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Abordando o Viés em Sistemas de Aprendizado de Máquina

Explorando os desafios e soluções para o viés em aprendizado de máquina.

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Sistemas de aprendizado de máquina (ML) se tornaram parte essencial do nosso dia a dia. Desde reconhecimento facial até recomendações de conteúdo, esses sistemas interagem com a gente de várias formas. No entanto, há uma preocupação crescente de que esses sistemas possam carregar e até amplificar preconceitos que existem nos dados que usam. Esses preconceitos podem levar a um tratamento injusto de certos grupos de pessoas, e por isso entender e lidar com esses preconceitos é fundamental.

O que é Preconceito?

Preconceito se refere a uma preferência a favor ou contra uma pessoa ou grupo. No contexto do aprendizado de máquina, o preconceito pode se manifestar de várias maneiras, como desempenho desigual entre diferentes grupos demográficos. Por exemplo, se um sistema de reconhecimento facial identifica pessoas de certas raças com menos precisão do que outras, isso pode gerar consequências sérias, incluindo discriminação e marginalização.

A Importância da Consciência

Reconhecer que o preconceito existe é o primeiro passo para enfrentá-lo. A consciência abre portas para desenvolver soluções e práticas que minimizem o preconceito nos sistemas de ML. À medida que mais pessoas se informam sobre o potencial de preconceito nesses sistemas, a pressão por regulamentações melhores e padrões éticos aumenta. Isso levou à criação de estruturas para guiar o desenvolvimento de IA confiável, que leva em conta aspectos éticos, legais e técnicos.

Entendendo o Pipeline de Aprendizado de Máquina

Para lidar com preconceitos de forma eficaz, é importante entender o pipeline de aprendizado de máquina. Esse pipeline inclui várias etapas: Coleta de Dados, Treinamento de Modelos e implantação. Em cada uma dessas etapas, diferentes tipos de preconceitos podem ser introduzidos. Por exemplo, se os dados coletados não forem diversos ou representativos da população inteira, o modelo treinado com esses dados pode ter um desempenho ruim para grupos sub-representados.

Coleta de Dados

A coleta de dados é o primeiro passo no pipeline de aprendizado de máquina. Se os dados usados para treinar um modelo de aprendizado de máquina forem tendenciosos, as previsões do modelo também provavelmente serão. Isso pode acontecer se certos grupos de pessoas estiverem sub-representados nos dados. Por exemplo, se um conjunto de dados inclui principalmente imagens de pessoas de pele clara, um modelo de reconhecimento facial treinado com esses dados pode ter dificuldades para identificar com precisão pessoas com tons de pele mais escuros.

Treinamento do Modelo

Durante a fase de treinamento do modelo, os algoritmos aprendem com os dados fornecidos. Se os dados contiverem preconceito, o modelo pode aprender a produzir resultados tendenciosos. Por exemplo, se um modelo é treinado para recomendar candidatos a empregos com base em dados históricos de contratações que refletem preconceito contra mulheres ou minorias, ele pode continuar ou até piorar esse preconceito em suas recomendações.

Implantação

Finalmente, quando um sistema de ML é implantado, seu impacto no mundo real pode revelar ainda mais preconceitos. Por exemplo, sistemas de recomendação em redes sociais podem mostrar conteúdos diferentes para usuários com base em algoritmos tendenciosos, resultando em uma falta de pontos de vista diversos e reforçando câmaras de eco.

O Papel das Ontologias na Abordagem de Preconceito

Uma ontologia é uma maneira estruturada de categorizar informações. No contexto de entender e documentar preconceitos em aprendizado de máquina, uma ontologia pode ajudar a padronizar termos e conceitos relacionados a preconceito. Essa padronização pode facilitar a comunicação entre pesquisadores e profissionais sobre preconceitos e a aplicação de medidas corretivas em seu trabalho.

Apresentando o Doc-BiasO

Doc-BiasO é uma ontologia criada para documentar os vários tipos de preconceitos encontrados em aprendizado de máquina. Ela fornece um vocabulário compartilhado que pesquisadores e desenvolvedores podem usar ao discutir preconceito. Ao criar uma estrutura formal para falar sobre preconceito, pode ajudar a melhorar a compreensão de como o preconceito opera dentro do pipeline de aprendizado de máquina.

Recursos do Doc-BiasO

Doc-BiasO inclui uma lista abrangente de tipos de preconceitos, suas definições e como se relacionam com outros conceitos, como conjuntos de dados, sistemas de ML e danos. Essa organização ajuda pesquisadores e profissionais a reconhecer as complexidades envolvidas no preconceito e a importância de enfrentá-lo ao longo do processo de ML.

Medição e Documentação de Preconceitos

Ter um vocabulário padronizado permite uma melhor medição e documentação de preconceitos. Definições claras garantem que pesquisadores possam identificar e abordar preconceitos com precisão em seu trabalho. Além disso, a documentação adequada permite transparência, facilitando para outros entenderem como as decisões foram tomadas dentro dos sistemas de ML.

