O Papel dos Complexos de Poros Nucleares na Função Celular
Explorando os complexos de poros nucleares e seu impacto no transporte de RNA e na saúde celular.
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Índice
- Estrutura dos Complexos de Poro Nuclear
- Visualização dos NPCs
- A Cesta Nuclear
- Formação e Tempo
- Papel no Controle de Qualidade do RNA
- Função da Cesta Nuclear
- Poros Nucleares Especializados
- Entendendo as Nucleoporinas
- Rastreando Nucleoporinas com doRITE
- Investigando as Proteínas da Cesta Nuclear
- O Papel da Pml39
- Exclusão do Território Nucleolar
- Investigando Células Mutantes
- O Papel da Nup2
- Movimento dos NPCs na Membrana Nuclear
- Observando o Movimento dos NPCs
- Conclusão
- Fonte original
Os complexos de poro nuclear (NPCs) são estruturas grandes que ficam na membrana nuclear, que é a barreira que rodeia o núcleo das células. Eles são essenciais para transportar materiais entre o núcleo e o citoplasma, que é o líquido dentro da célula onde a maioria das atividades celulares acontece. Os NPCs são feitos de várias proteínas conhecidas como Nucleoporinas. Essas proteínas ajudam a formar um canal por onde as moléculas podem passar.
Estrutura dos Complexos de Poro Nuclear
A estrutura dos NPCs é bem complexa. Eles consistem em várias cópias de cerca de 30 proteínas diferentes. O núcleo do NPC é arranjado em três anéis, formando uma estrutura simétrica. Isso significa que os anéis são organizados de um jeito que permite fácil rotação e arranjo. Os anéis externos do NPC têm características adicionais chamadas apêndices. Um desses apêndices é chamado de cesta nuclear, que se estende para o nucleoplasma, e o outro é a plataforma de exportação citoplasmática, que fica voltada para o citoplasma.
Visualização dos NPCs
Para estudar os NPCs, os cientistas podem usar um método chamado doRITE, que permite observar NPCs únicos em células de levedura vivas. Usando etiquetas fluorescentes, os pesquisadores conseguem acompanhar como diferentes nucleoporinas se comportam dentro dos NPCs.
A Cesta Nuclear
A cesta nuclear é feita de três nucleoporinas dinâmicas que são cruciais para a montagem e função dos NPCs. Junto com nucleoporinas estruturais, elas formam estruturas semelhantes a filamentos. Esses filamentos ajudam a suportar várias funções celulares, incluindo o transporte de RNA do núcleo para o citoplasma.
Formação e Tempo
As proteínas da cesta nuclear se ligam ao NPC no final do processo de montagem, cerca de 40 minutos depois da formação inicial do NPC. Essa ligação tardia é importante e pode depender do processamento de RNA. Quando as células não estão ativamente produzindo RNA, as proteínas da cesta não são encontradas perto dos NPCs. Portanto, a presença da cesta está intimamente ligada à atividade de transcrição da célula.
Papel no Controle de Qualidade do RNA
Um dos principais papéis da cesta nuclear é controlar a qualidade do RNA. A cesta ajuda a garantir que apenas o mRNA totalmente processado saia do núcleo. Se certas proteínas da cesta estiverem ausentes, o RNA processado de forma inadequada pode vazar para o citoplasma, levando a possíveis problemas com a expressão gênica.
Função da Cesta Nuclear
Além do controle de qualidade do RNA, a cesta nuclear também está envolvida na proteção do DNA nas células. Ela desempenha um papel na reparação do DNA e na prevenção de estruturas prejudiciais como os R loops, que podem dificultar a expressão gênica adequada.
Poros Nucleares Especializados
Estudos recentes mostram que diferentes tipos de NPCs podem ter papéis especializados. Por exemplo, alguns NPCs podem carecer de certos componentes necessários para exportar mRNA, o que pode afetar o ciclo de divisão da célula. Além disso, células envelhecidas tendem a ter NPCs menos eficientes, faltando estruturas críticas necessárias para o transporte adequado.
Entendendo as Nucleoporinas
No estudo das nucleoporinas, os cientistas descobriram que algumas são estáveis e permanecem associadas ao NPC por um longo tempo, enquanto outras são dinâmicas e podem se mover livremente. Observando como essas proteínas se comportam, os pesquisadores podem aprender mais sobre sua função.
Rastreando Nucleoporinas com doRITE
Usando doRITE, os cientistas podem visualizar o comportamento de nucleoporinas estáveis e dinâmicas nas células. Isso permite que eles determinem como diferentes nucleoporinas estão distribuídas e como mudam ao longo do tempo. Por exemplo, algumas nucleoporinas podem permanecer em locais específicos, enquanto outras são rapidamente redistribuídas pelos NPCs durante a divisão celular.
Investigando as Proteínas da Cesta Nuclear
As proteínas da cesta nuclear Mlp1 e Mlp2 são de particular interesse. Embora pareçam trocar rapidamente de acordo com alguns estudos, métodos mais recentes mostram que na verdade permanecem no NPC por várias horas. Isso indica que essas proteínas, uma vez incorporadas, são mantidas de forma estável no NPC.
