Simple Science

Ciência de ponta explicada de forma simples

# Biologia# Microbiologia

Vírus H5N1 Ameaça Indústria Láctea: Principais Descobertas

Um novo surto de H5N1 em vacas leiteiras levanta preocupações de saúde pública.

― 5 min ler


Vacas leiteiras enfrentamVacas leiteiras enfrentamsurto de H5N1pública bem preocupantes.Vacas infectadas trazem riscos à saúde
Índice

Em março de 2024, um vírus sério conhecido como Influenza Aviária Altamente Patogênica H5N1 foi encontrado em gado nos Estados Unidos. Esse surto tá afetando vacas leiteiras e tá ligado a uma cepa do vírus que já existe desde o inverno de 2021-2022. O vírus H5N1 causou doenças em vários tipos de mamíferos, incluindo trabalhadores rurais que têm contato com vacas infectadas. O vírus pode se espalhar de vacas para pessoas e outros animais próximos a fazendas leiteiras.

Como o H5N1 Afeta Vacas Leiteiras

O vírus H5N1 se multiplica nas glândulas mamárias das vacas leiteiras. Quando isso acontece, um monte do vírus pode ser encontrado no Leite das vacas infectadas. Estudos mostraram que o leite pode conter uma quantidade muito alta de vírus, tornando-o uma possível fonte de espalhamento do vírus para outras vacas e para humanos. O vírus pode se espalhar de várias maneiras: por contato direto entre vacas, pelo ambiente (como leite sujo ou água residuária), e por equipamentos usados para ordenhar as vacas.

Pesquisa sobre Estabilidade do Vírus

Para entender melhor como o H5N1 se espalha do ambiente e do equipamento, os pesquisadores estudaram quanto tempo o vírus pode permanecer Infeccioso no leite cru, em diferentes Superfícies e em água residuária. Eles coletaram amostras de leite cru e água residuária e adicionaram o vírus H5N1 a elas. Em seguida, monitoraram essas amostras por uma semana para ver como o vírus se comportava.

Os pesquisadores também testaram quanto tempo o vírus poderia sobreviver em superfícies de aço inoxidável e polipropileno, colocando gotas de leite contaminado nessas superfícies. Amostras foram coletadas diariamente para determinar quanto tempo o vírus permaneceu infeccioso. Os estudos foram feitos várias vezes para garantir a precisão.

Condições Testadas

Os pesquisadores analisaram a estabilidade do vírus em duas temperaturas: 4°C (que simula uma geladeira) e 22°C (que é mais parecido com a temperatura ambiente). Eles também testaram a estabilidade do vírus em água residuária a 22°C. Os resultados mostraram quanto tempo o vírus poderia permanecer ativo nessas diferentes condições.

Resultados sobre a Estabilidade do Leite

No leite em bulk mantido a diferentes temperaturas, os pesquisadores descobriram que o vírus H5N1 poderia permanecer infeccioso por um bom tempo. A 4°C, o vírus teve uma meia-vida de cerca de 2,1 dias, enquanto a 22°C foi de cerca de 0,74 dias. Isso significa que, se tiver muito vírus presente, ele ainda pode ser prejudicial no leite refrigerado por várias semanas.

O tempo necessário para uma redução significativa do vírus no leite foi muito maior a 4°C em comparação com 22°C. Isso sugere que manter o leite gelado poderia ajudar a atrasar a inativação do vírus, o que pode representar um risco se o leite infectado for consumido.

Resultados sobre a Estabilidade em Superfícies

Ao estudar quanto tempo o vírus dura em superfícies, os resultados mostraram que a 4°C, o vírus permaneceu infeccioso por cerca de 1,4 dias no polipropileno e 1,2 dias no aço inoxidável. No entanto, à temperatura ambiente, o vírus se degradou muito mais rápido, com meias-vidas de apenas 0,11 dias no polipropileno e 0,14 dias no aço inoxidável. Isso significa que o vírus pode se espalhar rapidamente em condições mais quentes, o que pode ser uma preocupação para a higiene nas fazendas leiteiras.

Para uma redução significativa do vírus em superfícies, estimou-se que levaria muito mais tempo a 4°C em comparação com 22°C. Isso indica a importância da temperatura no controle da disseminação do vírus.

Resultados sobre a Estabilidade em Água Residuária

Nas amostras de água residuária testadas à temperatura ambiente, o vírus apresentou uma meia-vida de cerca de 0,48 dias. Isso sugere que o vírus poderia permanecer infeccioso tempo suficiente para representar um risco para pessoas ou animais que possam entrar em contato com o desperdício contaminado.

Implicações dos Resultados

Esses achados mostram que o vírus H5N1 é bastante estável no leite e em superfícies, o que é preocupante para fazendas leiteiras lidando com vacas infectadas. O risco de espalhar o vírus pelo leite ou equipamentos aumenta pela capacidade do vírus de sobreviver por períodos prolongados. Além disso, há preocupações sobre a segurança da água residuária de fazendas que têm esses animais infectados.

Os resultados sugerem que os trabalhadores em fazendas leiteiras e as pessoas que moram perto dessas fazendas precisam ser cautelosos, especialmente em relação à exposição a leite, superfícies ou águas residuárias contaminadas. O potencial do vírus para se espalhar por esses meios precisa de um gerenciamento cuidadoso para prevenir infecções em humanos e outros animais.

Importância de Mais Pesquisas

Embora essa pesquisa ilumine como o H5N1 pode persistir no leite e no ambiente, mais estudos são necessários para relacionar essas descobertas aos riscos reais de infecção. Especificamente, mais trabalho é necessário para entender como diferentes quantidades de exposição ao vírus podem afetar a probabilidade de adoecer.

A pesquisa destaca a importância de monitorar e gerenciar surtos como esse para proteger tanto os trabalhadores rurais quanto o público. Garantir práticas seguras no manuseio do leite, limpeza de equipamentos e descarte de águas residuárias pode ajudar a reduzir os riscos.

No geral, essas informações são essenciais para entender a transmissão do H5N1 e guiar as respostas de saúde pública a esse surto em andamento.

Mais de autores

Artigos semelhantes