Normas de Gênero e Atitudes sobre Aborto entre Adolescentes
Analisando as opiniões dos jovens sobre aborto moldadas pelos papéis de gênero.
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Índice
- Adolescentes e Abortos
- Atitudes em Relação ao Aborto no Quênia e na Nigéria
- Entendendo Normas de Gênero
- O Impacto das Normas de Gênero e Fatores Sociais
- Lacuna de Pesquisa
- Descrição do Estudo
- Métodos de Coleta de Dados
- Abordagem de Amostragem
- Medindo Atitudes e Normas de Gênero
- Considerações Éticas
- Análise Estatística
- Estatísticas Descritivas
- Percepção de Normas de Gênero
- Atitudes em Relação ao Aborto
- Ligando Normas de Gênero e Atitudes em Relação ao Aborto
- Resultados da Análise Multivariada
- Conclusões
- Fonte original
Todo ano, cerca de 73 milhões de Abortos acontecem no mundo todo. Quase metade deles é inseguro, especialmente em países em desenvolvimento. A África e a América Latina têm as taxas mais altas de abortos inseguros. Abortos inseguros são aqueles feitos por pessoas sem treinamento ou em lugares que não atendem aos padrões médicos básicos. A segurança dos abortos também é afetada por fatores sociais e legais em diferentes lugares.
Adolescentes e Abortos
Meninas adolescentes representam uma parte significativa das que fazem abortos. Cerca de 15% dos abortos inseguros acontecem com garotas abaixo de 20 anos. Em países em desenvolvimento, muitas visitas ao hospital por complicações de aborto envolvem meninas dessa faixa etária. Em algumas nações africanas, como Quênia e Nigéria, o aborto é ilegal, exceto quando a vida da mulher está em risco. Essa oposição muitas vezes vem de crenças tradicionais sobre papéis de gênero e visões religiosas.
Atitudes em Relação ao Aborto no Quênia e na Nigéria
No Quênia e na Nigéria, a galera geralmente tem opiniões bem rígidas sobre aborto. Embora as leis possam permitir algum acesso a abortos seguros, atitudes negativas continuam. Um estudo no Quênia descobriu que muitos jovens têm crenças fortes contra o aborto, influenciados por fatores como classe socioeconômica e educação. Na Nigéria, uma pesquisa mostrou que a maioria das meninas adolescentes em escolas sabia sobre aborto, mas estava mais contra. As mais novas tendem a desaprovar mais do que as mais velhas.
Normas de Gênero
EntendendoNormas de gênero são os papéis e comportamentos esperados de meninos e meninas na sociedade. Essas normas começam a moldar as crianças desde cedo. Durante a adolescência, quando as identidades estão se formando, essas normas podem influenciar muito as atitudes. Pesquisas mostram que crianças a partir de seis anos começam a reconhecer os papéis de gênero.
Em muitos países, estudos anteriores encontraram uma ligação entre a forma como as pessoas veem os papéis de gênero e suas atitudes em relação ao aborto. Por exemplo, na África do Sul, atitudes em relação ao aborto estavam ligadas a fatores sociais e econômicos. A maioria dos estudos focou em mulheres mais velhas, muitas vezes ignorando as adolescentes mais novas que também precisam de atenção, mesmo não sendo tão ativas sexualmente.
O Impacto das Normas de Gênero e Fatores Sociais
Papéis de gênero e desequilíbrios de poder podem afetar muito a capacidade de uma mulher em tomar decisões sobre sua saúde sexual e reprodutiva. O estigma em torno do aborto, a falta de grana e o medo de julgamento podem levar a práticas de aborto perigosas ou impedir que meninas jovens procurem ajuda quando precisam.
Lacuna de Pesquisa
Tem pouca pesquisa na África sobre como as normas de gênero se relacionam com as atitudes em relação ao aborto, especialmente entre adolescentes muito jovens. Dado as altas taxas de comportamento sexual arriscado entre adolescentes mais velhos, entender a conexão entre normas de gênero e atitudes em relação ao aborto pode ajudar a criar programas melhores que atendam às necessidades de saúde desses jovens.
Descrição do Estudo
Esse estudo usou dados de uma pesquisa sobre como adolescentes muito jovens em idade escolar entendem os papéis de gênero e sua saúde sexual e reprodutiva em áreas urbanas da Nigéria e do Quênia. A pesquisa combinou tanto números quanto histórias pessoais para ter um panorama mais completo. As ferramentas de pesquisa foram cuidadosamente feitas para garantir que mediam o que pretendiam.
Métodos de Coleta de Dados
Os pesquisadores usaram perguntas sobre as informações demográficas e comportamentos de saúde dos participantes, como seus relacionamentos e saúde mental. Um foco chave foi o conhecimento deles sobre onde acessar métodos contraceptivos e prevenção de gravidez. As informações foram coletadas por meio de entrevistas pessoais, com medidas rigorosas para proteger a privacidade dos participantes.
Abordagem de Amostragem
O estudo aconteceu em várias escolas escolhidas aleatoriamente que atendem comunidades carentes na Nigéria e no Quênia. Um total de 1.032 jovens na Nigéria e 880 no Quênia participaram.
Medindo Atitudes e Normas de Gênero
Um dos principais objetivos era entender como esses jovens se sentiam sobre aborto. Eles foram perguntados sobre questões específicas, e suas respostas foram pontuadas em uma escala. Essa pontuação ajudou a categorizar suas atitudes em relação ao aborto como favoráveis ou contrárias.
