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Macrófagos e Reparação Muscular: O Papel da RNAseT2

Estudo revela como a RNAseT2 dos macrófagos ajuda na fusão das células-tronco musculares.

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Células-Tronco Musculares (MuSCs) têm um papel importante na reparação do músculo esquelético depois de uma lesão. Quando rola um dano, essas células podem se fundir para formar células maiores que ajudam no processo de recuperação. Embora as MuSCs tenham a própria habilidade de se desenvolver em tecido muscular, elas dependem de sinais do ambiente para fazer isso de forma eficaz. Um jogador chave nesse processo é um tipo de célula imunológica chamada Macrófagos.

Papel dos Macrófagos na Reparação Muscular

Os macrófagos são conhecidos por conseguirem gerenciar a inflamação e apoiar a cura. Depois de uma lesão, essas células ajudam a criar um ambiente favorável para as MuSCs. Inicialmente, os macrófagos promovem a inflamação, o que estimula as MuSCs a crescer e se dividir. Depois, eles mudam para um papel diferente, ajudando a reduzir a inflamação. Essa transição é essencial para as MuSCs amadurecerem e se fundirem corretamente. Embora muitas substâncias liberadas pelos macrófagos tenham sido estudadas, não se entende muito bem como elas ajudam as MuSCs a se fundirem.

Descobrindo RNAseT2

Pesquisas mostraram que quando as MuSCs são expostas a substâncias de macrófagos ativados, elas tendem a crescer e se fundir melhor. Um fator identificado é uma proteína chamada ribonuclease T2 (RNAseT2), que está presente nos macrófagos que promovem a reparação muscular. Essa proteína é secretada pelos macrófagos e encoraja especificamente as MuSCs a se fundirem sem influenciar seu crescimento. Ela faz isso entrando nas MuSCs através de um receptor de superfície chamado receptor de manose e afetando a estrutura de uma proteína chamada Actina, que é crucial para o movimento e Fusão celular.

Mecanismo de Ação do RNAseT2

Para entender como o RNAseT2 promove a fusão das MuSCs, os pesquisadores procuraram proteínas com as quais o RNAseT2 interage dentro das MuSCs. Eles encontraram uma proteína chamada SLK, que está envolvida na gestão da estrutura da actina. Quando o RNAseT2 se liga ao SLK, ele ativa outra proteína chamada N-WASP, que tem um papel na formação de filamentos de actina. Essas mudanças na estrutura da actina são necessárias para que as MuSCs se combinem e criem novas fibras musculares.

Em experimentos de laboratório, usando células humanas, foi mostrado que, quando as MuSCs são tratadas com RNAseT2, sua capacidade de fusão aumenta. Isso também foi confirmado em tratamento com uma proteína semelhante de fungos, mostrando que o RNAseT2 impulsiona o processo de fusão dessas células-tronco musculares. Além disso, quando a função do RNAseT2 foi interrompida, a capacidade de fusão das MuSCs foi significativamente reduzida.

Atividade dos Macrófagos na Regeneração Muscular

Durante a regeneração muscular, os macrófagos são cruciais para o sucesso do processo. Eles não só ajudam as MuSCs a se fundirem, mas também garantem que as condições inflamatórias certas estejam presentes. Os pesquisadores descobriram que os níveis de RNAseT2 são mais altos em macrófagos que são conhecidos por apoiar a reparação muscular em comparação àqueles que não fazem isso. Isso levantou a questão de como os macrófagos contribuem para o comportamento das MuSCs durante a cicatrização muscular.

Em modelos de camundongos, macrófagos que estavam sem RNAseT2 ou tinham uma forma defeituosa da proteína não conseguiam estimular a fusão das MuSCs de forma eficaz. Isso indica que o RNAseT2 é um fator essencial produzido pelos macrófagos durante a reparação muscular.

Importância da Actina na Fusao das MuSCs

A actina é uma proteína que forma o esqueleto das células, ajudando-as a manter sua forma e facilitando movimentos, incluindo a fusão das células musculares. Para que as MuSCs se fundam e criem novas fibras musculares, a actina precisa mudar sua disposição. O RNAseT2 parece ajudar nesse processo, influenciando a actina através de sua interação com o SLK, que por sua vez promove as mudanças necessárias que permitem que as MuSCs se fundam.

