Desvendando o Mistério das Galáxias em Disco
Uma imersão na formação de galáxias em forma de disco na universo.
Silvio Rodriguez, Valeria A. Cristiani, Laura V. Sales, Mario G. Abadi
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Índice
- Seleção de Galáxias
- Características das Galáxias em Disco
- Evidências Observacionais e Conflito com a Teoria
- A Formação e Evolução das Galáxias em Disco
- Análise da Estrutura da Galáxia
- Densidade de Massa Estelar e Morfologia
- Taxas de Formação de Estrelas e Perfis de Luminosidade
- Halo de Matéria Escura e Morfologia
- Fusões e Seu Impacto
- Tempo e Frequência de Fusões
- O Desenvolvimento do Disco
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Galáxias em disco são um tipo importante de galáxia no universo, caracterizadas por seus discos planos e rotativos de estrelas e gás. Essas galáxias podem ser difíceis de explicar completamente, especialmente dentro de uma teoria chamada Matéria Escura fria (CDM), que sugere que as galáxias crescem principalmente por fusões. Porém, muitas galáxias em disco existem sem protuberâncias significativas, levantando questões sobre como elas se formaram e evoluíram.
Aqui, a gente quer entender como as galáxias dominadas por disco surgem no contexto da CDM. Vamos analisar dados de uma grande simulação de computador que modela a formação de galáxias, chamada Illustris TNG100. Nosso foco é em um grupo específico dessas galáxias que têm bem pouco massa nas suas partes de bulge, que vamos chamar de "galáxias quase-disco". Para dar uma perspectiva melhor, vamos comparar elas com outros tipos de galáxias que têm bulges mais substanciais e aquelas que têm apenas estruturas parecidas com bulges.
Seleção de Galáxias
Os dados para nossa análise vêm da simulação Illustris TNG100, que inclui uma ampla gama de tipos de galáxias. Essa simulação permite que a gente explore como as galáxias se formam e evoluem ao longo do tempo, usando uma área do tamanho de uma caixa que inclui matéria escura e gás, entre outros componentes.
Vamos identificar e estudar três tipos de galáxias com base na sua estrutura. O primeiro grupo inclui nossas galáxias quase-disco, que têm menos que uma certa porcentagem da sua massa em bulges. O segundo grupo consiste em galáxias com uma quantidade média de bulge, enquanto o terceiro grupo inclui aquelas com formas predominantemente esferoidais e estruturas de disco mínimas. Essa seleção cuidadosa vai ajudar a entender como diferentes quantidades de bulge influenciam a estrutura geral e a história de formação das galáxias.
Características das Galáxias em Disco
As propriedades das galáxias em disco são diferentes das dominadas por bulges ou das esferoidais. Especificamente, galáxias em disco tendem a ter taxas de Formação de Estrelas mais altas e estrelas mais jovens em comparação com suas contrapartes com bulge. Curiosamente, o modo como essas galáxias se formam e evoluem não está apenas ligado à rotação do halo de matéria escura, como sugerido em pesquisas anteriores.
Nossa análise revela que as galáxias em disco são geralmente encontradas em halos de matéria escura menos massivos em comparação com as galáxias esferoidais. A eficiência das galáxias em disco em reter e compactar seu gás contribui significativamente para sua estrutura e formação. Em média, fusões têm um papel menor na construção de discos do que nas galáxias esferoidais, embora haja uma grande variação. Algumas galáxias quase-disco têm uma parte significativa das suas estrelas de fontes acumuladas, indicando que suas histórias podem ser complexas.
A formação das estruturas em disco geralmente começa cedo na vida de uma galáxia, com uma diminuição notável no movimento vertical ocorrendo há vários bilhões de anos. As estruturas em disco mais bem suportadas se desenvolvem em halos com massa menor e uma distribuição bem alinhada de momento angular.
Evidências Observacionais e Conflito com a Teoria
A presença de galáxias em disco levanta questões dentro do modelo CDM. Segundo esse modelo, as galáxias crescem por fusões, sugerindo que galáxias puramente em disco deveriam ser raras. No entanto, estudos observacionais indicam que uma proporção significativa de grandes galáxias em nosso universo não tem bulges e, em vez disso, possui discos bem definidos.
Essa desconexão entre teoria e observação provoca investigações sobre como galáxias em disco podem manter suas rotações ordenadas em meio aos processos caóticos de montagem de massa. Enquanto vários fatores podem contribuir para o crescimento e estrutura dos bulges-como fusões e dinâmica do gás-manter um disco estável parece ser mais desafiador.
