Novo Método Melhora Previsões de Locais de Ligação de Anticorpos
Pesquisadores desenvolvem um jeito mais rápido de identificar os locais de ligação dos anticorpos usando ferramentas avançadas.
Brian J Geiss, J. DeRoo, J. S. Terry, N. Zhao, T. J. Stasevich, C. Snow
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Índice
- Métodos Tradicionais para Identificar Locais de Ligação
- O Novo Desafio: Sequenciamento de Células B Únicas
- Importância dos Epítopos Lineares
- Complexidades das Interações de Proteínas
- O Papel do AlphaFold
- Simplificando a Predição de Estruturas
- Fluxo de Trabalho Eficiente para Predição de Estruturas
- Estudos de Caso: Testando o Método
- Epítopo Myc
- Epítopo HA
- Anticorpo Novo mBG17
- Caracterização Fina das Interações de Ligação
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Anticorpos são proteínas especiais feitas pelo nosso sistema imunológico. Eles ajudam a combater doenças se ligando a invasores nocivos como vírus e bactérias. Saber onde e como esses anticorpos se ligam às proteínas-alvo é fundamental pra entender a função deles. Porém, descobrir exatamente onde um anticorpo se liga pode levar muito tempo e dinheiro. Tradicionalmente, os cientistas usavam métodos que exigem testar diferentes partes da proteína-alvo pra ver se o anticorpo ainda funciona, o que pode ser super trabalhoso.
Métodos Tradicionais para Identificar Locais de Ligação
Um jeito comum envolve deletar partes da proteína-alvo pra ver como isso afeta a capacidade do anticorpo de se ligar. Isso ajuda os cientistas a encontrar a área geral onde o anticorpo conecta com a proteína. Embora essa técnica tenha sido útil, geralmente leva um tempão pra obter resultados.
Com os avanços na tecnologia, os cientistas agora conseguem criar pequenos pedaços da proteína-alvo, conhecidos como peptídeos, em laboratório. Esses peptídeos podem ser usados em testes que checam se eles competem com a proteína-alvo pela atenção do anticorpo. Usando esses testes, os pesquisadores podem descobrir as sequências exatas nos peptídeos que o anticorpo prefere.
O mapeamento de peptídeos é outra técnica usada pra apontar a sequência exata que o anticorpo reconhece. Mas isso também pode ser caro, e projetar os peptídeos leva um tempão. Uma vez que um bom peptídeo é encontrado, os cientistas podem estudar como ele interage com o anticorpo criando modelos detalhados de suas estruturas.
O Novo Desafio: Sequenciamento de Células B Únicas
Novas tecnologias agora permitem que os pesquisadores analisem o sistema imunológico em um nível bem detalhado, observando células B individuais que produzem anticorpos. Isso complicou as coisas, porque requer isolar os genes específicos do anticorpo, produzi-los e depois fazer os testes descritos antes pra ver onde eles se ligam. Embora essas novas técnicas sejam promissoras, elas também aumentam a dificuldade de identificar como os anticorpos interagem com as proteínas.
Importância dos Epítopos Lineares
Anticorpos que visam epítopos lineares (uma sequência contínua de aminoácidos) são particularmente valiosos em estudos biológicos. Eles podem ser usados em vários testes, conhecidos como imunoensaios. Os pesquisadores têm trabalhado na criação de mais anticorpos lineares pra uso nesses testes, incluindo os populares ELISA e Western blot.
Pra ajudar a identificar epítopos lineares de forma mais eficiente, os cientistas estão desenvolvendo métodos computacionais. A maioria das ferramentas existentes pode sugerir regiões em uma proteína que poderiam ser reconhecidas por qualquer anticorpo, em vez de focar em um específico. Esses programas muitas vezes não levam em conta a estrutura real do anticorpo e da proteína, o que pode levar a decisões que ignoram detalhes importantes.
Complexidades das Interações de Proteínas
Entender como as proteínas interagem, incluindo detalhes como a força com que se ligam, é uma tarefa complicada. Fatores como mudanças de forma ou estrutura, bem como a estabilidade das ligações, todos desempenham um papel. Algumas ferramentas baseadas em estruturas podem ajudar a modelar essas interações, mas geralmente requerem conhecimento prévio das sequências de peptídeos pra serem eficazes.
Recentemente, avanços em aprendizado profundo levaram ao desenvolvimento de novas ferramentas que visam prever melhor essas interações. Essas ferramentas estão mostrando grande promessa e podem melhorar o processo de identificação de epítopos lineares.
AlphaFold
O Papel doNo centro do novo progresso tá um sistema chamado AlphaFold, que usa técnicas avançadas pra prever com precisão as estruturas das proteínas. Isso abriu novas portas pra entender como os anticorpos se ligam às proteínas que reconhecem.
O AlphaFold foi treinado usando muitas estruturas de proteínas existentes, dando a ele a capacidade de prever como novas proteínas podem parecer. Muitas pesquisas foram feitas pra estudar anticorpos e suas interações com parceiros peptídicos ou protéicos, com resultados promissores.
Simplificando a Predição de Estruturas
Pra facilitar e acelerar a predição de estruturas, os pesquisadores estão buscando maneiras de minimizar o tamanho do sistema que tá sendo analisado. Como o tempo e os recursos necessários pra previsões crescem rapidamente com sequências maiores, o objetivo é focar nas partes mais críticas do anticorpo que interagem com o alvo.
Os anticorpos são compostos por regiões de sequências conhecidas como fragmentos leves variáveis (VL) e fragmentos pesados variáveis (VH), que determinam em grande parte onde eles se ligam. Criando versões simplificadas dos anticorpos chamadas fragmentos variáveis de cadeia única (scFv), os pesquisadores conseguem reduzir a complexidade e acelerar as previsões.
