Novo Framework para Avaliar Viés em Modelos de Linguagem
Um novo método pra avaliar viés em modelos de linguagem busca respostas mais justas da IA.
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Índice
- Necessidade de uma Nova Abordagem
- Propondo uma Estrutura de Certificação
- Desafios na Certificação
- Abordagem de Certificação
- Resultados: O Que Isso Significa na Prática
- Estudos de Caso em Certificação de Viés
- Trabalhos Relacionados e Contexto
- Limitações e Direções Futuras
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Modelos de linguagem são programas de computador que conseguem gerar texto parecido com o humano com base nas informações que recebem. Eles são usados em várias aplicações, incluindo chatbots, que interagem com os usuários dando respostas e completando frases. Mas, tá rolando uma preocupação crescente de que esses modelos às vezes produzem respostas tendenciosas ou injustas. Esse viés pode refletir estereótipos sociais e gerar desinformação, o que é bem preocupante quando esses modelos são usados em ambientes públicos.
Embora os pesquisadores tenham tentado entender e avaliar o viés nesses modelos, os métodos tradicionais muitas vezes não funcionam bem. Esses métodos costumam envolver testar os modelos com uma quantidade limitada de exemplos, o que não captura toda a gama de respostas possíveis que os modelos poderiam gerar. Por isso, é necessário um novo jeito de avaliar e certificar a justiça das respostas dos modelos de linguagem.
Necessidade de uma Nova Abordagem
Os métodos de avaliação atuais normalmente envolvem benchmarking, onde os modelos são testados em conjuntos específicos de perguntas ou comandos. Porém, essa abordagem tem várias limitações significativas:
Casos de Teste Limitados: Testar apenas um número pequeno de exemplos não oferece uma visão completa de como um modelo se comporta em cenários do mundo real.
Vazamento do Conjunto de Teste: Às vezes, os modelos podem ter sido treinados com os mesmos conjuntos de dados usados para testar, levando a resultados distorcidos.
Falta de Garantias: Os testes existentes não oferecem resultados garantidos para exemplos não vistos, o que pode limitar a confiabilidade deles.
Portanto, é vital encontrar um jeito de avaliar o viés que forneça uma avaliação mais completa e inclua garantias formais sobre como os modelos vão se comportar em uma ampla variedade de comandos.
Propondo uma Estrutura de Certificação
Diante dessas falhas, uma nova estrutura chamada Certificação Quantitativa de Viés foi introduzida. Essa estrutura tem como objetivo fornecer garantias formais sobre como os modelos de linguagem vão responder a comandos que contêm atributos sensíveis, como gênero ou raça.
A ideia central dessa estrutura é gerar um "certificado", que consiste em estimativas de alta confiança sobre a probabilidade de um modelo produzir respostas tendenciosas. Essas estimativas são derivadas da amostragem de várias entradas e da observação de como o modelo reage a elas.
Como Funciona a Estrutura
A certificação funciona considerando diferentes conjuntos de comandos ou perguntas que um modelo de linguagem pode receber. Para cada comando, as respostas do modelo são avaliadas quanto ao viés usando uma ferramenta de detecção. O processo de certificação envolve várias etapas:
Amostragem de Prefixos: Diferentes prefixos ou frases iniciais são adicionados aos comandos. Esses prefixos podem ser sequências aleatórias de palavras, variações de frases problemáticas conhecidas (chamadas de 'jailbreaks'), ou versões alteradas dessas frases.
Detecção de Viés: Uma vez que o modelo gera respostas após esses comandos, uma função de detecção de viés avalia se as respostas são tendenciosas com base em padrões predefinidos.
Cálculo dos Limites de Probabilidade: A estrutura então calcula a probabilidade de que o modelo de linguagem produza respostas tendenciosas para o conjunto de comandos dado. Isso envolve o uso de métodos estatísticos para gerar limites sobre a probabilidade de tais respostas tendenciosas.
Amostragem Adaptativa: A estrutura continua amostrando mais prefixos até determinar se o modelo é tendencioso (o limite inferior ultrapassa um certo patamar) ou não tendencioso (o limite superior fica abaixo de um patamar).
Desafios na Certificação
Um dos principais desafios nessa estrutura de certificação é a ausência de representações precisas da ampla gama de comandos que ocorrem em situações do mundo real. Além disso, os métodos de certificação existentes muitas vezes requerem acesso profundo ao modelo (também conhecido como acesso 'white-box'), o que não é viável para muitos modelos disponíveis no mercado.
Abordagem de Certificação
O processo de certificação reconhece que é irrealista esperar que um modelo de linguagem esteja completamente livre de viés em todos os comandos possíveis. Em vez disso, o foco está em quantificar o risco de viés em seleções aleatórias de comandos que diferem por atributos sensíveis.
A estrutura gera um relatório de certificação que transmite os limites de alta confiança sobre a probabilidade de o modelo produzir respostas tendenciosas. O objetivo é garantir que qualquer modelo implantado atenda a um certo padrão de justiça.
Componentes Chave da Estrutura
Especificações: A estrutura utiliza especificações que definem o que significa um modelo exibir baixo viés. Essas especificações indicam que o modelo deve fornecer respostas similares a comandos que diferem apenas por atributos sensíveis.
