Abordando os Soft Lock-ins em OSS do Setor Público
Esse estudo analisa os desafios de adotar Software Livre em organizações públicas.
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Índice
O setor público tá usando software pra melhorar os serviços digitais pra cidadãos e negócios. Esse software ajuda a gerenciar tarefas como registro de casos e Comunicação com os governos locais. Mas, quando as organizações públicas dependem demais de um único fornecedor de software, podem enfrentar problemas. Esse problema é chamado de "lock-in", que significa que elas ficam presas à tecnologia desse fornecedor, limitando suas opções com o tempo.
O Software Livre (OSS) é uma solução pra esse problema, oferecendo software que qualquer um pode usar, modificar e compartilhar. Embora o OSS possa ajudar a evitar lock-in, depender de um único fornecedor de OSS ainda pode trazer riscos. Questões como falta de comunicação, Documentação ruim e a zona de conforto com a situação atual dificultam a mudança ou troca de fornecedores para os municípios.
Objetivo do Estudo
O objetivo desse estudo é examinar o que leva a esses "soft lock-ins" no setor público quando os municípios adotam OSS. Queremos identificar fatores que podem criar essas situações e como evitá-las. A pesquisa foca em um estudo de caso envolvendo uma Plataforma de E-Serviço Digital (ESP) usada por mais de 190 municípios.
Contexto
A adoção de OSS por organizações públicas muitas vezes é impulsionada pelo desejo de economizar custos e reduzir o risco de lock-in. No entanto, existem desafios significativos que dificultam a adoção do OSS. Alguns desses desafios surgem do mercado de software, onde pode haver menos opções de OSS de alta qualidade em comparação com sistemas proprietários existentes.
Internamente, as organizações podem resistir à mudança, preferir soluções existentes e não ter a expertise técnica necessária pra adotar o OSS. Um suporte forte da gestão e um treinamento eficaz também são necessários pra uma adoção bem-sucedida do OSS. Em muitos casos, as organizações do setor público criam curadores de OSS, que são organizações dedicadas a facilitar projetos de OSS e garantir que as melhores práticas sejam seguidas.
Apesar da promessa do OSS, os municípios frequentemente enfrentam barreiras. Por exemplo, os processos de aquisição podem limitar a capacidade de incorporar novos fornecedores, já que requisitos de qualificação rígidos podem dificultar a entrada de novos concorrentes no mercado. O nível de experiência dos usuários iniciais também pode afetar como a manutenção e as contribuições são gerenciadas.
Design da Pesquisa
Esse estudo usa uma abordagem qualitativa pra entender os fatores que contribuem pra soft lock-ins. Realizamos entrevistas com pessoas envolvidas no projeto da ESP pra obter insights sobre os desafios e riscos que os municípios enfrentam na adoção do OSS.
A pesquisa foi estruturada em torno de um framework pra identificar fatores de lock-in e soluções potenciais. Coletamos dados de entrevistas e relatórios, focando nas experiências de diversas partes interessadas envolvidas no projeto da ESP. Depois de analisar as respostas, desenvolvemos recomendações pra abordar os desafios identificados no estudo.
Visão Geral da Plataforma de E-Serviço (ESP)
O projeto ESP começou em 2012 com cinco municípios, financiado pela União Europeia. O objetivo era simplificar o acesso à informação para cidadãos e negócios em relação a questões de planejamento urbano e licenças de construção. Em 2014, a ESP foi oficialmente lançada e rapidamente se tornou popular entre os municípios.
Quando a ESP foi desenvolvida, dois fornecedores estavam envolvidos. Um criou um plugin menor, enquanto o fornecedor principal construiu a plataforma geral. A ESP foi compartilhada sob uma licença de código aberto, esperando incentivar a colaboração e as contribuições de outros fornecedores. No entanto, o fornecedor principal depois se tornou o único a oferecer a ESP como um serviço na nuvem, o que gerou preocupações sobre arranjos de lock-in.
Fatores de Lock-in Driven by Users
Os fatores de lock-in driven by users surgem de como os municípios colaboram e comunicam com o fornecedor principal. Um grande problema é a falta de transparência sobre quais serviços estão sendo solicitados ao fornecedor. Muitas vezes, municípios maiores negociam diretamente com o fornecedor, deixando os menores sem saber das mudanças ou recursos disponíveis.
Essa situação gera implementações específicas de usuários, ou seja, os municípios arcam com os custos de customizar o software ao invés de compartilhar esses custos coletivamente. Pra resolver isso, os municípios precisam melhorar a comunicação e a colaboração. Discutindo os requisitos abertamente, eles podem garantir que todos tenham acesso à informação sobre o desenvolvimento da plataforma.
Além disso, as práticas de aquisição também podem limitar a capacidade de inserir novos fornecedores. Os requisitos de qualificação muitas vezes exigem que fornecedores potenciais tenham experiência anterior, o que pode desencorajar a concorrência e a inovação.
