O Mistério da Energia Escura e Seu Impacto
Examinando o papel da energia escura na expansão do universo.
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O nosso universo é um lugar vasto e fascinante, cheio de mistérios. Uma das maiores perguntas que os cientistas estão tentando responder é sobre a Energia Escura, uma força que se acredita estar impulsionando a expansão acelerada do universo. Junto com a Matéria Escura, que compõe uma parte significativa da massa do universo, a energia escura é essencial para entender como o nosso universo se comporta.
O que é Energia Escura?
Energia escura é uma forma desconhecida de energia que parece estar fazendo o universo se expandir a uma taxa crescente. Embora possamos observar os efeitos da energia escura, ela não emite, absorve ou reflete luz, o que a torna invisível e difícil de estudar. Os cientistas acham que ela representa cerca de 68% do total de energia do universo.
O Papel da Matéria Escura
Antes de mergulhar mais fundo na energia escura, é importante entender a matéria escura, que é outro componente misterioso do nosso universo. Diferente da matéria normal, a matéria escura não interage com forças eletromagnéticas, ou seja, não emite luz ou radiação. Sua presença é inferida a partir dos efeitos gravitacionais que ela tem sobre a matéria visível, como as galáxias. Juntas, a matéria escura e a energia escura são peças-chave na formação do universo.
A Expansão do Universo
No início do século 20, Edwin Hubble descobriu que o universo está se expandindo. Isso significa que as galáxias estão se afastando de nós, e quanto mais longe uma galáxia está, mais rápido parece estar se movendo. Essa descoberta levou à formulação da teoria do Big Bang, que propõe que o universo começou de um estado muito quente e denso e tem se expandido desde então.
Inicialmente, os cientistas pensavam que a gravidade iria desacelerar a expansão do universo com o tempo. No entanto, as observações mostraram que a expansão não só continua, mas está acelerando. É nessa aceleração que a energia escura entra em cena.
Medindo a Energia Escura
Medir a energia escura é desafiador devido à sua natureza invisível. Os cientistas usam vários métodos para inferir seus efeitos. Um método comum envolve observar supernovas distantes (estrelas em explosão) e medir seu brilho. A luz dessas supernovas pode nos dizer quão longe elas estão e quão rápido estão se movendo.
Outro método envolve a radiação cósmica de fundo em micro-ondas, que é o brilho remanescente do Big Bang. Analisando essa radiação, os cientistas podem coletar informações sobre os estágios iniciais do universo e a quantidade de energia escura presente.
Tensões na Cosmologia
Apesar do progresso significativo em entender a energia escura, algumas discrepâncias ou "tensões" surgiram na cosmologia. Por exemplo, as medições da Constante de Hubble, que descreve a taxa de expansão do universo, parecem variar dependendo do método usado. Essa discrepância levanta questões sobre nossa compreensão da energia escura e seus efeitos.
A "tensão de Hubble" acontece quando diferentes observações resultam em valores diferentes para a constante de Hubble. Por exemplo, medições de supernovas dão um valor mais alto do que aquelas da radiação cósmica de fundo. Esses resultados conflitantes sugerem que pode haver fatores desconhecidos influenciando nossa compreensão do universo.
Lente Gravitacional Fraca
Um dos métodos de estudar energia escura envolve a lente gravitacional fraca, que é a leve curvatura da luz de galáxias distantes devido à influência gravitacional da matéria em primeiro plano, incluindo matéria escura e energia escura. Analisando como as formas das galáxias distantes são esticadas e distorcidas, os cientistas podem inferir informações sobre a distribuição de massa subjacente e os efeitos da energia escura.
Pesquisas de lente fraca, como a Kilo-Degree Survey (KiDS) e a Dark Energy Survey (DES), coletam uma quantidade enorme de dados sobre as formas e comportamentos das galáxias. Analisando esses dados, os pesquisadores podem entender melhor as propriedades da energia escura e seu papel na expansão do universo.
Cisalhamento Cósmico e Supressão do Espectro de Potência
Os cientistas costumam falar sobre "cisalhamento cósmico", que se refere à distorção das formas das galáxias devido à influência gravitacional da massa. Esse cisalhamento cósmico pode fornecer insights sobre a quantidade de matéria escura e energia escura presentes no universo.
