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# Física# Relatividade Geral e Cosmologia Quântica

Cosmologia Não-Singular: Novos Caminhos para Entender o Universo

Explorando modelos não-singulares que redefinem os começos e a evolução do cosmos.

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O universo sempre foi uma fonte de mistério e fascínio. Os cientistas tentam entender suas origens e sua natureza. Entre essas tentativas tá a ideia da cosmologia não-singular, que propõe que o universo pode existir sem um ponto de partida marcado por uma singularidade, ou "big bang." Essa ideia nos leva além dos modelos comuns e explora o que rola nos cenários de braneworld e Cosmologia Quântica em Loop (LQC).

O que é Cosmologia Não-Singular?

Nos modelos tradicionais, o universo começa com uma singularidade, um ponto onde espaço e tempo não podem ser definidos, levando frequentemente a densidade e temperatura infinitas. Muitos pesquisadores acham que isso é um problema pra relatividade geral, a ciência que descreve a gravidade e a estrutura do espaço e do tempo. Pra resolver isso, a cosmologia não-singular sugere que o universo pode evoluir de um estado estável sem encontrar esses pontos singulares.

Os modelos cosmológicos não-singulares podem ser divididos em três tipos principais:

  1. Universo Emergente (EU): Esse modelo propõe que o universo passa por um estado quase estático eterno antes de se transformar no universo que vemos hoje.

  2. Universo Bouncing: Nesse modelo, o universo se contrai e depois volta a se expandir, evitando uma singularidade.

  3. Universo Cíclico: Aqui, o universo passa por ciclos repetidos de contração e expansão.

Estudos recentes mostraram que esses modelos podem se encaixar nas estruturas de gravidade braneworld e cosmologia quântica em loop, que oferecem novas perspectivas sobre o comportamento do universo.

Gravidade Braneworld

As teorias de braneworld apresentam uma visão interessante do nosso universo. Elas propõem que nosso universo visível é uma "brane" tridimensional imersa em um espaço de dimensões superiores conhecido como "bulk." As forças que vemos, como eletromagnetismo e gravidade, estão confinadas à brane, enquanto a gravidade pode se espalhar pelo bulk.

Nos modelos braneworld de Randall-Sundrum (RS), os pesquisadores consideram como dimensões adicionais podem afetar o comportamento cósmico. Os efeitos da tensão da brane e a curvatura do espaço bulk desempenham papéis importantes na determinação da dinâmica cosmológica.

Na cosmologia braneworld, os cientistas descobriram maneiras de contornar a singularidade inicial por meio de escolhas específicas de condições de matéria e energia. Ao analisar as relações entre densidade de energia e a escala do universo, eles identificaram condições sob as quais um universo plano não-singular pode surgir.

Cosmologia Quântica em Loop (LQC)

A LQC aborda o universo sob uma perspectiva quântica. Ela descreve como efeitos quânticos podem modificar modelos cosmológicos clássicos, especialmente nas condições de alta energia que se acreditam existir no início do universo.

Nesse contexto, o espaço-tempo convencional se desfaz, e a geometria do universo é influenciada por propriedades quânticas. A LQC oferece mecanismos para lidar com o problema da singularidade, introduzindo um bounce, onde a contração leva a uma nova fase de expansão em vez de alcançar densidade infinita.

A cosmologia quântica em loop também enfatiza a importância da curvatura e da densidade de energia pra entender como o universo se comporta em condições extremas. Os pesquisadores consideram como a natureza quântica do espaço-tempo pode criar forças repulsivas que contrabalançam a atração gravitacional durante a evolução do universo primitivo.

Investigando Universos Planos Não-Singulares

Nessa exploração, analisamos três cenários distintos usando as estruturas de braneworld e cosmologia quântica em loop. Cada cenário usa um tipo diferente de matéria ou fonte de energia, definida por equações de estado (EoS), e estudamos como essas escolhas afetam a evolução do universo.

Caso 1: Equação de Estado Não-Linear

Nesse cenário, focamos em um fluido perfeito caracterizado por uma EoS não-linear. Ao estudar a equação de Friedmann modificada para a cosmologia braneworld, podemos explorar como tal fluido pode permitir que o universo evite a singularidade enquanto se expande.

No caso da braneworld, descobrimos que o fator de escala, que descreve como o tamanho do universo muda com o tempo, chega a zero em um ponto finito no passado, sugerindo a presença de uma singularidade. Assim, nesse caso, o modelo do universo emergente pode não ser válido.

Por outro lado, aplicar essa EoS não-linear no contexto da cosmologia quântica em loop mostra resultados promissores. O fator de escala do universo permanece não-zero em todos os momentos, começando de um estado quase-estático e levando a um universo em expansão sem encontrar singularidade.

Caso 2: Campo Escalar com Potencial Exponencial

No segundo caso, analisamos o universo com um campo escalar minimamente acoplado, que fornece uma fonte de energia diferente através de um potencial exponencial. Usando esse potencial tanto na cosmologia braneworld quanto na cosmologia quântica em loop, conseguimos entender melhor a evolução do universo.

