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# Ciências da saúde# Salute pubblica e globale

Desafios de saúde dos refugiados Rohingya durante a COVID-19

Um estudo revela falhas nas práticas de COVID-19 entre os refugiados rohingyas.

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Refugiados RohingyaRefugiados RohingyaEnfrentam Ameaças deCOVID-19COVID-19 entre refugiados rohingyas.Estudo destaca práticas ruins de
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Cerca de 883.600 refugiados rohingya estão vivendo em 34 acampamentos lotados em Cox's Bazar, Bangladesh. Eles fugiram de Myanmar em 2017 por causa de anos de violência e discriminação. Esses refugiados moram em abrigos improvisados de bambu em terrenos montanhosos, com acesso limitado a necessidades básicas como comida, água e saúde. As condições de vida deles os tornam bem vulneráveis a desastres naturais e surtos de doenças.

Os acampamentos superlotados têm péssimas condições de saneamento. Isso, junto com as chuvas fortes durante a temporada de monções, aumenta o risco de espalhar doenças infecciosas. Desde 2017, vários surtos de doenças como difteria, sarampo, cólera e dengue foram registrados nesses acampamentos.

Além desses problemas já existentes, a COVID-19 é uma nova ameaça para a população rohingya. A COVID-19 é uma doença contagiosa causada por um vírus chamado SARS-CoV-2. O vírus foi visto pela primeira vez em dezembro de 2019 e, em março de 2020, foi declarado uma pandemia global. O primeiro caso em Bangladesh foi confirmado em 8 de março de 2020, e o primeiro caso nos acampamentos rohingya foi relatado em maio de 2020. Em abril de 2022, mais de 5.900 casos de COVID-19 foram confirmados nos acampamentos.

Impacto na Saúde Infantil e Bem-Estar Mental

A saúde infantil entre os refugiados rohingya está em risco devido a medidas de proteção inadequadas. Muitos refugiados enfrentam problemas de saúde mental, o que dificulta os esforços para informá-los sobre os perigos da COVID-19. As diretrizes de saúde pública para prevenir a COVID-19 incluem manter distância física, usar máscaras, lavar as mãos, cobrir tosse e espirros e se vacinar. Seguir essas diretrizes depende muito do conhecimento e das Atitudes das pessoas.

Antes das vacinas se tornarem amplamente disponíveis, as medidas de saúde pública eram a principal forma de prevenir a propagação de doenças. O envolvimento da comunidade e a comunicação se tornaram partes cruciais da estratégia de resposta à COVID-19. Organizações como a Organização Internacional para as Migrações (OIM) criaram programas para ajudar a espalhar informações e incentivar a comunidade a adotar medidas de saúde. Esses programas incluíam visitas a lares, reuniões comunitárias, distribuição de materiais informativos e o engajamento de líderes comunitários.

Necessidade de Pesquisa

Embora pesquisas tenham sido feitas sobre medidas preventivas da COVID-19 em vários países, pouco se sabe sobre a comunidade rohingya. Um estudo observou atitudes e Conhecimentos sobre a COVID-19 no início da pandemia, mas o nível atual de conhecimento e práticas após intervenções comunitárias continua incerto. Houve relatos de pessoas que não seguem as diretrizes da COVID-19, mas faltam detalhes sobre quão bem essas medidas são aceitas e praticadas. Os achados de novas pesquisas poderiam ajudar a desenvolver melhores estratégias de comunicação para gerenciar a COVID-19 e surtos futuros.

Desenho do Estudo e Participantes

Este estudo foi conduzido nos acampamentos de refugiados em Cox's Bazar. A população rohingya nesses acampamentos é de aproximadamente 883.600, com uma razão de homens para mulheres de 45:55. O estudo focou em refugiados adultos com 18 anos ou mais. Os participantes elegíveis eram aqueles que viviam nos acampamentos, consentiram em participar e entenderam as perguntas. Participantes da mesma família não foram incluídos. Um total de 500 indivíduos foram entrevistados usando amostragem aleatória sistemática.

Para garantir dados precisos e confiáveis, o estudo usou um questionário elaborado para coletar informações sobre conhecimentos, atitudes e práticas relacionadas à COVID-19. A pesquisa incluiu perguntas sobre sintomas, medidas preventivas e Vacinação. Os participantes foram avaliados quanto ao nível de conhecimento e práticas, com pontuações indicando quão bem entenderam e seguiram as diretrizes de saúde.

Cálculo do Tamanho da Amostra

Para determinar o número de participantes necessários para o estudo, foi usada uma fórmula baseada na proporção da população, nível de confiança e requisitos de precisão. Aproximadamente 384 participantes foram calculados para atender às necessidades do estudo, mas o total foi arredondado para cima para 500, para levar em conta possíveis não-respostas.

