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A Rotação do Buraco Negro em GX 339-4: Um Mistério Cósmico

O giro do buraco negro em GX 339-4 é negativo ou positivo? Descubra a intriga.

Andrzej A. Zdziarski, Srimanta Banerjee, Michal Szanecki, Ranjeev Misra, Gulab Dewangan

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Mistério da Rotação do Mistério da Rotação do Buraco Negro GX 339-4 negativamente? Descubra aqui. O buraco negro tá girando
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No vasto universo, tem muitas coisas estranhas e maravilhosas. Uma delas são os Buracos Negros, especialmente o buraco negro em um sistema chamado GX 339-4. Esse sistema binário de estrelas, que tem um buraco negro devorando material de uma estrela vizinha, tem sido muito estudado pela ciência. Mas uma pergunta fica na cabeça quando se fala desse casal cósmico: O giro do buraco negro é negativo?

Entendendo os Buracos Negros

Primeiro, vamos esclarecer o que é um buraco negro. Imagina um mega aspirador de pó no espaço que suga tudo que chega muito perto, até a luz. Isso significa que buracos negros são invisíveis a olho nu. Eles podem ser detectados pelos efeitos que causam em objetos próximos e às vezes podem ser identificados pelos raios-X que emitem enquanto se alimentam.

Os buracos negros podem girar, assim como um pião. O giro afeta como eles interagem com o que tá ao redor e pode nos contar muito sobre a história deles. Quando os cientistas falam sobre o giro de um buraco negro, geralmente se referem a se ele tá girando na mesma direção do material que tá puxando (o que chamamos de "prograde") ou na direção oposta (conhecido como "retrograde"). Um giro retrogrado pode parecer um plot twist de filme de super-herói, mas na drama cósmica dos buracos negros, levanta questões intrigantes sobre como os buracos negros se formam e evoluem ao longo do tempo.

O Enigma de GX 339-4

GX 339-4 é um sistema binário de estrelas de raios-X de baixa massa. Isso significa que é composto por um buraco negro e uma estrela companheira, que é menor e menos massiva. O buraco negro rouba gás e material da estrela companheira enquanto elas orbitam uma à outra. Esse processo é bagunçado e cria muita energia, resultando no buraco negro emitindo raios-X que conseguimos detectar da Terra.

Ao estudar GX 339-4, os astrônomos observaram tanto estados "duros" quanto "macios". O estado duro tem uma saída de raios-X mais intensa e caótica, enquanto o estado macio é mais estável e mostra um espectro mais claro e suave. Esses estados diferentes podem influenciar como medimos as propriedades do buraco negro, incluindo seu giro.

Como o Giro é Medido

Medir o giro de um buraco negro não é fácil. Os astrônomos usam vários métodos que dependem da observação da luz e radiação do disco de acreção ao redor do buraco negro-o gás e poeira girando em volta. As propriedades desse disco podem mudar dependendo do giro do buraco negro, permitindo que os cientistas façam inferências sobre seu giro com base no que observam.

Os Modelos Usados

Modelos diferentes ajudam os cientistas a interpretar os dados coletados dessas observações. Alguns dos modelos principais incluem:

  • Modelos Kerr: Esses tratam o buraco negro como um objeto rotativo com propriedades específicas.
  • Modelos de disco fino: Esses consideram a espessura do disco de acreção e as complexidades que surgem quando processos de alta energia estão em jogo.
  • Modelos atmosféricos: Esses consideram como a temperatura e pressão do material ao redor do buraco negro podem influenciar a luz que vemos.

Cada modelo tem suas forças e fraquezas, e os resultados podem variar bastante dependendo de qual modelo é usado. Isso cria uma situação desafiadora para os astrônomos tentando determinar o giro real do buraco negro no sistema GX 339-4.

Descobertas de GX 339-4

Quando os pesquisadores analisaram os dados de GX 339-4, notaram que os valores medidos da massa e do giro do buraco negro dependem muito do modelo usado para a análise. Usando alguns modelos conhecidos, descobriram que o giro do buraco negro poderia ser negativo, implicando que ele poderia estar girando na direção oposta ao material que tá atraindo.

