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# Ciências da saúde# Endocrinologia

Gerenciando a Ansiedade do Açúcar no Sangue em Atletas de Elite com Diabetes Tipo 1

Entendendo como os atletas lidam com os desafios do açúcar no sangue durante as competições.

Alexandra Katz, A. Shulkin, M.-A. Fortier, J. E. Yardley, J. Kichler, A. Housni, M. Talbo, R. Rabasa-Lhoret, A.-S. Brazeau

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Índice

Pessoas com diabetes tipo 1 (T1D) treinam pra caramba e competem em vários esportes, até em nível olímpico. Mas, eles enfrentam um monte de desafios pra se manter ativos por causa de como a T1D afeta os níveis de açúcar no sangue. A T1D é uma condição onde o pâncreas não produz Insulina, que é super importante pra regular o açúcar no sangue. Controlar o açúcar pode ser complicado, especialmente durante os exercícios. Fatores como estresse, o tipo de comida que ingerem antes da competição e a intensidade do treino influenciam muito como o açúcar se comporta. Se não for bem administrado, o açúcar pode subir demais (hiperglicemia) ou cair muito (hipoglicemia), e os dois podem prejudicar o desempenho.

Focando na Hipoglicemia e Hiperglicemia

Atletas com T1D costumam se preocupar mais com o açúcar baixo durante a atividade física. O açúcar baixo pode causar sintomas como confusão, dor de cabeça e tontura, que atrapalham a concentração e o desempenho. Mas, o açúcar alto também é um problema. Altos níveis podem causar sintomas como falta de ar, sede excessiva ou fadiga, afetando o quão bem os atletas se saem.

Embora já tenha sido estudado bastante o medo do açúcar baixo durante os exercícios, ainda tem pouca pesquisa sobre a ansiedade relacionada ao açúcar alto. O açúcar alto geralmente é visto como um problema a longo prazo, levando a uma menor consciência sobre seus efeitos imediatos nos atletas. No entanto, o estresse da competição pode levar a picos de açúcar no sangue por causa da liberação de hormônios como a adrenalina. Isso é especialmente verdade para atletas de elite, que frequentemente vivenciam altos níveis de estresse relacionado ao desempenho. As orientações atuais sobre como gerenciar o diabetes não atendem especificamente às necessidades únicas de atletas competitivos, o que pode dificultar a preparação deles para os eventos.

A Necessidade de Tratamento Personalizado

Um estudo recente destaca a necessidade de programas de tratamento personalizados para atletas de elite com T1D. Esses programas devem abordar tanto os efeitos físicos do diabetes durante a competição quanto o estresse mental causado pelo medo dos altos níveis de açúcar no sangue. Este estudo visou entender mais sobre como o medo do açúcar alto afeta a competição e o gerenciamento do diabetes, além das estratégias que os atletas usam pra lidar com esse medo.

Métodos do Estudo e Detalhes dos Participantes

Pra explorar esses tópicos, os pesquisadores entrevistaram atletas de elite com mais de 14 anos, diagnosticados com T1D há mais de um ano, e que relataram sentir ansiedade sobre o açúcar alto durante a competição. Participantes com outros transtornos de ansiedade não foram incluídos. Atletas de elite foram definidos como aqueles que treinam mais de 10 horas por semana. No total, 10 atletas (cinco homens e cinco mulheres) participaram do estudo, com uma idade média de 25 anos. Eles praticavam vários esportes, incluindo patinação de velocidade e basquete.

Sintomas da Hiperglicemia

Durante as entrevistas, os atletas falaram sobre vários sintomas que sentem quando o açúcar no sangue sobe demais. Esses sintomas incluíam irritabilidade, cãibras musculares, sede excessiva, visão turva e tempos de reação mais lentos. Esses sintomas podem ser bem desafiadores durante as competições, onde pensar rápido e ter bons reflexos é crucial. Muitos atletas notaram que treinos intensos poderiam piorar a sensação de fadiga e dificultar a concentração.

Estresse e Níveis de Açúcar no Sangue

Os atletas identificaram uma conexão forte entre estresse e altos níveis de açúcar no sangue. Muitos relataram que o açúcar no sangue costuma subir antes e durante as competições. Isso pode criar um ciclo ruim, onde a ansiedade sobre o açúcar alto aumenta o estresse, agravando ainda mais o problema. A preocupação constante em alcançar níveis ideais de açúcar acrescentava um peso mental extra.

Ansiedade Relacionada ao Açúcar Alto

Os efeitos na saúde mental do açúcar alto também foram significativos. Muitos atletas descreveram o estresse contínuo de querer que o açúcar no sangue esteja perfeito pra ter um desempenho ideal. Essa preocupação pode invadir os pensamentos, dificultando a concentração no esporte. O medo de não se sair bem por causa do açúcar alto criava uma carga mental adicional, especialmente quando se sentiam incapazes de discutir suas preocupações com os companheiros de equipe que talvez não entendessem.

