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Tempo de Tela e Dor no Pescoço: O Que Saber

Analisando a relação entre tempo de tela e dor no pescoço em crianças e adolescentes.

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A dor musculoesquelética afeta muita gente, tanto adultos quanto Crianças. Nos EUA, uma grana alta é gasta para tratar Dor no Pescoço e nas costas. Em 2016, foi reportado que cerca de 134,5 bilhões de dólares foram gastos com essas condições, tornando-se um grande problema de saúde. Esse tipo de dor pode levar a problemas de saúde a longo prazo e causar aposentadoria precoce pra alguns.

De acordo com organizações de saúde, a dor no pescoço e outros problemas musculares e nas articulações estão entre os principais problemas de saúde que causam incapacidades. Esse tipo de dor também é comum entre os mais jovens, com estudos mostrando que até 40% dos adolescentes passam por isso. A dor no pescoço em adolescentes é muito importante porque pode continuar na vida adulta, e tem menos pesquisa focada nesse grupo etário em comparação com os adultos.

O Impacto do Tempo de Tela

Usar telas, como celulares e computadores, pode causar vários problemas físicos, incluindo dor no pescoço e nas costas. Muito tempo de tela também pode levar a tensão nos olhos e desconforto nos ombros e braços. Mudanças na curva natural da coluna lombar devido ao uso excessivo de telas podem contribuir para a dor nas costas.

Para os adolescentes, passar horas longas em telas pode resultar em dor na parte superior do corpo. Pesquisas sugerem que jovens adultos, como universitários, também enfrentam dor no pescoço ligada ao tempo que passam no celular. No entanto, alguns estudos não encontraram uma conexão clara entre tempo de tela e dor no pescoço.

Um estudo descobriu que para crianças em idade escolar, havia poucas evidências conectando o uso de telas com dor no pescoço. Outro estudo mostrou resultados mistos. Isso indica que, embora haja algumas evidências de um link entre tempo de tela e desconforto físico, mais pesquisa é necessária para esclarecer isso tanto para adultos quanto para crianças.

O objetivo de um estudo recente foi olhar para a pesquisa existente para entender melhor a relação entre dor no pescoço e uso de telas, para que as famílias possam gerenciar melhor o tempo de tela para seus filhos.

Método de Pesquisa

O estudo usou um método chamado PRISMA 2020 para guiar sua abordagem. Os pesquisadores buscaram em várias bases de dados artigos existentes até 30 de julho de 2023. O foco era encontrar estudos que discutissem dor no pescoço e uso de telas entre crianças e adolescentes.

Para garantir que os artigos fossem relevantes, os duplicados foram removidos, e um revisor analisou os títulos e resumos para encontrar estudos que se encaixassem no tema. Depois de revisar os textos completos, qualquer artigo que faltasse detalhes importantes, como faixa etária ou métodos de avaliação da dor, também foi descartado.

Que Tipos de Estudos Foram Incluídos?

Apenas estudos observacionais que analisaram a dor no pescoço em conexão com o uso de telas entre jovens foram incluídos. Não foram aplicadas restrições de raça ou gênero na seleção desses estudos.

Coleta de Dados

Um revisor independente coletou dados dos artigos selecionados. Esses dados incluíram a faixa etária dos participantes, se os estudos tinham mais homens ou mulheres, tipo de estudo, número de participantes, como a dor no pescoço foi avaliada e onde os estudos foram realizados.

O revisor usou uma ferramenta de avaliação de qualidade para avaliar a qualidade de cada estudo. Os estudos foram classificados como bons, regulares ou ruins com base nessa avaliação.

Usando dados coletados desses estudos, uma linha do tempo foi criada para mostrar como o uso de telas poderia se relacionar com a dor no pescoço em diferentes idades. Essa linha do tempo leva em conta não apenas o tempo total de tela, mas também fatores como pausas, atividade física durante o uso de telas e o tipo de atividades relacionadas a telas.

Resultados do Estudo

Da busca, foram encontrados 6.804 registros, e após uma seleção, 13 estudos foram escolhidos para uma revisão detalhada. Esses estudos se concentraram em alunos de 6 a 25 anos, com um equilíbrio entre participantes masculinos e femininos. O número total de participantes desses estudos foi de 14.353, com resultados que vão de 2013 a 2023.

O maior estudo foi realizado em Xangai com 3.016 participantes, enquanto o menor foi no Brasil, com 150 participantes. Diferentes métodos foram usados para coletar dados, principalmente através de questionários, entrevistas e escalas específicas para avaliar a dor no pescoço.