Distribuição de Prefixos: Diferentes tipos de prefixos são usados, incluindo tokens completamente aleatórios, combinações de vários jailbreaks, e variações no espaço de embedding semântico do modelo. Essa variedade ajuda a oferecer uma avaliação mais abrangente dos potenciais viéses.
Teste Estatístico: Uma abordagem estatística é empregada para determinar quão provável é que um modelo dê respostas tendenciosas. Isso envolve amostrar múltiplos prefixos e calcular limites com base nas respostas observadas.
Resultados: O Que Isso Significa na Prática
A nova estrutura de certificação foi testada em modelos de linguagem populares para avaliar suas respostas em vários cenários. Aqui está o que foi encontrado:
- Modelos como Vicuna e Mistral mostraram viés significativo em muitas instâncias quando testados com 'soft jailbreaks'.
- Outros modelos, como Llama, produziram menos resultados tendenciosos em condições aleatórias.
- Os modelos Gemini e GPT apresentaram vulnerabilidades ao viés mesmo quando suas medidas de segurança estavam desativadas, revelando um risco potencial em seu uso.
Esses resultados mostram a capacidade da estrutura de certificação de descobrir viéses que podem não ser detectados por métodos de benchmarking padrão.
Estudos de Caso em Certificação de Viés
Exemplos específicos destacam a eficácia da estrutura. Por exemplo, ao testar os modelos de linguagem com comandos derivados de conjuntos de dados focados em diferentes profissões e estereótipos, foi possível revelar viéses relacionados a gênero e raça.
Em um estudo de caso, as respostas do modelo Mistral refletiram viés contra mulheres em relação às capacidades profissionais. Em outro, o modelo Gemini exibiu estereótipos relacionados à raça. Esses insights mostram a importância dessa estrutura de certificação em revelar e abordar o viés em modelos de linguagem.
Trabalhos Relacionados e Contexto
O estudo de viés e justiça em aprendizado de máquina não é novidade; no entanto, muito do trabalho anterior focou em modelos menores. Com a ascensão dos grandes modelos de linguagem, os métodos e estruturas existentes não acompanharam os novos desafios que surgiram.
Esforços anteriores incluem metodologias para jailbreaks em modelos de linguagem e geração de exemplos adversariais para contornar guardrails de segurança. Essas técnicas são vitais para entender os riscos associados à implantação de modelos, mas precisam de métodos complementares, como a estrutura de certificação, para avaliar efetivamente a justiça.
Limitações e Direções Futuras
Embora a estrutura de certificação apresente várias vantagens, ela também tem limitações. Por um lado, os resultados são influenciados pela função de detecção de viés utilizada, o que significa que a eficácia geral pode depender muito da qualidade desse métrica. Isso destaca uma área potencial para pesquisas futuras, que poderia focar no desenvolvimento de métricas mais robustas para detecção de viés.
Além disso, a complexidade da amostragem da estrutura pode aumentar significativamente quando limites mais rigorosos para o viés aceitável são definidos. Trabalho contínuo pode envolver a criação de métodos mais eficientes para certificar modelos com menos amostras, enquanto ainda atinge altos padrões de confiança.
Conclusão
A introdução da estrutura de Certificação Quantitativa de Viés é um passo importante na avaliação da justiça dos modelos de linguagem. Ao fornecer um método estruturado para avaliar e garantir baixo viés nas respostas, ajuda a abordar preocupações significativas sobre o uso desses modelos em aplicações de atendimento ao público.
À medida que a tecnologia avança e os modelos de linguagem se tornam mais integrados ao dia a dia, garantir sua justiça e confiabilidade é crítico. Essa estrutura não apenas auxilia desenvolvedores a aperfeiçoar seus modelos, mas também promove uma melhor compreensão dos potenciais riscos e impactos de respostas tendenciosas.
No futuro, o desenvolvimento de funções de detecção de viés aprimoradas e métodos de amostragem mais eficientes aumentará a efetividade dessa estrutura de certificação e contribuirá para o objetivo mais amplo de desenvolvimento responsável de IA.
Título: Quantitative Certification of Bias in Large Language Models
Resumo: Large Language Models (LLMs) can produce biased responses that can cause representational harms. However, conventional studies are insufficient to thoroughly evaluate LLM bias, as they can not scale to large number of inputs and provide no guarantees. Therefore, we propose the first framework, QuaCer-B that certifies LLMs for bias on distributions of prompts. A certificate consists of high-confidence bounds on the probability of unbiased LLM responses for any set of prompts mentioning various demographic groups, sampled from a distribution. We illustrate the bias certification for distributions of prompts created by applying varying prefixes drawn from a prefix distributions, to a given set of prompts. We consider prefix distributions for random token sequences, mixtures of manual jailbreaks, and jailbreaks in the LLM's embedding space to certify bias. We obtain non-trivial certified bounds on the probability of unbiased responses of SOTA LLMs, exposing their vulnerabilities over distributions of prompts generated from computationally inexpensive distributions of prefixes.
Autores: Isha Chaudhary, Qian Hu, Manoj Kumar, Morteza Ziyadi, Rahul Gupta, Gagandeep Singh
Última atualização: 2024-10-20 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2405.18780
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2405.18780
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
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