Novas descobertas sobre o tratamento do tremor essencial
Pesquisas revelam informações sobre a atividade cerebral em pacientes com Tremor Essencial.
Timothy O. West, Kenan Steidel, Tjalda Flessner, Alexander Calvano, Deniz Kucukahmetler, Marielle J. Stam, Meaghan E. Spedden, Benedikt Wahl, Veikko Jousmäki, John Eraifej, Ashwini Oswal, Tabish A. Saifee, Gareth Barnes, Simon F. Farmer, David J. Pedrosa, Hayriye Cagnan
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Índice
- Opções de Tratamento
- O Papel do Cérebro nos Tremores
- Investigando a Atividade Cerebral
- Tarefas de Movimento
- Analisando Movimento e Tremor
- Identificando Regiões Cerebrais Importantes
- Padrões Responsivos ao Movimento
- Ligando Atividade Cerebral e Tremor
- Implicações para Neuroestimulação
- Direções Futuras
- Conclusão
- Fonte original
O Tremor Essencial (TE) é uma condição comum que causa tremores incontroláveis. Esse tremor geralmente afeta os braços, a cabeça ou outras partes do corpo. Muitas pessoas com TE sentem que os sintomas atrapalham as atividades do dia a dia, tornando tarefas como escrever, comer e beber difíceis. Infelizmente, mais da metade dos afetados não responde bem aos medicamentos normalmente usados para tratar essa condição.
Opções de Tratamento
Para quem não se beneficia da medicação, existem opções cirúrgicas. Um método envolve fazer cortes numa parte do cérebro chamada tálamo. Embora isso possa ajudar a reduzir os tremores, é um procedimento unilateral e permanente. Além disso, às vezes os tremores voltam.
Uma opção mais adaptável é a Estimulação Cerebral Profunda (DBS), que envolve implantar um dispositivo que envia sinais elétricos para partes específicas do cérebro. Esse método é bilateral, ou seja, afeta os dois lados do cérebro. No entanto, requer gerenciamento contínuo, e pesquisas mostram que cerca de 70% das pessoas podem achar menos eficaz ao longo do tempo. Ajustes regulares no dispositivo podem ajudar, mas isso pode ser difícil e demorado.
Os desafios que esses pacientes enfrentam impulsionam a busca por tratamentos melhores que sejam menos invasivos e possam fornecer ajuda rápida quando os tremores pioram. Por exemplo, métodos de estimulação não invasivos estão sendo explorados como alternativas à DBS. Uma abordagem é a estimulação do nervo periférico, que envolve enviar sinais para os nervos nos braços ou pernas. Estudos sugerem que esse tipo de estimulação pode impactar como os tremores ocorrem, mas os resultados têm sido mistos.
O Papel do Cérebro nos Tremores
Pesquisas indicam que os tremores no TE estão ligados a uma rede de áreas no cérebro, incluindo o tálamo e o cerebelo. Essas áreas trabalham juntas durante o movimento e contribuem para quão suaves e controladas são nossas ações. Estudos usando diferentes técnicas de imagem cerebral, como EEG e MEG, mostraram que mudanças nessas áreas do cérebro podem estar ligadas aos tremores. Isso pode nos ajudar a aprender mais sobre como o cérebro lida com tremores e movimentos.
Muitos tratamentos continuam sendo de circuito aberto, ou seja, não se adaptam a mudanças no tremor ou movimento. Uma melhor compreensão de como o cérebro responde aos tremores poderia levar ao desenvolvimento de sistemas de circuito fechado. Esses sistemas poderiam ajustar automaticamente a estimulação com base na gravidade do tremor.
Atividade Cerebral
Investigando aEm um estudo recente, os pesquisadores buscaram entender como a atividade cerebral mudou durante movimentos de alcance. Eles examinaram pacientes diagnosticados com tremor essencial e indivíduos saudáveis, observando como seus cérebros reagiam durante tarefas que envolviam alcançar alvos. Eles descobriram que certas regiões do cérebro registraram atividade que se sincronizava com os tremores, especialmente na área motora suplementar (cSMA).