Como o Preconceito é Medido

O preconceito em aprendizado de máquina pode ser medido usando várias métricas. Por exemplo, o coeficiente de Gini é uma medida comum usada para quantificar o nível de desigualdade em um conjunto de dados. Ao aplicar essas métricas, pesquisadores podem identificar onde os preconceitos existem e quão significativos são. Esse processo é crucial para implementar ações corretivas.

Importância da Contribuição Humana

Embora ferramentas automatizadas possam ajudar a medir e documentar preconceitos, é vital envolver a experiência humana no processo. O preconceito é dependente do contexto e pode variar com base em fatores sociais e culturais. Portanto, a contribuição humana é essencial para interpretar resultados e garantir que as implicações dos preconceitos sejam bem compreendidas.

Desafios na Abordagem de Preconceitos

Lidar com preconceitos em aprendizado de máquina apresenta vários desafios. A natureza acelerada do desenvolvimento tecnológico significa que novos preconceitos podem surgir tão rápido quanto podem ser identificados. Além disso, o preconceito muitas vezes não é singular ou simples; muitos preconceitos existem simultaneamente, tornando desafiador enfrentar cada um deles de forma eficaz.

A Natureza Contextual do Preconceito

O preconceito nem sempre é evidente e pode existir em formas sutis. Por exemplo, alguns preconceitos podem não se apresentar até que o sistema de ML interaja com os usuários. Essa interação pode mudar como o preconceito se manifesta em tempo real, tornando ainda mais difícil documentar e entender.

A Necessidade de Pesquisa Contínua

A pesquisa contínua é essencial para acompanhar o campo em rápida mudança de aprendizado de máquina e preconceito. À medida que a tecnologia evolui, também evoluem as técnicas usadas para enfrentar o preconceito. Esse processo de aprendizado contínuo ajuda a garantir que ferramentas como o Doc-BiasO permaneçam relevantes e eficazes.

Direções Futuras na Pesquisa sobre Preconceitos

Avançando, o objetivo é construir sobre estruturas existentes como o Doc-BiasO. Isso envolve coletar mais dados, refinar definições e garantir que a ontologia evolua junto com o campo. A colaboração contínua entre pesquisadores, desenvolvedores e usuários é crítica para melhorar a compreensão do preconceito.

Unindo Teoria e Prática

Um dos principais desafios daqui pra frente é unir a pesquisa teórica com a implementação prática. Embora muitas estruturas existam para lidar com preconceitos, é crucial garantir que essas estruturas sejam aplicadas de forma eficaz em ambientes do mundo real.

Fomentando a Colaboração

Incentivar a colaboração entre várias partes interessadas pode levar a abordagens mais abrangentes para enfrentar preconceitos. Desenvolvedores, pesquisadores e formuladores de políticas podem compartilhar insights e melhores práticas, levando a uma compreensão mais completa de como o preconceito impacta os sistemas de aprendizado de máquina.

Conclusão

O preconceito em aprendizado de máquina é uma questão complexa e multidimensional. No entanto, com o desenvolvimento de recursos como o Doc-BiasO, a conversa em torno do preconceito pode se tornar mais estruturada e eficaz. Ao promover a consciência e a colaboração, é possível mitigar os impactos negativos do preconceito em sistemas de aprendizado de máquina, resultando em resultados mais justos para todos os usuários. A jornada para entender e lidar com preconceitos em aprendizado de máquina está em andamento, e é crucial que todos os envolvidos permaneçam vigilantes e comprometidos em promover justiça e responsabilidade na tecnologia.

Fonte original

Título: Leveraging Ontologies to Document Bias in Data

Resumo: Machine Learning (ML) systems are capable of reproducing and often amplifying undesired biases. This puts emphasis on the importance of operating under practices that enable the study and understanding of the intrinsic characteristics of ML pipelines, prompting the emergence of documentation frameworks with the idea that ``any remedy for bias starts with awareness of its existence''. However, a resource that can formally describe these pipelines in terms of biases detected is still amiss. To fill this gap, we present the Doc-BiasO ontology, a resource that aims to create an integrated vocabulary of biases defined in the \textit{fair-ML} literature and their measures, as well as to incorporate relevant terminology and the relationships between them. Overseeing ontology engineering best practices, we re-use existing vocabulary on machine learning and AI, to foster knowledge sharing and interoperability between the actors concerned with its research, development, regulation, among others. Overall, our main objective is to contribute towards clarifying existing terminology on bias research as it rapidly expands to all areas of AI and to improve the interpretation of bias in data and downstream impact.

Autores: Mayra Russo, Maria-Esther Vidal

Última atualização: 2024-08-09 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2407.00509

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2407.00509

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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