Mas, quando modelos diferentes foram aplicados-especificamente aqueles que consideram os efeitos atmosféricos-eles observaram um giro mais positivo. Essa variação gerou um debate sobre se o buraco negro realmente gira negativamente ou se os resultados eram apenas um subproduto dos modelos usados.

O Papel do Disco

As propriedades do disco de acreção desempenham um papel significativo em determinar o giro do buraco negro. Se o disco é fino e se comporta de maneira simples, as medições podem ser mais confiáveis. Por outro lado, se o disco é grosso e tumultuado, isso pode levar a incertezas e resultados mistos na estimativa do giro.

A Realidade do Giro Negativo

Então, o que significa se o buraco negro em GX 339-4 tem um giro negativo? Bem, isso não significa que ele tá de mau humor. Na verdade, um giro negativo sugere uma história complexa para o buraco negro. Pode indicar interações com outros objetos celestiais no passado ou um processo de formação diferente daqueles buracos negros que giram positivamente.

Tem teorias que apoiam a ideia de giros retrogrados ocorrendo em certos sistemas binários, especialmente aqueles formados por dinâmicas envolvendo múltiplos corpos. Porém, tais cenários são menos comuns.

A Busca por Clareza

As descobertas sobre GX 339-4 enfatizam o desafio em medir com precisão os giros de buracos negros. Os cientistas buscam clareza, mas muitas vezes se veem emaranhados nas complexidades dos diferentes modelos e nas suposições que fazem.

Apesar das dificuldades, os avanços na tecnologia de observação e métodos podem um dia levar a uma imagem mais clara. À medida que nossa capacidade de observar esses fenômenos distantes cresce, nossa compreensão do universo e de seus muitos mistérios também se expande.

Conclusão

O buraco negro em GX 339-4 continua a confundir e intrigar os astrônomos. Embora as evidências atuais sugiram que o giro medido possa estar mais para o lado negativo, a dependência de vários modelos deixa a porta aberta para diferentes interpretações.

Enquanto continuamos a estudar esses gigantes cósmicos, a ideia do que sabemos sobre buracos negros ainda está evoluindo, assim como o próprio universo-dinâmico, complexo e às vezes simplesmente misterioso. Então, seja o giro do buraco negro positivo, negativo ou algo entre os dois, isso nos lembra de quanto mais ainda há pra aprender sobre nosso grande cosmos.

Fonte original

Título: Is the Spin of the Black Hole in GX 339-4 Negative?

Resumo: We have studied the accreting black hole binary GX 339-4 using two highly accurate broad-band X-ray data sets in very soft spectral states from simultaneous NICER and NuSTAR observations. Simultaneous fitting of both data sets with relativistic models of the disk, its Comptonization and reflection allows us to relatively accurately determine the black-hole mass and spin, and the distance and inclination. However, we find the measured values strongly depend on the used disk model. With the widely used thin-disk Kerr models kerrbb and kerrbb2 (which employ color corrections), we find relatively low masses and strongly negative spins. Then, the models utilizing detailed disk atmospheric spectra, bhspec and slimbh, predict moderately positive spins and high masses. When adding a warm corona above the disk (as proposed before for both AGNs and accreting binaries), we find the spin is weakly constrained, but consistent with zero. In all cases, the fitted inclination is low, $\approx$30-$34^\circ$. For the spin aligned with the binary orbit, the mass function for this binary implies large values of the mass, consistent only with those obtained with either slimbh or warm corona. We also test the disk models for an assumed set of mass, distance and inclination. We find that, e.g., kerrbb yields values of the spin parameter lower than bhspec or slimbh by $\sim$0.2-0.3. Our results confirm previously found strong disk-model dependencies of the measured black-hole spin, now for a low-mass X-ray binary.

Autores: Andrzej A. Zdziarski, Srimanta Banerjee, Michal Szanecki, Ranjeev Misra, Gulab Dewangan

Última atualização: Dec 20, 2024

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2412.15705

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2412.15705

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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