Aumento dos Casos de Câncer Colorretal em Pessoas Mais Novas
Estudo revela fatores genéticos por trás do câncer colorretal em idade precoce.
Pierre Vande Perre, Ayman Al Saati, Bastien Cabarrou, Julien Plenecassagnes, Julia Gilhodes, Nils Monselet, Norbert Lignon, Thomas Filleron, Carine Villarzel, Laure Gourdain, Janick Selves, Mathilde Martinez, Edith Chipoulet, Gaëlle Collet, Ludovic Mallet, Delphine Bonnet, Rosine Guimbaud, Christine Toulas
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Índice
- Quem é Afetado?
- O Componente Genético
- Os Objetivos do Estudo
- Características dos Pacientes
- Visão Geral da História Médica
- Histórico Familiar
- Variantes Genéticas: A Busca Começa
- Avaliando Padrões Genéticos
- Um Olhar Mais Próximo nos Dados dos Pacientes
- Hipótese de Transmissão Dominante
- Padrões Recessivos? Não Tanto
- Padrões Oligogênicos: Os Suspeitos Não-Tradicionais
- As Conclusões e Implicações
- Um Resumo dos Genes de Interesse
- Próximos Passos e Conclusão
- Fonte original
Câncer colorretal de início precoce (EOCRC) se refere a casos de câncer colorretal (CRC) diagnosticados em pessoas com 40 anos ou menos. Embora seja relativamente raro, o número de casos tem aumentado nos últimos 20 anos. Alguns especialistas acreditam que a triagem para esse tipo de câncer deveria começar aos 45 anos ao invés dos habituais 50, pra pegar mais cedo.
Quem é Afetado?
A maioria das pessoas com EOCRC é diagnosticada em um estágio mais avançado, o que pode dificultar o tratamento. Curiosamente, estudos mostraram que o EOCRC é mais comum em homens do que em mulheres. Além disso, quem tem histórico familiar de câncer colorretal corre um risco maior, junto com outros fatores como doenças inflamatórias intestinais, obesidade e amor por carnes processadas (desculpa, amantes de bacon!).
Por outro lado, comer muitas frutas e verduras e tomar um aspirina em dose baixa de vez em quando parece oferecer alguma proteção. É quase como se a natureza estivesse dizendo: "Coma seus verdes, ou senão!"
O Componente Genético
Cerca de 5-10% dos casos familiares de câncer colorretal estão ligados a problemas genéticos específicos transmitidos pela família. Pra ajudar a identificar esses fatores genéticos, é usado um painel de genes especializado chamado painel DIGE. Ele procura variantes genéticas prejudiciais conhecidas que podem aumentar o risco de desenvolver câncer. No entanto, 70-80% dos casos de EOCRC não mostram essas variantes prejudiciais.
Pra investigar mais, os pesquisadores recorreram a outros métodos, como testes de múltiplos genes e sequenciamento de exoma completo (WES), pra descobrir o que mais pode estar dando errado no nível genético. Infelizmente, esses estudos frequentemente examinaram poucos genes ou poucos pacientes pra tirar conclusões sólidas.
Os Objetivos do Estudo
O principal objetivo desta pesquisa era encontrar novas variantes genéticas que poderiam aumentar o risco de EOCRC. Os pesquisadores se concentraram em um grupo de 87 pacientes que já tinham testado negativo para as variantes genéticas habituais.
Eles também olharam para um grupo diferente de pacientes com câncer colorretal de início tardio (LOCRC) pra comparar os achados. Além disso, eles examinaram se pacientes com ou sem histórico familiar de câncer colorretal carregavam diferentes tipos de variantes genéticas.
Características dos Pacientes
Os pacientes do grupo EOCRC tinham uma idade média de diagnóstico de 34 anos, enquanto os do grupo LOCRC foram diagnosticados aos 62,5 anos. A maioria dos casos de EOCRC veio da parte inferior do cólon e estava bastante avançada no momento do diagnóstico. Curiosamente, a maioria dos casos de EOCRC se mostrou estável em termos de instabilidade de microssatélites, o que ajuda a classificá-los como proficientes em reparo de erros. Em contraste, a maioria dos casos de LOCRC tinha altos níveis de instabilidade de microssatélites, indicando uma espécie de "falha de reparo".
