Impacto da Pandemia de COVID-19 na Saúde Mental
Analisando os efeitos da saúde mental durante a pandemia de COVID-19, focando em jovens adultos.
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Índice
A pandemia de COVID-19 trouxe muitas mudanças que afetaram a vida diária e a Saúde Mental. Além da saúde física, a pandemia teve um grande impacto no bem-estar mental das pessoas. Pesquisas mostram que muita gente teve a saúde mental pior durante esse período, mas os efeitos variaram dependendo de diferentes grupos, como idade e gênero.
Desafios da Saúde Mental durante a Pandemia
Vários estudos descobriram que os jovens e as mulheres enfrentaram maiores dificuldades em relação à saúde mental durante a pandemia. Mesmo antes da COVID-19, as mulheres eram geralmente mais propensas a ter problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, em comparação com os homens. A pandemia piorou essa situação, com mulheres relatando uma queda maior na saúde mental do que os homens nos primeiros meses da COVID-19.
Ainda não se sabe se a diferença de gênero na saúde mental continua entre os Jovens Adultos hoje em dia. Alguns pesquisadores sugeriram que o isolamento social e as responsabilidades de cuidar de outros foram fatores significativos para as diferenças de gênero nos resultados de saúde mental durante a pandemia. Porém, ainda é incerto se esses mesmos fatores contribuíram para o declínio da saúde mental especificamente das jovens mulheres.
Mudanças na Sociedade
A pandemia causou várias mudanças na sociedade, incluindo um aumento no trabalho remoto e o uso mais intenso da tecnologia para comunicação. Escolas e locais de trabalho fecharam, limitando as interações sociais e aumentando a Solidão, o que piorou ainda mais a saúde mental. Para pais e cuidadores, o fechamento de escolas e creches aumentou a pressão, especialmente sobre as mulheres, que costumam arcar com a maior parte dessas responsabilidades.
Objetivos da Pesquisa
Esse trabalho tem como objetivo analisar as diferenças na saúde mental entre homens e mulheres jovens durante a pandemia. Ele busca explorar como papéis sociais, responsabilidades em casa e deveres de cuidar influenciaram essas disparidades.
Os dados para esse estudo vêm de um projeto de pesquisa de longo prazo no Reino Unido que começou em 2009. Inclui respostas de cerca de 40.000 participantes. As informações usadas abrangem diferentes períodos antes e durante a pandemia para permitir uma comparação dos resultados da saúde mental.
Medindo a Saúde Mental
Para entender a saúde mental, a pesquisa usou uma ferramenta chamada Questionário de Saúde Geral (GHQ-12). Esse questionário faz perguntas sobre a vida diária, como sono, prazer nas atividades e como lidar com problemas. Cada pergunta recebe uma pontuação, e o total mostra o nível de sofrimento psicológico, com pontuações mais altas indicando mais sofrimento.
Os pesquisadores também analisaram sentimentos de solidão e quanto tempo as pessoas gastavam em tarefas domésticas, como limpar e cuidar de crianças. Pessoas que tinham respostas faltando nessas áreas não foram incluídas na análise.
Análise de Dados
O estudo analisou características como idade, gênero, etnia, escolaridade, status de emprego, arranjos de vida em casa, estado civil e doenças de longo prazo. A análise olhou para as pontuações de saúde mental em três momentos diferentes: antes da pandemia em 2019, no início da pandemia em abril de 2020 e depois em setembro de 2021.
Os resultados mostraram que as mulheres constantemente relataram mais sofrimento psicológico do que os homens, especialmente durante os lockdowns. Os jovens adultos, principalmente as jovens mulheres, enfrentaram níveis mais altos de sofrimento em comparação com os adultos mais velhos. No entanto, a saúde mental melhorou para todas as idades e gêneros até setembro de 2021.
Resultados do Estudo
As descobertas destacaram que certos grupos tinham pontuações GHQ mais altas, incluindo mulheres, pessoas mais jovens e indivíduos com condições de saúde de longo prazo. Aqueles que relataram sentir solidão tiveram pontuações significativamente mais altas, indicando mais sofrimento. O estudo descobriu que a solidão afetou muito a saúde mental dos jovens, com picos de solidão em momentos específicos durante os lockdowns.
Solidão e Saúde Mental
A análise mostrou que a solidão estava fortemente relacionada a pontuações GHQ mais altas. Pessoas se sentindo solitárias tinham mais chances de experimentar sofrimento psicológico elevado. Isso significa que a solidão teve um impacto significativo na saúde mental, especialmente entre os jovens.
