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# Ciências da saúde # Malattie infettive (eccetto HIV/AIDS)

Como os vírus se espalham nas escolas primárias

Um estudo revela informações importantes sobre a transmissão de vírus entre alunos do ensino fundamental.

Setsuya Kurahashi, S. Kikuchi, K. Nakajima, Y. Kato, T. Takizawa, J. Sugiyama, T. Mukai, Y. Kakizawa

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Estudo sobre a propagação Estudo sobre a propagação do vírus nas escolas entre os estudantes mais jovens. Pesquisa analisa como vírus se espalham
Índice

Todo ano, muita gente ao redor do mundo fica doente por causa de vírus que afetam o sistema respiratório. Esses vírus podem causar problemas sérios de saúde e até levar à morte. Além disso, eles geram altos custos econômicos para a sociedade. Às vezes, rolam pandemias, que são surtos de doenças espalhados, como a pandemia de COVID-19 e o surto de gripe H1N1 em 2009. Essas pandemias bagunçam a rotina diária e prejudicam as economias.

Os vírus se espalham de duas maneiras principais. A primeira é através de gotículas, que são pequenas gotas de líquido que saem quando uma pessoa tosse, espirra ou fala. Essas gotículas podem ser grandes ou pequenas. A segunda forma é pelo contato com superfícies que têm o vírus. Isso acontece quando alguém toca em algo que está contaminado, seja diretamente ou indiretamente.

As escolas são lugares onde os vírus se espalham fácil, porque alunos e professores estão sempre perto uns dos outros. Quando alunos do ensino fundamental ficam doentes, eles podem passar o vírus para suas famílias e comunidades. Por isso, é muito importante estudar como os vírus se espalham nas escolas para evitar surtos.

Coleta de Dados nas Escolas

Para estudar a Transmissão do vírus nas escolas de ensino fundamental, os pesquisadores precisam coletar informações sobre os comportamentos dos alunos em relação à interação deles. Para a transmissão por gotículas, eles precisam saber quanto tempo os alunos ficam conversando uns com os outros. Para a transmissão por contato, precisam saber quais itens os alunos tocam e com que frequência. Algumas pesquisas anteriores usaram questionários para coletar essas informações, mas os questionários não conseguem captar todos os detalhes do que os alunos realmente fazem. Outros estudos usaram sensores vestíveis, mas esses só detectam quando os alunos estão perto uns dos outros, não quando estão conversando.

Nesse estudo, os pesquisadores usaram gravações de vídeo para entender melhor os comportamentos dos alunos. Eles registraram como os alunos se comunicavam e quais itens tocavam. Observaram as conversas e os comportamentos de contato entre os alunos. Analisando os padrões de Comunicação e os itens em contato, os pesquisadores tentaram prever como os vírus poderiam ser transmitidos na escola.

Observação e Anotação

O estudo rolou em uma escola de ensino fundamental em Tóquio, envolvendo uma turma de 30 alunos entre 9 e 10 anos. Os pesquisadores usaram várias câmeras para gravar os alunos durante um período de quatro dias em dezembro de 2022. Eles focaram nos intervalos entre as aulas, quando os alunos estavam mais propensos a interagir. Para proteger a privacidade dos alunos, uma organização externa revisou os vídeos e borrifou os rostos dos alunos antes da análise dos dados.

Os comportamentos de comunicação foram categorizados em diferentes tipos: conversas, contato físico e momentos em que ambos aconteceram. Os pesquisadores anotaram quando a comunicação começou, quem iniciou, quanto tempo durou e quais alunos estavam envolvidos.

Para os comportamentos de contato, eles notaram quando um aluno tocava em um item e de quem era esse item. Os pesquisadores registraram se o aluno estava sozinho ou com outros durante esses Contatos. Eles mapearam a sala de aula e os corredores para entender o contexto dessas interações.

Padrões de Comunicação

Depois, os pesquisadores criaram uma rede com base nos comportamentos de comunicação dos alunos. Eles acompanharam quem falou com quem durante o período de observação. Essa rede ajuda a ilustrar como os alunos interagem uns com os outros. Descobriram que alguns alunos se comunicavam mais com certos colegas, enquanto outros tinham interações menos frequentes.