Visão Geral da História Médica
Ao olhar para o histórico de saúde dos pacientes com EOCRC, descobriu-se que 87,4% não tinham histórico de câncer anterior, exceto pelo problema colorretal. No entanto, alguns tinham vivenciado outros tipos de câncer, que pareciam aparecer independentemente do diagnóstico de EOCRC.
Por exemplo, alguns pacientes tiveram episódios com cânceres como linfoma, câncer de pulmão ou até câncer de mama. É como uma festa de tumor, e o câncer colorretal é o convidado não convidado!
Histórico Familiar
Apenas 38,1% dos pacientes com EOCRC relataram ter histórico familiar de câncer colorretal. Em contraste, cerca de 75,8% dos pacientes com LOCRC tinham. Essa discrepância sugere que o EOCRC pode ter fatores subjacentes diferentes em comparação com seu primo de início tardio.
Variantes Genéticas: A Busca Começa
Na busca por identificar novas variantes genéticas, os pesquisadores sequenciaram 585 genes relacionados ao câncer nos pacientes com EOCRC. Eles encontraram uma média de 6.425 variantes genéticas por paciente. Pra afunilar, eles compararam as variantes de EOCRC com um grupo controle de pessoas não diagnosticadas com câncer.
Esse esforço levou à identificação de várias variantes significativas, incluindo variantes truncadas e missense que apareceram mais frequentemente no grupo de EOCRC.
Avaliando Padrões Genéticos
Os pesquisadores também analisaram como essas variantes poderiam ser herdadas. Eles queriam identificar se a transmissão desses genes seguia um padrão dominante ou recessivo. Eles se concentraram em dois subgrupos: pacientes com histórico familiar de CRC e aqueles sem. Descobriram que a maioria das variantes interessantes poderia estar ligada a várias vias biológicas, como o reparo do DNA.
Um Olhar Mais Próximo nos Dados dos Pacientes
Entre os pacientes que tinham variantes de alto impacto, muitos tinham histórias familiares sombrias cheias de câncer. Alguns tinham variantes em genes ligados ao reparo do DNA, enquanto outros tinham variantes que poderiam sugerir caminhos de câncer totalmente diferentes.
Quem diria que uma variante genética poderia praticamente gritar: "Eu sou geneticamente predisposto a uma reunião familiar de câncer!"
Hipótese de Transmissão Dominante
Os pesquisadores exploraram a ideia de que algumas variantes genéticas poderiam ser herdadas de forma dominante. Isso significa que apenas uma cópia alterada do gene poderia aumentar o risco de câncer. Eles descobriram que entre os pacientes de EOCRC, certas variantes de alto impacto estavam, de fato, super-representadas.
Por exemplo, pacientes com históricos familiares de CRC tendiam a carregar variantes em vários genes associados ao reparo do DNA e outras atividades relacionadas ao câncer.
Padrões Recessivos? Não Tanto
Quando os pesquisadores procuraram evidências de um padrão de herança recessiva — onde duas cópias do gene (uma de cada pai) aumentariam o risco — não encontraram muita coisa. No grupo de EOCRC sem histórico familiar, os dados não apontaram pra um padrão recessivo sendo significativo pra esse tipo de câncer.
É quase como se a genética dissesse: "Desculpa, mas não tem genes recessivos aqui!"
Padrões Oligogênicos: Os Suspeitos Não-Tradicionais
A equipe também explorou a ideia de que múltiplas variantes genéticas trabalhando juntas (herança oligogênica) poderiam levar ao EOCRC. Eles olharam pra pares de variantes ocorrendo em pacientes sem histórico familiar, mas não encontraram padrões claros.
É como tentar encontrar uma moeda de duas caras em uma pilha de moedas normais – as chances simplesmente não estavam a favor deles!
As Conclusões e Implicações
O estudo destacou, no fim das contas, os diferentes contextos genéticos do EOCRC em comparação ao LOCRC e apontou variantes genéticas potencialmente importantes. Os contribuintes significativos foram encontrados em vias relacionadas ao reparo do DNA e outras funções celulares.
No entanto, é importante notar que, embora os achados sejam promissores, mais estudos são necessários pra confirmar esses padrões e entender melhor suas implicações.
Um Resumo dos Genes de Interesse
Em resumo, os pesquisadores identificaram vários genes que pareciam ter uma frequência maior de variantes em casos de EOCRC em comparação com a população geral. Estes incluem:
- BRCA2: Normalmente ligado ao câncer de mama, mas também está presente em alguns casos de EOCRC.
