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# Biologia # Microbiologia

Burkholderia cepacia e Aeromonas sobria: Uma Ameaça Crescente

Conheça duas bactérias que oferecem sérios riscos à saúde, especialmente para os mais vulneráveis.

Mushtak T. S. Al-Ouqaili, Rawaa A. Hussein, Bushra A. Kanaan, Ahmed T.S. Al-Neda

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Índice

Burkholderia cepacia e Aeromonas sobria são dois tipos de bactérias que podem causar infecções em humanos. Elas pertencem a grupos diferentes de bactérias e são uma preocupação, especialmente para quem tem o sistema imunológico mais fraquinho.

A B. cepacia, em especial, gosta de se instalar em lugares como solo, água e até em plantas. É tipo um carona, às vezes encontrada em animais e em humanos que não estão se sentindo bem. Aeromonas sobria também não é muito exigente - ela gosta de ambientes quentes e pode ser encontrada em água contaminada, frutos do mar, e até em algumas carnes e vegetais.

Quem Está em Risco?

Se você tá se sentindo saudável, pode nem pensar em ficar doente por causa dessas bactérias. Mas se seu sistema imunológico já tá fraco, você pode estar em perigo. As infecções por B. cepacia e A. sobria podem levar a problemas sérios de saúde, especialmente para quem tá em hospitais ou casas de repouso, onde as bactérias podem se espalhar fácil.

Por Que Essas Bactérias São Tão Difíceis?

Uma das razões pelas quais a B. cepacia e a A. sobria são problemáticas é que elas são muito boas em resistir a antibióticos - os remédios que usamos pra combater infecções. No caso da B. cepacia, isso significa que ela pode ficar por perto e causar problemas mesmo depois que o tratamento começa.

A B. cepacia tem várias triquinhas. Ela tem algo chamado alvos alterados que os antibióticos tentam atacar, e também consegue mudar a estrutura dos remédios. Isso significa que mesmo quando os médicos tentam prescrever a medicação certa, as bactérias podem ignorar como se nada tivesse acontecido. E ainda tem mais: a B. cepacia consegue expulsar os antibióticos usando mecanismos de bomba especiais.

A A. sobria também não fica pra trás. Ela consegue produzir certas enzimas que a tornam resistente a antibióticos comuns, sendo mais um oponente difícil. Ambos os tipos de bactérias podem se esconder nas sombras, tornando-as difíceis de detectar e ainda mais difíceis de tratar quando decidem deixar alguém doente.

Coletando Dados Sobre Infecções Bacterianas

Pra entender melhor essas bactérias complicadas, foi feito um estudo em um hospital em Ramadi, no Iraque. Os pesquisadores coletaram amostras de pacientes com várias infecções, focando especialmente naquelas que poderiam ter B. cepacia ou A. sobria.

Eles pegaram um total de 120 amostras, principalmente de pacientes de 15 a 60 anos - com mais homens participando do que mulheres. Os pesquisadores queriam ver com que frequência essas bactérias apareciam e se conseguiam identificar algum padrão na resistência ao tratamento.

Coleta de Amostras e Testes

Os pacientes forneceram amostras de várias fontes, incluindo feridas, urina e infecções de ouvido. Depois de reunir as amostras, os cientistas realizaram vários testes pra ver se conseguiam identificar as bactérias presentes.

Em seguida, usaram testes específicos que procuram características únicas da B. cepacia e A. sobria. Os cientistas também utilizaram um sistema especial que os ajudou a confirmar suas descobertas de forma precisa. Após uma análise cuidadosa, os resultados mostraram uma mistura de ambas as bactérias, sendo a B. cepacia a mais comumente encontrada.

Padrões de Resistência a Antibióticos

Depois de identificar as bactérias, o próximo passo foi testar como elas reagiam a diferentes antibióticos. Descobriram que tanto a B. cepacia quanto a A. sobria mostraram resistência a muitos medicamentos comuns. Os resultados foram preocupantes:

  1. A B. cepacia era resistente a quase todos os antibióticos testados, incluindo alguns bem fortes, que normalmente são eficazes contra infecções sérias.
  2. A A. sobria também mostrou resistência significativa a muitos antibióticos, especialmente aqueles que costumam ser prescritos para infecções bacterianas.

Isso nos leva a um fator crucial nessa saga bacteriana - a resistência a antibióticos é um problema real. Na verdade, cerca de 74% das amostras testadas eram resistentes a uma classe de antibióticos chamada carbapenems, que geralmente são a última linha de defesa.

O Gene RecA

Parte do estudo focou em um gene específico conhecido como recA. Esse gene pode ajudar a identificar de qual espécie do complexo B. cepacia uma determinada amostra pertence. De todas as amostras testadas para esse gene, uma porcentagem significativa deu positivo, indicando que eram realmente B. cepacia.

Usando um método de teste único, os pesquisadores conseguiram ver os tamanhos dos segmentos de DNA correspondentes a esse gene. É um pouco como ter uma impressão digital de DNA. Das amostras testadas, a maioria confirmou a presença da B. cepacia, enquanto algumas se mostraram impostoras.

A Caça aos Genes Carbapenemase

O próximo passo foi verificar algo chamado genes carbapenemase. As bactérias que possuem esses genes têm um talento ainda maior pra resistir ao tratamento. Os pesquisadores estavam em uma missão pra descobrir quão comuns esses genes eram entre suas amostras.

