Como Escolhemos Qual Mão Usar
Estudo revela o processo de tomada de decisão por trás do uso das mãos nos movimentos.
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Índice
No nosso dia a dia, a gente geralmente toma decisões sobre como realizar tarefas, tipo qual mão usar. Por exemplo, na hora de abrir uma porta, você pode escolher uma mão em vez da outra dependendo se suas mãos estão livres ou carregando algo. Os pesquisadores estudam como decidimos qual mão usar para os Movimentos, normalmente fazendo com que os Participantes escolham uma mão pra pegar algo em um lugar específico.
Muita coisa pode afetar essa escolha. Por exemplo, se a pessoa for destra, pode preferir a mão direita pra maioria das tarefas. Além disso, o tipo de tarefa que estamos fazendo pode influenciar na mão que escolhemos. O esforço que dá pra realizar uma tarefa e os movimentos que acabamos de fazer também têm seu papel.
Uma observação comum é que as pessoas tendem a usar a mesma mão pra duas tarefas seguidas. Isso acontece porque nossos cérebros reaproveitam os planos que fizemos pro primeiro movimento quando fazemos o segundo. Quando usamos a mesma mão pra ações consecutivas, nossos tempos de reação – a velocidade com que começamos a segunda ação – costumam ser mais rápidos. Isso rola mesmo se estivermos fazendo movimentos diferentes com aquela mão. Mas, se repetimos o mesmo movimento usando a outra mão, nossos tempos de reação não ficam mais rápidos, sugerindo que há algum tipo de codificação específica do cérebro pra cada mão.
Como o Cérebro Processa Movimentos das Mãos
Quando fazemos um movimento com uma mão, nosso cérebro ativa áreas específicas, e essas áreas costumam continuar ativas mesmo depois que o movimento para. Essa atividade contínua ajuda a gente a responder mais rápido quando usamos a mesma mão de novo porque nosso cérebro não precisa começar do zero. Estudos mostram que, quando as pessoas repetem movimentos com as mãos, há menos Atividade Cerebral em certas áreas quando usam a mesma mão do que quando usam mãos diferentes.
Além disso, um modelo chamado drift diffusion pode explicar como acumulamos informações na hora de decidir nos mover. Se reutilizarmos a mesma mão, nosso cérebro começa a pegar informações mais rápido, apoiando a ideia de que nosso cérebro muda seus níveis de atividade com base nas ações recentes.
Embora pesquisas anteriores confirmem que usar a mesma mão acelera os tempos de reação, é interessante saber se repetir tanto a mão quanto o tipo específico de movimento dá um impulso extra. Se conseguirmos mostrar isso, sugere que nossos cérebros podem organizar como planejamos movimentos em camadas: primeiro decidindo a mão a ser usada e depois decidindo o movimento específico.
Testando Repetição de Mãos e Movimentos
Estudos anteriores mostraram que usar a mesma mão torna os tempos de reação mais rápidos, mas também incluíram sinais visuais repetidos – os mesmos sinais visuais para ações repetidas. Isso pode significar que a melhoria nos tempos de resposta foi devido aos sinais visuais, e não só ao movimento da mão.
Pra esclarecer o papel dos sinais visuais, um novo experimento foi organizado. Os participantes tiveram que realizar dois movimentos em sequência – uma ação primária seguida por uma ação de teste. Eles podiam usar a mão esquerda ou direita, com movimentos em duas direções: pra dentro em direção ao corpo ou pra fora, longe dele. Importante, sinais visuais diferentes foram usados pra cada ação, então não havia informação visual repetida.
Os participantes tiveram que mover a mão e depois voltar pra uma posição inicial entre as ações. O estudo tinha como objetivo mostrar que, se os participantes repetissem a mesma mão, mesmo com movimentos diferentes, eles ainda reagiriam mais rápido. Além disso, eles hipotesizavam que, se tanto a mão quanto o movimento fossem repetidos, os tempos de reação seriam ainda mais rápidos.