Muitas simulações já previam frações de massa em disco menores do que o que é observado. O contraste entre as populações de disco observadas e simuladas destaca a necessidade de uma compreensão melhor dos efeitos da resolução numérica e do tratamento de processos baryônicos nas simulações.
A Formação e Evolução das Galáxias em Disco
Em vez de focar apenas em se as simulações atuais produzem galáxias em disco suficientes, a gente examina os mecanismos que levam à formação dos discos mais suportados pela rotação. Nossas galáxias quase-disco mostram menos que uma porcentagem especificada da sua massa em componentes de bulge. Para uma análise mais completa, também incluímos dois grupos de controle: um com contribuições de bulge intermediárias e outro que é predominantemente esferoidal.
Análise da Estrutura da Galáxia
Para avaliar a estrutura dessas galáxias, usamos um método conhecido como decomposição dinâmica. Essa técnica nos permite distinguir entre componentes de bulge e disco com base nas propriedades orbitais das partículas estelares. Uma medida chamada circularidade ajuda a identificar partículas estelares que se movem em caminhos circulares associados a discos em comparação com aquelas que seguem órbitas diferentes, indicativas de bulges.
Usando esses métodos, descobrimos que a amostra quase-disco tem circularidades bem agrupadas, refletindo discos bem definidos, enquanto galáxias dominadas por esferóides não têm essas características. As diferenças na estrutura podem ser observadas em visões de frente e de lado das galáxias.
Densidade de Massa Estelar e Morfologia
Analisamos a relação entre massa estelar e a razão de massa esferoidal para a massa estelar total em nossas amostras. As galáxias quase-disco são marcadas por suas componentes esferoidais insignificantes, enquanto a amostra intermediária mostra uma influência de bulge mais considerável. Essas descobertas enfatizam a importância de entender a distribuição das massas estelares em relação à morfologia da galáxia.
Mapas de densidade de massa estelar revelam Morfologias distintas em nossas amostras, com galáxias quase-disco exibindo estruturas regulares. As distribuições de circularidade apoiam ainda mais essas observações, mostrando que galáxias dominadas por esferoides são predominantemente compostas por estrelas não rotacionadas.
Taxas de Formação de Estrelas e Perfis de Luminosidade
Ao analisar as taxas de formação de estrelas em nossas amostras, descobrimos que galáxias quase-disco e intermediárias tendem a ser mais ativas na formação de estrelas do que as galáxias esferoidais. Essas diferenças na formação de estrelas são refletidas em seus respectivos perfis de luminosidade. Galáxias em disco exibem perfis de luz mais planos, enquanto galáxias dominadas por esferoides tendem a ter perfis mais íngremes, consistentes com sua natureza quiescente.
Nossa análise indica que as diferenças observadas alinham-se com expectativas baseadas na morfologia das galáxias. As amostras quase-disco mostram formação ativa de estrelas e perfis de luminosidade mais planos, reforçando a conexão entre morfologia e atividade de formação estelar.
Halo de Matéria Escura e Morfologia
Para entender melhor como a morfologia de uma galáxia se relaciona com seu halo de matéria escura, estudamos a rotação do halo e as distribuições de massa entre os diferentes tipos de galáxia. Nossos resultados indicam que a rotação do halo não é um preditor confiável da morfologia para as galáxias em nossa amostra. No entanto, observamos diferenças significativas nas massas dos halos, com galáxias quase-disco encontradas em halos menos massivos.
Essa disparidade sugere que os processos necessários para formar galáxias dominadas por disco podem diferir fundamentalmente daqueles que levam a galáxias dominadas por esferoides. No geral, as tendências observadas indicam que galáxias em disco são mais eficientes em converter matéria baryônica em estrelas do que suas contrapartes esferoidais.
Fusões e Seu Impacto
Investigar o papel das fusões na formação de galáxias revela uma relação complexa. Nossas descobertas mostram que galáxias dominadas por esferoides têm frações de massa acumulada mais altas, como esperado, dado seu histórico de formação envolvendo fusões mais frequentes. Em contraste, galáxias quase-disco muitas vezes evitam fusões em sua história recente, permitindo que mantenham suas estruturas dominadas por disco.
