Novas Perspectivas sobre a Disseminação da Salmonela e o Impacto dos Antibióticos
Pesquisa revela como a Salmonella se espalha e reage a antibióticos em camundongos.
Matthew K Waldor, J. A. Hotinger, I. W. Campbell, K. Hullahali, A. Osaki
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Índice
- Rastreando a Salmonella
- Impacto dos Antibióticos
- Medindo a Difusão Bacteriana
- Entendendo a Dinâmica Populacional
- Examinando Compartimentos Bacterianos
- Difusão Precoce da Salmonella
- Investigando Diferentes Rotas de Infecção
- Reintroduzindo no Intestino
- Patologia da Vesícula Biliar
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Salmonella enterica é um germes perigoso que pode causar várias doenças e até mortes ao redor do mundo. Tem mais de 2.000 tipos diferentes, alguns dos quais podem provocar doenças sérias como febre tifoide. Enquanto muitos tipos costumam afetar os intestinos, tem aumentado os casos em que causam infecções fora deles.
Esse germes consegue sobreviver em vários animais e pode crescer tanto dentro quanto fora das células deles. Os cientistas estudam como esse germes causa doenças usando camundongos, que são frequentemente usados como modelos em laboratórios. Um tipo comum de Salmonella nessas pesquisas é a S. Typhimurium. Nos camundongos, esse germes pode se espalhar pelo corpo, e os pesquisadores aprenderam muito sobre como ele passa dos intestinos para outros órgãos.
Rastreando a Salmonella
Os pesquisadores estão interessados em como a Salmonella se comporta durante as infecções, especialmente como as populações desses germes mudam em diferentes partes do corpo. Um método útil para isso é usar tags genéticas exclusivas, chamadas de códigos de barras. No passado, os estudos usavam um número pequeno de códigos de barras, o que dificultava obter informações detalhadas. Para melhorar isso, os pesquisadores criaram uma variedade de códigos de barras, permitindo observar o comportamento do germes em mais detalhes.
Usando uma grande biblioteca com mais de 55.000 códigos de barras, os cientistas podem rastrear quantas Bactérias sobreviveram após serem introduzidas nos camundongos e como essas bactérias se espalharam pelo corpo. Essa abordagem pode ajudar a identificar onde as bactérias têm mais dificuldade em crescer e como invadem outras partes do corpo.
Impacto dos Antibióticos
Uma descoberta importante é sobre o papel dos antibióticos, especificamente a Estreptomicina, em como a Salmonella se espalha. A estreptomicina é frequentemente usada para deixar os camundongos mais suscetíveis a infecções por Salmonella, reduzindo a quantidade de bactérias boas nos intestinos. Quando os pesquisadores deram estreptomicina aos camundongos antes de introduzir a S. Typhimurium, descobriram que as bactérias podiam se espalhar mais fácil e em maior número.
As infecções em camundongos tratados com estreptomicina mostraram mudanças significativas. Por exemplo, esses camundongos emagrecem mais rápido e têm maior quantidade de bactérias nas Fezes. As observações mostraram que enquanto os camundongos não tratados eliminavam gradualmente as bactérias ao longo do tempo, os camundongos tratados com estreptomicina eliminavam muito mais rapidamente e em maiores quantidades.
Medindo a Difusão Bacteriana
Os pesquisadores mediram a quantidade de S. Typhimurium em vários órgãos para ver como o tratamento com antibióticos afetou a disseminação das bactérias. Notaram um aumento significativo das bactérias nos intestinos dos camundongos tratados em comparação com os não tratados, indicando uma barreira mais relaxada para a colonização. Contudo, a quantidade de bactérias encontrada em outros órgãos como o baço e o fígado não mostrou muita diferença entre os camundongos tratados e não tratados.
Entendendo a Dinâmica Populacional
Para entender melhor como a S. Typhimurium se espalha, os pesquisadores examinaram as populações fundadoras nos intestinos. Descobriram uma alta variação no número dessas bactérias fundadoras entre os camundongos não tratados, sugerindo que cada camundongo teve experiências diferentes com a infecção. A presença de níveis variados de bactérias indica que alguns camundongos enfrentaram mais desafios para manter o germes.
Depois do tratamento com estreptomicina, no entanto, as barreiras para essas bactérias aumentaram, permitindo que mais delas prosperassem nos intestinos. Essa foi uma descoberta crucial, pois mostrou que os antibióticos poderiam alterar o equilíbrio e as dinâmicas de como a Salmonella se comporta no corpo.
Examinando Compartimentos Bacterianos
Outra análise revelou que, nos camundongos não tratados, diferentes partes do intestino abrigaram diferentes grupos de bactérias. Isso significa que as bactérias não estavam se misturando bem dentro do trato intestinal. Essa compartimentalização sugeriu que a Salmonella estava crescendo em regiões separadas com pouca troca. Por outro lado, quando os camundongos tratados com estreptomicina foram examinados, as populações de bactérias eram muito mais semelhantes em todo o intestino, indicando um aumento na mistura.
Os pesquisadores então investigaram como esses padrões de populações bacterianas mudaram ao analisar amostras fecais. Descobriram que os camundongos não tratados tinham amostras fecais que muitas vezes eram bem diferentes do que estava nos intestinos, sugerindo que muito do que estava vivendo nos intestinos não estava sendo liberado nas fezes. Isso mudou com o tratamento com estreptomicina, onde houve uma maior semelhança nas populações bacterianas entre os intestinos e as amostras fecais, implicando que mais bactérias estavam transbordando para o intestino.