O Papel da Pml39
A Pml39 é outra proteína que desempenha um papel significativo na estabilidade da cesta nuclear. Ela ajuda a ancorar Mlp1 e Mlp2 no NPC. Mesmo se a Pml39 for removida, Mlp1 ainda pode se ligar ao NPC, sugerindo que essas proteínas têm associações fortes com o complexo.
Exclusão do Território Nucleolar
De forma interessante, NPCs com Mlp1 e Mlp2 são frequentemente encontrados fora da região nucleolar do núcleo. O nucléolo é uma área específica no núcleo onde o RNA ribossômico é produzido. NPCs que incluem as proteínas da cesta nuclear geralmente não são encontrados nessa região, mostrando uma preferência por permanecer nas áreas circundantes.
Investigando Células Mutantes
Pesquisadores testaram várias células mutantes para entender como os NPCs se comportam sem certas proteínas da cesta nuclear. Por exemplo, em células sem Mlp1 e Mlp2, os NPCs eram mais prevalentes na área nucleolar do que em células normais. No entanto, essa concentração não sugeriu que os NPCs tinham um papel específico; em vez disso, indicou que o mecanismo normal de exclusão estava comprometido.
O Papel da Nup2
A Nup2 é outra nucleoporina que trabalha junto com as proteínas da cesta. Sua presença também ajuda a manter os NPCs fora da região nucleolar. Quando a Nup2 está ausente, os NPCs se espalham mais uniformemente pela membrana nuclear, sugerindo que ela tem um papel direto na localização dos NPCs.
Movimento dos NPCs na Membrana Nuclear
Os NPCs não são fixos; eles podem se mover pela membrana nuclear. As proteínas da cesta influenciam esse movimento. Em células com proteínas da cesta nuclear normais, os NPCs são menos móveis do que aqueles em células que não têm essas proteínas, o que pode levar a mudanças na sua distribuição na superfície nuclear.
Observando o Movimento dos NPCs
Usando métodos de rastreamento especializados, os cientistas podem observar quão rápido os NPCs se movem na membrana nuclear. Eles podem categorizar o movimento em diferentes estados: por exemplo, alguns NPCs são estáticos, enquanto outros se movem devagar ou rapidamente. A presença das proteínas da cesta afeta quanto tempo os NPCs permanecem em cada um desses estados.
Conclusão
Estudar os complexos de poro nuclear e suas proteínas associadas fornece insights valiosos sobre como as células regulam o transporte e mantêm suas funções. O equilíbrio delicado entre estabilidade e mobilidade é crítico para garantir que processos celulares como exportação de RNA e reparação de DNA sejam realizados com sucesso. Técnicas como doRITE permitem que os pesquisadores ampliem sua compreensão desses sistemas complexos e seus papéis na manutenção da saúde celular.
As interações específicas das nucleoporinas, da cesta nuclear e suas dinâmicas de localização são significativas para muitas funções celulares. À medida que a pesquisa continua a se desenrolar, mais informações sobre as funções e interações dessas proteínas oferecerão, em última análise, insights mais profundos sobre os processos fundamentais que governam a vida celular.
Título: Nuclear basket proteins regulate the distribution and mobility of nuclear pore complexes in budding yeast
Resumo: Nuclear pore complexes (NPCs) mediate all traffic between the nucleus and the cytoplasm and are among the most stable protein assemblies in cells. Budding yeast cells carry two variants of NPCs which differ in the presence or absence of the nuclear basket proteins Mlp1, Mlp2 and Pml39. The binding of these basket proteins occurs very late in NPC assembly and Mlp-positive NPCs are excluded from the region of the nuclear envelope that borders the nucleolus. Here, we use recombination-induced tag exchange (RITE) to investigate the stability of all the NPC subcomplexes within individual NPCs. We show that the nuclear basket proteins Mlp1, Mlp2 and Pml39 remain stably associated with NPCs through multiple cell-division cycles, and that Mlp1/2 are responsible for the exclusion of NPCs from the nucleolar territory. In addition, we demonstrate that binding of the FG-nucleoporins Nup1 and Nup2 depletes also Mlp-negative NPCs from this region by an independent pathway. We develop a method for single NPC tracking in budding yeast and observe that NPCs exhibit increased mobility in the absence of nuclear basket components. Our data suggest that the distribution of NPCs on the nucleus is governed by multiple interaction of nuclear basket proteins with the nuclear interior. Significance StatementO_LIA subset of yeast nuclear pore complexes have a basket structure at their nuclear face. The stoichiometry, architecture and molecular functions of the basket are not clear. C_LIO_LIThe authors use a tag exchange method to show stable binding of nuclear basket proteins through multiple generations. They also find that multiple nuclear basket proteins disfavour localization of NPCs proximal to the nucleolus. C_LIO_LIThese findings demonstrate that having a nuclear basket is a final and stable state for yeast NPCs. The methods developed can be applied to gain more insight into the properties of NPCs and other stable complexes as they age. C_LI
Autores: Elisa Dultz, J. Zsok, F. Simon, G. Bayrak, L. Isaki, N. Kerff, Y. Kicheva, A. Wolstenholme, L. E. Weiss
Última atualização: 2024-09-13 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.09.28.558499
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.09.28.558499.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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