Ao analisar os padrões de comunicação, os pesquisadores perceberam que a maioria das interações era curta e não muito frequente. Essa descoberta aponta para a diversidade na comunicação entre os alunos. Em alguns casos, um aluno pode iniciar uma conversa, mas o outro aluno pode não responder da mesma forma, levando a uma dinâmica de comunicação desigual.

Identificando Riscos de Infecção

Os pesquisadores calcularam o risco de infecção por gotículas com base na duração das conversas. Eles descobriram que a probabilidade de um aluno se infectar com o vírus aumentava com conversas mais longas, especialmente se um portador do vírus estivesse envolvido.

Em termos de comportamentos de contato, os pesquisadores observaram quais itens eram tocados e com que frequência. Eles descobriram que certos itens, como mesas e portas, tinham um alto número de contatos. Isso sugere que esses itens poderiam ser significativos na propagação do vírus, especialmente se uma pessoa infectada tivesse contato com eles.

Análise de Micro-Simulação

Para simular e entender o potencial de transmissão do vírus, os pesquisadores realizaram uma micro-simulação com base nos comportamentos de contato observados. Eles assumiram que um aluno portador do vírus estava presente e registraram quantas cópias do vírus poderiam ser transferidas para várias superfícies.

Durante as simulações, os itens que os alunos tocavam com frequência foram identificados como potenciais "fômites", ou superfícies que poderiam carregar o vírus. Os pesquisadores acompanharam quantas cópias do vírus foram transferidas quando um aluno tocou nesses itens após contato com uma pessoa infectada.

Os resultados mostraram que itens como mesas, mesas de serviço e portas tinham taxas de contato mais altas, indicando que poderiam ajudar a espalhar o vírus. As simulações demonstraram que um grande número de cópias do vírus poderia ser transmitido por apenas um item, destacando a importância de limpar e desinfetar superfícies que são muito usadas nas escolas.

Conclusão

Esse estudo traz insights valiosos sobre como os vírus se espalham nas escolas de ensino fundamental através de comportamentos de comunicação e contato. As descobertas ressaltam a importância de entender as interações entre os alunos para criar estratégias eficazes de redução da transmissão do vírus.

Analisando os padrões de comunicação e os comportamentos de contato, os pesquisadores conseguem identificar itens e interações de alto risco. Essa compreensão pode ajudar as escolas a desenvolverem melhores medidas de controle de infecções, como aumentar a conscientização sobre a higiene das mãos e a desinfecção de superfícies.

No geral, essa pesquisa contribui para o conhecimento sobre doenças infecciosas nas escolas e pode informar esforços futuros para prevenir surtos de COVID-19 e outros vírus entre os alunos.

Fonte original

Título: Quantification of droplet and contact transmission risks among elementary school students based on network analyses using video-recorded data

Resumo: Elementary schools are environments in which immunologically immature students come into close contact with each other and are susceptible to the spread of infectious diseases. Analyzing the behavior of multiple students has been challenging, and the relationship between infections remains unclear. In this study, we analyzed the relevance between droplet and contact transmission and the behavior of elementary school students using video-recorded data, network analyses, and simulations. The analysis of communication behavior revealed the diverse nature of interactions among students. By calculating the droplet transmission probabilities based on conversation duration, this study quantified the risk of droplet transmission in elementary schools. The analysis of contact behavior introduces a novel approach for constructing contact networks based on contact history. According to this method, items such as desks, shirts, and doors have the potential to be used as fomites for virus transmission. In addition, the reliability of the predictions was demonstrated through micro-simulations. Interestingly, the micro-simulations indicated that the majority of virus copies were transmitted through single items, emphasizing the importance of targeted hygiene measures. This study contributes significantly to the prevention of infectious diseases in elementary schools by providing evidence-based information on transmission pathways and behavior-related risks. Moreover, the insights from this study can guide the development of simulation models for analyzing infection risks in educational settings.

Autores: Setsuya Kurahashi, S. Kikuchi, K. Nakajima, Y. Kato, T. Takizawa, J. Sugiyama, T. Mukai, Y. Kakizawa

Última atualização: 2024-10-27 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.25.24316099

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.10.25.24316099.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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