Simple Science

Ciência de ponta explicada de forma simples

# Biologia# Genética

Genes do Câncer: O Papel dos Oncogenes e dos Genes Supressores de Tumores

Analisando como mutações genéticas influenciam o desenvolvimento do câncer e as taxas de evolução.

― 6 min ler


Genética do CâncerGenética do CâncerDesvendadaa evolução do câncer.Como as mutações genéticas impulsionam
Índice

Câncer acontece quando as células crescem sem controle, geralmente por causa de Mutações em genes específicos. Essas mutações podem dar uma vantagem de crescimento às células, permitindo que elas superem as células normais. Tem dois tipos principais de genes envolvidos no câncer: Oncogenes, que podem promover o crescimento celular, e Genes Supressores de Tumor, que normalmente controlam a divisão celular.

O Papel dos Oncogenes e Genes Supressores de Tumor

Oncogenes são genes normais que, quando mutados, ficam hiperativos e levam ao crescimento descontrolado. Uma única mutação em um oncogene pode causar câncer porque só precisa de uma cópia do gene afetada. Já os genes supressores de tumor precisam que ambas as cópias (uma de cada pai) sejam mutadas ou inativadas para o câncer se desenvolver. Isso é chamado de modelo de "duas mutações", ou seja, ambas as cópias de um gene supressor de tumor têm que ser alteradas para perder a função normal e permitir que o câncer avance.

Diferenças nas Taxas de Evolução

Pesquisas mostram que alguns genes evoluem mais rápido que outros. Por exemplo, genes em organismos com um único conjunto de Cromossomos (haploides) tendem a evoluir mais rapidamente do que aqueles com dois conjuntos (diploides). Em organismos diploides, a maioria das novas mutações não se expressa facilmente porque elas geralmente são recessivas. Isso significa que não mostram seus efeitos se um gene não mutado também estiver presente.

Essa diferença também se aplica aos cromossomos sexuais. Nos machos, os genes do cromossomo X podem agir como genes haploides, já que eles têm apenas uma cópia do cromossomo X. A suposição é que as mutações nesses genes ligados ao X podem se espalhar mais rapidamente do que aquelas em genes autossômicos (cromossomos não sexuais). No entanto, há um debate na comunidade científica sobre se esse processo é verdade em todas as circunstâncias.

A Complexidade do Desenvolvimento do Câncer

O desenvolvimento do câncer é um processo complexo caracterizado por múltiplas mudanças genéticas. Geralmente envolve várias mutações se acumulando ao longo do tempo. Essas mutações são frequentemente encontradas em genes que ajudam a controlar o crescimento e a divisão celular. Quando esses mecanismos de controle falham, o câncer pode se desenvolver.

A forma como as mutações ocorrem no câncer pode diferir entre oncogenes e genes supressores de tumor. Oncogenes podem ter mutações que os ativam e promovem o crescimento, enquanto os genes supressores de tumor frequentemente são inativados por mutações que os tornam não funcionais.

O Impacto do Contexto Cromossômico

Quando analisamos onde esses genes estão localizados dentro dos cromossomos, o contexto pode influenciar a rapidez com que as mutações se espalham em uma população de células. Por exemplo, uma mutação em um oncogene em um autossomo provavelmente se espalha mais rápido do que uma no cromossomo X nos machos, especialmente quando há uma pressão seletiva moderada ou uma vantagem de crescimento específica relacionada à mutação.

Quando a pressão seletiva é forte, a localização do gene pode ter menos impacto na sua velocidade evolutiva. Taxas de mutação aumentadas também podem diminuir quaisquer diferenças iniciais observadas entre as Taxas Evolutivas de oncogenes localizados no cromossomo X em comparação com aqueles em autossomos.

Estudos de Simulação e Descobertas

Os pesquisadores costumam usar simulações para modelar como os genes do câncer evoluem. Ao rodar vários cenários, eles podem observar como as mutações cancerígenas se espalham entre populações celulares em diferentes condições.

As simulações para oncogenes indicam que, com um nível moderado de pressão seletiva, as mutações em autossomos se espalham mais rápido do que aquelas no cromossomo X. No entanto, conforme a pressão seletiva aumenta, a diferença diminui.