Usando técnicas avançadas, os pesquisadores localizaram a atividade cerebral que respondia tanto aos tremores quanto aos movimentos. Medindo as ondas cerebrais durante várias fases do movimento, puderam ver como o cérebro se comportava ao tentar alcançar um alvo. Esses métodos permitiram quebrar a atividade cerebral em componentes mais simples, fornecendo insights sobre como diferentes regiões interagem durante o movimento.
Tarefas de Movimento
Os participantes do estudo completaram uma tarefa que exigia que eles alcançassem balões. Essa tarefa simulava o movimento natural e permitiu que os pesquisadores observassem quão bem os participantes podiam agir enquanto experienciavam os tremores. As tarefas envolviam uma série de etapas, incluindo manter uma posição e depois alcançar um alvo.
Os dados das tarefas de alcance revelaram diferenças entre pacientes com TE e participantes saudáveis. Embora ambos os grupos conseguissem alcançar os alvos, os pacientes com TE tendiam a se mover mais devagar. Os pesquisadores notaram que o tamanho dos alvos e a incerteza dos sinais de movimento também influenciavam na rapidez com que os participantes podiam responder.
Analisando Movimento e Tremor
Usando análises sofisticadas, os pesquisadores conseguiram isolar os sinais dos tremores dos dados de movimento. Eles acompanharam como os tremores mudavam durante as diferentes fases da tarefa. Isso permitiu que eles obtivessem insights sobre a gravidade do tremor e como isso se relacionava à performance de cada paciente. Os pesquisadores também encontraram uma correlação entre a gravidade do tremor e os escores clínicos dos pacientes, ajudando a entender melhor o impacto dos tremores na vida cotidiana.
Ao mesmo tempo, eles examinaram como regiões específicas do cérebro se sincronizavam com os tremores, focando particularmente na cSMA e em outras áreas. Essas informações revelaram que existem diferentes fontes cerebrais envolvidas nos tremores e movimentos, indicando uma interação mais complexa em pacientes com TE.
Identificando Regiões Cerebrais Importantes
Uma análise mais aprofundada revelou que a cSMA, junto com outras áreas cerebrais como o córtex pré-frontal dorsolateral e o cerebelo, mostraram aumento de sincronização com os tremores. Essa descoberta se alinha a estudos anteriores que identificaram essas áreas como cruciais na gestão do movimento e das respostas aos tremores.
Essas áreas cerebrais realizam diferentes funções e fazem parte de uma rede que ajuda a controlar movimentos voluntários. Curiosamente, os pesquisadores descobriram que, enquanto a atividade ligada aos tremores aumentava, os padrões esperados de atividade cerebral relacionada ao movimento também estavam alterados.
Padrões Responsivos ao Movimento
Os pesquisadores se concentraram em como as oscilações cerebrais-padrões rítmicos de atividade cerebral-mudaram durante os movimentos voluntários. Em pacientes com TE, houve diferenças notáveis em como esses sinais representavam o movimento, particularmente na faixa de frequência beta baixa. Essa oscilação perturbada pode ajudar o cérebro a compensar os tremores.
Os resultados mostraram que pacientes com TE tinham atividade beta baixa aumentada durante as tarefas de alcance em comparação com os controles. Isso sugere que as mudanças na atividade cerebral podem ser uma resposta aos tremores, permitindo que os pacientes mantenham algum controle durante os movimentos.
Ligando Atividade Cerebral e Tremor
Em tentativas de vincular a atividade cerebral à gravidade do tremor, os pesquisadores usaram um modelo de rede neural convolucional (CNN). Esse modelo analisou padrões dentro dos dados de atividade cerebral para prever a gravidade do tremor. Eles descobriram que certos sinais cerebrais poderiam explicar uma parte significativa da variabilidade na gravidade do tremor.
Surpreendentemente, os modelos mostraram que redes fronto-parietais, que normalmente ajudam na execução dos movimentos, também estavam ligadas à gravidade do tremor. Isso enfatiza o quão entrelaçados os sinais de movimento e os sinais de tremor podem ser em pacientes com TE, levantando questões sobre como as terapias poderiam ser entregues ou ajustadas.
