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# Ciências da saúde# Neurologia

Desafios na Adesão à Medicação para Epilepsia na Etiópia

Um estudo revela barreiras à adesão ao tratamento de epilepsia em pacientes etíopes.

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Tomar medicação conforme prescrito é super importante pra quem tem problemas de saúde crônicos. Quando os pacientes não seguem o esquema de medicação, isso pode gerar problemas sérios de saúde. Isso é especialmente verdadeiro pra doenças crônicas que precisam de tratamento a longo prazo. A epilepsia é uma dessas condições que afeta muita gente no mundo todo.

O que é Epilepsia?

A epilepsia é uma condição neurológica comum que causa convulsões. Afeta cerca de 50 milhões de pessoas ao redor do mundo, com uma boa parte vivendo em países em desenvolvimento. O tratamento para a epilepsia envolve principalmente o uso de medicamentos antiepilépticos (MAEs). Esses remédios são eficazes na redução das convulsões em muitos adultos. Apesar disso, um número significativo de pessoas com epilepsia não recebe o tratamento necessário, muitas vezes por causa de crenças culturais, recursos limitados na saúde e falta de medicamentos disponíveis.

A Situação na Etiópia

Na Etiópia, a epilepsia é frequentemente mal interpretada e pode ser vista como uma doença mental. Por causa disso, muitos pacientes acabam sendo tratados por profissionais de saúde mental ao invés de neurologistas. Os MAEs mais comuns prescritos incluem fenobarbital, fenitoína, carbamazepina e valproato de sódio.

Seguir a medicação direitinho é crucial, pois afeta diretamente a eficácia dos remédios. Em países como os EUA e o Reino Unido, as taxas de Adesão são bem altas em comparação com algumas regiões da Etiópia. Estudos mostraram taxas de adesão variadas entre pacientes com epilepsia na Etiópia, com algumas áreas reportando números mais baixos e outras mais altos. Em lugares como a Índia e a Palestina, as taxas de adesão são significativamente melhores.

As Consequências da Não Adesão

Quando os pacientes com epilepsia não seguem o esquema de medicação, isso pode levar a resultados severos. Isso inclui um controle ruim das convulsões, maior chance de complicações de saúde, mais internações e uma qualidade de vida pior. A não adesão também traz um peso financeiro maior para os sistemas de saúde, impactando não só os pacientes, mas também suas famílias.

Em países de baixa e média renda, incluindo a Etiópia, há várias questões que dificultam o acesso aos MAEs. Muitas pessoas não conseguem encontrar esses medicamentos nas farmácias locais e, mesmo que consigam, os preços podem ser altos demais pra elas. Em alguns estudos, descobriram que farmácias em certas regiões têm estoques inadequados de MAEs.

Objetivo da Pesquisa

Essa pesquisa teve como objetivo entender como os MAEs são acessíveis e acessíveis do ponto de vista dos pacientes. Focando nas experiências dos pacientes, o objetivo era ver como esses fatores influenciam a capacidade deles de aderir à medicação. Embora muitos estudos enfoquem a perspectiva do sistema de saúde, essa pesquisa quis destacar os desafios enfrentados pelos pacientes.

Desenho do Estudo

O estudo aconteceu em um hospital na Etiópia ao longo de alguns meses. O hospital atende muitos pacientes com epilepsia e tem uma clínica dedicada a eles. A participação no estudo foi baseada em pacientes adultos que estavam usando MAEs ativamente para o tratamento da epilepsia.

Quem Foi Incluído?

Pacientes adultos com 18 anos ou mais, que estavam usando MAEs há pelo menos três meses, foram incluídos. Aqueles com condições de saúde severas ou que não conseguiam se comunicar foram excluídos do estudo.

Como o Estudo Funcionou

Um número específico de participantes foi escolhido com base em estudos anteriores, permitindo espaço para aqueles que poderiam não responder. Os pacientes foram entrevistados para coletar informações sobre seu histórico, condições de saúde, circunstâncias sociais e experiências com MAEs. Eles responderam perguntas sobre o acesso aos medicamentos e sua adesão à medicação.

Medindo a Adesão

Pra avaliar como os pacientes estavam seguindo o esquema de MAEs, usou-se um questionário simples. Os pacientes responderam três perguntas principais sobre se tinham perdido doses ou esquecido de tomar a medicação. Com base nas respostas, a adesão deles foi categorizada como baixa, média ou alta.

Garantindo Qualidade

Pra ter certeza de que as informações coletadas eram precisas e confiáveis, os pesquisadores treinaram profissionais de saúde pra conduzir as entrevistas. O questionário foi testado previamente pra resolver quaisquer problemas, e checagens diárias garantiram a qualidade dos dados durante todo o processo.

Analisando Dados

Uma vez que os dados foram coletados, foram organizados e analisados utilizando um software específico. Os pesquisadores procuraram tendências e conexões entre a demografia dos pacientes, experiências com medicação e taxas de adesão.

