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Novas Descobertas sobre Galáxias Empoeiradas

Estudos recentes mostram o papel da poeira na formação e evolução de galáxias.

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Avanços recentes na astronomia permitiram que os cientistas observassem galáxias que estão bem longe e super cobertas de Poeira. Essa poeira é importante porque bloqueia a luz das estrelas e de outros objetos celestiais, dificultando o estudo deles. Mas novas tecnologias abriram uma janela para entender melhor essas galáxias misteriosas, conhecidas como galáxias submilimétricas ou SMGs.

Essas SMGs são vistas como ligações cruciais na evolução das galáxias, especialmente em relação ao crescimento de galáxias massivas ao longo do tempo. Entender essas galáxias ajuda os cientistas a aprender mais sobre como as galáxias se formam e crescem.

Importância da Poeira nas Galáxias

A poeira tem um papel grande em como vemos a luz das galáxias. Na verdade, a maior parte da formação de estrelas no universo aconteceu por trás dessa poeira cósmica. A poeira esconde muitas estrelas e galáxias, levando a uma subestimação significativa das taxas de formação de estrelas. Observações anteriores de missões como IRAS e COBE mostraram a presença dessa poeira, mas não era fácil detalhar o quão influente ela é.

Muitas das galáxias com significante obstrução por poeira eram pensadas como conectadas ao crescimento de quasares brilhantes e galáxias elípticas grandes. Essas ideias destacam a necessidade de entender os processos físicos e a formação de estrelas que ocorrem dentro dessas galáxias encobertas de poeira.

Desafios de Observação

Antes do lançamento do Telescópio Espacial James Webb (JWST), caracterizar as estrelas nas SMGs era uma tarefa desafiadora. Estudos usando imagens profundas do Telescópio Espacial Hubble (HST) frequentemente produziam resultados conflitantes sobre as atividades de fusão nessas galáxias. Os altos níveis de poeira tornavam difícil ver e classificar as galáxias corretamente. Como resultado, muitas observações tinham incertezas inerentes.

Além disso, mesmo quando algumas SMGs eram detectadas, medir suas Massas Estelares era complicado. Isso se devia a uma confusão bem conhecida entre idades estelares e atenuação de poeira, dificultando a identificação da verdadeira natureza dessas galáxias.

O Papel do ALMA

A Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) forneceu insights críticos sobre a formação de estrelas encobertas por poeira. O ALMA permitiu que astrônomos encontrassem e resolvessem SMGs com grande precisão. Através de seus dados, ficou evidente que a poeira nessas galáxias frequentemente tem uma forma compacta e semelhante a um disco. Muitas SMGs mostram diferenças entre suas emissões de poeira e estrelas, o que levou alguns cientistas a sugerir que há separações físicas dentro dessas galáxias.

Usando o ALMA, os pesquisadores puderam olhar para estruturas menores dentro das SMGs, revelando elementos distintos como braços espirais e anéis que sugerem que estão passando por várias formas de interações.

Imagens do JWST de SMGs

A introdução das imagens do JWST transformou nossa compreensão das SMGs. Ao revelar suas estruturas no infravermelho próximo, o JWST oferece uma visão mais clara das estrelas dentro dessas galáxias. As imagens com o JWST podem observar como essas galáxias aparecem em diferentes comprimentos de onda, fornecendo insights que não eram tão facilmente acessíveis antes.

Por exemplo, pesquisadores estudaram 13 SMGs de uma pesquisa específica que foram examinadas anteriormente com o ALMA. Usando o JWST, eles puderam observar tanto as emissões infravermelhas quanto as emissões de poeira ao mesmo tempo. Isso ajudou a ilustrar o quão semelhantes, mas distintas, são as distribuições de estrelas e poeira dentro dessas galáxias.

Principais Conclusões

Obstrução por Poeira e Emissão Estelar

As descobertas mostraram que muitas das SMGs estão fortemente obscurecidas por poeira mesmo em comprimentos de onda mais longos, o que enfatizou a necessidade de observação cuidadosa. A clareza das novas imagens apontou que algumas galáxias têm fusões ou interações notáveis, como indicado por características como caudas de maré.

A forma e o tamanho das distribuições estelares foram comparados, revelando que, enquanto a poeira obscurecia significativamente a luz, o JWST ainda conseguiu capturar as estruturas estelares subjacentes. As medições indicaram que os tamanhos das estrelas em comprimentos de onda infravermelhos eram maiores do que os observados no contínuo de poeira, mostrando como a poeira afeta nossa compreensão desses objetos.

Fusões e Interações

Muitas das SMGs mostraram evidências de fusões ou interações com galáxias vizinhas. Isso foi refletido na forma como as galáxias apareciam em distâncias maiores. Cerca de 54% foram visualizadas como fundindo, enquanto outras mostraram graus variados de sinais de fusão.

Essas interações podem levar a um crescimento significativo nas regiões centrais das galáxias. As estruturas conectadas observadas, como caudas de maré e plumas, são características importantes que indicam essas interações galácticas ativas.

Correlações Entre Observações

O estudo notou correlações entre as cores das imagens no infravermelho próximo capturadas pelo JWST e o brilho superficial das emissões de poeira capturadas pelo ALMA. Isso sugere que as diferenças de cor observadas são provavelmente devido à poeira, e não a diferenças na idade estelar.