O processo de criar scFv a partir do anticorpo completo envolve separar as sequências em partes distintas e depois combiná-las usando um conector flexível. Esses scFv podem manter a capacidade de se ligar aos mesmos alvos que os anticorpos originais e podem ser modelados de forma mais eficiente com ferramentas como o AlphaFold.
Fluxo de Trabalho Eficiente para Predição de Estruturas
Um novo fluxo de trabalho foi desenhado pra automatizar o processo de prever como os anticorpos se ligam a peptídeos. Esse fluxo de trabalho pega as sequências dos anticorpos e proteínas, quebra as proteínas em pedaços menores e então prevê as estruturas para cada par anticorpo-peptídeo. Os resultados fornecem insights sobre quão bem os peptídeos podem se ligar ao anticorpo.
Analisando os níveis de confiança das previsões, os pesquisadores conseguem priorizar quais sequências de peptídeos são mais prováveis de serem significativas. O processo permite que os cientistas avaliem rapidamente muitas interações potenciais de ligação.
Estudos de Caso: Testando o Método
Epítopo Myc
Inicialmente, os pesquisadores testaram seu novo método de previsão usando um anticorpo conhecido por se ligar a um alvo específico chamado proto-oncogene Myc. A sequência do peptídeo correspondente ao local de ligação conhecido foi incluída nos testes. As previsões indicaram que o sistema poderia identificar efetivamente o local de ligação conhecido, sugerindo que a abordagem era promissora.
Epítopo HA
Depois, o método foi testado em outro alvo bem conhecido, a proteína hemaglutinina do vírus da gripe. Novamente, as previsões destacaram com sucesso regiões que continham os locais de ligação esperados. Isso reforçou a confiabilidade do novo fluxo de trabalho de previsão e mostrou que poderia ser aplicado efetivamente a outros casos.
Anticorpo Novo mBG17
Finalmente, os pesquisadores tentaram prever o local de ligação para um novo anticorpo que visa a proteína nucleocapsídeo do SARS-CoV-2, que foi desenvolvido durante a pandemia de COVID-19. Esse anticorpo não tinha informações estruturais disponíveis anteriormente, tornando-o um caso de teste ideal.
Usando os novos métodos, as previsões apontaram com sucesso a região-alvo da proteína nucleocapsídeo. Testes adicionais mostraram que essas previsões eram precisas quando comparadas aos resultados experimentais, confirmando que o local de ligação identificado era realmente onde o anticorpo tinha um impacto significativo.
Caracterização Fina das Interações de Ligação
Pra examinar melhor como o anticorpo interage com a proteína nucleocapsídeo, vários peptídeos com leves alterações em suas sequências foram testados. Esse processo ajudou a identificar quais partes específicas do peptídeo eram críticas pra ligação. Os resultados mostraram que certos aminoácidos desempenharam papéis-chave nas interações, enquanto outros tiveram pouco efeito.
Ao cruzar essas descobertas com as previsões feitas pelo AlphaFold, ficou claro que o modelo retratou com precisão as interações chave que ocorreram entre o anticorpo e o peptídeo.
Conclusão
Neste estudo, os pesquisadores desenvolveram um novo método pra prever como os anticorpos se ligam a epítopos lineares usando informações de sequência. Ao empregar ferramentas de previsão avançadas e estabelecer um fluxo de trabalho sistemático, eles demonstraram o potencial de uma identificação mais rápida e precisa dos locais de ligação dos anticorpos.
Os métodos tradicionais de identificar interações de epítopos podem ser demorados e caros; no entanto, o método recém-desenvolvido mostra que é possível gerar previsões em uma fração do tempo. Esse progresso pode levar a uma compreensão mais profunda de como os anticorpos funcionam, permitindo um melhor design e uso em terapias e diagnósticos.
No geral, à medida que ganhamos mais insights sobre essas interações, novas oportunidades de pesquisa e aplicações em imunologia, desenvolvimento de vacinas e design de anticorpos terapêuticos são abertas.
Fonte original
Título: PAbFold: Linear Antibody Epitope Prediction using AlphaFold2
Resumo: Defining the binding epitopes of antibodies is essential for understanding how they bind to their antigens and perform their molecular functions. However, while determining linear epitopes of monoclonal antibodies can be accomplished utilizing well-established empirical procedures, these approaches are generally labor- and time-intensive and costly. To take advantage of the recent advances in protein structure prediction algorithms available to the scientific community, we developed a calculation pipeline based on the localColabFold implementation of AlphaFold2 that can predict linear antibody epitopes by predicting the structure of the complex between antibody heavy and light chains and target peptide sequences derived from antigens. We found that this AlphaFold2 pipeline, which we call PAbFold, was able to accurately flag known epitope sequences for several well-known antibody targets (HA / Myc) when the target sequence was broken into small overlapping linear peptides and antibody complementarity determining regions (CDRs) were grafted onto several different antibody framework regions in the single-chain antibody fragment (scFv) format. To determine if this pipeline was able to identify the epitope of a novel antibody with no structural information publicly available, we determined the epitope of a novel anti-SARS-CoV-2 nucleocapsid targeted antibody using our method and then experimentally validated our computational results using peptide competition ELISA assays. These results indicate that the AlphaFold2-based PAbFold pipeline we developed is capable of accurately identifying linear antibody epitopes in a short time using just antibody and target protein sequences. This emergent capability of the method is sensitive to methodological details such as peptide length, AlphaFold2 neural network versions, and multiple-sequence alignment database. PAbFold is available at https://github.com/jbderoo/PAbFold.
Autores: Brian J Geiss, J. DeRoo, J. S. Terry, N. Zhao, T. J. Stasevich, C. Snow
Última atualização: 2024-12-20 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.19.590298
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.04.19.590298.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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