Melhorando o Cuidado do Diabetes para Quem Tem SMI
Uma nova abordagem pretende melhorar o manejo do diabetes para pessoas com doenças mentais sérias.
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Índice
Pessoas com doenças mentais sérias (DMS), como esquizofrenia, transtorno bipolar e psicose, enfrentam desafios de saúde bem grandes. Elas têm de duas a três vezes mais chances de ter Diabetes tipo 2 comparadas aos outros. Esse risco maior também significa que quem tem DMS pode ter mais complicações do diabetes e resultados de saúde piores. Estudo mostra que ter diabetes e outros problemas de saúde a longo prazo pode reduzir a expectativa de vida em 15 a 20 anos. Apesar das tentativas de melhorar a saúde desse grupo, não teve muito sucesso. As pessoas com DMS continuam enfrentando problemas de saúde e morrendo mais cedo que quem não tem essas condições, principalmente por causa da saúde física ruim.
Acesso à Saúde e Inovação
Um problema é que pessoas com DMS frequentemente perdem novas avanços na saúde. Elas costumam ser excluídas de estudos de pesquisa, o que atrapalha o acesso a tratamentos e ferramentas mais atuais. A galera com DMS interage com o sistema de saúde de maneiras diferentes e muitas vezes precisa de ajuda extra para receber o cuidado certo. Quando os serviços de saúde são feitos sem pensar nas necessidades únicas deles, essas pessoas não se beneficiam dos programas disponíveis.
Além disso, enquanto existem programas de autogestão para saúde mental que mostraram alguma eficácia, muitas pessoas com DMS não têm as habilidades necessárias para gerenciar seu diabetes. Elas acham que gerenciar o diabetes é uma dificuldade bem grande, e os programas de educação já existentes não atendem às suas necessidades específicas.
O Papel da Tecnologia no Cuidado do Diabetes
A tecnologia tá se tornando cada vez mais importante no tratamento do diabetes. O Monitoramento Contínuo de Glicose (MCG) é um dos principais avanços. Os sistemas de MCG consistem em um sensor que é usado no corpo e um dispositivo que lê os dados. Essas ferramentas ajudam a facilitar a checagem regular do açúcar no sangue. Pesquisas mostram que o MCG pode ajudar a abaixar os níveis de açúcar no sangue de quem tem diabetes tipo 2, mas não funciona pra todo mundo.
É importante notar que só usar um monitor de glicose não melhora automaticamente o gerenciamento do diabetes. O contexto importa; o monitoramento deve ser visto como uma ferramenta que precisa de apoio e educação pra todo mundo envolvido, incluindo profissionais de saúde. Sem uma orientação adequada, o monitoramento de glicose pode ser ineficaz.
Enquanto o MCG tá ficando mais disponível pra pessoas com diabetes, quem tem DMS muitas vezes não recebe a mesma atenção. No Reino Unido, indivíduos com DMS têm seus níveis de açúcar no sangue verificados uma vez por ano durante os check-ups de saúde de rotina. Contudo, eles podem ter dificuldade em receber cuidados mais especializados para diabetes, levando a mais desigualdades em saúde.
Necessidade de Pesquisa sobre MCG e DMS
Mais pesquisas são necessárias pra descobrir como o MCG pode melhorar o gerenciamento do diabetes para quem tem DMS. Essa área não é bem estudada e o potencial do MCG para trazer mudanças positivas de comportamento nesse grupo é quase inexplorado. Estudos que estão rolando agora avaliam um novo programa de autogestão do diabetes desenhado pra pessoas com DMS. Embora os primeiros achados sugiram que usar um sensor de MCG poderia ser aceitável pra eles, esses sensores não foram incluídos no estudo principal.
Pesquisas anteriores indicam que quando pessoas com DMS estão cientes do seu diabetes e têm acesso aos dados de monitoramento, elas podem se sentir mais motivadas a gerenciá-lo melhor. Os achados sugerem que o suporte no uso do dispositivo e na compreensão dos dados será vital para o sucesso. Além disso, os profissionais de saúde que trabalham com esse grupo precisarão de treinamento personalizado com base na sua experiência e formação.
Infelizmente, pessoas com DMS são frequentemente excluídas da pesquisa em saúde. Essa tendência é problemática, já que esse grupo enfrenta muitos desafios de saúde e interage com o sistema de saúde de maneira diferente da população geral. Este novo estudo pretende adotar uma abordagem mais personalizada pra atender às necessidades específicas de indivíduos com DMS enquanto foca na autogestão do diabetes.
Projetando uma Nova Intervenção
A nova intervenção vai focar em adultos com diabetes tipo 2 e DMS. O objetivo é trabalhar de perto com os usuários de serviço, seus cuidadores e profissionais de saúde pra desenvolver um programa estruturado de MCG. Essa parceria busca identificar os componentes chave que vão ajudar a criar um programa eficaz adaptado para quem tem DMS.
O estudo vai acontecer em várias etapas:
- Revisando Evidências Existentes: Pesquisadores vão analisar descobertas de estudos anteriores pra identificar estratégias bem-sucedidas no cuidado do diabetes.