Em comparação, para genes supressores de tumor, a situação é inversa. Os modelos mostram que as mutações tendem a se espalhar mais rápido no cromossomo X nos machos. Essa evolução mais rápida permanece consistente mesmo sob altas taxas de mutação, embora o efeito não seja tão forte quando as taxas de mutação são extremamente altas.

Dados do Mundo Real em Genômica do Câncer

Para validar esses modelos, os cientistas analisaram dados reais de estudos sobre câncer que catalogaram mutações genéticas associadas a diferentes tipos de câncer. Eles descobriram que oncogenes localizados em autossomos realmente mostraram taxas evolutivas mais altas em comparação com aqueles no cromossomo X nos machos. Por outro lado, genes supressores de tumor mostraram um efeito mais rápido no X, onde genes do cromossomo X evoluíram mais rapidamente do que seus homólogos em autossomos.

No entanto, é importante notar que a evidência estatística para essas descobertas nem sempre foi forte, sugerindo que variações nos dados de diferentes estudos podem ter influenciado os resultados.

Diferenças de Gênero na Genética do Câncer

Diferenças nas taxas de mutação também parecem estar relacionadas ao sexo do indivíduo. Por exemplo, em cânceres específicos de machos, genes supressores de tumor mostraram uma taxa de evolução mais rápida no cromossomo X. Nas fêmeas, os padrões são mais complicados, já que o cromossomo X geralmente está presente em duas cópias, influenciando potencialmente como as mutações afetam o desenvolvimento do câncer.

Em amostras de câncer feminino, ambos os tipos de genes demonstraram variações nas taxas de mutação dependendo de sua localização no cromossomo X em comparação com autossomos. Notavelmente, alguns genes supressores de tumor que escapam da inativação do X (o que significa que ambas as cópias podem permanecer ativas) parecem impactar o risco de câncer em fêmeas de forma diferente em comparação com machos.

Conclusões e Implicações

Entender como diferentes genes evoluem e como sua localização afeta o desenvolvimento do câncer pode ajudar pesquisadores a identificar novos genes do câncer e desenvolver terapias direcionadas. Esse conhecimento também pode ajudar a prever riscos de câncer com base em fatores genéticos, fornecendo insights valiosos sobre estratégias de prevenção e tratamento.

Embora esses modelos e análises forneçam uma estrutura para entender a evolução do câncer, é claro que o câncer é uma doença complexa influenciada por muitos fatores genéticos e ambientais. A pesquisa contínua é essencial para desvendar as complexidades do desenvolvimento do câncer e melhorar os resultados dos pacientes.

Fonte original

Título: Somatic evolution of cancer genes in sex chromosomes

Resumo: Genes on sex chromosomes have higher evolutionary rates than those on autosomes. However, this does not necessarily apply to somatic evolution in cancer. Many dominant mutations have been described in the so-called proto-oncogenes (OGs), while recessive mutations are typically described in tumor-suppressor genes (TSGs). Evidence indicates that mutations in X-chromosome TSGs are more likely to contribute to cancer than those in autosomal TSGs. Here, we formalize this in several dynamic models and predict, as expected, that mutations spread faster in TSGs located on the X chromosome than on autosomes (faster-X effect). Conversely, mutations in OGs spread faster on autosomes than on the X chromosome, but under high selective pressure, this difference is negligible. Published genomic screenings of cancer samples show evidence of the faster-X effect in TSGs. This pattern is observed in both sexes, suggesting that the maintenance of X-chromosome inactivation during cancer progression plays an important role in the evolution of TSGs. Strikingly, the relative mutation incidence in X-linked TSGs among females across individual studies is bimodal, with one group of studies showing a faster-X effect and another group showing similar incidences for X-linked and autosomal TSGs. This differentiation between cancer samples is not associated with the specific type of cancer or the tissue of origin. This may indicate that X-chromosome inactivation plays a differential role in the involvement of X-linked TSGs across individual cancers.

Autores: Antonio Marco, A. C. Akachukwu, J. S. Ratcliff

Última atualização: 2024-09-13 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.09.11.612525

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.09.11.612525.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao biorxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

Artigos semelhantes