Surpreendentemente, eles encontraram uma alta porcentagem de amostras portando esses genes. Acontece que essas bactérias não eram apenas difíceis, mas também tinham habilidades excepcionais pra escapar do tratamento. Usaram vários métodos, incluindo testes de PCR, pra rastrear esses genes e determinar o nível de resistência.

O Que Dizem os Números?

Os dados mostraram que impressionantes 92,8% das bactérias testadas tinham genes de carbapenemase. Detalhando mais:

  • A B. cepacia teve o maior número desses genes resistentes.
  • A A. sobria também mostrou resistência, mas em uma taxa menor.

Essas informações são cruciais, pois destacam a crescente preocupação de que essas bactérias estão se tornando mais resilientes e difíceis de tratar.

A Importância dos Ambientes Hospitalares

Essas bactérias não são só um problema de fazenda; elas se dão bem em hospitais. Como os hospitais estão cheios de pessoas doentes, é o ambiente perfeito pra infecções. A habilidade dessas bactérias de se espalhar rapidamente em tais ambientes levanta alertas para trabalhadores da saúde e pacientes.

As infecções adquiridas em instalações de saúde podem levar a problemas de saúde sérios, custos médicos mais altos e taxas de mortalidade aumentadas. É um ciclo vicioso que exige atenção constante e estratégias atualizadas pra combater as ameaças em constante evolução que essas bactérias representam.

Tratando as Infecções

O que pode ser feito quando enfrentamos infecções dessas bactérias resistentes? As opções são limitadas, e os médicos têm que ser muito cuidadosos em suas escolhas. Alguns medicamentos podem funcionar, enquanto outros podem nem fazer efeito na infecção.

O estudo sugere que, embora existam algumas opções viáveis, os padrões de resistência mostram que os tratamentos precisam ser personalizados caso a caso. Isso significa que os profissionais de saúde podem ter que ser criativos e usar combinações de remédios ou buscar tratamentos menos comuns que ainda possam ser eficazes contra essas bactérias.

Preparando-se para o Futuro

À medida que avançamos, entender essas bactérias e seu comportamento é vital. Ao obter insights sobre como elas resistem ao tratamento e se espalham, os pesquisadores podem desenvolver melhores estratégias para prevenção e tratamento.

Estudos futuros podem se concentrar na análise genética dessas bactérias. Isso pode levar a descobertas sobre novas maneiras de combatê-las. As bactérias estão sempre evoluindo, então a pesquisa precisa acompanhar pra ficar à frente.

Conclusão

Em resumo, infecções por Burkholderia cepacia e Aeromonas sobria representam desafios reais, especialmente para quem tem o sistema imunológico mais fraco. A capacidade delas de resistir a antibióticos complica bastante as opções de tratamento.

À medida que a saúde continua a enfrentar essas bactérias, a pesquisa contínua será fundamental para encontrar soluções eficazes. Lembre-se, conhecimento é poder! Quanto mais entendemos esses vilões minúsculos, melhor preparados estamos pra enfrentá-los.

Então, da próxima vez que alguém mencionar bactérias e infecções, você pode acenar com a cabeça, sabendo que até os menores inimigos podem ser os mais formidáveis. Vamos manter a conversa fluindo e continuar aprendendo sobre esses patógenos astutos!

E quem sabe? Talvez um dia tenhamos um antibiótico super-herói pronto pra enfrentar essas bactérias resilientes. Até lá, vamos nos manter informados e preparados!

Fonte original

Título: An investigation of carbapenemase-encoding genes in Burkholderia cepacia and Aeromonas sobria nosocomial infections among Iraqi patients

Resumo: Burkholderia cepacia and Aeromonas sobria are difficult to eradicate due to their innate resistance to a variety of medications, and cause various diseases. The aim of this study was to investigate the occurrence of carbapenemase genes and patterns of antibiotic resistance in isolates of B. cepacia and A. sobria. A cross-sectional study was conducted in the Ramadi Teaching Hospitals in the Al-Anbar Governorate in 2024. Various study samples, were used to collect the studied bacteria. The antibiotic resistance was detected by the VITEK(R)2 System. The presence of carbapenemase genes was confirmed via PCR technique. In this investigation, seventy-five (75) isolates of A. sobria and B. cepacia were assessed. Of these, A. sobria made up 16.6% (n = 20) while B. cepacia accounted for 45.8% (n = 55). The study isolates showed highest antimicrobial resistance to piperacillin, cefepime, ceftriaxone (100%), ceftazidime (97.3%), and lowest antimicrobial resistance to imipenem (36%). The result showed 55/57 recA gene positive for differentiated B. cepacia complex from other Burkholderia spp. The overall prevalence of carbapenemase genes was 92.8%% (52/56) with blaKPCaccounting for 80.8% (42/52) and blaGES for 19.2% (10/52) of the total. The 42 B. cepacia isolates that tested positive for carbapenem resistance were constituted of 38 blaKPC (n = 38) and two blaGES (n = 2); in contrast, four blaKPC(n = 4) and eight blaGES (n = 8) were present in the A. sobria isolates that tested positive for carbapenems resistance. None of isolates studied tested positive for the blaIMPgene. The recent study concluded that recA gene identification was more sensitive and specific technique for detection B. cepacia complex isolates. There was a notable predominance of blaKPC and blaGEScarbapenemase producers among the isolates under investigation. The blaIMPgene was not found in any of the research isolates.

Autores: Mushtak T. S. Al-Ouqaili, Rawaa A. Hussein, Bushra A. Kanaan, Ahmed T.S. Al-Neda

Última atualização: 2024-11-29 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.11.28.625853

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.11.28.625853.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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