Simple Science

Ciência de ponta explicada de forma simples

# Ciências da saúde# Medicina cardiovascolare

Novas Perspectivas sobre Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada

Pesquisas mostram que existem tipos distintos de HFpEF pra melhorar as opções de tratamento.

― 6 min ler


Insights sobreInsights sobreInsuficiência Cardíaca:Novas Abordagensmelhores estratégias de tratamento.Identificando os tipos de HFpEF pra
Índice

A insuficiência cardíaca é uma condição séria que afeta como o coração funciona. Em particular, a insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada, ou HFpEF, é um tipo que representa quase metade de todos os casos de insuficiência cardíaca. Em HFpEF, os pacientes mostram sintomas de insuficiência cardíaca, mas a capacidade de bombeamento do coração, medida pela fração de ejeção, é acima de 50%. Apesar de muitos estudos, atualmente não existe um tratamento médico eficaz para melhorar os resultados desses pacientes.

HFpEF não é uma única doença, mas uma mistura de diferentes problemas que podem afetar as pessoas de várias formas. Essa variedade sugere que tratar os pacientes com base no tipo específico de HFpEF que eles têm pode ser mais bem-sucedido do que usar o mesmo tratamento para todo mundo.

Identificando Diferentes Tipos de HFpEF

Os pesquisadores estão buscando maneiras melhores de identificar subtipos de HFpEF usando métodos de análise avançados, como aqueles que analisam padrões nos dados, conhecidos como análise baseada em clusters. Alguns estudos combinaram dados de imagem cardíaca com informações de exames de sangue e outros testes. No entanto, essas abordagens ainda não analisaram como diferentes tipos de HFpEF se relacionam com vários Biomarcadores ou capacidade de exercício.

O Estudo RELAX

Um estudo importante, chamado de ensaio RELAX, examinou os efeitos de um medicamento chamado sildenafil em comparação com um placebo na capacidade de exercício em pacientes com HFpEF. Os pesquisadores analisaram os resultados de imagem cardíaca, a máxima captação de oxigênio durante o exercício, a distância caminhada e vários biomarcadores. Alguns desses biomarcadores, como NT-proBNP e troponina, podem indicar como o coração está funcionando.

Apesar desses esforços, o sildenafil não melhorou os resultados principais ou secundários do ensaio. Os pesquisadores tentaram identificar os tipos estruturais de HFpEF usando um método chamado análise de classe latente, que busca padrões com base nos dados de imagem cardíaca.

Resultados do Estudo RELAX

No ensaio RELAX, 216 pacientes com HFpEF foram observados por uma média de 5,3 meses. Esses pacientes tinham baixa capacidade de exercício e níveis elevados de NT-proBNP. O objetivo principal era ver se havia mudanças na capacidade de exercício após 24 semanas. Os pesquisadores descobriram que havia três tipos principais de HFpEF com base na estrutura do coração.

Fenótipos Estruturais

  1. Fenótipo A: Este grupo tinha Disfunção Diastólica leve, os menores sinais de aumento das câmaras cardíacas e a melhor função cardíaca.
  2. Fenótipo B: Este foi o maior grupo, apresentando a disfunção diastólica mais severa, o maior aumento das câmaras cardíacas e a pior função do coração direito.
  3. Fenótipo C: Pessoas desse grupo tinham pouca ou nenhuma disfunção diastólica, mas ainda assim apresentavam algum aumento das câmaras cardíacas.

As diferenças nesses fenótipos mostraram variações na gravidade das mudanças na estrutura do coração. Por exemplo, o Fenótipo A tinha a maior função cardíaca, enquanto o Fenótipo B tinha a menor.

Idade e Outros Fatores

Os pacientes do Fenótipo B eram geralmente mais velhos em comparação com os outros grupos. No entanto, não houve diferenças significativas em outras condições de saúde, como doença arterial coronariana ou hipertensão. Os pesquisadores também observaram diferenças na presença de fibrilação atrial, que era mais comum nos Fenótipos B e C.

