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Genomas Reduzidos e Seu Impacto na Funcionalidade Bacteriana

Pesquisas mostram como genomas reduzidos podem melhorar a eficiência e produtividade das bactérias.

Chris P Barnes, D. Buchan, A. Shcherbakova

― 6 min ler


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Pesquisas sobre genomas reduzidos ajudam os cientistas a entender as funções básicas da vida. Isso mostra quais genes são necessários para uma célula sobreviver e como eles podem usar esse conhecimento na indústria.

Ao criar bactérias com menos genes, os pesquisadores viram resultados bem legais. Essas bactérias modificadas costumam crescer mais rápido e produzir mais biomassa. Elas também têm rendimentos maiores de certos produtos e parecem ser mais estáveis. Uma descoberta interessante mostrou que bactérias com apenas os genes essenciais podem evoluir mais rápido do que aquelas com um conjunto completo de genes. Isso sugere que ter menos genes ajuda as bactérias a se adaptarem melhor ao longo do tempo, o que é bom tanto para pesquisa quanto para aplicações industriais.

Abordagens para Criar Genomas Mínimos

Tem duas maneiras principais de criar bactérias com genomas reduzidos. A primeira é chamada de abordagem de baixo para cima. Esse método começa do zero, onde os cientistas projetam um genoma artificial completamente novo. Isso permite uma reforma total do genoma bacteriano. Mas ainda há muitas coisas desconhecidas sobre como projetar esses genomas de forma eficaz.

A segunda maneira é a abordagem de cima para baixo, que funciona cortando genomas bacterianos existentes. Isso envolve remover genes não essenciais das bactérias do tipo selvagem. Embora já tenha tido sucesso com ambas as abordagens, ainda existem desafios.

Muitas linhagens de genoma reduzido de cima para baixo foram desenvolvidas a partir de uma bactéria comum chamada Escherichia coli, cada uma com foco em usos industriais específicos. Uma dessas linhagens, conhecida como Fábrica de Genomas Mínimos (MGF-01), foi projetada especificamente para conter apenas os genes necessários para a fermentação. Essa linhagem perdeu cerca de 22% do tamanho do seu genoma original, mas manteve muitas funções como a linhagem do tipo selvagem. Notavelmente, a MGF-01 produziu níveis mais altos de L-treonina, sugerindo que reduzir o genoma pode realmente melhorar a produtividade.

Outro desenvolvimento significativo é a Série de Exclusões Múltiplas (MDS), que foca na estabilidade genética e eficiência para inserir genes estrangeiros. A série MDS foi criada removendo elementos desnecessários da linhagem MG1655. Algumas dessas novas linhagens mostraram taxas de crescimento semelhantes às do tipo selvagem, enquanto outras, apesar de mais lentas, produziram rendimentos muito maiores de compostos específicos.

O Papel da Computação no Design de Genomas

Nos últimos anos, os cientistas começaram a usar modelagem computacional e aprendizado de máquina para ajudar a projetar genomas mínimos. Um método é chamado de autoencoders variacionais (VAEs), que combinam aprendizado profundo com modelagem estatística. Esses foram usados para estudar genomas humanos e projetar novos genomas bacterianos.

Em um estudo, os pesquisadores treinaram um VAE usando genomas bacterianos de alta qualidade. Eles representaram cada genoma com um formato binário que mostrava se genes específicos estavam presentes ou ausentes. Os pesquisadores então corromperam esses genomas para ensinar o modelo e depois usaram isso para recriar os genomas originais, não corrompidos. Embora esse método tenha mostrado potencial, enfrentou desafios devido a um conjunto de dados pequeno.

Para lidar com esses desafios, o foco foi estritamente na E. coli. Os pesquisadores usaram uma grande coleção de genomas, estudando a presença e ausência de genes. Eles rastrearam os tamanhos variados de genoma, frequências de genes e genes essenciais para treinar o VAE efetivamente.

Investigando a Diversidade Genômica

Para entender melhor a diversidade dentro do conjunto de dados, os pesquisadores realizaram uma Análise de Componentes Principais (PCA). Esse método visual ajuda a separar diferentes grupos com base em suas semelhanças e diferenças genéticas. A PCA mostrou grupos distintos, indicando níveis variados de evolução genética entre as linhagens de E. coli.

Ao estudar uma amostra de 1.000 genomas, os pesquisadores conseguiram criar uma árvore filogenética que representa visualmente os relacionamentos genéticos. Essa árvore revelou alguns desequilíbrios entre as linhagens, sugerindo que certos grupos evoluíram mais rapidamente que outros.

Explorando Funções de Perda para Geração de Genomas

Os pesquisadores desenvolveram várias versões do VAE, modificando como ele aprende com os dados. Uma versão usou uma função de perda padrão, enquanto outras incluíram termos adicionais para ajudar a focar na redução do tamanho do genoma. Cada versão foi avaliada para ver como capturava as variações necessárias para projetar genomas mínimos.

Os resultados mostraram que uma versão modificada levou a um espaço latente mais concentrado, com diferentes grupos se agrupando. Esse ajuste também reduziu significativamente os tamanhos do genoma.

No modelo final, os pesquisadores conseguiram minimizar os genomas, produzindo tamanhos menores que os genomas mínimos existentes de E. coli. O resultado final demonstrou uma clara troca entre o tamanho do genoma e o número de genes essenciais.

O Caminho a Frente para a Minimização de Genomas

Os resultados dos experimentos estabeleceram as bases para desenvolver novos algoritmos para minimizar ainda mais os genomas. Um desafio chave é garantir que os genomas modificados ainda sejam viáveis após a remoção de genes. Estudos futuros podem se basear nisso criando árvores filogenéticas para os genomas gerados e estimando quais genes podem ser removidos com segurança.

O processo também envolve verificar a viabilidade de cada novo genoma através de experimentação. Embora o processo atual leve tempo e dinheiro, novos métodos para editar o genoma de E. coli foram criados, abrindo caminho para abordagens mais eficientes.

Existem algumas limitações a considerar. Genes essenciais podem ser difíceis de definir com precisão, e ainda há necessidade de modelos de célula inteira para validar os resultados. Além disso, o conjunto de dados usado mostrou diversidade genética limitada, o que poderia ser melhorado usando dados de espécies bacterianas relacionadas.

Avançando, os pesquisadores também podem explorar várias configurações e ajustes para os modelos para obter melhores resultados. Isso poderia envolver experimentos com diferentes taxas de aprendizado e dimensões para ajustar ainda mais o modelo.

Conclusão

Em conclusão, essa pesquisa ilustra a capacidade dos modelos generativos de capturar variações em genomas bacterianos. Mostra que os VAEs podem gerar efetivamente genomas minimizados com genes cruciais incluídos. Com os avanços contínuos, há um potencial empolgante para aplicações em processamento industrial e uma compreensão melhor da vida bacteriana.

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