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# Física# Dinâmica dos Fluidos

Riblets: Uma Solução para Reduzir Arrasto em Veículos Pequenos

Esse estudo testa riblets em hidrofólios pra reduzir o arrasto de veículos menores.

Shuangjiu Fu, Shabnam Raayai-Ardakani

― 7 min ler


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Riblets são superfícies pequenas e texturizadas que servem pra diminuir a resistência em Fluidos, tipo ar e água. Elas mostraram que podem reduzir a força de atrito que objetos enfrentam ao se moverem nesses fluidos. Em condições controladas de laboratório, os riblets conseguiram cortar a resistência em quase 9%. Mas a eficácia deles em aplicações do dia a dia, principalmente em veículos menores como drones ou mini submarinos, ainda não é muito clara. Isso porque as suposições comuns sobre como o fluido se comporta em torno de objetos maiores não funcionam sempre para os menores.

Neste estudo, vamos analisar como os riblets impactam o fluxo de fluido ao redor de um objeto com uma forma especial chamado hidrofoil. Nosso objetivo é ver se os riblets ainda conseguem ajudar a reduzir a resistência mesmo quando veículos menores estão se movendo em líquidos ou gases em altas velocidades.

Riblets e Seu Mecanismo

Os riblets normalmente têm ranhuras ou cristas que vão paralelas à direção de movimento. Eles funcionam alterando o fluxo do fluido próximo à superfície do objeto. Quando uma superfície lisa se move por um fluido, o fluido gruda na superfície por causa do atrito, criando uma força de resistência. Os riblets ajudam a reduzir esse atrito criando áreas de fluido que se movem mais devagar nas ranhuras. Essas áreas mais lentas diminuem o estresse cortante total que o objeto enfrenta, o que, por sua vez, diminui a resistência.

Existem duas maneiras principais pelas quais os riblets reduzem a resistência. O primeiro mecanismo se aplica tanto a fluxos suaves quanto turbulentos: o fluido mais lento dentro das ranhuras sofre menos estresse cortante do que o fluido em movimento do lado de fora. O segundo mecanismo, específico para fluxos turbulentos, envolve os riblets influenciando o comportamento dos vórtices turbulentos ao redor do objeto. Isso pode ajudar a reduzir a transferência de momento do fluido para o objeto, diminuindo ainda mais a resistência.

Configuração Experimental

Para estudar os efeitos dos riblets, desenhamos experimentos usando um hidrofoil, que é uma forma simétrica que pode gerar sustentação, parecida com uma asa de avião. Criamos diferentes conjuntos de riblets com várias formas e tamanhos. O hidrofoil foi colocado em um túnel de água, onde conseguimos controlar o fluxo de água e medir as forças de resistência atuando sobre ele.

Usamos uma técnica chamada velocimetria por imagem de partículas (PIV), que nos permite visualizar o fluxo do fluido ao redor do hidrofoil. Essa técnica funciona capturando imagens de partículas minúsculas suspensas na água e como elas se movem ao longo do tempo. Analisando essas imagens, conseguimos uma visão detalhada do fluxo do fluido, o que nos ajuda a determinar quão eficazes os riblets são em reduzir a resistência.

Design e Geometria dos Riblets

Focamos em riblets com formas curvas em seção transversal. Esses designs podem ter várias formas, incluindo côncavas (curvadas pra dentro), convexas (curvadas pra fora) e triangulares. Cada forma de riblet é esperada a interagir de maneira diferente com o fluido, podendo levar a níveis variados de redução da resistência.

Para nossos experimentos, criamos texturas de riblet que variavam em altura e espaçamento. Um total de nove perfis diferentes de riblets foram testados, cada um com parâmetros geométricos específicos pra entender como esses fatores influenciam a redução da resistência.

Testes e Resultados

Durante a fase de testes, o hidrofoil foi submetido a diferentes velocidades da água. Medimos a força total de resistência atuando sobre o hidrofoil, enquanto também separávamos a resistência em componentes de atrito e pressão. A resistência por atrito vem da interação entre o fluido e a superfície, enquanto a resistência por pressão resulta das diferenças de pressão ao redor do objeto enquanto o fluido flui.

Com base em nossos achados, a maioria dos designs de riblet conseguiu algum nível de redução de resistência em comparação com uma superfície lisa de referência. O nível dessa redução variou dependendo da forma, tamanho dos riblets e do número de Reynolds, que é uma medida das características do fluxo. Por exemplo, riblets com formas côncavas geralmente produziram melhores reduções de resistência do que suas contrapartes convexas.