- Sessões de Descoberta: Sessões separadas vão rolar com usuários de serviço, cuidadores e profissionais de saúde pra pegar ideias e feedback sobre o gerenciamento do diabetes e MCG.
- Reflexão e Síntese: Os resultados das sessões de descoberta serão resumidos e analisados pra destacar temas chave e potenciais componentes da intervenção.
- Evento de Co-Desenvolvimento: Todos os grupos vão se juntar pra priorizar os componentes identificados nas etapas anteriores, garantindo uma abordagem colaborativa pra aprimorar a intervenção.
- Prototipagem: A equipe de pesquisa vai desenvolver uma descrição acessível do programa de MCG proposto com base nas discussões anteriores, pronta pra mais refinamentos.
- Evento de Celebração: Um evento final vai mostrar o protótipo da intervenção, permitindo discussões e feedback de todos os participantes.
Equipe do Projeto e Participantes
O projeto vai ser liderado por um pesquisador com formação em psicologia da saúde, apoiado por uma equipe de especialistas em serviços de saúde, diabetes e psiquiatria. Um indivíduo com experiência em DMS e diabetes também vai fazer parte da equipe. A meta é ter um número igual de participantes de cada grupo, incluindo usuários de serviço, cuidadores e trabalhadores da saúde.
O processo de recrutamento vai focar em participantes já existentes de estudos anteriores, com cuidadores sendo incentivados a se juntar. Profissionais de saúde de várias áreas também serão incluídos pra trazer perspectivas diversas.
Enfatizando as Perspectivas dos Usuários
Durante o projeto, as perspectivas dos usuários de serviço e dos cuidadores vão ser priorizadas. No entanto, a equipe reconhece a necessidade de equilíbrio e compromisso devido a limitações de tempo e financiamento. Vai ser essencial gerenciar o conteúdo durante as discussões, garantindo que todas as opiniões sejam exploradas da melhor forma.
Quaisquer diferenças de opinião entre os participantes vão ser discutidas de forma colaborativa, buscando encontrar um meio-termo enquanto ainda mantém práticas baseadas em evidências no cuidado do diabetes.
Buscando Mudanças Reais
O objetivo principal do estudo é desenvolver uma teoria do programa e um modelo lógico pra uma intervenção estruturada de MCG adaptada pra quem tem DMS. A esperança é que esse novo programa vá enfrentar as sérias desigualdades de saúde que esse grupo enfrenta. Ao tornar o MCG acessível e integrado ao cuidado, há uma chance significativa de melhorar a vida de indivíduos com DMS que estão em maior risco de complicações de saúde.
Essa iniciativa não é só sobre criar uma nova intervenção, mas também sobre construir uma base pra estudos futuros e refinar práticas existentes no cuidado do diabetes para quem tem DMS. Esforços colaborativos vão focar em garantir que as vozes dos usuários de serviço e cuidadores sejam centrais no processo de desenvolvimento.
Ao olhar para a conexão entre saúde mental e gerenciamento do diabetes, essa pesquisa tem como objetivo fechar a lacuna no cuidado de pessoas com DMS e, em última análise, melhorar sua qualidade de vida. O trabalho pede uma abordagem mais inclusiva na pesquisa e entrega de serviços de saúde, garantindo que todo mundo tenha acesso ao cuidado que precisa.
Título: Supporting continuous glucose monitoring for people with serious mental illness and type 2 diabetes: Protocol for a co-design study
Resumo: IntroductionCompared with the general population, people with serious mental illness (SMI) are 2-3 times more likely to develop type 2 diabetes, have poorer outcomes, and die 15 to 20 years younger, often as a result of long-term physical health conditions. Standard diabetes care does not meet the needs of people with SMI and they are frequently excluded from research, missing out on innovation. As diabetes care increasingly uses technology like continuous glucose monitoring (CGM) it is important to consider the views of people with SMI when new interventions are developed. This is a study protocol to identify candidate components of a structured CGM intervention for people with SMI, including the co-design of a logic model and programme theory. MethodsDrawing on experience-based co-design (EBCD) methods, we propose to collaborate with service-users, carers, and healthcare professionals to undertake early-phase development work for a novel intervention that maximises the potential of CGM to facilitate behaviour change. Fifteen participants will be recruited through existing cohorts and networks in England. The co-design will be informed by existing evidence and based on links between mechanisms of action and behaviour change techniques. Through a series of events (discovery sessions, co-design workshop, celebration event), we will identify candidate components for a prototype intervention ready for further development and testing. A logic model and programme theory will be developed and refined iteratively. DiscussionThe main output of this study will be a logic model and programme theory for a novel prototype intervention, ready for further testing following best practice intervention development, such as the Medical Research Council guidance for the development and evaluation of complex interventions. An intervention that makes CGM accessible for people with SMI has the potential to make a considerable contribution to reducing the profound health inequalities experienced by this population.
Autores: Jennifer Valeska Elli Brown, R. Ajjan, N. Siddiqi, I. Kellar, P. Coventry
Última atualização: 2024-05-16 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.05.16.24307473
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.05.16.24307473.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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