Embora as tendências médias indiquem que fusões são mais comuns em galáxias dominadas por esferoides, há uma variação significativa. Algumas galáxias quase-disco têm altas frações de estrelas acumuladas, sugerindo que os processos de formação não são tão simples quanto se poderia supor.
Tempo e Frequência de Fusões
Exploramos como as fusões se distribuem ao longo do tempo entre diferentes tipos de galáxias. Nossos achados revelam que galáxias quase-disco têm um pico de atividade de fusão há vários bilhões de anos, enquanto galáxias dominadas por esferoides experimentam uma distribuição mais uniforme de fusões ao longo de suas vidas. A natureza dessas fusões, incluindo suas razões de massa, também varia, com galáxias dominadas por esferoides passando principalmente por fusões menores.
Essas percepções sublinham a importância de entender o tempo e o impacto das fusões na evolução morfológica das galáxias. Elas destacam uma tendência em galáxias quase-disco de evoluírem mais devagar, evitando eventos de fusão significativos que poderiam desestabilizar sua estrutura.
O Desenvolvimento do Disco
Examinar a evolução da estrutura do disco revela que galáxias quase-disco têm tamanhos maiores e menor dispersão na velocidade vertical em comparação com galáxias dominadas por esferoides. Isso sugere que a formação de discos desempenha um papel crucial na modelagem da estrutura geral das galáxias.
Ao analisar as idades das estrelas dentro das galáxias quase-disco, vemos que uma parte significativa começou a se formar em órbitas circulares muito antes do que se pensava anteriormente. Isso indica que os processos necessários para a formação de discos estavam ativos muito antes das galáxias alcançarem seus estados atuais.
Conclusão
Nosso trabalho ilumina as complexidades da formação de galáxias dentro de um framework de CDM, focando no desenvolvimento de galáxias quase-disco. Essas galáxias exibem características únicas resultantes de uma formação estelar eficiente e de dinâmicas de gás bem alinhadas. Ao entender seus processos de formação, podemos captar melhor as implicações mais amplas para as galáxias em disco dentro do universo.
As percepções obtidas a partir de simulações como a Illustris TNG100 são cruciais para avançar nossa compreensão da formação de galáxias. Nossas descobertas não apenas enfatizam a importância da estrutura e morfologia, mas também sugerem que os processos que levam à formação de galáxias em disco podem ser mais sutis do que se acreditava anteriormente. Seguindo em frente, mais pesquisas serão essenciais para preencher as lacunas em nossa compreensão e enfrentar os desafios impostos pela diversidade de tipos de galáxias no cosmos.
Título: The assembly of the most rotationally supported disc galaxies in the TNG100 simulations
Resumo: Disc dominated galaxies can be difficult to accommodate in a hierarchical formation scenario like $\Lambda$CDM, where mergers are an important growth mechanism. However, observational evidence indicates that these galaxies are common. We seek to characterise the conditions that lead to the formation of disc dominated galaxies within $\Lambda$CDM. We use dynamical decomposition in all galaxies with stellar mass $M_*=[10^{10} \rm - 10^{11}]\; \rm M_\odot$ within the simulation Illustris TNG100. We select a sample of 43 mostly-disc galaxies having less than $\sim 10\%$ of their mass into a bulge component. For comparison, we also study two additional stellar-mass matched samples: 43 intermediate galaxies having $\sim 30\%$ of their mass in the bulge and 43 with purely spheroidal-like morphology. We find that the selection based on stellar dynamics is able to reproduce the expected stellar population trends of different morphologies, with higher star-formation rates and younger stars in disc-dominated galaxies. Halo spin seems to play no role in the morphology of the galaxies. At fixed $M_*$, our mostly-disc and intermediate samples form in dark matter haloes that are $2$-$10$ times less massive than the spheroidal sample, highlighting a higher efficiency in disc galaxies to retain and condensate their baryons. On average, mergers are less prevalent in the build up of discs than in spheroidal galaxies, but there is a large scatter, including the existence of mostly-disc galaxies with $15\%$-$30\%$ of their stars from accreted origin. Discs start forming early on, settling their low vertical velocity dispersion as early as $9$-$10$ Gyr ago, although the dominance of the disc over the spheroid gets established more recently ($3$-$4$ Gyr ago). The most rotationally supported discs form in haloes with the lowest mass in the sample and best aligned distribution of angular momentum in the gas.
Autores: Silvio Rodriguez, Valeria A. Cristiani, Laura V. Sales, Mario G. Abadi
Última atualização: 2024-09-11 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.07553
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.07553
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/
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