Coleta de Dados

Trabalhadores de Saúde Comunitária (CHWs) realizaram as entrevistas usando um questionário. Os dados foram registrados usando uma ferramenta móvel para garantir precisão. O questionário tinha perguntas para avaliar conhecimentos, atitudes e práticas relacionadas à COVID-19. Os respondentes que obtiveram boas pontuações foram classificados como tendo bom conhecimento ou atitudes positivas. As práticas dos participantes foram avaliadas usando uma escala simples de sim/não.

Demografia dos Participantes

No total, 500 pessoas participaram do estudo. Dentre elas, 239 eram homens (47,8%) e 261 eram mulheres (52,2%). A idade média dos participantes era de cerca de 44 anos. Muitos participantes eram casados (89,2%). O tamanho das famílias variava, com algumas tendo menos de cinco membros, enquanto outras tinham mais de nove. Muitos respondentes tinham filhos, e uma parte significativa tinha membros da família que eram jovens ou idosos.

Resultados sobre Conhecimento, Atitude e Prática

Os resultados da pesquisa mostraram um alto nível de conscientização sobre medidas preventivas da COVID-19 entre os participantes. Quase todos os indivíduos tinham ouvido falar da COVID-19, e mais de 90% estavam cientes da vacina. Mais de 80% conseguiam identificar os sintomas da COVID-19, e cerca de três quartos entendiam como o vírus se espalha. No entanto, o conhecimento sobre complicações graves da COVID-19 era menor, com apenas cerca de metade dos participantes indicando estar ciente.

Em termos de atitudes, mais de 70% viam a COVID-19 como uma ameaça. A grande maioria tinha atitudes positivas sobre lavar as mãos, usar máscara e distanciamento social. Cerca de 85% reconheciam a importância da vacinação. No entanto, menos de 60% concordavam em evitar lugares cheios ou em se isolar quando necessário.

Apesar do bom conhecimento e atitudes, a prática de medidas preventivas foi encontrada como baixa. Menos de um terço dos participantes lavavam as mãos com frequência, usavam máscara em público ou ficavam em casa quando não se sentiam bem. Cerca de 37% tentaram manter distância física de outras pessoas.

Influências Socio-Demográficas sobre Conhecimento e Prática

Os dados mostraram que diferentes faixas etárias tinham níveis de conhecimento semelhantes, enquanto indivíduos mais velhos apresentaram desempenho pior em termos de conhecimento. O gênero não afetou significativamente os níveis de conhecimento ou prática. No entanto, os respondentes de famílias menores tinham um nível de conhecimento mais alto em comparação com aqueles de famílias maiores.

Conclusões e Direções Futuras

Este estudo forneceu insights sobre o estado atual de conhecimento, atitudes e práticas em relação à COVID-19 entre os refugiados rohingya. A maioria dos participantes mostrou uma boa compreensão da COVID-19, mas muitos não praticaram as medidas preventivas de maneira adequada. Os esforços de comunicação da comunidade melhoraram o conhecimento e as atitudes, mas mais trabalho é necessário para aprimorar as práticas reais. Intervenções futuras devem se concentrar em entender as barreiras que impedem as pessoas de seguir as diretrizes de segurança, especialmente entre os adultos mais velhos.

No geral, embora a situação tenha melhorado desde o início da pandemia, ainda há muito a ser feito para garantir que a comunidade rohingya possa se proteger efetivamente da COVID-19 e de outras doenças no futuro.

Fonte original

Título: COVID-19 preventive measures in Rohingya refugee camps: An assessment of knowledge, attitude and practice toward COVID-19

Resumo: BackgroundAlthough many studies were conducted on COVID-19 knowledge, attitude, and practice among the general population in many countries, very little is known about refugees, particularly Rohingya refugees in Coxs Bazar. A vast array of Risk Communication and Community Engagement (RCCE) interventions were implemented in Coxs Bazar with the intent of reducing disease transmission by empowering the community to adopt public health measures. ObjectivesThe study aimed to evaluate the current state of knowledge, attitude, and practice among Rohingya refugees as a result of RCCE initiatives. Materials and MethodsA cross-sectional study was conducted with 500 Rohingya individuals. Participants in the study were Rohingya refugees residing in five randomly selected camps where IOM health was operating. Using a structured questionnaire, skilled community health workers surveyed the Rohingya population. In addition to the survey on knowledge, attitude, and practice, the study gathered information on the perspectives and relevance of sociodemographic factors that influence KAP. ResultsThe study findings indicate that the mean scores for knowledge, attitude, and practice were 9.93 (out of 14), 7.55 (out of 11), and 2.71 (out of 7) respectively. Association was found between knowledge and practice level and age group - elderly age group (>/= 61 years) had less level of knowledge (AOR 0.42, P value= 0.05) and the late mid age group (46 - 60 years) had better practice level (AOR 2.67, P value

Autores: Charls Erik Halder, M. A. Hasan, Y. M. Mohamud, M. Nyawara, J. C. Okello, M. N. Mizan, M. A. Sayum

Última atualização: 2023-02-24 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.02.21.23286227

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.02.21.23286227.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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