Simple Science

Ciência de ponta explicada de forma simples

# Física# Astrofísica das Galáxias

Processos de Crescimento de Buracos Negros Supermassivos e Galáxias

Analisando a conexão entre buracos negros supermassivos e o crescimento de galáxias.

Hao Li, Yangyao Chen, Huiyuan Wang, Houjun Mo

― 7 min ler


Buracos Negros eBuracos Negros eCrescimento de Galáxiasgaláxias.buracos negros supermassivos e suasAnalisando as fases de crescimento de
Índice

No universo, buracos negros e galáxias crescem juntos de um jeito bem complexo. Este artigo explora como esses processos de crescimento acontecem, focando nos Buracos Negros Supermassivos (SMBHs) e sua conexão com as galáxias que habitam. Entender essa relação ajuda a gente a aprender mais sobre como as galáxias e seus buracos negros centrais se formaram e evoluíram ao longo do tempo.

A Relação Entre SMBHs e Galáxias

Buracos negros supermassivos estão nos centros da maioria das galáxias. Eles têm um impacto significativo nas galáxias ao redor e desempenham um papel chave no desenvolvimento delas. O crescimento dos SMBHs geralmente envolve dois processos principais: formação de estrelas e Acreção de gás. Esses processos ocorrem em diferentes Fases, cada uma caracterizada por padrões de crescimento e mecanismos físicos distintos.

Fases de Crescimento

O crescimento dos SMBHs e suas galáxias hospedeiras pode ser dividido em várias fases. Cada fase é definida pelo principal processo que contribui para o crescimento, como formação de estrelas ou acreção de buracos negros. Essas fases representam a evolução das galáxias e dos SMBHs ao longo do tempo, marcadas por pontos de transição específicos quando uma fase termina e outra começa.

Fase 1: Crescimento Dominado pela Formação de Estrelas

Na fase inicial, a formação de estrelas é o principal motor do crescimento da galáxia. Durante esse tempo, as galáxias passam por uma rápida formação de estrelas devido à abundância de gás em seus ambientes. A massa do SMBH nesse estágio é tipicamente pequena, resultando em uma taxa de crescimento lenta para o buraco negro em comparação à rápida formação de estrelas na galáxia.

Essa fase é crucial porque estabelece a base para o crescimento futuro. À medida que as estrelas se formam, parte do gás é transformado em buracos negros. Porém, o crescimento inicial do SMBH é limitado porque o buraco negro semente é relativamente pequeno, resultando em uma taxa de acreção lenta.

Fase 2: Crescimento Dominado pela Acreção de SMBH

Com o passar do tempo, o crescimento do SMBH começa a acelerar. Essa fase é marcada pela rápida acreção de gás, onde o SMBH cresce bem mais rápido. O crescimento do buraco negro é impulsionado pelo processo de acreção de Bondi, que depende da densidade e temperatura do gás ao redor do SMBH.

Durante essa fase, o Feedback do SMBH ativo se torna mais evidente, permitindo que ele influencie a temperatura e a pressão do gás ao redor. Essa interação faz com que parte do gás seja expelido da galáxia, o que pode desacelerar os processos de formação de estrelas.

Fase 3: Crescimento Dominado pela Autorregulação

Nessa fase, o crescimento do SMBH se torna autorregulado. Isso significa que o crescimento do buraco negro é influenciado por seus próprios processos de feedback. À medida que o SMBH continua a crescer, ele começa a impactar mais o gás ao seu redor. A energia de feedback do SMBH pode equilibrar com a energia de ligação do gás, levando a um estado de quasi-equilíbrio.

Durante essa fase, a relação entre a massa do SMBH e a massa das estrelas da galáxia começa a se estabilizar em uma relação de escala, um padrão observado em muitas galáxias. Esse mecanismo autorregulador ajuda a manter o equilíbrio, permitindo que galáxias e buracos negros evoluam juntos ao longo do tempo.

Fase 4: Crescimento Dominado por Fusões

Na fase final, o crescimento é principalmente impulsionado por fusões com outras galáxias. Essa fase ocorre após as galáxias terem sido "quenched", ou seja, pararam sua formação de estrelas in-situ. Enquanto as fusões acontecem, o material que cai no SMBH desses eventos contribui para seu crescimento.

Durante essa fase, os SMBHs em galáxias massivas tendem a crescer bastante devido às fusões, enquanto o crescimento in-situ se torna irrelevante. As fusões levam à mistura de gás e estrelas, fornecendo novo material tanto para os buracos negros quanto para as galáxias.

