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# Biologia# Biologia molecular

Vendo Genes em Ação: Um Jeito Novo de Estudar Expressão

Pesquisadores usam DNA nu pra observar a expressão gênica sem machucar os animais.

Saubhik Som, Gopalapura J Vishalakshi, Lekha E Manjunath, Debraj Manna, Kirtana Vasu, Anumeha Singh, Sandeep M Eswarappa

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Expressão GênicaExpressão GênicaDescobertados genes em seres vivos.Novas técnicas revelam o comportamento
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A expressão gênica é um processo fundamental na biologia que controla como a informação genética é transformada em produtos funcionais, como proteínas. É tipo seguir uma receita pra fazer um bolo-primeiro, você junta os ingredientes (DNA), depois mistura tudo (Transcrição), assa (Tradução) e, finalmente, você tem um bolo delicioso (proteínas). Mas, assim como na cozinha, as coisas podem dar errado. Se faltar um ingrediente ou algo estiver fora do lugar, você pode acabar com um gosto esquisito ou, pior, não assar nada. No nosso caso biológico, quando a expressão gênica sai do trilho, pode levar a doenças, incluindo câncer.

Níveis de Regulação da Expressão Gênica

A expressão gênica pode ser regulada em vários níveis, desde a transcrição inicial do DNA até a degradação final das proteínas. Vamos simplificar isso:

  1. Transcrição: Esse é o primeiro passo onde o DNA é copiado para o RNA mensageiro (mRNA). Pense no mRNA como a folha de pedidos que você leva pra cozinha. Se a equipe da cozinha não entende o pedido, o bolo inteiro dá ruim.

  2. Tradução: Aqui é onde o mRNA é convertido em proteínas. Os ribossomos nas células são como os padeiros que seguem seu pedido pra fazer o bolo. Se eles leem errado, sai um bolo diferente.

  3. Degradação de Proteínas: Depois que as proteínas são feitas, elas não ficam ali pra sempre. Eventualmente, elas são quebradas e recicladas. É como limpar sua cozinha depois de assar-se você deixar a bagunça, as coisas estragam.

Métodos para Estudar a Regulação da Expressão Gênica

Os cientistas desenvolveram várias ferramentas e métodos pra analisar como a expressão gênica é regulada. Cada método é como um gadget de cozinha diferente que ajuda em uma parte específica do processo de fazer o bolo:

  • Aminoácidos Radioativos e Fluorescentes: Pense neles como colorantes de comida que ajudam os cientistas a ver proteínas em ação.

  • Sequenciamento de RNA: Esse método permite que os cientistas leiam as receitas (genes) e vejam quais estão sendo seguidas em um determinado momento.

  • Perfilagem de Ribossomos: Imagine poder ouvir os padeiros pra ver como eles estão interpretando seu pedido. Esse método mostra quais mRNAs estão sendo traduzidos em proteínas.

  • Espectrometria de Massa Quantitativa: Essa é a forma high-tech de pesar e medir os produtos finais assados pra ver quanto de cada proteína está presente.

  • Ensaios de Reporter e Western Blotting: Esses métodos são como dar aos padeiros um selo de aprovação ou uma nota sobre como eles seguiram a receita. Eles ajudam a confirmar se certas proteínas estão sendo produzidas.

Apesar de serem ótimos, esses métodos podem ser um pouco invasivos. Por exemplo, eles geralmente precisam usar animais vivos, o que significa que os cientistas às vezes têm que coletar amostras sacrificando o animal. Não é lá muito ideal, né? Então, os pesquisadores estão sempre em busca de métodos melhores e mais simples.

Uma Nova Abordagem para Estudar a Expressão Gênica

Aqui é onde fica interessante. Pesquisadores descobriram uma nova forma menos intrusiva de estudar a expressão gênica usando algo chamado “DNA nu.” Não, não é o que você tá pensando! DNA nu se refere a DNA que não tá envolto em nenhum tipo de célula ou vírus. Ao injetar esse DNA nu em camundongos, os cientistas conseguem ver como os genes estão sendo expressos sem machucar os animais.

A primeira demonstração bem-sucedida desse método foi em 1990, quando cientistas injetaram plasmídeos nus (DNA circular) codificando proteínas como a Luciferase (a substância que faz as vagalumes brilharem) nos músculos de camundongos. Eles descobriram que os camundongos começaram a expressar essas proteínas em seus tecidos musculares. Essa foi uma descoberta importante, levando ao desenvolvimento de vacinas de DNA.

Os pesquisadores agora levaram esse conceito adiante. Eles usaram injeções de DNA nu pra produzir luciferase em camundongos e medir sua atividade usando técnicas de imagem avançadas. Assim, conseguem ver como os genes se comportam sem precisar sacrificar os camundongos. Depois de uma injeção simples, eles podem usar câmeras especiais pra detectar o brilho da luciferase, como se estivessem procurando por um tesouro escondido!

Resultados do Novo Método

Usando essa nova técnica, os pesquisadores conseguiram ver como a expressão gênica muda com base em diferentes fatores.