- CHEK2: Associado ao aumento do risco de câncer.
- RAD50: Tem um papel no reparo do DNA.
- RECQL4: Ligado a condições hereditárias, mas também encontrado em pacientes com EOCRC.
- NUTM1: Tem uma possível conexão com o crescimento do câncer no cólon.
Próximos Passos e Conclusão
Embora este estudo tenha identificado várias variantes genéticas em pacientes com EOCRC, ele também levanta muitas perguntas. Pesquisas contínuas são essenciais pra descobrir se essas variantes desempenham um papel direto no aumento do risco de câncer colorretal de início precoce.
Estudos mais abrangentes poderiam ajudar a confirmar esses achados e potencialmente levar a melhores práticas de triagem e tratamentos. Afinal, quanto mais cedo a gente enfrentar esse problema, melhor — porque ninguém quer que o câncer interrompa a festa quando é jovem!
Fonte original
Título: Next generation sequencing identifies a pattern of novel germline variants in early-onset colorectal cancer
Resumo: Early-onset colorectal cancer (EOCRC) incidence is increasing rapidly worldwide. However, the majority of EOCRCs are not substantiated by germline variants in the main colorectal cancer (CRC) predisposition genes (the "DIGE" panel). To investigate a potential genetic transmission of EOCRC (dominant, recessive and oligogenic hypotheses) and thus identify potentially novel EOCRC-specific predisposition genes, we conducted an analysis of 585 cancer pathway genes on an EOCRC patient cohort (n=87 patients diagnosed at [≤] 40 years of age, DIGE-) with or without a CRC family history. By comparing this germline variant spectrum to the GnomAD cancer-free database, we identified high impact variants (HVs) in 15 genes significantly over-represented in the EOCRC cohort. Among the 32 unrelated patients with a CRC family history (i.e. with a potentially dominant transmission pattern), nine presented HVs in ten of the genes tested, four of these genes had a DNA repair function. A potentially recessive transmission of EOCRC in patients without a CRC family history cannot be supported by our results nor can an oligogenic transmission. We subsequently sequenced these 15 genes in a cohort of 82 late-onset CRCs (cancer diagnosis [≥]50 years, DIGE-) and found variants in 11 of these genes to be specific to EOCRC. To evaluate whether variants in these 11 genes would allow to specifically detect EOCRC patients, we screened our patient database (n=6482), which only contained 2% of EOCRCs (DIGE-), and identified two other EOCRC cases diagnosed after the constitution of our cohort, with individual HVs in RECQL4 and NUTM1. Altogether, we showed that 37.5% and 18.75% of heterozygous NUTM1 and RECQL4 HVs of our database were diagnosed with EOCRC. Our work has identified a pattern of germline gene variants not previously associated with EOCRC. This paves the way to addressing the contribution of these variants to EOCRC risk and oncogenesis. Author SummaryEarly-onset colorectal cancer (diagnosed at [≤] 40 years of age) is a rare disease that can in part be explained by a hereditary genetic predisposition. To identify novel gene variants potentially associated with EOCRC risk, we analysed a panel of 585 genes in 87 patients with early-onset colorectal cancer unexplained by conventional genetic tests. This first analysis highlighted 15 genes of interest. To evaluate if this genetic profile is specific to early onset, we sequenced these 15 genes in a population of late-onset colorectal cancers (diagnosed after 50 years of age). Variants in 11 of these genes were specific to the early-onset population. To assess if this genetic pattern allows to identify other early-onset cases, we screened these genes in our whole database of 6482 patients and identified two new early-onset cases. Our results need to be confirmed, and validated in larger cohorts but pave the way for future research into early-onset colorectal cancer and the possibility of improving screening or treatment options for these patients and their family members.
Autores: Pierre Vande Perre, Ayman Al Saati, Bastien Cabarrou, Julien Plenecassagnes, Julia Gilhodes, Nils Monselet, Norbert Lignon, Thomas Filleron, Carine Villarzel, Laure Gourdain, Janick Selves, Mathilde Martinez, Edith Chipoulet, Gaëlle Collet, Ludovic Mallet, Delphine Bonnet, Rosine Guimbaud, Christine Toulas
Última atualização: 2024-12-12 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.12.09.627474
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.12.09.627474.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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