Principais Descobertas

Dos participantes, um número significativo teve dificuldades em seguir os MAEs. Eles relataram que a falta de Disponibilidade dos medicamentos e o esquecimento eram as principais razões para a não adesão. O estudo encontrou que uma grande parte dos pacientes via os MAEs como indisponíveis ou caros.

Fatores que Influenciam a Adesão

Vários fatores influenciaram se os pacientes seguiam a medicação:

  1. Nível de Educação: Pacientes com educação mais alta eram mais propensos a seguir a medicação. Aqueles que completaram o ensino médio ou superior tinham muito mais chances de seguir as prescrições em comparação com os que não tinham educação formal.

  2. Disponibilidade de Medicamentos: Pacientes que tinham acesso aos MAEs relataram taxas de adesão mais altas. Quando os medicamentos estavam prontamente disponíveis, os pacientes eram mais propensos a seguir os planos de tratamento.

  3. Politerapia vs. Monoterapia: Pacientes que tomavam múltiplos MAEs tinham taxas de adesão mais baixas em comparação com aqueles que tomavam um único medicamento. A complexidade de gerenciar vários medicamentos pode dificultar o acompanhamento pelos pacientes.

  4. Acessibilidade: Embora as descobertas iniciais sugerissem que a acessibilidade influenciava a adesão, essa associação não se manteve quando considerados outros fatores.

Comparação com Outros Estudos

A taxa de adesão encontrada nesse estudo foi relativamente moderada em comparação com outras pesquisas. Alguns estudos na Etiópia mostraram taxas semelhantes, enquanto outros em diferentes países indicaram níveis mais altos de adesão. As diferenças podem ser atribuídas a variações nos designs dos estudos, circunstâncias dos participantes ou no ambiente de saúde local.

Barreiras Comuns

Os pacientes identificaram várias barreiras principais para a adesão, incluindo:

  • Indisponibilidade de Medicamentos: Muitos pacientes relataram que não conseguiam encontrar seus medicamentos com facilidade.
  • Esquecimento: Esquecer de tomar os remédios era comum e contribuía para a não adesão.
  • Custo dos Medicamentos: O preço dos MAEs era uma preocupação pra muitos, dificultando a manutenção do plano de tratamento.

Conclusão e Recomendações

Resumindo, pouco mais da metade dos pacientes aderiu aos seus MAEs prescritos nesse estudo. A acessibilidade desses medicamentos precisa melhorar pra garantir melhores resultados de saúde pra indivíduos com epilepsia. Abordar as questões de disponibilidade e acessibilidade vai ser crucial pra ajudar os pacientes a manterem seus tratamentos em dia.

Fonte original

Título: Adherence to Anti-Epileptic Drugs and Self-reported Availability and Affordability of the Drugs in Addis Ababa, Ethiopia.

Resumo: BackgroundAnti-epileptic drugs (AEDs) are the primary therapeutic mode to control seizures in patients with epilepsy. Adherence to the medications is critical to achieving the goals of epilepsy therapy. However, the cost of the drugs and interrupted availability of AEDs contribute to non-adherence to epilepsy treatment. Therefore, this study aimed to assess AED adherence and its association with self-reported drug availability and affordability. ObjectiveTo assess whether self-reported availability and affordability of Antiepileptic drugs affect drug adherence among Epileptic Patients at Eka Kotebe General Hospital, Addis Ababa, Ethiopia, from January 2023 to March 2023. MethodsA hospital-based analytical cross-sectional study was conducted among 357 epileptic patients using the Consecutive sampling method in Eka Kotebe General Hospital, Addis Ababa, Ethiopia. AED adherence was measured using a self-report 3items questionnaire focusing on medication use patterns of patients from their last visit to the current visit. Statistical packages for Social Sciences 26.0 version statistical software cleaned, coded and analyzed the collected data. Binary logistic regression was fitted, and P-values less than 0.05 were considered to have statistical significance. ResultThe prevalence of AED adherence was 55.2% with 95% CI (50.1%; 60.2%). About two-thirds (61.3%) of patients in this study had limited access to the AEDs or could not afford the medications. Self-reported availability of AEDs (AOR=2.04, 95% CI=1.03, 4.03) was significantly associated with AED adherence. Self-reported affordability of AEDs was associated with AED adherence (COR=1.59, CI=1.04, 2.42, P-Value=0.031) in the Bivariate logistic regression analysis; however, when adjusted for other covariates in the multivariable logistic regression, no significant association was observed (p=0.730). Conclusion and RecommendationOnly about half of the epileptic patients adhered to AEDs at Eka Kotebe General Hospital. Self-reported availability of AEDs was an essential factor. Improving access to AEDs is critical to improving adherence and management of epilepsy.

Autores: Bethlehem Shawel Moreda, Y. Berhane

Última atualização: 2024-02-23 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.21.24303153

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.21.24303153.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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