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# Física# Astrofísica das Galáxias

Investigando o Gás Faltando nas Galáxias

Pesquisas jogam luz sobre o gás esquivo que rodeia as galáxias.

Li Ma, Ziwen Zhang, Huiyuan Wang, Xufen Wu

― 8 min ler


Mistério do Gás GalácticoMistério do Gás GalácticoDesvendadodistribuição de gás na galáxia.Novo estudo revela segredos da
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No nosso universo, as galáxias são formadas por diferentes tipos de matéria. Isso inclui estrelas, gás e uma parte que a gente não consegue ver, chamada de matéria escura. Enquanto as estrelas são fáceis de observar, o gás pode ser mais complicado. Estamos tentando entender onde está o gás que está faltando, que é um assunto importante pra entender como as galáxias se formam e evoluem.

O Problema do Gás Faltando

Muitos estudos mostram que nem todo o gás que a gente espera ver nas galáxias realmente está lá. Isso é conhecido como o problema dos "bariões faltantes". Bariões são partículas que compõem a matéria normal, que inclui átomos. Apenas uma pequena fração desses bariões pode ser encontrada nas partes visíveis das galáxias. Isso levanta perguntas sobre onde o resto está.

Entendendo os Halos de Gás

As galáxias são cercadas por gás que pode estar em duas formas principais: gás quente e gás frio. O gás quente geralmente está em um estado difuso e pode ser bastante extenso, enquanto o gás frio é muitas vezes encontrado em regiões mais densas. A presença desse gás é importante porque pode influenciar como as galáxias giram e se comportam.

O Papel da Gravidade

A forma como as galáxias se mantêm unidas se deve em grande parte à gravidade. Os cientistas usam diferentes métodos para medir como a gravidade funciona nas galáxias. Uma teoria bem aceita nessa área é a Dinâmica Newtoniana Modificada (MOND). Segundo a MOND, o movimento de uma galáxia pode ser explicado apenas pela quantidade de matéria visível, sem precisar invocar matéria escura.

Usando Lente Fraca e Cinemática de Satélites

Para estudar a massa do gás nas galáxias, olhamos pra dois métodos: lente fraca e cinemática de satélites.

  • Lente Fraca: Esse método envolve observar como a luz de galáxias distantes é dobrada quando passa perto de uma galáxia massiva. A quantidade de dobra pode nos dizer sobre a massa daquela galáxia, incluindo seus componentes gasosos.

  • Cinemática de Satélites: Isso envolve observar os movimentos de galáxias menores (satélites) que orbitam ao redor de uma galáxia central. Estudando suas velocidades, conseguimos entender melhor a massa da galáxia central.

Os Estudos sobre Galáxias Centrais

Examinamos várias galáxias centrais a partir de um catálogo criado por uma pesquisa significativa. Essas galáxias foram categorizadas em diferentes grupos com base em se estão ativamente formando estrelas ou se estão mais quietas.

Durante nossa análise, descobrimos que os halos de gás em torno dessas galáxias geralmente correspondiam a um modelo bem conhecido. Em outras palavras, a densidade de gás quente que encontramos ao redor delas seguia um padrão que é frequentemente visto em outras galáxias.

Eficiência de Conversão de Gás

Quando observamos galáxias formadoras de estrelas, descobrimos que a eficiência de como o gás se transforma em estrelas é geralmente alta. Isso significa que uma grande parte do gás disponível está sendo usada para criar novas estrelas. Em contraste, galáxias que não estão ativamente formando estrelas tinham uma eficiência menor.

Medições de Massa de Gás

Usando a cinemática de satélites, também calculamos a massa do gás com base nos movimentos dessas galáxias menores. Descobrimos que os dois métodos que usamos - lente fraca e cinemática de satélites - concordavam muito bem entre si. Essa forte concordância sugere que podemos confiar nas nossas medições da massa de gás nessas galáxias centrais.

Técnicas Observacionais

Pra realizar nossa pesquisa, utilizamos dados de várias pesquisas que rastreiam como as galáxias se comportam. As observações nos permitiram estimar a distribuição de gás dentro e ao redor dessas galáxias. Focamos em entender como o gás frio e o gás quente se comportam de forma diferente.

A Importância do Gás HI

O gás HI, ou hidrogênio neutro, é um componente crucial em muitas galáxias, especialmente em distâncias maiores do núcleo. Descobrimos que esse gás desempenha um papel importante na formação da rotação das galáxias.

Quando olhamos pro gás HI nas galáxias, observamos que as curvas de rotação tendem a se manter planas mesmo a maiores distâncias. Isso significa que o gás está influenciando o movimento da galáxia mais do que se pensava inicialmente.

Gás Frio vs Gás Quente

Os dois tipos de gás, frio e quente, são significativos nos nossos estudos. O gás frio é particularmente importante para a formação de estrelas, enquanto o gás quente pode fornecer insights sobre a massa total e o bem-estar gravitacional das galáxias.

