Impacto da Vida na Fazenda no Leite Materno e Alergias
Estudo mostra como a exposição a fazendas molda o leite materno e o desenvolvimento de alergias em bebês.
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Índice
- Participantes do Estudo
- Cálculo do Score de Fazenda
- Entendendo Dermatitis Atópica e Alergia Alimentar
- Coleta e Processamento do Leite Materno Humano
- Profiling de Proteínas do Leite Materno Humano
- Composição do Microbioma do Leite Materno Humano
- Diversidade do Microbioma do Leite Materno
- Microbioma do Leite Materno e Status da Fazenda
- Relação Entre Proteínas Imunológicas e o Microbioma
- Status de Doenças Atópicas e Microbioma
- Conclusão
- Fonte original
Doenças atópicas como Eczema, asma e alergias alimentares acontecem quando o sistema imunológico fica agitado, levando a reações alérgicas. Embora os genes desempenhem um grande papel nessas condições, eles não contam toda a história. Coisas no nosso ambiente também importam. Por exemplo, exposição precoce a certos alérgenos e a falta de contato com micróbios pode aumentar a chance de desenvolver essas doenças. Como os bebês nascem, se as mães usam antibióticos e se fumam também podem mudar o risco de alergias nas crianças.
O Leite Materno é super importante para os bebês, pois fornece a nutrição certa e ajuda a construir o sistema imunológico e as bactérias intestinais deles. Tem várias substâncias importantes como proteínas, açúcares e minerais que mudam conforme as necessidades do bebê e variam de mãe para mãe. Alguns estudos sugerem que amamentar pode proteger as crianças de alergias. Componentes do leite materno, como certos anticorpos e células imunológicas, podem ajudar nesse sentido. Porém, a pesquisa sobre esse assunto apresentou resultados mistos, possivelmente devido a diferenças de como as alergias aparecem em várias populações e à composição variada do leite materno.
Curiosamente, crescer em uma fazenda durante a infância parece diminuir o risco de doenças atópicas, incluindo asma e rinite alérgica. Famílias que seguem estilos de vida agrícolas tradicionais, como os Amish, mostram taxas ainda menores de alergias. Isso pode ser porque a exposição a animais e ao ambiente nas fazendas pode influenciar os fatores imunológicos no leite materno.
Esse estudo explora como as exposições relacionadas à fazenda afetam a composição microbiana e de proteínas imunológicas do leite materno. Analisamos amostras de mães que vivem em diferentes ambientes rurais – agricultura tradicional, apenas agricultura e não agrícola. Comparando essas amostras, buscamos encontrar ligações entre a composição do leite materno e a prevalência de eczema e alergias alimentares nas crianças.
Participantes do Estudo
Os participantes desse estudo fazem parte de um projeto maior que investiga como crescer em ambientes agrícolas influencia os sistemas imunológicos das crianças e suas chances de desenvolver alergias. Os bebês desse estudo nasceram entre 2013 e 2020. Inicialmente, alguns participantes foram recrutados de um local, mas depois, famílias de várias origens agrícolas foram incluídas de dois locais.
Nós categorizamos os participantes em três grupos com base nas condições de vida:
- Crianças de fazenda: Bebês que vivem em uma fazenda ou cujas mães trabalham em tempo integral na fazenda.
- Crianças não agrícolas: Bebês que não vivem ou trabalham em fazendas e não estão perto de fazendas.
- Famílias agrárias tradicionais: Indivíduos da comunidade Amish.
Algumas amostras de leite não atenderam aos padrões de qualidade e foram removidas da nossa análise. As mães consentiram durante a gravidez e coletamos informações detalhadas sobre seu ambiente, dieta e quaisquer sintomas alérgicos que seus bebês apresentaram nos primeiros dois anos de vida.
Cálculo do Score de Fazenda
Durante as visitas de rotina, foram feitas perguntas para medir com que frequência as mães e seus bebês entravam em contato com animais de fazenda. Atribuímos pontuações com base nessa exposição. Uma pontuação mais alta indicava interações mais frequentes com esses animais, e usamos as pontuações do check-up de dois meses para nossa análise.
Entendendo Dermatitis Atópica e Alergia Alimentar
Os pais forneceram detalhes sobre seus filhos em relação a quaisquer sintomas alérgicos, como eczema ou alergias alimentares, durante os primeiros dois anos da criança. A dermatite atópica foi identificada se um médico informou os pais sobre o eczema da criança. A alergia alimentar foi indicada por qualquer reação uma ou duas horas após comer certos alimentos.
Coleta e Processamento do Leite Materno Humano
O leite materno foi coletado das mães quando seus bebês tinham dois meses durante visitas domiciliares. A coleta seguiu diretrizes específicas para garantir precisão, e o leite foi armazenado corretamente para manter sua qualidade.