Estratégias Atuais pra Gerenciar a Ansiedade do Açúcar Alto

Os atletas compartilharam várias estratégias que usam pra gerenciar o açúcar alto e a ansiedade durante as competições:

1. Insulina e Nutrição

Muitos atletas ajustam a ingestão de insulina antes das competições pra ajudar a evitar o açúcar alto. Eles discutiram a importância de planejar as refeições, focando no equilíbrio certo entre carboidratos e proteínas pra evitar picos. Ficar hidratado foi enfatizado, já que isso pode ajudar no controle do açúcar.

2. Redes de Apoio

Ter uma rede de apoio forte é fundamental. Muitos atletas mencionaram a importância de trabalhar com profissionais de saúde que entendam suas necessidades únicas. Consultas regulares com médicos e nutricionistas podem ajudar a ajustar as estratégias de controle do diabetes. Além disso, o apoio de familiares e amigos desempenha um grande papel no bem-estar geral deles.

3. Preparação Mental

Muitos atletas praticam técnicas mentais como meditação pra ajudar a gerenciar a ansiedade. Preparar a mente pra competição mostrou estabilizar os níveis de açúcar no sangue. Definir metas também foi mencionado como uma ferramenta útil, embora os atletas alertassem contra se sobrecarregar com muitas metas de uma vez. Eles preferiam focar em seu desempenho ao invés de no controle do diabetes durante as competições.

4. Exercício Aeróbico

Alguns atletas incorporam exercícios aeróbicos antes das competições pra ajudar a baixar os níveis de estresse e estabilizar o açúcar. Isso pode incluir atividades como caminhar ou correr pra se preparar física e mentalmente pros eventos.

Desenvolvendo Estratégias de Apoio Adicionais

O estudo enfatizou a necessidade de melhores sistemas de apoio para atletas com T1D. Os atletas expressaram o desejo de mais conexões comunitárias, onde pudessem compartilhar experiências e estratégias com outros que enfrentam desafios parecidos. A educação pra treinadores e equipe técnica é crucial pra ajudar a entender melhor como apoiar atletas com diabetes.

Tecnologia e Recursos

Os atletas comentaram que tecnologias mais novas, como sistemas que ajustam automaticamente a insulina com base nos níveis de atividade, ajudariam bastante no controle do diabetes. No entanto, eles notaram que as tecnologias atuais podem ser caras e, às vezes, difíceis de usar durante as competições.

Conclusão

Abordar a ansiedade relacionada ao açúcar alto em atletas de elite com T1D requer uma abordagem multifacetada. Isso inclui refinar as estratégias atuais, desenvolver recursos personalizados e aprimorar os sistemas de apoio pros atletas. É essencial atender às necessidades específicas de cada atleta pra garantir que eles consigam competir de forma eficaz enquanto gerenciam seu diabetes. Pesquisas futuras devem se concentrar em criar recursos e apoios personalizados pras atletas, incluindo mais conscientização e programas educacionais sobre o gerenciamento do diabetes no âmbito dos esportes competitivos.

Fonte original

Título: Strategies to Reduce Hyperglycemia-Related Anxiety in Elite Athletes with Type 1 Diabetes: A Qualitative Analysis

Resumo: ObjectiveManaging blood glucose levels is challenging for elite athletes with type 1 diabetes (T1D) as competition can cause unpredictable fluctuations. Hyperglycemia-related anxiety (HRA) likely affects performance and diabetes management, but research is limited. This study investigates current strategies employed to mitigate HRA during competition and the development of alternative approaches. Research Design and MethodsElite athletes with TID, aged >14 who self-reported HRA during competition were recruited. Elite athletes were defined as individuals exercising >10 hours per week whose athletic performance has achieved the highest competition level. 60 to 90-minute virtual semi-structured interviews were analyzed using an Interpretative Phenomenological Analysis. ResultsTen elite athletes with T1D (average age 25 {+/-} 3 years; T1D duration 12 {+/-} 8 years; # of competitions per year 27 {+/-} 19; training time per week 12 {+/-} 6 hours) reported the strategies they currently use to mitigate HRA. These strategies include managing insulin and nutrition intake, embracing social support networks, using technology, practicing relaxation techniques, establishing routines, performing pre-competition aerobic exercise, and maintaining adequate sleep hygiene. Several additional approaches that could be implemented were identified including establishing targeted support networks, developing peer-reviewed resources on HRA, ensuring support teams have sufficient tools, and improving existing technology. ConclusionsElite athletes with T1D use physiological and psychological strategies to mitigate HRA during competition. This finding highlights the need for increased support and education for these athletes, and advancements in technology. Targeted strategies and personalized approaches are also needed to optimize performance and diabetes management in this population.

Autores: Alexandra Katz, A. Shulkin, M.-A. Fortier, J. E. Yardley, J. Kichler, A. Housni, M. Talbo, R. Rabasa-Lhoret, A.-S. Brazeau

Última atualização: 2024-10-19 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.19.24315806

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.19.24315806.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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