Outro foco importante foi medir as normas de gênero. Isso incluiu atitudes em relação às expectativas sexuais e visões sobre relacionamentos. As ferramentas do estudo foram verificadas quanto à confiabilidade, garantindo que refletissem com precisão as crenças dos participantes.
Considerações Éticas
A pesquisa seguiu diretrizes éticas para proteger os participantes. Era essencial informá-los sobre o propósito do estudo e obter consentimento tanto dos pais quanto dos adolescentes antes de começar as entrevistas.
Análise Estatística
Os dados passaram por vários tipos de análise para entender melhor as tendências e conexões. Diferentes testes estatísticos ajudaram a identificar relações significativas entre variáveis, como idade, gênero, conhecimento sobre contraceptivos e atitudes em relação ao aborto.
Estatísticas Descritivas
A maioria dos participantes tinha cerca de 12 anos, com um número ligeiramente maior de meninas no grupo queniano. O estudo analisou vários fatores demográficos, incluindo origens familiares e comportamentos relacionados à saúde.
Percepção de Normas de Gênero
A pesquisa encontrou diferenças na maneira como os jovens na Nigéria e no Quênia veem as normas de gênero. Os jovens na Nigéria eram geralmente mais propensos a ter visões tradicionais em comparação com seus colegas quenianos. Isso incluía atitudes relacionadas a comportamentos sexuais e expectativas em relacionamentos.
Atitudes em Relação ao Aborto
Diferenças significativas também foram encontradas nas atitudes em relação ao aborto entre os dois países. Muito mais pessoas na Nigéria apoiavam a ideia de que meninas jovens que engravidavam deveriam ter um aborto sob certas circunstâncias do que aqueles no Quênia.
Ligando Normas de Gênero e Atitudes em Relação ao Aborto
O estudo estabeleceu uma conexão entre como os jovens percebem as normas de gênero e suas atitudes em relação ao aborto. Jovens com visões mais tradicionais eram menos propensos a apoiar o aborto. Crenças específicas sobre papéis masculinos e femininos influenciaram fortemente suas opiniões.
Resultados da Análise Multivariada
A análise destacou vários fatores que afetam as atitudes em relação ao aborto em diferentes regiões. O conhecimento sobre contraceptivos surgiu como um preditor crítico. Na Nigéria, normas de gênero específicas relacionadas a relacionamentos influenciaram significativamente as atitudes em relação ao aborto, enquanto no Quênia, o conhecimento sobre onde acessar métodos contraceptivos teve um papel semelhante.
Conclusões
A pesquisa revela importantes insights sobre a relação complexa entre normas de gênero e atitudes em relação ao aborto entre adolescentes muito jovens. Mostra que expectativas culturais e influências sociais podem moldar como os adolescentes pensam sobre questões importantes como aborto.
Entender essas atitudes é crucial para desenvolver intervenções eficazes que atendam às necessidades de saúde sexual e reprodutiva dos jovens. Programas voltados para mudar normas de gênero prejudiciais e melhorar o acesso à educação em saúde reprodutiva podem ajudar a empoderar esses jovens a tomarem decisões informadas sobre sua saúde e futuro.
Incentivar um diálogo mais aberto sobre saúde sexual e reduzir o estigma em torno do aborto e dos direitos reprodutivos é essencial, especialmente nessa fase formativa da vida deles.
Título: GENDER NORMS AND ATTITUDE TOWARDS ABORTION AMONG VERY YOUNG ADOLESCENTS IN KENYA AND NIGERIA
Resumo: IntroductionUnsafe abortion is a major cause of death in sub-Saharan African countries with very young adolescents (VYAs) at increased risk due to their high vulnerability to unprotected sex and unplanned pregnancies. Abortion beliefs and attitudes are considered to be partly rooted in traditional views on gender and religious influences. This study is informed by the limited data on gender norm perception and its association with abortion among VYAs despite the increasing prevalence of unsafe abortion reported among this group. MaterialsData for this study was collected as part of a longitudinal survey on the gendered socialization and sexual and reproductive health of very young, in-school adolescents aged 10-14 years in Kenya and Nigeria. The study obtained quantitative data from 1,912 VYAs using a structured questionnaire. The results presented in this paper are from the quantitative baseline data collected in Kenya and Nigeria ResultThe study found significant regional differentials in attitudes toward abortion and gender norm perception of the VYAs from the two regions. VYAs from Nigeria were more likely to endorse abortion practices relative to their counterparts from Kenya. Factors associated with endorsement of abortion practice were gender norms about Sexual Double Standards (SDS) and Normative Heterosexual Relation (NHR) in Nigeria and knowledge of where to get a condom, NHR, and Normative Romantic Relationship (NRR) in Kenya. ConclusionIntervention efforts seeking to promote positive gender norms and attitudes towards SRH must begin with the VYAs and must consider regional variations and address knowledge and access to SRH commodities. What is already known on this topicprevious studies have explored attitudes towards gender norms and abortion among young people and adults, with little known among very young adolescents aged 10-14 years. What this study addsthe study contributed to the limited research on gender norms and attitudes towards abortion among very young adolescents. How this study might affect research, practice, and policyThe outcome of this suggests the need to consider regional variations when developing interventions and policies addressing gender norms and attitudes towards abortion in Africa.
Autores: Matthew A Alabi, B. M. Bello, B. W. Maina
Última atualização: 2024-04-10 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.08.24305479
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.08.24305479.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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