A Importância dos Mecanismos de Feedback

Os mecanismos de feedback são cruciais para regular o crescimento dos SMBHs. Esses mecanismos podem tanto dificultar quanto promover a formação de estrelas e o crescimento de buracos negros. Os dois principais tipos de feedback são térmico e cinético.

  • Feedback Térmico: Essa forma de feedback ocorre quando a energia do buraco negro aquece o gás ao redor, fazendo com que ele se expanda e escape da galáxia. Esse processo pode reduzir efetivamente a quantidade de gás disponível para formação de estrelas.

  • Feedback Cinético: O feedback cinético é mais impactante quando o SMBH está com uma taxa de acreção baixa. Envolve o transporte de energia para longe do buraco negro e pode empurrar o gás para fora da galáxia, reduzindo ainda mais a formação de estrelas.

Observações e Simulações

Cientistas usam simulações avançadas para estudar o crescimento dos SMBHs e das galáxias. Um projeto de simulação em destaque, conhecido como IllustrisTNG, fornece insights importantes sobre como esses sistemas evoluem. Ao rodar simulações extensas de estruturas cósmicas, os pesquisadores podem rastrear os caminhos de galáxias individuais e seus buracos negros centrais através das diferentes fases.

Os resultados dessas simulações alinham-se com dados observacionais coletados de telescópios e outros instrumentos, confirmando a existência de relações de escala entre SMBHs e suas galáxias hospedeiras. Essas relações são evidentes no universo local, onde as massas dos buracos negros e as estrelas em suas galáxias hospedeiras estão ligadas.

Fenômenos Através de Diferentes Massas

O crescimento dos SMBHs e suas galáxias não é um processo único para todos. Ele varia com base na massa dos buracos negros e das próprias galáxias. Galáxias de baixa massa muitas vezes experimentam uma influência mais significativa da formação de estrelas, enquanto galáxias massivas tendem a crescer por fusões após pararem a formação de estrelas.

As observações destacam os diferentes caminhos tomados por galáxias e seus SMBHs, revelando que cada sistema tem uma história única influenciada por fatores ambientais, condições iniciais e mecanismos de feedback.

Direções Futuras

Futuras observações e simulações continuarão a aprimorar nossa compreensão do crescimento de buracos negros e galáxias. Com os avanços na tecnologia de telescópios, especialmente o próximo Telescópio Espacial James Webb (JWST), os pesquisadores esperam explorar o universo primitivo e observar galáxias e seus buracos negros em redshift mais altos.

Essas observações fornecerão dados valiosos para testar modelos teóricos e simulações, ajudando os cientistas a entender a complexa interação entre o crescimento de buracos negros e suas galáxias associadas.

Conclusão

O crescimento de buracos negros supermassivos e suas galáxias hospedeiras é um processo dinâmico e multifacetado. Através da compreensão de fases distintas-desde o crescimento dominado pela formação de estrelas até o crescimento dominado por fusões-os cientistas podem esclarecer como essas entidades cósmicas evoluem juntas.

À medida que a pesquisa avança, simulações e observações aprimoradas aprofundarão nosso conhecimento das intrincadas relações dentro do universo, desvendando os mistérios da formação de galáxias e do crescimento de buracos negros. Esse conhecimento não só ajudará a entender o passado do universo, mas também seu futuro.

Fonte original

Título: Physical Processes Behind the Co-Evolution of Halos, Galaxies and Supermassive Black Holes in the IllustrisTNG Simulation

Resumo: We explore the co-evolution of dark matter halos, their central galaxies, and central supermassive black holes (SMBHs) using the IllustrisTNG (TNG) simulation. We find that the evolutionary histories of individual galaxies in the $M_{\rm BH}$-$M_*$ plane can be decomposed into four distinct phases, separated by three transition points. We identify the driving processes of galaxy evolution within each phase and derive the conditions necessary and sufficient for transitions to subsequent phases. The first phase is dominated by star formation, with its duration primarily determined by the mass of the SMBH seed and the surrounding gas environment. The second phase is characterized by rapid SMBH growth, and the transition to the next phase occurs when the thermal-mode feedback of active galactic nucleus (AGN) can unbind gas from the galaxy. The third phase involves self-regulation of the SMBH, and the transition to the quenched phase occurs when the kinetic-mode feedback of AGN counterbalances gas cooling within the subhalo. The final phase is dominated by mergers. We investigate the use of scaling relations among different mass components and evolutionary phases to understand processes implemented in TNG and other simulations, and discuss how current and forthcoming observations can be used to constrain models.

Autores: Hao Li, Yangyao Chen, Huiyuan Wang, Houjun Mo

Última atualização: 2024-09-10 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.06208

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.06208

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao arxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

Mais de autores

Artigos semelhantes