Implicações para Neuroestimulação
Essa pesquisa oferece insights sobre estratégias potenciais para desenvolver novos tratamentos para TE. Ao rastrear como diferentes áreas do cérebro reagem aos tremores, pode ser possível criar abordagens de estimulação direcionadas. Essas abordagens poderiam se concentrar em áreas que consistentemente mostram uma ligação com a gravidade do tremor e a execução do movimento.
A ideia é que, entendendo como o cérebro funciona durante os movimentos, possamos projetar terapias de estimulação para melhorar as atividades diárias dos pacientes. Métodos de estimulação cerebral profunda poderiam usar dados sobre a atividade cerebral para ajustar o tratamento em tempo real, com base na gravidade do tremor ou nas demandas de um movimento.
Direções Futuras
Tecnologias emergentes, como a magnetometria óptica (OPM), estão dando aos pesquisadores novas ferramentas para estudar a função cerebral durante o movimento natural. Essa técnica melhora a capacidade de capturar sinais cerebrais em tempo real, permitindo leituras mais precisas dos padrões de atividade cerebral durante tarefas que imitam ações do dia a dia.
As descobertas sugerem que as terapias poderiam ser ajustadas para aproveitar os ritmos naturais e as respostas do cérebro durante o movimento. Isso também abre a porta para desenvolver técnicas não invasivas para modular a atividade cerebral, melhorar o gerenciamento dos tremores e ajudar os pacientes a retomar o controle sobre seus movimentos.
Conclusão
O Tremor Essencial é uma condição complexa que afeta muitas pessoas, impactando sua capacidade de realizar tarefas diárias. Compreender como o cérebro responde durante o movimento em pacientes com TE fornece insights essenciais para opções de tratamento melhores.
A pesquisa destaca a importância das conexões entre diferentes regiões do cérebro, como essas redes funcionam juntas e como podem ser influenciadas pelos tremores. À medida que os pesquisadores continuam a explorar essas dinâmicas, o potencial para terapias aprimoradas cresce, abrindo caminho para uma melhor qualidade de vida para aqueles que vivem com Tremor Essencial.
Título: Essential Tremor Disrupts Rhythmic Brain Networks During Naturalistic Movement
Resumo: Essential Tremor (ET) is a very common neurological disorder characterised by involuntary rhythmic movements attributable to pathological synchronization within corticothalamic circuits. Previous work has focused on tremor in isolation, overlooking broader disturbances to motor control during naturalistic movements such as reaching. We hypothesised that ET disrupts the sequential engagement of large-scale rhythmic brain networks, leading to both tremor and deficits in motor planning and execution. To test this, we performed whole-head neuroimaging during an upper-limb reaching task using high-density electroencephalography in ET patients and healthy controls, alongside optically pumped magnetoencephalography in a smaller cohort. Key motor regions--including the supplementary motor area, premotor cortex, posterior parietal cortex, and motor cerebellum--were synchronized to tremor rhythms. Patients exhibited a 15% increase in low beta (14-21 Hz) desynchronization over the supplementary motor area during movement, which strongly correlating with tremor severity (R2 = 0.85). A novel dimensionality reduction technique revealed four distinct networks accounting for 97% of the variance in motor-related brain-wide oscillations, with ET altering their sequential engagement. Consistent with our hypothesis, the frontoparietal beta network- normally involved in motor planning-exhibited additional desynchronization during movement execution in ET patients. This altered engagement correlated with slower movement velocities, suggesting an adaptation towards feedback-driven motor control. These findings reveal fundamental disruptions in distributed motor control networks in ET and identify novel biomarkers as targets for next-generation brain stimulation therapies.
Autores: Timothy O. West, Kenan Steidel, Tjalda Flessner, Alexander Calvano, Deniz Kucukahmetler, Marielle J. Stam, Meaghan E. Spedden, Benedikt Wahl, Veikko Jousmäki, John Eraifej, Ashwini Oswal, Tabish A. Saifee, Gareth Barnes, Simon F. Farmer, David J. Pedrosa, Hayriye Cagnan
Última atualização: 2024-12-12 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.26.600740
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.06.26.600740.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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