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# Biologia# Biologia vegetal

Estudando Estômatos: Crescimento e Uso de Água nas Plantas

Pesquisas mostram como o desenvolvimento dos estômatos afeta o crescimento das plantas e a eficiência hídrica.

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As plantas absorvem dióxido de carbono (CO2) através de pequenas aberturas nas folhas chamadas Estômatos. Esses estômatos também liberam vapor d'água. A quantidade e o tamanho dessas aberturas podem afetar o crescimento da planta e a quantidade de água que ela usa. Mais estômatos podem significar um crescimento melhor, mas ter muitos pode levar ao desperdício de água, especialmente em tempos secos. Então, entender como esses estômatos se formam pode ajudar os cientistas a criar plantas que crescem melhor enquanto usam menos água.

Formação de Estômatos

A maior parte do que sabemos sobre como os estômatos se formam vem do estudo de uma planta chamada Arabidopsis. Nessa planta, o processo de formação de estômatos envolve várias proteínas-chave que ativam genes relacionados ao desenvolvimento estomático. O processo é controlado por sinais entre as células, que garantem que os estômatos estejam espaçados corretamente. Certas proteínas, conhecidas como fatores de padronização epidérmica (EPFs), se ligam a receptores na superfície das células para regular esse processo. Esses receptores fazem parte de uma família de proteínas chamada ERECTA (ER), e eles têm um papel importante no desenvolvimento dos estômatos.

Quando os EPFs se ligam a seus receptores, eles enviam sinais que impedem as células de se tornarem estômatos. Outras proteínas também estão envolvidas nesse processo, incluindo uma que quebra formas inativas dos EPFs para que eles possam funcionar de forma eficaz. Mutações em qualquer uma dessas proteínas podem levar à formação de mais estômatos do que o normal.

O Papel do Ácido Abscísico (ABA)

O ácido abscísico (ABA) é um tipo de hormônio vegetal que ajuda as plantas a responderem a condições secas. Se uma planta não tem água suficiente, ela produz mais ABA, que então impede a formação de mais estômatos. Alguns Mutantes de Arabidopsis que têm níveis mais baixos de ABA terminam tendo mais estômatos, enquanto aqueles que não conseguem quebrar o ABA têm menos estômatos.

Tipos de Estômatos em Plantas

A maioria das plantas só tem estômatos na parte de baixo das folhas, mas a Arabidopsis tem em cima e embaixo. Ainda tem muito que aprender sobre como os estômatos se formam na parte de cima das folhas e se as mesmas proteínas estão envolvidas nas duas partes. Alguns estudos sugerem que os estômatos na parte de cima reagem de forma diferente às mudanças de luz e umidade em comparação com os de baixo. Isso pode indicar que eles são controlados por mecanismos diferentes.

Objetivo da Pesquisa

Nessa pesquisa, a gente olhou pra como diferentes tipos de plantas Arabidopsis variam em densidade e composição estomática nas superfícies de cima e de baixo das folhas. Usamos mutantes que tinham diferenças conhecidas no desenvolvimento estomático pra ver se os mesmos componentes de sinalização afetavam as duas superfícies da mesma forma. Também estudamos o efeito dos níveis de ABA na formação de estômatos dos dois lados da folha.

Condições de Crescimento e Linhas de Plantas

A gente usou um tipo específico de Arabidopsis para nossos experimentos, junto com mutantes com diferenças conhecidas no desenvolvimento estomático. As plantas foram cultivadas em condições controladas com luz, umidade e temperatura consistentes pra garantir resultados confiáveis.

Densidade Estomática e Número de Folhas

Descobrimos que o número de estômatos dependia do estágio de desenvolvimento da folha. Ao analisar diferentes folhas da mesma planta, observamos que a densidade de estômatos variava. No geral, folhas mais jovens tinham mais estômatos, especialmente em certos mutantes. Nas plantas mutantes que não conseguiam sentir o ABA, encontramos mais estômatos em todas as folhas em comparação com plantas do tipo selvagem. Isso mostra que o desenvolvimento dos estômatos não é o mesmo em todas as folhas da planta.