Montagem do Experimento
No experimento, os participantes realizavam a ação primária quando uma forma aparecia na tela, seguida por uma pausa curta antes de fazer a ação de teste que era acionada por uma nova forma. Houve dois blocos onde os participantes puderam praticar até se familiarizarem com quais formas significavam quais ações. Cada participante completou várias tentativas, resultando em um bom número de movimentos pra analisar.
Resultados do Experimento
Os resultados mostraram que usar a mesma mão pra ambas as ações realmente levou a tempos de reação mais rápidos, consistente com descobertas anteriores. Além disso, se os participantes também repetissem o movimento exato com a mesma mão, seus tempos de reação caíam ainda mais. Isso apoia a ideia de que tanto a mão quanto o movimento podem influenciar o desempenho, mas destaca que a repetição da mão é fundamental.
Curiosamente, enquanto repetir a direção do movimento levou a uma diminuição no Tempo de Reação, isso só aconteceu quando a mesma mão foi usada. Se os participantes trocassem de mão, repetir a direção do movimento não acelerava a resposta deles.
Conclusões
Essa pesquisa confirmou que tanto a repetição da mão quanto a repetição de movimentos específicos melhoram a rapidez da nossa reação ao realizar ações. Também sugere que nossos cérebros tratam esses processos separadamente: primeiro escolhemos qual mão usar e, depois, decidimos o movimento específico a ser realizado.
Usando diferentes sinais visuais, os pesquisadores conseguiram separar os efeitos da repetição visual da repetição motora, levando a uma compreensão mais clara de como nosso cérebro processa movimentos.
No geral, essas descobertas destacam a complexidade de como planejamos e executamos movimentos, mostrando que até mudanças sutis na nossa abordagem podem afetar significativamente nosso desempenho. Entender esses processos pode ajudar a melhorar nosso entendimento sobre funções motoras e como podemos aprimorar nossas tarefas diárias.
Implicações para Pesquisas Futuras
Esse estudo abre novas possibilidades pra explorar como nossos cérebros codificam planos de movimento. Pesquisas futuras podem se aprofundar em como diferentes fatores, como cansaço ou distrações, influenciam nosso processo de tomada de decisão ao escolher mãos pras tarefas. Além disso, entender esses mecanismos pode ter aplicações práticas no mundo real em reabilitação e treinos, melhorando maneiras de ajudar as pessoas a se recuperarem de lesões ou aprenderem novas habilidades motoras.
Em resumo, estudar como tomamos decisões sobre o uso das mãos em ações do dia a dia ilumina o funcionamento intrincado do nosso cérebro e seu papel no planejamento de movimentos, fornecendo uma base para investigações futuras sobre o controle motor humano.
Título: Effector selection precedes movement specification: evidence from repetition effects in motor planning
Resumo: Motor performance is influenced by movements that were performed shortly prior. For example, reaction times (RTs) for successive movements are reduced when executed with the same effector, even if the specifics of the consecutive movements differ. These findings have been taken to support the notion that repetition effects in motor planning reflect the involvement of effector-specific motor plans. However, previous studies have confounded motor and visual aspects of repetition: movements have typically been instructed via visual cues, and movement repetition, therefore, implied repeating also the visual cue, so that the latter may be (at least partly) responsible for the observed RT effects. In the present study, participants performed two movements in succession, a prime and a probe action, either with their left or right hand and in one of two directions, inward or outward relative to the body midline. We used different cues for prime and probe actions, so that movement repetitions did not involve repetition of the visual cue. Participants initiated successive same-limb movements faster than different-limb movements, but this RT advantage was smaller than observed in previous work. Moreover, repeating movement direction also led to a decrease in RT, though only in combination with hand repetition. Whereas these findings imply that visual cue repetition can contribute to accelerated RTs in movement repetition, they confirm that the recent motor history affects motor planning. Furthermore, they support the idea of a hierarchical framework of motor planning in which effector selection precedes specification of motor parameters.
Autores: Christian Seegelke, T. Heed
Última atualização: 2024-10-23 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.23.619895
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.10.23.619895.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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