Todos os estudos analisaram o uso de telas, particularmente por meio de dispositivos móveis. Diferentes tipos de telas, como tablets, videogames, computadores e TVs, foram examinados também. Os estudos tinham como objetivo medir o tempo total de tela e seus efeitos na dor no pescoço.

Resumo dos Resultados do Estudo

A maioria dos estudos mostrou uma conexão entre o uso maior de telas e um risco aumentado de dor no pescoço. À medida que a tecnologia se torna mais integrada ao cotidiano, é necessário estar ciente dos potenciais problemas físicos.

O tempo de tela entre crianças aumentou consideravelmente. Durante a pandemia, um estudo descobriu que o tempo médio diário de tela para uma amostra de crianças subiu de 4,4 horas para 6,15 horas. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) relataram que crianças de 8 a 18 anos tinham uma média de 7,5 horas diárias de tela em 2018.

Comparar esses resultados com os limites de tempo recomendados mostra que muitas crianças ultrapassam o tempo seguro de tela, o que pode impactar negativamente seu desenvolvimento.

Recomendações de Tempo de Tela com Base na Idade

A revisão resumiu recomendações para gerenciar o tempo de tela de acordo com a idade. Essas recomendações foram desenvolvidas com base nos estudos incluídos na revisão. Embora esses números não possam ser vistos como regras rígidas, eles dão uma ideia para os pais sobre a quantidade apropriada de tempo de tela para seus filhos.

Todos os estudos indicaram uma relação entre o uso de celular e dor no pescoço. À medida que tanto adultos quanto crianças usam telas com mais frequência, se torna crucial reconhecer os riscos à saúde associados a esse comportamento. Esses riscos podem incluir não apenas dor física, mas problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.

A Necessidade de Mais Pesquisa

Há uma lacuna significativa na conscientização sobre o uso excessivo de telas e a possível dor no pescoço que pode surgir disso. Muitos estudos foram realizados na última década, mas a correlação permanece inalterada. A pesquisa destaca a necessidade de reduzir o tempo de tela, especialmente com a crescente dependência da tecnologia.

Este estudo forneceu insights úteis sobre a relação entre dor no pescoço e tempo de tela, oferecendo uma linha do tempo aproximada para os pais ajudarem a medir os riscos potenciais. A linha do tempo serve como uma ferramenta prática, permitindo que as famílias mantenham o tempo de tela sob controle, ao mesmo tempo que permite uma certa flexibilidade.

À medida que novas pesquisas surgem, é essencial continuar atualizando essa linha do tempo para refletir as descobertas atuais. Ajustar as recomendações com base em dados em evolução pode ajudar a fornecer uma melhor orientação para os pais e profissionais de saúde sobre o uso de telas e seus efeitos na saúde do pescoço.

A conversa em torno do tempo de tela e do bem-estar físico é crucial. Criar mais consciência pode ajudar a promover hábitos mais saudáveis para crianças e adultos, potencialmente reduzindo a ocorrência de dor no pescoço em um mundo cada vez mais dominado por telas.

Fonte original

Título: Screen Time and Musculoskeletal Neck Pain in Children: A Comprehensive Systematic Review and Lifestyle Recommendations

Resumo: Musculoskeletal neck pain is one of the leading ailments in the world right now and affects everyone, from seniors to prepubescent kids. Neck pain also costs countries billions of dollars in healthcare and medical expenses. Research in this field is slim, and thus, a compilation of this information is necessary. This systematic review aims to collect articles worldwide, exploring the correlation between screen use and neck pain in children. This systematic review harnesses PubMed, JSTOR, and Google Scholar data to comprehensively analyze 6,804 articles on the subject, cutting it down to 13 papers. To do this, an independent reviewer first distinguished note-worthy articles from said databases and used articles that fit this study. Then, the articles with data that fit the variables were used. Preliminary results in all articles indicate a substantial positive correlation between reduced screen time and reduced instances of neck pain issues, signifying the potential for lifestyle changes in children and adolescents. This systematic review also highlights its recommendations for screen use at different points in a childs life, allowing parents to determine their kids best screen use rate. By synthesizing these findings, this review offers valuable insights into the potential benefits of reducing screen time as a preventive measure against neck pain in adolescents, increasing support for this cause, and expanding informed parental guidance in managing childrens screen usage habits. These recommendations were determined based on data from articles in the systematic review. Additional work in this field focusing on screen use and neck pain in adolescence is needed, and a higher-quality recommendation chart must be manufactured.

Autores: Huzaifa H Rampurawala

Última atualização: 2024-04-30 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.28.24306242

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.28.24306242.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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