Nós coletamos amostras para análise do Microbioma de várias mães e as processamos para obter insights sobre o conteúdo microbiano e proteico presente no leite.
Profiling de Proteínas do Leite Materno Humano
Para ver como a exposição à fazenda afeta as proteínas no leite materno, comparamos várias proteínas imunológicas de mães em diferentes situações de vida. Encontramos diferenças importantes, com certas proteínas sendo mais abundantes no leite de mães agrárias tradicionais em comparação com aquelas de ambientes agrícolas ou não agrícolas.
Curiosamente, muitas proteínas estavam ligadas à frequência com que os bebês eram expostos a animais de fazenda. Essa descoberta sugere uma possível conexão entre viver na fazenda e melhores respostas imunológicas em bebês.
Composição do Microbioma do Leite Materno Humano
Em seguida, exploramos as comunidades bacterianas no leite materno de diferentes grupos usando métodos de sequenciamento avançados. Identificamos muitas bactérias únicas e descobrimos que os grupos de fazenda e agrários tradicionais tinham uma variedade mais rica de bactérias em comparação com os grupos não agrícolas.
O tipo de bactéria no leite materno variava entre as diferentes mães, refletindo sua exposição a ambientes agrícolas e sugerindo como isso poderia impactar a saúde de seus bebês.
Diversidade do Microbioma do Leite Materno
Estudamos como a diversidade de bactérias no leite materno variava de acordo com o sexo do bebê e quantas crianças a mãe já teve. Descobrimos que mães com bebês do sexo masculino tinham uma comunidade microbiana mais diversa em seu leite. Mães que tinham dado à luz várias vezes também apresentaram maior diversidade em seu leite em comparação com mães de primeira viagem.
Microbioma do Leite Materno e Status da Fazenda
O estudo também mostrou que o leite de mães agrárias tradicionais tinha um microbioma significativamente mais rico em comparação com os grupos de fazenda e não agrícola. Isso apoia a ideia de que viver em ambientes agrícolas pode levar a populações bacterianas mais saudáveis e diversas no leite materno.
Relação Entre Proteínas Imunológicas e o Microbioma
Investigamos as conexões entre os tipos de bactérias no leite materno e as proteínas imunológicas presentes. Nossos achados sugeriram que bactérias específicas estavam correlacionadas positivamente com proteínas imunológicas que protegem contra infecções e inflamações.
Essa interação indica que um microbioma saudável no leite materno poderia promover melhores respostas imunológicas em bebês, potencialmente reduzindo o risco de alergias.
Status de Doenças Atópicas e Microbioma
Para ver se existe uma ligação entre o microbioma do leite materno e a presença de doenças atópicas, analisamos dados de bebês com e sem eczema ou alergias alimentares. No entanto, não encontramos diferenças significativas no microbioma com base nessas condições.
Esses resultados podem sugerir que outros fatores, como a variabilidade geral das alergias e como o ambiente as influencia, precisam de mais pesquisa.
Conclusão
Esse estudo fornece insights valiosos sobre como a exposição a fazendas impacta as proteínas imunológicas e o microbioma no leite materno humano. Os achados enfatizam a importância dos fatores ambientais na formação da composição do leite materno e, consequentemente, na saúde infantil. Essas informações podem informar pesquisas futuras e ajudar a entender como reduzir os riscos de alergias nas crianças.
Enquanto olhamos para o futuro, investigar outros aspectos do leite materno, como seus açúcares e outros compostos, pode aprofundar nossa compreensão de como esses elementos influenciam o desenvolvimento e a saúde dos bebês. Essa pesquisa abre portas para outros estudos que poderiam estabelecer conexões entre o ambiente, a amamentação e resultados mais saudáveis na infância.
Título: Farm exposure is associated with human breast milk immune profile and microbiome
Resumo: Prenatal and early life farm exposure, and breastfeeding, are associated with protection from allergic diseases. We hypothesize that farm exposure influences the human breast milk microbiome and immune proteins. The immune protein profiles and microbial communities of 152 human breast milk samples were compared among three maternal farm exposure groups (traditional agrarian, farm, and non-farm) in rural Wisconsin to identify signatures associated with farm status and atopic disease. We found significant differences between farm groups for 23 immune proteins (p-adj
Autores: Anne Marie Singh, M. H. Swaney, O. Steidl, A. Tackett, S. Fye, K. Lee, I. M. Ong, C. Bendixsen, G. Spicer, J. DeLine, J. E. Gern, J. Lucey, C. Seroogy, L. Kalan
Última atualização: 2024-10-14 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.14.618271
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.14.618271.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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