O estudo também descobriu que o tempo gasto em tarefas domésticas não afetou de forma significativa as pontuações de saúde mental entre os jovens adultos. Isso sugere que as responsabilidades domésticas não eram a principal razão para a diferença de gênero nos resultados de saúde mental.
Apoio Social
Importância doA pesquisa indica que a solidão e o isolamento social desempenharam um grande papel na saúde mental, especialmente para as jovens mulheres. As mulheres costumam ter redes de apoio social maiores, que podem ser afetadas durante períodos de restrição. Estudos anteriores mostraram que a saúde mental dos jovens frequentemente piora durante os lockdowns e melhora quando as restrições são levantadas.
As descobertas ressaltam que o apoio social é crucial para a saúde mental dos jovens, especialmente em crises como uma pandemia. Também sugere que, quando as redes sociais são interrompidas, isso pode levar a maiores efeitos na saúde mental.
Recomendações para Ações Futuras
Diante dos resultados, é fundamental que os responsáveis pela política considerem os efeitos na saúde mental das restrições sociais. Equilibrar as medidas de saúde pública com o suporte à saúde mental é essencial. Isso pode significar fornecer recursos de saúde mental durante crises e construir redes de apoio comunitário para ajudar as pessoas a lidarem com a solidão.
Ao priorizar a saúde mental nas estratégias de saúde pública, pode ser possível apoiar melhor as populações vulneráveis durante tempos desafiadores. Abordar a solidão e os problemas de saúde mental entre os jovens, especialmente entre as jovens mulheres, deve ser um foco daqui pra frente.
Considerações a Longo Prazo
Embora a pandemia pareça ter levado os níveis de saúde mental de volta aos níveis anteriores à pandemia em 2021, os efeitos a longo prazo da COVID-19 na saúde mental ainda são incertos. A diferença de gênero na saúde mental ainda existe e precisa ser abordada.
Esforços devem ser feitos para promover a igualdade de gênero e garantir acesso a serviços de saúde mental. O estudo sugere que, enquanto a saúde mental dos jovens homens melhorou, pode ter demorado mais para eles se recuperarem em comparação com suas contrapartes femininas. Isso ressalta os desafios contínuos em abordar as disparidades de saúde mental entre diferentes grupos.
Conclusão
Em resumo, a pandemia de COVID-19 teve um impacto significativo na saúde mental, particularmente entre jovens adultos e mulheres. A solidão e o isolamento social foram fatores principais que contribuíram para esses problemas de saúde mental. Embora alguma recuperação tenha sido observada, a diferença de gênero na saúde mental continua sendo uma preocupação. Esforços futuros de saúde pública devem buscar equilibrar as medidas de saúde física com a promoção do bem-estar mental e focar nas necessidades específicas dos jovens durante esses tempos desafiadores. O monitoramento a longo prazo da saúde mental será essencial para entender completamente e lidar com os efeitos persistentes da pandemia em diferentes populações.
Título: Exploring the Gender Gap in Young Adult Mental Health during COVID-19: Evidence from the UK
Resumo: AimsTo explore the prevalence of a mental health gender gap within a young adult sample during the COVID-19 pandemic, and to identify the impact of loneliness and domestic time use on young peoples, and particularly young womens mental health. MethodUsing data from the UK Longitudinal Household Survey (UKHLS), this research examines mental health prior to the pandemic (2019) and during the pandemic (April 2020 until September 2021). A random-effects regression analysis was conducted to examine the effects of loneliness, and domestic factors across age and gender to ascertain their contribution to the mental health gender gap in a young adult population. ResultsAverage mental health decline was consistently higher for women compared to men, and young people (ages 16-24) saw a reduction in mental health twice as much as those in the oldest age category (over 65). Loneliness accounted for a share of the mental health gender gap, and a more decrease in mental health was recorded for young women experiencing loneliness, compared to older age groups. Domestic and familial factors did not have a significant impact on young peoples mental health. ConclusionsAlthough across all ages and genders, mental health had returned to near pre-pandemic levels by September 2021, young people and especially women continue to have worse mental health compared to other age groups, which is consistent with pre-COVID age and gender inequalities. Loneliness is a key driver in gendered mental health inequalities during the pandemic in a young adult population.
Autores: Mhairi Webster, S. Manoukian, J. H. McKendrick, O. Biosca
Última atualização: 2024-06-06 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.06.05.24308512
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.06.05.24308512.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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