Detectando a Expressão Gênica em Ação

Eles primeiro testaram se a injeção de DNA nu poderia produzir sinais visíveis (tipo brilho) sem machucar o camundongo. Eles injetaram um plasmídeo que codificava a luciferase de vagalume na cauda dos camundongos. Algumas horas depois, eles deram luciferina (o substrato que a luciferase precisa pra brilhar) e usaram um sistema de imagem pra ver quanto os camundongos estavam brilhando.

Surpreendentemente, a injeção na cauda resultou em um brilho forte, enquanto outros métodos de injeção não tiveram resultados tão bons. Isso pode significar que as células na cauda são mais receptivas ao DNA ou que o sinal pode ser detectado melhor daquela área. É um pouco de mistério, mas um que os cientistas estão ansiosos pra resolver!

Investigando Diferentes Níveis de Regulação Gênica

Uma vez que os pesquisadores confirmaram que podiam ver o brilho, queriam entender como a expressão gênica poderia ser regulada em diferentes estágios:

  1. Regulação Transcricional: Eles testaram se podiam ver diferenças em como os genes estavam sendo expressos com base nas peças de DNA (promotores) que usaram. Ao ligar um promotor conhecido de um vírus chamado citomegalovírus ao gene da luciferase, eles criaram uma receita supercarregada que permitiu uma maior expressão. De fato, quando injetaram esse plasmídeo modificado, os camundongos brilharam muito mais, provando que a receita estava sendo seguida direitinho.

  2. Regulação Pós-Transcricional: Em seguida, olharam como pequenas moléculas chamadas microRNAs poderiam reduzir a expressão gênica. MicroRNAs podem desligar genes ligando-se aos seus mensageiros. Os pesquisadores marcaram a luciferase com locais específicos de ligação de microRNA e viram que o brilho diminuía nos camundongos, confirmando que aqueles microRNAs estavam desligando a expressão gênica com sucesso.

  3. Regulação Translacional: Eles então exploraram como o processo de fazer proteínas poderia ser regulado. Focaram em um fenômeno conhecido como readthrough do códon de parada, onde a maquinaria celular continua a fazer uma proteína além do seu ponto de parada usual. Eles ligaram o gene da luciferase a uma sequência que encoraja o readthrough do códon de parada, e voilà! Eles puderam ver o brilho dos camundongos, provando que estavam produzindo essas proteínas estendidas.

  4. Uso de Códons: Por fim, eles examinaram como a escolha dos códons (os blocos de construção do DNA que dizem às células como fazer proteínas) afetava a produção de proteínas. Ao inserir códons raros no gene da luciferase, descobriram que o brilho era muito mais fraco. Isso sugere que as células tiveram dificuldade em traduzir o gene devido aos códons raros, como se os padeiros tivessem dificuldades em seguir uma receita escrita em uma língua estrangeira.

Por que isso é importante?

A nova técnica de imagem in vivo abre muitas possibilidades para os cientistas. Ela permite que eles estudem facilmente a regulação da expressão gênica em animais vivos sem precisar sacrificá-los. Isso é uma grande vitória para o bem-estar animal! Além disso, é um método rápido-os pesquisadores conseguem ver resultados em apenas 24 horas, o que é impressionante em comparação com métodos laboratoriais tradicionais que podem demorar muito mais.

Essa técnica também tem implicações potenciais para o desenvolvimento de medicamentos. Usando esse método, os cientistas podem testar como novos medicamentos afetam a expressão gênica em animais vivos, abrindo caminho para novos tratamentos que podem ajustar a atividade gênica em várias doenças.

Conclusão

A regulação da expressão gênica é uma parte crucial pra entender como as células funcionam. Usando técnicas inovadoras como injeções de DNA nu e imagens avançadas, os pesquisadores podem obter insights mais profundos sobre esse campo complexo.

Então, da próxima vez que você vê uma vagalume brilhante ou come um bolo delicioso, lembre-se da ciência por trás de como os genes são expressos. Desde a transcrição inicial da receita até o produto final saboroso, tudo se trata de seguir os passos certos na ordem certa. E quem sabe? Talvez um dia você consiga assar seu próprio bolo brilhante!

Fonte original

Título: IVISc-L: A quick and simple in vivo assay to study the regulation of gene expression

Resumo: Several methods are available to study the regulation of gene expression at cellular and molecular levels. Adaptation of these methods in vivo is cumbersome and often requires animal sacrifice. Here, we report an assay (IVISc-L, In Vivo Imaging of Subcutaneous Luminescence) to study gene regulation in vivo. This assay involves subcutaneous injection of a plasmid DNA encoding firefly luciferase, whose expression is under the regulatory mechanism to be investigated. We could infer its regulated expression by detecting the subcutaneous luminescence using an in vivo imaging system. Using this assay, we have demonstrated the regulation of gene expression mediated by a promoter, micro-RNAs, stop codon readthrough, and rare codons. This minimally invasive assay does not require animal sacrifice or any tissue extraction. The entire assay can be completed within 24 hours. Therefore, this assay will be useful in investigating the mechanisms of gene expression regulation, and screening molecules that can alter gene expression in vivo.

Autores: Saubhik Som, Gopalapura J Vishalakshi, Lekha E Manjunath, Debraj Manna, Kirtana Vasu, Anumeha Singh, Sandeep M Eswarappa

Última atualização: Dec 20, 2024

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.12.16.628807

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.12.16.628807.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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