Variação no Desenvolvimento Estomático

A gente também olhou para genes específicos que regulam o desenvolvimento estomático. Encontramos que certos mutantes tinham proporções mais baixas de estômatos entre as superfícies de cima e de baixo das folhas. Isso significa que as proteínas responsáveis pela regulação estomática funcionam de forma diferente nas partes de cima e de baixo. Por exemplo, em alguns mutantes, os estômatos da superfície de cima foram mais afetados do que os de baixo.

Observamos que a maioria dos mutantes tinha maiores densidades de estômatos na parte de baixo das folhas, enquanto alguns mostraram aumentos em cima, indicando que diferentes vias de sinalização estão em jogo.

O Papel dos Precursores Estomáticos

Os precursores estomáticos são as células que eventualmente se desenvolverão em estômatos. No nosso estudo, encontramos que esses precursores apareciam principalmente na parte de baixo das folhas, com apenas alguns encontrados em cima. Isso sugere que a forma como os estômatos se desenvolvem é diferente nas duas superfícies. Em alguns mutantes, encontramos precursores nos dois lados, mas isso não era a norma.

Impacto do ABA na Densidade Estomática

A gente também analisou como o ABA afeta os dois tipos de estômatos. Embora estudos anteriores sugerissem que o ABA limitava o número de estômatos, encontramos que esse efeito era menos pronunciado na superfície de cima nos nossos experimentos. Plantas com mutações que afetavam os níveis de ABA não apresentaram diferenças significativas no índice estomático, mostrando que, ao contrário do que se pensava, o ABA pode não ser o principal fator que determina o número de estômatos na superfície de cima.

Densidade Estomática vs. Crescimento da Planta

Como parte da nossa pesquisa, notamos uma ligação clara entre a densidade estomática e o crescimento da planta. Plantas com mais estômatos geralmente eram menores. Isso sugere que ter um número maior de estômatos pode desviar energia do crescimento, já que a planta pode precisar usar seus recursos para manter essas aberturas. Isso pode significar que, enquanto mais estômatos ajudam na troca gasosa, eles também podem exigir mais energia e recursos, levando ao crescimento limitado.

Conclusão

Resumindo, essa pesquisa lança luz sobre como o desenvolvimento estomático difere nas superfícies de cima e de baixo das folhas na Arabidopsis. Destaca o papel de várias proteínas na regulação desse processo, além da importância do ABA na formação estomática. Ao entender como os estômatos são formados e regulados, podemos trabalhar no desenvolvimento de variedades de plantas que equilibram melhor o uso de água e produtividade. Novos estudos podem abrir novas portas em como entendemos a biologia das plantas e podem ajudar na criação de plantas que prosperam em um ambiente em mudança.

Fonte original

Título: Stomatal patterning is differently regulated in adaxial and abaxial epidermis in Arabidopsis

Resumo: Stomatal pores in leaves mediate CO2 uptake into the plant and water loss via transpiration. Most plants are hypostomatous with stomata present only in the lower leaf surface (abaxial epidermis). Many herbs, including the model plant Arabidopsis thaliana, have substantial numbers of stomata also on the upper (adaxial) leaf surface. Studies of stomatal development have mostly focused on abaxial stomata and very little is known of adaxial stomatal formation. We addressed the role of leaf number in determination of stomatal density and stomatal ratio, and studied adaxial and abaxial stomatal patterns in mutants deficient in known abaxial stomatal development regulators. We found that stomatal density in some genetic backgrounds varies between different fully expanded leaves and recommend using defined leaves for analyses of stomatal patterning. Our results indicate that stomatal development is at least partly independently regulated in adaxial and abaxial epidermis, as i) plants deficient in ABA biosynthesis and perception have increased stomatal ratios, ii) the epf1epf2, tmm and sdd1 mutants have reduced stomatal ratios, iii) erl2 mutants have increased adaxial but not abaxial stomatal index, and iv) stomatal precursors preferentially occur in abaxial epidermis. Further studies of adaxial stomata can reveal new insights into stomatal form and function.

Autores: Hanna Horak, P. Jalakas, I. Tulva, N. M. Berzina

Última atualização: 2024-07-19 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.22.581564

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.22.581564.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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