Medições de Fluxo Local

Para entender como os riblets mudam o fluxo de fluido ao redor do hidrofoil, focamos no comportamento do fluxo local e na distribuição de estresse cortante. Analisando os perfis de velocidade do fluido em diferentes pontos ao longo da superfície, conseguimos medir quão efetivamente os riblets interromperam o fluxo que chegava e influenciaram o estresse cortante.

Nossos resultados indicaram dois padrões principais no comportamento do fluxo. Em um padrão, observamos uma redução significativa no estresse cortante perto das superfícies dos riblets. Em outro padrão, vimos áreas com estresse cortante mais alto, indicando que certas formas de riblet podiam criar turbulência que anulava alguns dos benefícios de redução da resistência.

Distribuição de Pressão e Efeitos

Também examinamos como os riblets influenciaram a distribuição de pressão ao redor do hidrofoil. A resistência por pressão, que é afetada pela forma do objeto e pelo fluxo do fluido, pode impactar bastante a resistência total. As superfícies dos riblets tendem a alterar a distribuição de pressão de forma favorável, permitindo transições mais suaves no fluxo do fluido, reduzindo assim o componente de resistência por pressão.

Em alguns testes, especialmente com riblets projetados com perfis côncavos, conseguimos uma recuperação considerável de pressão após o hidrofoil, o que ajudou a reduzir a resistência total. Essa interação revelou a importância de otimizar o design dos riblets para um melhor desempenho geral em aplicações do dia a dia.

Resumo dos Achados

Nossas investigações mostraram que os riblets realmente podem ajudar a reduzir a resistência em veículos menores que operam em condições de alto número de Reynolds, embora a eficácia deles dependa de fatores como forma, tamanho dos riblets e as condições específicas do fluxo. Nós descobrimos que:

  1. Riblets podem reduzir a resistência por atrito na maioria dos cenários testados, especialmente com designs côncavos.
  2. A resistência por pressão também pode ser melhorada com superfícies de riblet, levando a uma redução geral da resistência.
  3. O comportamento do fluxo local é complexo, com padrões de estresse cortante variados que afetam o desempenho líquido dos riblets.
  4. Mais otimizações e pesquisas são necessárias pra aproveitar totalmente o potencial da tecnologia dos riblets para veículos aquáticos e aéreos em menor escala.

Direções Futuras

Esse estudo fornece uma base para investigações futuras sobre designs de riblet e suas aplicações para redução de resistência. Trabalhos futuros poderiam explorar variações geométricas diferentes, os efeitos da altura e espaçamento dos riblets em mais detalhes, e suas implicações para formas mais complexas e fluxos multidimensionais.

Além disso, incorporar simulações numéricas e técnicas de imagem avançadas poderia fornecer insights mais profundos sobre as interações entre riblets e fluxos de fluido. Esses desenvolvimentos ajudariam a refinar a tecnologia dos riblets e melhorar seu uso prático em diversas aplicações de engenharia, especialmente para veículos menores onde a redução da resistência é crucial para o desempenho.

Com esses esforços contínuos, os riblets podem evoluir para uma ferramenta padrão para otimizar o desempenho de veículos aéreos e aquáticos, levando a uma maior eficiência e menor consumo de energia no transporte.

Fonte original

Título: Localized performance of riblets with curved cross-sectional profiles in boundary layers past finite length bodies

Resumo: Riblets are a well-known passive drag reduction technique with the potential for as much as 9% reduction in the frictional drag force in laboratory settings, and proven benefits for large scale aircraft. However, less information is available on the applicability of these textures for smaller air/waterborne vehicles where assumptions such as periodicity and/or asymptotic nature of the boundary layer no longer apply and the shape of the bodies of these vehicles can give rise to moderate levels of pressure drag. Here, we explore the effect of riblets on both sides of a finite-size foil consisting of a streamlined leading edge and a flat body. We use high resolution two-dimensional, two-component particle image velocimetry, with a double illumination and consecutive-overlapping imaging technique to capture the velocity field in both the boundary layer and the far field. We find the local velocity profiles and shear stress distribution, as well as the frictional and pressure components of the drag force and show the possibility of achieving reduction in both the fictional and pressure components of the drag force and record cumulative drag reduction as much as 6%. We present the intertwined relationship between the distribution of the spanwise-averaged shear stress distribution, the characteristics of the velocity profiles, and the pressure distribution around the body, and how the local distribution of these parameters work together or against each other in enhancing or diminishing the drag-reducing ability of the riblets for the entirety of the body of interest.

Autores: Shuangjiu Fu, Shabnam Raayai-Ardakani

Última atualização: 2024-09-07 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.04895

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.04895

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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