Biomarcadores

Os biomarcadores desses pacientes variaram significativamente entre os três fenótipos. O Fenótipo B tinha os níveis mais altos de certos biomarcadores que indicam pior saúde cardíaca. Em contraste, o Fenótipo C apresentou os níveis mais baixos desses biomarcadores, sugerindo diferentes problemas subjacentes.

Resultados do Tratamento

Ao analisar os efeitos do tratamento com sildenafil entre os diferentes fenótipos, não houve mudanças significativas nos sintomas ou na capacidade de exercício. No Fenótipo B, alguns biomarcadores aumentaram com o tratamento, mas, no geral, o sildenafil não parecia ajudar nenhum dos fenótipos.

Entendendo os Fenótipos

Com base nos achados, os pesquisadores acreditam que os diferentes tipos estruturais de HFpEF podem refletir várias questões subjacentes. Para o Fenótipo B, as severas mudanças estruturais e os biomarcadores elevados sugerem um problema mais complexo frequentemente visto em pacientes mais velhos. Tratamentos direcionados a essas questões específicas podem ser mais eficazes do que a abordagem única usada até agora.

O Papel dos Biomarcadores

Alguns biomarcadores como CYSTC e CITP podem refletir mudanças na estrutura e função do coração. Esses biomarcadores podem indicar problemas como disfunção diastólica e remodelamento cardíaco, que podem agravar a insuficiência cardíaca.

Disfunção Microvascular

Uma possível causa dos sintomas de HFpEF é a disfunção microvascular, que significa que os pequenos vasos sanguíneos no coração não funcionam bem. Mesmo em pacientes sem artérias bloqueadas, esse problema é bastante comum e pode levar a sintomas de insuficiência cardíaca.

Direções Futuras

Os resultados dessa pesquisa destacam a importância de reconhecer diferentes tipos de HFpEF para melhorar as opções de tratamento. Para os pacientes do Fenótipo B, terapias específicas voltadas para o remodelamento cardíaco podem ser úteis. Embora tratamentos como o sildenafil não tenham mostrado benefícios, outras abordagens, como medicamentos que visam mudanças na estrutura do coração, podem oferecer esperança.

Conclusão

Entender e categorizar a HFpEF em fenótipos distintos é crucial para desenvolver melhores terapias. Ao focar nas características e necessidades únicas de diferentes grupos de pacientes, os profissionais de saúde podem trabalhar em direção a tratamentos mais eficazes que abordem os problemas subjacentes da HFpEF. Essa abordagem direcionada pode melhorar significativamente a qualidade de vida de quem vive com essa condição complexa.

Fonte original

Título: Biomarkers Correspond with Echocardiographic Phenotypes in Heart Failure with Preserved Ejection Fraction: A Secondary Analysis of the RELAX Trial

Resumo: BackgroundLittle is known about the relationship between structural phenotypes in in heart failure with preserved ejection fraction (HFpEF) and cardiac biomarkers. We used cluster analysis to identify cardiac structural phenotypes and their relationships to biomarkers in HFpEF. Methods and resultsLatent class analysis (LCA) was applied to echocardiographic data including left atrial enlargement (LAE), diastolic dysfunction (DD), E/e, EF[≤]55%, and right ventricular dysfunction from 216 patients enrolled in the RELAX trial. Three structural phenotypes were identified. Phenotype A had the most grade II DD. Phenotype B had the most grade III DD, worst LAE, elevated E/e and right ventricular dysfunction. Phenotype C had the least DD and moderate LAE. Phenotypes B and C had prevalent atrial fibrillation (AF). Phenotype B patients had increased carboxy-terminal telopeptide of collagen type I (CITP), cystatin-c (CYSTC), endothelin-1 (ET1), NT-proBNP, and high-sensitivity troponin I (TNI). Type A had the next highest CITP and CYSTC levels while Type C had next highest NT-proBNP. ConclusionsStructural HFpEF phenotypes demonstrated different characteristics including cardiac biomarkers. These findings may help explain phenotype-specific differences in natural history and prognosis, and they may represent phenotype-specific pathophysiology that could be amenable to targeted therapy.

Autores: David P Kao, P. R. Hyson

Última atualização: 2024-05-02 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.30.24306660

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.04.30.24306660.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao medrxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

Artigos semelhantes