Observamos que em muitas galáxias, a maior parte do gás frio está encontrada nas regiões centrais, enquanto o gás HI se torna mais proeminente em raios maiores. Isso nos diz como o gás se comporta de maneira diferente dependendo de sua localização na galáxia.

O Papel das Emissões de Raios-X

Além de olhar pro gás, usamos emissões de raios-X do gás quente na nossa pesquisa. Esse tipo de gás pode ser encontrado ao redor das galáxias e pode ser estudado por meio de observações de raios-X. Os padrões de raios-X podem revelar detalhes importantes sobre quanto gás quente existe dentro e ao redor das galáxias.

Desafios em Entender a Matéria Escura

A matéria escura é uma substância misteriosa que compõe uma parte significativa da massa do universo, mas não emite luz ou energia. Muitos modelos, incluindo a estrutura comumente aceita da Matéria Escura Fria (CDF), sugerem que as galáxias são cercadas por halos de matéria escura.

Entretanto, há desafios ao tentar reconciliar observações com a existência da matéria escura. Alguns estudos mostraram que certos aglomerados de galáxias não se conformam bem com as previsões da matéria escura, tornando isso uma área controversa.

A Perspectiva da MOND

Em contraste com a CDF, a MOND sugere que os efeitos gravitacionais que observamos poderiam ser explicados sem precisar de matéria escura. Os resultados dos nossos estudos apoiam a MOND, mostrando que as distribuições de bariões podem explicar o que vemos nas galáxias.

Passando da Teoria pra Prática

Os resultados obtidos a partir do nosso estudo mostraram uma forte concordância entre lente fraca e cinemática de satélites. Isso valida que a lente fraca pode medir de forma confiável a massa do gás nas galáxias centrais.

As percepções adquiridas a partir de ambos os métodos nos permitem ter uma ideia mais clara da distribuição de gás e como isso se relaciona com a dinâmica das galáxias. Esperamos que os esforços observacionais em andamento ajudem a resolver as questões em torno dos bariões faltantes e o papel da matéria escura.

Observações Futuras

Daqui pra frente, observações mais precisas do gás nas galáxias serão necessárias. Estudos futuros devem focar em coletar mais dados, especialmente sobre emissões de raios-X do gás quente em diversos ambientes cósmicos.

Com o avanço da tecnologia, esperamos uma compreensão mais clara do comportamento do gás nas galáxias. Esse conhecimento vai aprofundar nossa compreensão sobre a formação e evolução das galáxias.

Conclusão

Em conclusão, a interação entre estrelas, gás e matéria escura é uma parte intrincada da compreensão das galáxias. Ao empregar métodos como lente fraca e estudar os movimentos de satélites, ganhamos insights valiosos sobre a distribuição de gás.

As descobertas apoiam a ideia de que muito pode ser entendido apenas com as massas bariônicas, mesmo na ausência de matéria escura. A exploração dessas estruturas cósmicas continua, e cada descoberta nos aproxima de resolver alguns dos maiores mistérios do universo sobre as galáxias.

Fonte original

Título: Measuring Mass of Gas in Central Galaxies using weak lensing and satellite kinematics in MOND

Resumo: In Milgrom's modified Newtonian dynamics (MOND) framework, the dynamical mass of a galaxy is fully determined by its baryonic matter distribution. We fit the distribution of cold and hot gas halos, focusing on hot gas, around SDSS central galaxies using weak lensing signals from the DECaLS survey in MOND. The central galaxies are classified into two samples, the total galaxies and star-forming galaxies. We find that hot gas halo densities nearly follow Plummer's profile for both samples across all mass bins. The rotation curves of the galaxy samples are also demonstrated. The efficiency of converting gas into stars, $M_*/(M_* + M_{\rm g})$, is between 0.3 and 0.8 in all mass bins of the star-forming sample, which is higher than in the total sample. We also calculate gas mass using the satellite kinematics method in MOND. A constant, mildly radial anisotropy or isotropy in satellite motion leads to good agreement between the satellite kinematics and weak lensing methods. Combining both methods, we observe a baryonic mass to line-of-sight velocity dispersion of satellites ($M_{\rm b}$-$\sigma_{\rm s}$) relation. In addition, we examine more sophisticated models in MOND, including external field effects and Osipkov-Merritt anisotropy profiles, and find them unnecessary. A simple, mildly radial constant anisotropic model or an isotropic model, even when isolated, already aligns with observations. The strong concordance between the two methods suggests that weak lensing signals reliably measure the dynamical mass of central galaxies and can constrain the distribution of missing baryons in galaxy clusters.

Autores: Li Ma, Ziwen Zhang, Huiyuan Wang, Xufen Wu

Última atualização: 2024-09-20 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.13329

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.13329

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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