Outro desafio vem da incapacidade inicial dos municípios de assumir responsabilidades técnicas pela manutenção do código. Essa responsabilidade muitas vezes recaía sobre o fornecedor principal, deixando pouco espaço pra participação de outros fornecedores. Como resultado, os municípios podem se sentir presos aos seus arranjos atuais.
Fatores de Lock-in Técnico
Os fatores de lock-in técnico se referem aos desafios que os desenvolvedores enfrentam ao tentar contribuir para a ESP. Questões como documentação inadequada, falta de testes automatizados e gerenciamento deficiente de dependências podem desencorajar os desenvolvedores de se envolverem com o projeto.
Muitos desenvolvedores relataram dificuldades em entender quais dependências existem no sistema ESP e como gerenciá-las. Essa falta de clareza pode impedir que as partes interessadas construam ou atualizem o sistema com segurança. Simplificar o gerenciamento de dependências através de gerenciadores de pacotes padrão poderia ajudar novos desenvolvedores a acessar a plataforma e aumentar a participação.
O ambiente de desenvolvimento também desempenha um papel significativo no lock-in. O IDE atual usado para a ESP pode ser unfamiliar pra novos desenvolvedores, o que pode criar barreiras de inserção. Incentivar o uso de ferramentas amplamente aceitas na comunidade de software poderia facilitar essa transição.
Além disso, a falta de documentação sobre a base de código e as melhores práticas dificulta o processo de inserção tanto para municípios quanto para outros fornecedores. Um maior foco em documentação abrangente e diretrizes beneficiaria muito os potenciais contribuintes.
Recomendações pra Combater Fatores de Lock-in
Pra combater efetivamente os fatores de lock-in driven by users e técnicos, os municípios deveriam considerar implementar as seguintes recomendações:
Melhorar a Comunicação: Estabelecer uma associação de usuários pra facilitar a comunicação regular entre os municípios e o fornecedor principal. Esse grupo deve supervisionar o compartilhamento de informações sobre requisitos e progresso do desenvolvimento.
Revisar Práticas de Aquisição: Adaptar os requisitos de qualificação pra permitir que novos fornecedores tenham a oportunidade de competir por contratos, incentivando assim a inovação e a colaboração.
Promover Capacidade Técnica: Os municípios devem investir em iniciativas de capacitação pra melhorar sua compreensão dos aspectos técnicos do OSS. Programas de treinamento podem preparar a equipe pra contribuir efetivamente para o desenvolvimento e a manutenção da ESP.
Engajar na Curadoria de OSS: Formar uma organização dedicada ou usar fundações de OSS existentes pode ajudar a supervisionar a manutenção do projeto, garantindo que a documentação e os testes necessários estejam presentes e que os canais de comunicação estejam abertos.
Desenvolver Documentação Detalhada: Garantir que uma documentação abrangente e diretrizes sobre o ambiente de desenvolvimento, arquitetura e contribuições de código sejam mantidas e disponíveis pra todas as partes interessadas.
Introduzir Testes Automatizados: Implementar testes automatizados em várias etapas do desenvolvimento pra melhorar a qualidade do código e incentivar as contribuições dos desenvolvedores.
Conclusões
Esse estudo revela que os soft lock-ins em projetos de OSS no setor público resultam tanto de fatores driven by users quanto de barreiras técnicas. Os municípios devem abordar proativamente essas questões pra promover a colaboração, a concorrência e a adoção eficaz do OSS.
Melhorar a comunicação, revisar as práticas de aquisição e construir capacidade técnica são passos críticos pra se libertar de situações de lock-in. À medida que os municípios trabalham juntos pra implementar essas recomendações, eles podem criar um ambiente mais aberto, competitivo e sustentável para soluções de OSS no setor público.
Além disso, cultivar uma cultura de colaboração e abertura vai incentivar os municípios a explorar novas parcerias e abraçar os benefícios do OSS. Trabalhando em direção a uma visão compartilhada e permanecendo adaptáveis diante da mudança, os municípios podem desenvolver soluções digitais robustas que atendam melhor suas comunidades.
Título: Soft-lockins in Public Sector Acquisitions of Open Source Software-solutions: A Case Study on a Municipal E-Service Platform
Resumo: Background: Open Source Software (OSS) is often seen as an option to mitigate risks of lock-ins. Yet, single-vendor OSS can still result in soft lock-ins due to knowledge asymmetries and technical barriers. Aim: This study explores actors that render such soft lock-ins. Research design: We conduct a qualitative case study of an E-service Platform (ESP) used by over 190+ municipalities. Results: User-driven lock-in factors emerged as a significant category, including limited and non-transparent communication, restrictive qualification requirements in procurement, confusion on maintainership, and comfort in the status quo. Technical lock-in factors include inadequate documentation, dependency management issues, and limited test coverage. Conclusions: Strong leadership and continuous training is needed to address presence of comfort and conservative culture among municipalities. Open Source Stewards, i.e., neutral hosts for OSS projects, can support municipalities in these tasks while also helping to foster an open, competitive collaboration that can enable a broader supplier ecosystem.
Autores: Per Persson, Johan Linåker
Última atualização: 2024-09-02 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.01118
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.01118
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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