As observações indicaram que as estruturas do meio interestelar (ISM) nessas galáxias distantes eram semelhantes às que estão em galáxias formadoras de estrelas próximas. Essa informação é crucial para os astrônomos construírem uma imagem mais detalhada de como as galáxias se desenvolvem.

O Quadro Geral

As implicações dessas descobertas vão além da simples compreensão das SMGs. Elas oferecem um olhar sobre a evolução mais ampla das galáxias no universo como um todo. A interação entre poeira e formação de estrelas molda como as galáxias evoluem, destacando a importância de estudos futuros nessa área.

À medida que os pesquisadores continuam a usar tanto o JWST quanto o ALMA, o objetivo será refinar modelos de formação de galáxias. O futuro promete mais descobertas sobre o que impulsiona o crescimento de galáxias massivas e empoeiradas no universo de alto desvio para o vermelho.

Conclusão

A pesquisa que exploramos pinta um quadro vívido da importância da poeira nas galáxias. Usando as ferramentas disponíveis, os cientistas estão começando a juntar a história evolutiva desses objetos cósmicos distantes. À medida que aprendemos mais sobre a relação entre poeira, formação de estrelas e as interações entre galáxias, ganhamos insights valiosos sobre o funcionamento do universo.

A persistência dos desafios em entender a natureza dessas galáxias só sublinha a necessidade de pesquisas e observações contínuas. À medida que novas técnicas se desenvolvem, nossa compreensão da paisagem cósmica continuará a se aprofundar, revelando os detalhes intrincados da formação e evolução das galáxias.

Direções Futuras

Olhando para frente, o trabalho futuro se concentrará em reunir amostras maiores de galáxias com propriedades diversas. Isso não só ajudará a confirmar os achados vistos até agora, mas também ajudará a lidar com questões em aberto sobre os processos de formação de galáxias.

À medida que as tecnologias melhoram, haverá novas oportunidades para explorar vários aspectos dessas galáxias. O avanço contínuo nas técnicas de observação promete trazer ainda mais clareza ao dinamismo das galáxias e sua evolução ao longo do tempo cósmico.

Esse entendimento mais amplo é essencial para compreender como as galáxias, incluindo a nossa Via Láctea, foram moldadas ao longo de bilhões de anos e o que isso significa para o destino do universo.

Em essência, a colaboração entre observatórios e cientistas ao redor do mundo visa iluminar esse universo escuro e empoeirado, revelando os segredos que cada galáxia guarda e suas histórias de formação e crescimento.

Fonte original

Título: ALESS-JWST: Joint (sub-)kiloparsec JWST and ALMA imaging of $z\sim3$ submillimeter galaxies reveals heavily obscured bulge formation events

Resumo: We present JWST NIRCam imaging targeting 13 $z\sim3$ infrared-luminous ($L_{\rm IR}\sim5\times10^{12}L_{\odot}$) galaxies from the ALESS survey with uniquely deep, high-resolution (0.08$''$$-$0.16$''$) ALMA 870$\mu$m imaging. The 2.0$-$4.4$\mu$m (observed frame) NIRCam imaging reveals the rest-frame near-infrared stellar emission in these submillimeter-selected galaxies (SMGs) at the same (sub-)kpc resolution as the 870$\mu$m dust continuum. The newly revealed stellar morphologies show striking similarities with the dust continuum morphologies at 870$\mu$m, with the centers and position angles agreeing for most sources, clearly illustrating that the spatial offsets reported previously between the 870$\mu$m and HST morphologies were due to strong differential dust obscuration. The F444W sizes are 78$\pm$21% larger than those measured at 870$\mu$m, in contrast to recent results from hydrodynamical simulations that predict larger 870$\mu$m sizes. We report evidence for significant dust obscuration in F444W for the highest-redshift sources, emphasizing the importance of longer-wavelength MIRI imaging. The majority of the sources show evidence that they are undergoing mergers/interactions, including tidal tails/plumes -- some of which are also detected at 870$\mu$m. We find a clear correlation between NIRCam colors and 870$\mu$m surface brightness on $\sim$1 kpc scales, indicating that the galaxies are primarily red due to dust -- not stellar age -- and we show that the dust structure on $\sim$kpc-scales is broadly similar to that in nearby galaxies. Finally, we find no strong stellar bars in the rest-frame near-infrared, suggesting the extended bar-like features seen at 870$\mu$m are highly obscured and/or gas-dominated structures that are likely early precursors to significant bulge growth.

Autores: Jacqueline A. Hodge, Elisabete da Cunha, Sarah Kendrew, Juno Li, Ian Smail, Bethany A. Westoby, Omnarayani Nayak, Mark Swinbank, Chian-Chou Chen, Fabian Walter, Paul van der Werf, Misty Cracraft, Andrew Battisti, Willian N. Brandt, Gabriela Calistro Rivera, Scott C. Chapman, Pierre Cox, Helmut Dannerbauer, Roberto Decarli, Marta Frias Castillo, Thomas R. Greve, Kirsten K. Knudsen, Sarah Leslie, Karl M. Menten, Matus Rybak, Eva Schinnerer, Julie L. Wardlow, Axel Weiss

Última atualização: 2024-07-22 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2407.15846

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2407.15846

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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