Experimentos mostraram que tratar as MuSCs com RNAseT2 resultou em estruturas de actina mais organizadas, que é um sinal claro de aumento da atividade de fusão. A presença de RNAseT2 também mostrou uma proporção maior de actina filamentosa, que é a forma de actina que ajuda a criar conexões fortes entre as células.

Estudos em Zebrafish e Camundongos

Para avaliar ainda mais o papel do RNAseT2 na reparação muscular em tempo real, foram realizados estudos em zebrafish e camundongos. Em zebrafish geneticamente modificados para expressar RNAseT2 especificamente em macrófagos, foi observada uma recuperação muscular aprimorada e um aumento na fusão das MuSCs após lesão muscular. Isso sugeriu que o RNAseT2 desempenha um papel significativo não só em culturas celulares, mas também em organismos vivos.

Em modelos de camundongos, os pesquisadores testaram os efeitos de introduzir RNAseT2 diretamente no tecido muscular. Os resultados mostraram uma melhora acentuada na regeneração das fibras musculares e um aumento no número de núcleos dentro das novas fibras musculares. A introdução de uma versão defeituosa do RNAseT2, no entanto, não produziu resultados positivos semelhantes, destacando a importância do RNAseT2 funcional para a reparação muscular.

Relevância Humana do RNAseT2

A pesquisa também se estendeu a sujeitos humanos. Macrófagos de pacientes com uma mutação genética que impede a produção de RNAseT2 mostraram ser menos eficazes em estimular a fusão das MuSCs em comparação com aqueles de indivíduos saudáveis. Essa observação enfatiza o papel conservado do RNAseT2 entre as espécies, incluindo os humanos, no processo de regeneração muscular.

Conclusão

As descobertas desses estudos revelam um novo mecanismo pelo qual os macrófagos facilitam a reparação muscular através da secreção de RNAseT2. Essa proteína desempenha um papel vital na promoção da fusão das células-tronco musculares, permitindo uma cura muscular eficaz. Ao interagir com proteínas essenciais como SLK e N-WASP, o RNAseT2 ajuda a reorganizar as estruturas de actina dentro das MuSCs, facilitando sua fusão em novas fibras musculares.

Entender o papel do RNAseT2 e suas vias na reparação muscular não só aprimora nosso conhecimento sobre a biologia muscular, mas também abre potenciais caminhos terapêuticos para melhorar a recuperação muscular em várias condições médicas. Pesquisas contínuas nessa área podem levar a tratamentos inovadores que aproveitem os mecanismos da fusão e regeneração de células-tronco, beneficiando, no final das contas, indivíduos com lesões musculares ou doenças degenerativas.

Fonte original

Título: Macrophage-derived RNAseT2 stimulates muscle stem cell fusion via SLK/N-WASP/actin bundling

Resumo: Muscle stem cells (MuSCs) fuse to form myofibers to repair skeletal muscle after injury. Within the regenerative MuSC niche, restorative macrophages stimulate MuSC fusion, although the molecular mechanisms involved are largely unknown. Here, we show that restorative macrophages secrete ribonuclease T2 (RNAseT2) to stimulate MuSC fusion. RNAseT2 entered MuSCs via the mannose receptor and induced the formation of actin bundles in MuSCs, enabling cell/cell fusion. Mechanistically, RNAseT2 bound to Ste20-like kinase (SLK), which itself triggered the phosphorylation-mediated activation of N-WASP, through Paxillin phosphorylation, allowing actin bundling necessary for MuSC fusion. In vivo, overexpressing RNAseT2 in regenerating muscle increased fusion in newly formed myofibers in mouse and zebrafish while macrophages deficient for RNAseT2 gene led to fusion defect and smaller myofibers. This study reveals a new function for the highly conserved RNAseT2 and provides a new molecular mechanism by which restorative macrophages support MuSC fusion during muscle repair.

Autores: Benedicte Chazaud, M. Weiss-Gayet, G. Juban, E. Le Moal, A. Moretta, C. Farnetari, C. Gobet, J. Guillemaud, M.-C. Le Bihan, O. Shoseyov, A. Adrait, K. Ternka, O. Boespflug-Tanguy, M. Kettwig, Y. Coute, R. Mounier, F. Acquati, R. Knight

Última atualização: 2024-09-13 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.09.11.612435

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.09.11.612435.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

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