Os pesquisadores frequentemente analisam o "espectro de potência da matéria", que descreve como a matéria está distribuída pelo universo. Uma pergunta chave é se há uma supressão de potência no espectro de potência da matéria em pequenas escalas. Se houver, isso pode indicar novas físicas ou modificações em nossos modelos atuais de matéria escura e energia escura.
Modelos Alternativos de Matéria Escura
Enquanto o modelo padrão de cosmologia descreve a matéria escura como "fria", ou seja, se move devagar em comparação com a velocidade da luz, alguns cientistas estão explorando modelos alternativos. Esses modelos podem incluir matéria escura "morna" ou mudanças em como a matéria escura interage com outras forças. Entender esses modelos alternativos pode ajudar a explicar algumas das tensões observadas na cosmologia.
Uma hipótese é que modificações no comportamento da matéria escura em pequenas escalas podem ajudar a resolver as discrepâncias observadas em diferentes medições. Se a matéria escura se comportar de forma diferente do esperado, isso poderia levar a variações nas medições relacionadas à energia escura.
Investigando Dados de Cisalhamento Cósmico
Estudos recentes se concentraram na análise de dados de cisalhamento cósmico da Dark Energy Survey. Isso envolve observar como a luz de galáxias distantes é distorcida devido à influência gravitacional de massa invisível. Ao examinar essa distorção, os pesquisadores podem obter insights sobre a distribuição da matéria escura e os efeitos da energia escura.
As descobertas mais recentes sugerem que a supressão do espectro de potência necessária para alinhar as observações com os modelos cosmológicos atuais é mais significativa do que se pensava inicialmente. Isso indica que modificações no modelo cosmológico padrão podem ser necessárias.
Conclusão
O estudo da energia escura e seus efeitos no universo é um campo complexo e em evolução. Embora tenham sido feitos avanços significativos na compreensão de seu papel na expansão do universo, ainda existem tensões que precisam de mais investigação. Através do uso de dados observacionais, incluindo medições de cisalhamento cósmico e estudos de lente gravitacional, os pesquisadores estão trabalhando para desvendar os mistérios em torno da energia escura e sua conexão com a matéria escura.
À medida que continuamos a coletar e analisar dados, podemos entender melhor as forças que moldam nosso universo e se nossos modelos atuais descrevem com precisão as complexidades da energia escura e da matéria escura. Futuras observações e estudos, sem dúvida, desempenharão um papel vital em responder a essas perguntas fundamentais sobre a natureza do universo.
Título: A non-linear solution to the $S_8$ tension II: Analysis of DES Year 3 cosmic shear
Resumo: Weak galaxy lensing surveys have consistently reported low values of the $S_8$ parameter compared to the $\textit{Planck}\ \Lambda\rm{CDM}$ cosmology. Amon & Efstathiou (2022) used KiDS-1000 cosmic shear measurements to propose that this tension can be reconciled if the matter fluctuation spectrum is suppressed more strongly on non-linear scales than assumed in state-of-the-art hydrodynamical simulations. In this paper, we investigate cosmic shear data from the Dark Energy Survey (DES) Year 3. The non-linear suppression of the matter power spectrum required to resolve the $S_8$ tension between DES and the $\textit{Planck}\ \Lambda\rm{CDM}$ model is not as strong as inferred using KiDS data, but is still more extreme than predictions from recent numerical simulations. An alternative possibility is that non-standard dark matter contributes to the required suppression. We investigate the redshift and scale dependence of the suppression of the matter power spectrum. If our proposed explanation of the $S_8$ tension is correct, the required suppression must extend into the mildly non-linear regime to wavenumbers $k\sim 0.2 h {\rm Mpc}^{-1}$. In addition, all measures of $S_8$ using linear scales should agree with the $\textit{Planck}\ \Lambda\rm{CDM}$ cosmology, an expectation that will be testable to high precision in the near future.
Autores: Calvin Preston, Alexandra Amon, George Efstathiou
Última atualização: 2023-05-16 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2305.09827
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2305.09827
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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