Difusão Precoce da Salmonella
Outro aspecto importante da pesquisa foi entender como a Salmonella se propaga cedo para outros órgãos. Foi descoberto que a S. Typhimurium começa a se espalhar logo após a infecção, mesmo antes de se estabelecer em grande número nos intestinos. Comparando amostras do fígado com as dos intestinos, os pesquisadores perceberam que havia pouca troca entre essas populações, apoiando a ideia de que as bactérias se espalham para o fígado antes de se reproduzirem dentro dos intestinos.
Investigando Diferentes Rotas de Infecção
Para testar os efeitos de diferentes rotas de infecção, os pesquisadores compararam a ingestão oral (seja por gavagem ou bebida) com injeção direta no espaço intraperitoneal (IP) ou na corrente sanguínea (IV). Curiosamente, tanto as injeções IP quanto IV forneceram um caminho mais direto para as bactérias alcançarem vários órgãos sem passar pelos apertos estreitos que enfrentariam com as rotas orais.
Quando a S. Typhimurium foi introduzida pelas rotas orais, frequentemente enfrentou barreiras significativas nos intestinos, enquanto injeções diretas levaram a uma colonização mais rápida e fácil em órgãos como fígado e baço. Essas descobertas destacam que a rota oral representa um desafio maior para as bactérias do que quando elas contornam o intestino.
Reintroduzindo no Intestino
Os pesquisadores também analisaram como a Salmonella pode voltar para os intestinos após se espalhar. Foi observado que a S. Typhimurium pode retornar ao intestino a partir de locais extraintestinais, como a vesícula biliar. Quando as bactérias foram encontradas na bile, muitas vezes resultaram em uma população bacteriana mais uniforme nos intestinos, especialmente quando havia patologia visível na bile. Isso sugere uma conexão entre a saúde da vesícula biliar e a capacidade das bactérias de reentrar no trato intestinal.
Patologia da Vesícula Biliar
Exames adicionais revelaram que bile com certas patologias, como turvação ou endurecimento, correlacionava-se com uma carga maior de S. Typhimurium. Essa relação indica que a bile comprometida pode permitir uma melhor sobrevivência e replicação bacteriana. A maioria dos camundongos com bile endurecida era fêmea, apontando para uma possível ligação entre sexo e a gravidade da infecção.
Conclusão
Usando uma grande biblioteca de S. Typhimurium com códigos de barras, os pesquisadores conseguiram obter informações valiosas sobre como esse germes se espalha pelo corpo. As descobertas enfatizam que a microbiota intestinal desempenha um papel importante em controlar o comportamento da Salmonella e que antibióticos como a estreptomicina podem mudar significativamente a dinâmica da infecção. Ao entender essas interações, os pesquisadores podem entender melhor a relação complexa entre a Salmonella e seus hospedeiros, abrindo caminho para estratégias de tratamento melhoradas para infecções causadas por esse patógeno.
Fonte original
Título: Quantification of Salmonella enterica serovar Typhimurium Population Dynamics in Murine Infection Using a Highly Diverse Barcoded Library
Resumo: Murine models are often used to study the pathogenicity and dissemination of the enteric pathogen Salmonella enterica serovar Typhimurium. Here, we quantified S. Typhimurium population dynamics in mice using the STAMPR analytic pipeline and a highly diverse S. Typhimurium barcoded library containing [~]55,000 unique strains distinguishable by genomic barcodes by enumerating S. Typhimurium founding populations and deciphering routes of spread in mice. We found that a severe bottleneck allowed only one in a million cells from an oral inoculum to establish a niche in the intestine. Furthermore, we observed compartmentalization of pathogen populations throughout the intestine, with few barcodes shared between intestinal segments and feces. This severe bottleneck widened and compartmentalization was reduced after streptomycin treatment, suggesting the microbiota plays a key role in restricting the pathogens colonization and movement within the intestine. Additionally, there was minimal sharing between the intestine and extraintestinal organ populations, indicating dissemination to extraintestinal sites occurs rapidly, before substantial pathogen expansion in the intestine. Bypassing the intestinal bottleneck by inoculating mice via intravenous or intraperitoneal injection revealed that Salmonella re-enters the intestine after establishing niches in extraintestinal sites by at least two distinct pathways. One pathway results in a diverse intestinal population. The other re-seeding pathway is through the bile, where the pathogen is often clonal, leading to clonal intestinal populations and correlates with gallbladder pathology. Together, these findings deepen our understanding of Salmonella population dynamics. Significance StatementSalmonella is a prevalent food-borne pathogen that infects hundreds of millions of people worldwide. Here, we created a highly complex barcoded Salmonella enterica serovar Typhimurium library containing [~]55,000 barcodes to further understand and quantify Salmonella population dynamics in experimental murine infection. Through comparisons of barcode abundance and frequency in different samples and following different routes of inoculation, we quantify key facets of Salmonella infection, including bottleneck sizes and dissemination patterns, and uncover hidden routes of spread that drive heterogeneity in infection outcome. These observations provide a detailed map of Salmonella infection and demonstrate the power of high-diversity barcoded libraries in deciphering microbial population dynamics.
Autores: Matthew K Waldor, J. A. Hotinger, I. W. Campbell, K. Hullahali, A. Osaki
Última atualização: 2024-12-11 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.28.601246
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.28.601246.full.pdf
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