No contexto da braneworld, observamos um bounce não-singular. O universo se contrai, chega a um tamanho mínimo e volta a se expandir. Essa natureza pulsante permite que ele evite encontrar uma singularidade.

Na cosmologia quântica em loop, observamos um universo cíclico onde o fenômeno do bounce é repetitivo, resultando em ciclos de contração e expansão. Novamente, as modificações trazidas pela geometria quântica levam a uma evolução dinâmica sem singularidades.

Caso 3: Campo Escalar com Potencial Hiperbólico

O último caso envolve o uso de um campo escalar com um potencial hiperbólico. Esse cenário investiga como esse potencial específico influencia o fator de escala do universo nos contextos de braneworld e cosmologia quântica em loop.

Para o modelo braneworld, descobrimos que o universo evolui de um estado quase-estático pra uma fase de expansão sem encontrar qualquer singularidade. O potencial hiperbólico cria uma situação em que o fator de escala evolui de uma forma que mantém o universo geodésico completo.

No contexto da cosmologia quântica em loop, a evolução é igualmente não-singular, levando a um estado inflacionário que emerge da condição quase-estática. O potencial hiperbólico permite que os pesquisadores derivem parâmetros de desaceleração que caracterizam ainda mais a fase inflacionária e as condições necessárias pra que ela ocorra.

Comparação Entre Modelos

Ao comparar os resultados desses três casos nas cosmologias de braneworld e quântica em loop, surgem algumas distinções importantes.

No primeiro caso, enquanto a cosmologia braneworld indica a presença de uma singularidade, a cosmologia quântica em loop evita esse problema permitindo uma transição suave de um estado pro outro. No segundo caso, a braneworld fornece um cenário de bounce, mas a cosmologia quântica em loop se destaca em entregar um universo cíclico que pode continuar a pulsar sem singularidades. Por fim, o terceiro caso revela que ambos os modelos podem resultar em desfechos inflacionários, mas a massa do campo escalar necessária pra iniciar essas fases difere, com preferência por massa mais baixa na estrutura quântica.

Implicações para Cosmologia

A exploração de universos planos não-singulares abre novas avenidas pra entender nosso universo. Ao desafiar o modelo padrão do big bang, os pesquisadores buscam abordar questões como a singularidade inicial, o comportamento da energia escura e da matéria escura, e a dinâmica geral da evolução cósmica.

Os modelos discutidos oferecem insights sobre como o universo pode ser não-singular, enfatizando que tanto as teorias de braneworld quanto a cosmologia quântica em loop contribuem com perspectivas valiosas. Por exemplo, as teorias de braneworld nos permitem considerar a influência de dimensões extras e como elas afetam a dinâmica cósmica. Enquanto isso, a cosmologia quântica em loop destaca o papel da mecânica quântica e seu impacto nas estruturas em grande escala.

Conclusão

No fim das contas, o estudo de universos planos não-singulares aponta pra um futuro empolgante na pesquisa cosmológica. Sugere que nossa compreensão do cosmos pode ir além das ideias tradicionais e abraçar novas teorias que incorporam elementos da física quântica e dimensões superiores.

À medida que as teorias se desenvolvem e nossas capacidades de observação melhoram, essas ideias podem levar a uma compreensão mais profunda das origens do nosso universo, sua estrutura e seu destino final. A jornada pra compreender o universo continua, com a cosmologia não-singular liderando o caminho pra novos horizontes na física e cosmologia.

Fonte original

Título: Non-singular flat universes in braneworld and Loop Quantum Cosmology

Resumo: In this paper we take matter source with non-linear Equation of state (EoS) that has produced non-singular Emergent cosmology for spatially flat universe in General Relativity and minimally coupled scalar field with two different potentials that produce an inflationary emergent universe for positive spatial curvature in the relativistic context. We study all these three cases both in the context of Randall-Sundrum braneworld and effective Loop quantum cosmology (LQC) for zero spatial curvature that is observationally favoured and in the absence of any effective cosmological constant term. We solve the modified Friedmann equation in each case to obtain the time evolution of the scale factor and use it to check whether the initial singularity can be averted. In almost all the cases we find the initial singularity is absent. We study the nature of the slow roll inflation in the cases where we obtain inflationary emergent universes. The inflationary scenario is found to be improved than in a standard relatvistic context and we compare the improved scenario for both the braneworld and LQC models. Interestingly, we also obtain bouncing and cyclic universes from our analysis in some cases. We find that the initial singularity can be averted for a spatially flat universe with specific choice of matter EoS or scalar field potential, which do not violate the Null Energy condition in most cases, taking into account effective high energy (curvature) corrections with or without extra dimensions.

Autores: Rikpratik Sengupta, B. C. Paul, M. Kalam, P. Paul, A. Aich

Última atualização: 2023-02-17 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2302.09062

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2302.09062

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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