk state. It is governed by a complex interplay of liquid crystalline elastic energies (bending and splay deformations), polar interactions and pure geometric confinement, and includes textural transitions between radial and axial alignment of the columns with respect to the long nanochannel axis.
Autores: Zhuoqing Li, Aileen R. Raab, Mohamed A. Kolmangadi, Mark Busch, Marco Grunwald, Felix Demel, Florian Bertram, Andriy V. Kityk, Andreas Schoenhals, Sabine Laschat, Patrick Huber
Última atualização: 2024-01-23 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2401.12663
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2401.12663
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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